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IBGE divulga dados sobre produção industrial de Santa Catarina

O setor industrial catarinense cresceu o dobro da média nacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na sexta-feira (13), dados sobre a produção industrial de Santa Catarina. De acordo com o instituto, a produção industrial no estado cresceu 11,8% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado.

O percentual é resultado do bom desempenho, observado na fabricação de máquinas e equipamentos (+26,6%), produção de materiais plásticos (+17,3%) e indústria têxtil (+12,4%), entre outros subsetores.

 

Os dados divulgados são resultado da Pesquisa Industrial Mensal, do instituto. O crescimento de 11,8% na indústria catarinense em julho colocou o Estado entre os melhores desempenhos do país. Assim, Santa Catarina ficou em terceiro no ranking nacional, atrás apenas de Paraná (+14,1%) e Amazonas (+12%). A média brasileira, no entanto, ficou em +6,1%.

No acumulado de 2024, o setor industrial catarinense cresceu o dobro da média nacional. Enquanto a indústria brasileira soma alta de 3,2% entre janeiro e julho, a indústria de Santa Catarina teve alta de 6,5%. O percentual é um comparativo com o mesmo período do ano anterior.

O ranking nacional é liderado pelo Rio Grande do Norte, que registrou +19,7%, seguido do Ceará, com +7,6%. Santa Catarina (+6,5%) aparece em terceiro, portanto à frente de estados como Rio de Janeiro (+4,9%), São Paulo (+4,7%) e Paraná (+3,2%).

Fonte: Guararema News
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MDIC debate nova economia do plástico no Fórum Público da OMC

Evento realizado na sede da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, de 10 a 13 de setembro, para debater “Reglobalização” contou com um painel sobre Comércio e Poluição por Plástico.

A subsecretária de Articulação em Temas Comerciais da Secretaria Executiva da Camex, Heloísa Pereira, participou, nesta quinta-feira (12), do debate “Nova Economia do Plástico: Como Tornar a Transição Possível”, parte da programação do Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC) – WTO Public Forum.

Na sessão, que contou com representantes da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) e do setor privado para discutir políticas comerciais e soluções para a poluição por plástico, Pereira ressaltou a necessidade de debater o tema em nível global.

“Em um momento de proliferação de medidas que restringem o comércio com justificativa ambiental, um tratado na ONU que autorizaria os países membros a adotarem medidas desse tipo precisa ser muito bem discutido e desenhado”, disse.

Heloísa também destacou que a discussão se torna ainda mais importante diante das propostas de regras, tanto de proibições ao comércio de certos produtos químicos e plásticos quanto de obrigações relacionadas a padrões técnicos, rotulagem e rastreabilidade, com potenciais impactos para a indústria brasileira.

No debate, também foi discutido o papel que a OMC e as regras comerciais internacionais existentes devem desempenhar em uma nova economia circular dos plásticos.

“O Fórum Público é um lugar propício para que essa discussão ganhe mais visibilidade entre especialistas em comércio”, avaliou a subsecretária.
Com público recorde de mais de 4.400 participantes, o Fórum, realizado de 10 a 13 de setembro, tem como tema “Reglobalização: Melhor Comércio para um Mundo Melhor”. Os subtemas abordados nos diversos painéis são: políticas verdes para maximizar os benefícios do comércio; comércio de serviços para promover o progresso e melhorar o bem-estar; e digitalização como catalisador para um comércio inclusivo.

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EUA impõem aumentos acentuados em tarifas da China, com muitos vigorando a partir de 27 de setembro

O governo Biden impôs aumentos acentuados nas tarifas sobre as importações chinesas nesta sexta-feira, incluindo uma taxação de 100% sobre veículos elétricos, para fortalecer proteções a indústrias domésticas estratégicas contra o excesso de capacidade de produção estatal da China.

O Representante de Comércio dos EUA disse que muitas das tarifas, incluindo uma taxa de 100% sobre os veículos elétricos chineses, 50% sobre células solares e 25% sobre aço, alumínio, baterias para veículos elétricos e minerais importantes, entrarão em vigor em 27 de setembro.

A determinação do Representante mostrou que uma tarifa de 50% sobre os semicondutores chineses, que agora inclui duas novas categorias — polissilício usado em painéis solares e wafers de chip de silício –, deve começar a valer em 2025.

Os ajustes às tarifas punitivas da “Seção 301” sobre 18 bilhões de dólares em mercadorias, anunciados em maio pelo presidente Joe Biden, foram mínimos e desconsideraram os pedidos da indústria automobilística para reduzir tarifas sobre grafite e minerais essenciais necessários à produção de baterias de veículos elétricos, que ainda são muito dependentes dos suprimentos chineses.

O Representante deixou inalterado o aumento da tarifa de zero para 25% sobre baterias de íon-lítio, minerais e componentes, com o aumento para baterias de EVs entrando em vigor em 27 de setembro e para todos os outros dispositivos, incluindo laptops e telefones celulares, em 1º de janeiro de 2026.

“DURO, DIRECIONADO”

Lael Brainard, principal assessora econômica da Casa Branca, disse à Reuters que a decisão foi tomada para garantir que o setor de veículos elétricos dos EUA se diversifique e se afaste da cadeia de suprimentos dominante da China.

Ela disse que essas tarifas “duras e direcionadas” são necessárias para neutralizar os subsídios estatais e as políticas de transferência de tecnologia da China que levaram a investimentos excessivos e ao excesso de capacidade de produção. Mas Washington está investindo centenas de bilhões de dólares em seus próprios subsídios fiscais para desenvolver os setores domésticos de veículos elétricos, energia solar e semicondutores.

“A tarifa de 100% sobre os veículos elétricos aqui reflete a vantagem de custo injusta muito significativa que os veículos elétricos chineses, em particular, estão usando para dominar os mercados de automóveis em um ritmo impressionante em outras partes do mundo”, disse Brainard. “Isso não ocorrerá aqui sob a liderança da vice-presidente e do presidente.”

A China prometeu retaliação contra os aumentos tarifários “intimidadores” e argumentou que o sucesso de seu setor de veículos elétricos se deve à inovação, e não ao apoio do governo. Um porta-voz da embaixada da China em Washington não respondeu a um pedido de comentário em um primeiro momento.

As tarifas mais altas dos EUA entram em vigor no momento em que a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump estão cortejando os eleitores dos Estados produtores de automóveis e aço, tentando se posicionar como duros em relação à China antes da eleição presidencial de novembro. Trump prometeu impor tarifas de 60% sobre todas as importações chinesas.

A União Europeia e o Canadá também anunciaram novas tarifas de importação sobre os veículos elétricos chineses, com o último igualando as tarifas de 100% dos EUA.

(Reportagem de David Lawder; Reportagem adicional de David Shepardson)
Informações Agência Reuters
EUA impõem aumentos acentuados em tarifas da China, com muitos vigorando a partir de 27 de setembro (msn.com)

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Índia perde espaço para países menores como centro de manufatura de baixo custo

A Índia está perdendo espaço para rivais como Bangladesh e Vietnã como centro de exportação de manufaturas de baixo custo

A Índia está perdendo espaço para rivais como Bangladesh e Vietnã como centros de exportação de manufaturas de baixo custo, segundo o Banco Mundial. A participação do país no comércio global não tem acompanhado o ritmo de crescimento acelerado de sua economia.

O comércio de bens e serviços da Índia tem diminuído como percentual do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo da última década, apesar de seu peso econômico, afirmou o banco em um relatório divulgado na terça-feira.

A participação da Índia nas exportações globais de vestuário, couro, têxteis e calçados cresceu de 0,9% em 2002 para um pico de 4,5% em 2013, mas desde então caiu para 3,5% em 2022, de acordo com o Banco Mundial. Em contraste, a participação de Bangladesh nessas exportações atingiu 5,1%, enquanto a do Vietnã chegou a 5,9% em 2022.

Para aumentar as exportações e se beneficiar da mudança da China para longe da manufatura intensiva em mão de obra, a Índia precisará reduzir os custos comerciais, diminuir barreiras tarifárias e não tarifárias e revisar acordos comerciais, recomendou o Banco Mundial.

“Este é um ponto no qual a Índia poderia focar”, disse Nora Dihel, economista sênior do Banco Mundial, em coletiva de imprensa em Nova Deli. “Isso é um chamado à ação.”

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O primeiro-ministro Narendra Modi tem como ambição transformar a Índia em um hub de manufatura, à medida que as empresas diversificam suas cadeias de suprimentos, se afastando da China. O governo de Modi investiu bilhões de dólares em subsídios para atrair investimentos em indústrias como eletrônicos e fabricação de chips.

No entanto, os setores de exportação da Índia estão se tornando cada vez mais intensivos em capital, e não conseguem absorver os milhões de desempregados do país. O Banco Mundial estimou que o emprego direto relacionado às exportações caiu de um pico de 9,5% do total de empregos domésticos em 2012 para 6,5% em 2020.

Mesmo com os desafios, o Banco Mundial espera que a economia da Índia continue crescendo em um ritmo acelerado de 7% no atual ano fiscal, que vai até março de 2025, após uma expansão de mais de 8% no ano anterior. O crescimento deve, contudo, desacelerar para uma média de 6,7% em 2025-26 e 2026-27, segundo o banco.

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Mapa ultrapassa o próprio recorde e abre 100 novos mercados para o agro em 2024

Quantidade supera o recorde de novas expansões para produtos agrícolas no comércio internacional em um único ano, de acordo com os registros da série histórica. Desde o início de 2023, já são 178 aberturas em 58 destinos

 

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atingiu a marca de 100 novas aberturas de mercado em apenas 8 meses. Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, já foram abertos 178 novos mercados em 58 destinos, alcançando todos os continentes.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, o novo marco supera amplamente os números dos últimos cinco anos: em 2019, foram 35 novos mercados em 22 países; em 2020, foram 74 em 24 países; em 2021, foram 77 em 33 países; em 2022, foram 53 em 26 países; e em 2023, foram 78 em 39 países.

Já os números mensais de 2024 mostram 26 novos mercados em junho (13 países), 16 em julho (9 países), 15 em maio (10 países), 10 em março (7 países), 7 em fevereiro (6 países), 9 em janeiro (5 países) e 5 em abril (3 países).

Em agosto, até o momento, foram 11 aberturas: para Angola – ovinos e caprinos vivos para reprodução, além de embriões e sêmens desses animais; para a Costa Rica – abacates; para o Egito – carne com osso; para o Panamá – carnes e miúdos de aves e suínos; para a União Europeia – equinos vivos; e para Indonésia – erva-mate.

“O alcance de 100 novas aberturas de mercado em apenas oito meses, antes mesmo de encerrar o ano, é um feito histórico para o agro brasileiro. Um marco que reflete a determinação e o esforço contínuo do ministro Carlos Fávaro e de toda a equipe do Mapa em diversificar a pauta e expandir as oportunidades para os produtos agrícolas do Brasil no comércio mundial. Cada nova conquista reafirma nosso compromisso com o crescimento sustentável e a competitividade do setor, sempre buscando abrir portas para nossos produtores em todos os continentes”, destacou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério.

Informações à imprensa
imprensa@agro.gov.br
Mapa ultrapassa o próprio recorde e abre 100 novos mercados para o agro em 2024 — Ministério da Agricultura e Pecuária (www.gov.br)

 

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Uber e BYD – Anuncio de parceria inédita entre CONCORRENTES GLOBAIS

Em momento de crescente tensão entre EUA e China, as duas empresas globais se unem em acordo que prevê descontos e vantagens em financiamento e expansão no app de transporte. As empresas ‘ignoram’ guerra tech entre seus países, e acertam parceria inédita para o setor.

Uber e BYD planejam parceria para fornecer 100 mil carros elétricos na América Latina e na Europa. O acordo oferecerá aos motoristas de Uber acesso a preços favoráveis para veículos BYD, descontos em recargas, seguros, financiamentos, manutenção, entre outros, segundo comunicado recente realizado pela assessoria de imprensa da fabricante de automóveis chinesa. A parceria terá início na Europa e na América Latina, com possibilidade de expansão para o Oriente Médio, Canadá, Austrália e Nova Zelandia. As empresas afirmaram que o plano ajudará a acelerar a transição para veículos elétricos, corroborando para a introdução de veículos elétricos com capacidade autônoma na plataforma Uber.

A maior fabricante de veículos elétricos da China, tem expandido rapidamente sua presença nos mercados mundiais após mudar completamente para a produção de veículos elétricos e híbridos em 2022. A montadora abriu uma fábrica na Tailândia e planeja construir fábricas no Brasil, Hungria e Turquia. Já a aliança reforçará os esforços da Uber – empresa com sede em São Francisco, Califórnia, a ser protagonista na transição da frota de carros à combustão, para veículos elétricos – uma iniciativa que mereceu alerta do CEO, Dara Khosrowshahi, no início deste ano. Segundo Khosrowshahi, “Muitos passageiros falam que a primeira experiência deles em um carro elétrico foi em uma viagem da Uber, e nós estamos ansiosos para demonstrar os benefícios desse tipo de carro para mais pessoas ao redor do mundo”, afirmou.

A expansão foi impulsionada, em grande parte, pela ascensão no enorme mercado de automóveis da China, já que a BYD acelera um plano ambicioso de expansão no exterior para países onde sua marca está menos estabelecida, o que inclui mercados importantes como o Brasil e a Alemanha. “Estamos ansiosos para ver nossos veículos elétricos de última geração se tornarem uma visão comum nas ruas de cidades de todo o mundo”, comentou Stella Li, vice-presidente executiva da BYD e diretora executiva da BYD América. A montadora chinesa está investindo US$ 14 bilhões em carros que carregam a tecnologia de navegação autônoma. A marca vai ter um sistema similar ao “Autopilot” da Tesla, que será denominado “Navigate on Autopilot” (“navegar no piloto automático”, em tradução direta).

De fato, o surgimento rápido de veículos elétricos de baixo custo da China, está abalando a indústria automobilística global de maneiras não vistas desde que as montadoras japonesas chegaram durante as crises de petróleo da década de 1970. A União Europeia impôs tarifas provisórias sobre veículos elétricos chineses em junho, alegando que subsídios governamentais dão às montadoras na China uma vantagem injusta. Nos EUA os veículos elétricos da BYD não estão sendo vendidos atualmente, na maioria devido a tarifas de 27,5% sobre o preço de venda de veículos chineses ao chegarem nos portos. No entanto, com este acordo que está sendo firmado com a empresa americana, a fabricante chinesa está certa de que ampliará de forma substancial a comercialização de seus automóveis para um número maior de países no mundo, inclusive aos que colocam hoje barreiras para sua entrada no comércio local.

Fontes: BYD
BYD e Uber se unem para acelerar transição global para veículos elétricos – BYD Brasil | Energia Limpa e Mobilidade Elétrica 

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SC exporta US$ 1 bilhão em julho, alta de 0,8%

Desempenho das vendas externas totais reflete preços internacionais da soja, que alcançou seu menor nível em 4 anos; exportações industriais crescem 4,8%

As exportações de Santa Catarina alcançaram US$ 1,0 bilhão em julho, valor 0,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado dos primeiros sete meses de 2024, a pauta exportadora atingiu US$ 6,5 bilhões, contra US$ 6,8 bilhões registrados em 2023.

O desempenho foi afetado, entre outros fatores, pelos preços internacionais da soja, principal produto de exportação da agropecuária catarinense e quarto principal item da pauta exportadora do estado. Segundo análise do Observatório FIESC, o preço internacional da soja atingiu seu menor valor em quase quatro anos, parcialmente influenciado pelas boas safras brasileiras, que aumentaram a oferta global do grão.

Indústria
Já a indústria catarinense apresentou um aumento de 4,8% nas exportações em julho, contra o mesmo mês do ano anterior. “A indústria catarinense tem desempenhado um papel central nas exportações do estado, com venda de produtos de alto valor agregado a mercados extremamente competitivos. Esse desempenho contribuiu para minimizar o impacto dos preços de commodities na balança comercial”, afirma o presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.

Setores industriais em destaque
O segmento de alimentos e bebidas lidera as exportações catarinenses, com o montante de US$ 425 milhões, incentivada principalmente pelas vendas de carne suína, segundo principal produto vendido pelo estado. Apesar do recuo na demanda Chinesa ao longo deste ano, SC ampliou as vendas para países como Japão, Filipinas e México, o que levou a um crescimento de 31,5% nas exportações de carne suína em julho, quando comparado ao mesmo mês de 2023. As vendas externas de carnes de aves somaram US$ 170,4 milhões.

O setor de equipamentos elétricos ocupa a segunda posição, com US$ 122,3 milhões, puxado especialmente pelo aumento das exportações de motores, para os Estados Unidos e a Alemanha, além de vendas 3,5 vezes maiores para os Emirados Árabes Unidos, de janeiro a julho. Outro produto que se destaca neste segmento é o de transformadores elétricos, tendo a África do Sul como o principal destino. Somente em julho, as vendas desses itens para o país alcançaram US$ 7,8 milhões, pouco mais da metade de todo o valor exportado ao longo de 2023, que atingiu US$ 15,0 milhões.

Em terceiro lugar, a indústria de madeira e móveis exportou US$ 118,3 milhões na análise mensal. Apesar do valor, houve recuo de 2,5% em relação a julho de 2023, principalmente devido a uma queda pontual nas vendas para os Estados Unidos. No entanto, o país se mantém como o maior comprador desse segmento, com um crescimento acumulado no ano de 7,3%.

Importações
As importações de Santa Catarina atingiram US$ 2,6 bilhões em julho, um crescimento de 29,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, o estado já registra aumento de 16,3% no acumulado do ano, com um valor total de US$ 18,8 bilhões.

A melhoria na produção industrial catarinense observada em 2024, favorecida pelas melhores condições de crédito no país, têm incentivado a importação tanto de insumos quanto de bens de consumo duráveis. Esse é o caso, por exemplo, do cobre refinado, principal produto importado por Santa Catarina e que apresentou um crescimento de 50,2% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. O cobre é um importante insumo para diversas indústrias, como a de equipamentos elétricos e metalúrgica, que cresceram 17,6% e 9,5% no primeiro semestre deste ano, respectivamente.

Outro insumo importante que figura entre os mais importados pelo estado no mês são os polímeros, matérias-primas essenciais do setor de borracha e plástico. Este segmento também tem sido incentivado pelo consumo aquecido das famílias. O valor importado dos polietilenos teve crescimento de 37,8% no mês e o do polipropileno cresceu 73% em comparação com julho do ano passado.

A cadeia produtiva do setor automotivo é outro importante destaque, já que estado importou US$ 423,1 milhões em carros híbridos e elétricos, no acumulado do ano, na compra de carros híbridos e elétricos, originados da China. Esse valor é 5,4 vezes maior do que foi registrado no mesmo período de 2023, mostrando o importante crescimento do segmento.

Principais parceiros
Entre os principais parceiros comerciais do estado, os Estados Unidos e China seguem na liderança, mas apresentaram recuo nas compras do estado de 22,8% e 23,4%, respectivamente, na comparação com julho de 2023. “Isso se deve principalmente à queda nas vendas de produtos de madeira para os EUA e ao recuo nas vendas de soja e carne suína para o país asiático”, ressalta o economista do Observatório FIESC, Arthur Della Vecchia.

Do lado das importações, a China liderou as vendas para o estado, com US$ 1,2 bilhão, seguida por Chile, com US$ 182,2 milhões e Estados Unidos, com US$ 181,9 milhões.

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SC exporta US$ 1 bilhão em julho, alta de 0,8% | FIESC

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Única siderúrgica do Chile fechará devido às importações da China

A única siderúrgica do Chile, a usina de Huachipato, comandada pela companhia CAP, anunciou que irá encerrar suas atividades até setembro. A empresa alega que a grande quantidade de aço da China no mercado afetou a competitividade do setor no país, mesmo após o governo de Santiago ter aplicado novas taxas contra o aço chinês visando proteger a indústria local.

A empresa alegou, em nota, que a decisão foi tomada após “múltiplos fatores que não poderão se reverter no curto ou médio prazo, entre os quais se destacam a impossibilidade de transferir os preços das sobretaxas recomendadas pela Comissão Anti-Distorções, o aumento do dumping chinês e a complexa situação financeiras que a companhia enfrenta há anos”.

US$ 500 milhões em dívidas

A empresa afirmou que, nos últimos anos, o aumento de importações de aço da China provocaram até US$ 500 milhões em dívidas. O plano da CAP é escalonar o fechamento da usina para que, até setembro, todas as atividades no local cessem. A empresa gera, de maneira direta e indireta, 20 mil empregos da região de Bio Bio, que fica no centro do Chile.

Na nota, a CAP reconheceu as ações da Comissão Anti-Distorções para tentar conter o impacto do aço barato chinês no setor, mas afirmou que “quase quatro meses depois de implementada a medida, o comportamento do mercado tornou impossível corrigir os desequilíbrios” no setor.

Principal parceiro comercial do Chile

“Esta é uma decisão muito devastadora para a região de Bio Bio, e o país sabe que nós, como governo, fizemos um grande esforço para revertê-la”, disse, nessa quarta-feira (7), o ministro da economia Nicolás Grau, em publicação no X (Twitter).

A China é o principal parceiro comercial do Chile, responsável por quase 40% de suas exportações — uma das maiores participações entre os países da América Latina.

Fonte: Valor Econômico
Única siderúrgica do Chile fechará devido às importações da China | Mundo | Valor Econômico (globo.com)

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Política industrial é emprego, renda e desenvolvimento, diz Alckmin

Em seminário sobre políticas industriais no Brasil e no mundo, o presidente em exercício destacou o potencial da Nova Indústria Brasil para o desenvolvimento nacional

O desenvolvimento de políticas industriais ganha força mundo afora. Há mais e 2.500 delas em vigor no mundo, segundo mapeamento do Fundo Monetário Internacional. Dessas, 71% estão em economias desenvolvidas, afirma levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As tendências dessas políticas foram debatidas, nesta terça-feira (6), durante o seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, em Brasília.

Na abertura, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu a importância da Nova Indústria Brasil (NIB) para o desenvolvimento nacional e ressaltou as mudanças no cenário global depois das crises recentes, como a pandemia de Covid-19.

“Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico. O mundo mudou. Pós-crises de 2008 e da Covid, o que a gente observa no mundo inteiro é um enorme protecionismo, e as nações mais ricas são as que mais distorcem o comércio internacional. Então, nós temos que, de um lado, fazer defesa comercial quando está na cara que está havendo um problema e, de outro lado, trabalhar permanentemente para reduzirmos custos e termos melhor competitividade”, disse.

A uma plateia formada por representantes do governo, da academia e do setor produtivo, o ministro apresentou instrumentos da política industrial que abrem espaço para um novo caminho do desenvolvimento, com estímulo à inovação, exportação, competitividade e sustentabilidade.

Para financiamento da NIB, por exemplo, o ministro ressaltou os recursos do Plano Mais Produção, que disponibiliza R$ 300 bilhões, até 2026, para financiar iniciativas alinhadas às seis missões industriais, incluindo crédito para inovação. Só o BNDES já aprovou R$ 115,3 bilhões de crédito para financiar a indústria. Além disso, a sanção da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que será gerida pelo BNDES, abre nova oportunidade de crédito, com recursos de mercado.

A realização do “Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo” é uma parceria do MDIC, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Reforma Tributária

Alckmin também reforçou que a Reforma Tributária vai gerar benefícios para a sociedade ao simplificar os impostos e trazer eficiência econômica. “Ela tira cumulatividade. Ela desonera totalmente investimento e exportação. Quanto menos exceção melhor”, pontuou o ministro sobre a reforma, que está na fase de regulamentação. “Estudos do IPEA mostram que em 15 anos, a reforma tributária pode fazer o PIB crescer 12%, o investimento crescer 14% e as exportações crescerem 17%”, concluiu.

O ministro da Fazenda substituto, Dario Durigan, destacou o compromisso do governo com um projeto de desenvolvimento de país lastreado na responsabilidade política e econômica, com diálogo aberto para avançar. “Nós estamos zerando o déficit do país. Isso permite que os juros caiam, permita que as empresas tenham estabilidade. E isso permite que a gente avance na política industrial, avance na transformação ecológica, nos seus vários eixos”, destacou.

De acordo com Durigan, o Plano de Transformação Ecológica, alinhado à NIB, busca olhar o Brasil além de um mero exportador de commodities. “A gente quer adensar a cadeia produtiva”, disse. “Tudo o que puder ser feito, que estiver ao nosso alcance, será feito, e a indústria está em primeiro lugar. Fizemos o projeto do hidrogênio verde, o Mover, a lei da depreciação acelerada. A gente tem certeza que apostar na indústria é o correto para ser feito para o país”, completou.

O vice-presidente da CNI, Léo de Castro, afirmou que a nova política industrial trará crescimento econômico e bem-estar para a população brasileira. Ele alertou que o sucesso da NIB depende da união de forças entre o governo, a indústria e academia, e da priorização de políticas verdes.

“Não é exagero dizer que o país está diante de uma oportunidade histórica de transformar a indústria e a economia nacional”, enfatizou.

Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa Filho, para ter uma economia forte é preciso ter uma indústria forte, que inova e se renova. “A indústria, em todos os lugares do mundo, é um setor que gera mais ganhos de produtividade, não só para si, mas para os outros setores”, afirmou.

Transição Energética

O secretário de desenvolvimento industrial, Inovação, Comércio e Serviços, do MDIC, Uallace Moreira, destacou que a NIB se articula com o Novo PAC e o Plano de Transição Ecológica para fomentar o desenvolvimento nacional, aproveitando as vantagens competitivas do Brasil, sobretudo na área da transição energética.

Durante o painel “Experiências de política industrial verde “, Moreira apontou essa área como uma das grandes janelas de oportunidade de desenvolvimento para o Brasil. Para isso, é preciso fortalecer todo o ecossistema em torno da transição energética, avançando no adensamento da cadeia produtiva para torná-las mais complexas tecnologicamente, com o envolvimento de institutos de pesquisas, de inovação, universidades, empresas nacionais e estrangeiras, bem como articulação entre o setor público e privado.

“Esse processo é o que nós estamos fazendo na NIB, dialogando com todos os ministérios e com o BNDES, que compõe o CNDI, e com o próprio setor privado. Então, esse processo tem sido feito”, disse. “Se nós não desenvolvermos essas estruturas produtivas e ficarmos dependendo de máquinas e equipamentos para toda a cadeia produtiva, vai ser um processo de neoindustrialização dependente. Bonitinha na foto, em que você reduziu o nível de emissão de CO2, mas destruindo com cadeia produtiva e deixando a janela de oportunidade passar”, avaliou.

No seminário, duas pesquisadoras convidadas apresentaram o cenário internacional. Para apresentar a perspectiva global, Carlota Perez, professora do Instituto para Inovação e Propósito Público da Universidade College London, Carlota Perez, especializada em tecnologia e desenvolvimento socioeconômico, falou sobre as tendências internacionais em política industrial.  Já Réka Juhász, professora da Escola de Economia de Vancouver, da Universidade British Columbia, no Canadá, encerrou o seminário com uma palestra sobre as tendências internacionais em políticas industriais.

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