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Greve de auditores fiscais deixa cargas sem liberação do porto de Santos (SP)

Em todo Brasil, 200 mil remessas estão paradas em portos e aeroportos

A paralisação dos auditores fiscais da Receita Federal tem causado prejuízos milionários em portos e aeroportos de todo o Brasil.

Mais de 200 mil remessas estão paradas em todo o território nacional. Em Santos (SP), contêineres se acumulam, gerando perdas significativas.

De acordo com Hugo Cesar Evangelista, diretor do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros, em condições normais, as cargas são liberadas em um prazo de 3 a 7 dias. Com a paralisação, o prazo médio agora é de 35 a 40 dias.

A categoria está em greve há 15 dias e a reivindicação é de reajuste salarial de 19%. Procurado, o Ministério da Fazenda informou que não comentará sobre a paralisação.

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Fazenda de SC detalha regra que exige informar incentivo em nota fiscal ao COFEM

Validação da regra em 1º de abril vai levar à rejeição da nota dos contribuintes que não preencherem campo cBNEF

A Secretaria da Fazenda de SC e o Conselho das Federações Empresariais de SC (COFEM) reuniram-se nesta quarta-feira, dia 19, na Federação das Indústrias de SC (FIESC) para debater a regra que exige o preenchimento de um campo sobre benefício fiscal na emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e de Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e).

A medida obrigatória, que está em vigor desde novembro de 2023, não está sendo cumprida pela maioria dos contribuintes, segundo o secretário da pasta, Cleverson Siewert. Hoje, apenas 33,4% dos contribuintes estão preenchendo o campo cBenef – Código de Benefício Fiscal.

A reunião com o COFEM teve como objetivo familiarizar as Federações empresariais sobre a situação atual e fomentar soluções para ampliar a adesão à regra. Isso porque, a partir de 1º de abril, as notas fiscais de empresas que contam com algum tipo de incentivo não serão validadas pela Fazenda estadual se o campo não estiver preenchido.

A ideia é que as Federações colaborem com a comunicação da necessidade de preenchimento do campo e do cronograma de validação para seus filiados, num esforço conjunto de sensibilização.

O secretário da Fazenda explicou que a necessidade de preenchimento do campo deriva de demandas de órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado. Ele destacou que os contribuintes que não estão atendendo à regra estão sendo avisados por meios oficiais, mas solicitou apoio das Federações no sentido de disseminar ainda mais a informação e mobilizar seus associados para o cumprimento da norma.

A Fazenda esclarece que, com a ativação das regras de validação valendo a partir de abril, o não preenchimento de acordo com as normas resultará na rejeição do envio do documento fiscal e na perda do direito ao benefício, entre outras penalidades.

Saiba mais sobre o assunto na comunicação oficial da Secretaria da Fazenda.

O COFEM é composto pelas Federações das Indústrias (FIESC), do Comércio (FECOMÉRCIO), da Agricultura (FAESC), dos Transportes (FETRANCESC), das Associações Empresariais (FACISC), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (FAMPESC), além do Sebrae-SC.

FONTE: FIESC
Fazenda de SC detalha regra que exige informar incentivo em nota fiscal ao COFEM | FIESC

 

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Exportações da Foz do Itajaí somaram US$ 5,51 bilhões em 2024

A região da Foz do Itajaí, em Santa Catarina, encerrou o ano de 2024 com um balanço econômico positivo, impulsionado por um forte desempenho na balança comercial e na geração de empregos.

Em 2024, a Foz do Itajaí registrou um volume de exportações de US$ 5,51 bilhões, impulsionado principalmente pela venda de carne de aves e suína, que juntas somaram mais de US$ 4,46 bilhões. Os dados são do do Observatório FIESC e revelam um cenário promissor para a região, com destaque para o crescimento das exportações e a expansão do mercado de trabalho.

Outros produtos importantes na pauta de exportação foram a madeira serrada e os enchidos de carne. O elevado volume de importações reflete o dinamismo da economia da região, que investe em expansão e modernização de sua capacidade produtiva. Os principais destinos dos produtos exportados pela região foram China, Japão e Filipinas, que juntos responderam por mais de 30% do total.

As importações da Foz do Itajaí, por sua vez, atingiram US$ 17,71 bilhões em 2024. A pauta de importação é concentrada em bens de capital, como polímeros de etileno e partes e acessórios para veículos, e em matérias-primas, como cobre refinado e semicondutores. Esses produtos são essenciais para o desenvolvimento da indústria local, que demanda insumos de alta tecnologia e qualidade para manter sua competitividade.

“As perspectivas para a balança comercial da Foz do Itajaí nos próximos anos são positivas, impulsionadas pelo crescimento da economia global e pela demanda por alimentos e outros produtos da região”, pontua o vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), regional da foz do Itajaí, Maurício César Pereira. “A diversificação da pauta de exportação, o investimento em tecnologia e inovação, e a busca por novos mercados são fatores-chave para o sucesso do comércio exterior da região”, completa Moacir.

Geração de empregos

O mercado de trabalho da Foz do Itajaí também apresentou um desempenho positivo em 2024, com a geração de 18.731 empregos formais, de acordo com dados do CAGED. A indústria, um dos setores mais importantes da economia local, foi responsável por 4.292 novos postos de trabalho. Os setores da indústria que mais empregam na região são a construção, alimentos e bebidas, e têxtil.

Em 2023, os dados mais recentes disponíveis, a Foz do Itajaí contava com um total de 35.316 empresas, sendo 7.179 delas indústrias. O número total de empregados na região era de 298.032, com 76.847 atuando na indústria.

FONTE: Informativo dos portos
Informativo dos Portos

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Ministro da Economia de Portugal fala sobre acordo UE – Mercosul na FIESC

Realizado em conjunto com a ADVB/SC, evento da próxima sexta-feira (21) promove debate sobre negociações de comércio bilateral

Nesta sexta-feira (21), às 10 horas, o ministro da Economia do XXIV Governo de Portugal, Pedro Reis, participará da primeira edição de 2025 do Encontro de Ideias. A iniciativa é da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC) e da Federação das Indústrias de SC (FIESC). O evento será na sede da Federação, em Florianópolis.

Reis traz a visão do governo de Portugal para o debate, que vai contar com a mediação do cientista social, diplomata e economista Marcos Troyjo e com a participação do político português Miguel Relvas e do secretário-executivo de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos do Governo de Santa Catarina, Paulo Bornhausen.

Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, Portugal pode ser um aliado importante para a efetivação do acordo Mercosul – União Europeia. “A indústria catarinense tem potencial para conquistar ainda mais espaço no mercado europeu e os benefícios do acordo são mútuos, não só no comércio, mas também na transferência de tecnologia e na geração de empregos”, afirma.

O evento é a primeira edição de 2025 da série Encontro de Ideias, iniciativa da ADVB/SC para fomentar o debate sobre temas estratégicos que impactam a economia e o setor empresarial. “Eventos como o Encontro de Ideias são fundamentais para o empresariado catarinense, proporcionando insights estratégicos, que fortalecem o networking e ajudam a compreender o cenário econômico”, destaca o presidente da ADVB/SC, Ricardo Barbosa Lima.

FONTE: FIESC
Ministro da Economia de Portugal fala sobre acordo UE – Mercosul na FIESC | FIESC

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4ª AGO CONCENI debate desafios e oportunidades do Comércio Exterior em Santa Catarina 

Lideranças e empresas do comércio exterior participaram de visitas técnicas, debates e networking nos portos de São Francisco do Sul e Itapoá. 

A 4ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Estadual dos Núcleos de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CONCENI) reuniu cerca de 50 participantes no dia 17 de fevereiro para um dia de imersão e troca de conhecimento em São Francisco do Sul e Itapoá. Pela primeira vez, o evento foi aberto ao público, ampliando o alcance das discussões e proporcionando uma experiência enriquecedora para os interessados no setor. 

Com uma programação intensa, a assembleia contou com visitas técnicas ao Porto de São Francisco do Sul/SCPAR e ao Porto de Itapoá, dois dos principais pontos estratégicos para o comércio exterior no Sul do Brasil. Os participantes puderam acompanhar de perto as operações logísticas e os avanços na infraestrutura portuária, essenciais para o desenvolvimento econômico da região. 

Outro destaque foi a presença de representantes de órgãos reguladores fundamentais para o setor, como a ANVISA, o MAPA e a Receita Federal. Suas participações trouxeram esclarecimentos sobre regulamentações e desafios enfrentados pelas empresas de comércio exterior, contribuindo para um debate produtivo e alinhado com as demandas do mercado. 

O evento também proporcionou momentos de networking e integração entre os participantes, fortalecendo a conexão entre empresários, representantes institucionais e especialistas da área. O almoço de confraternização consolidou essa interação, reforçando a importância da colaboração para o crescimento do setor. 

O encontro foi realizada com o apoio da ACISFS – Associação Empresarial de São Francisco do Sul, por meio do Núcleo de ComExLog, da FACISC – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, através do Programa Empreender, SEBRAE, Porto de São Francisco do Sul/SCPAR e Porto de Itapoá. A 4ª AGO CONCENI se consolidou como um marco, promovendo conhecimento, conexões estratégicas e avanços nas discussões sobre o setor. 

O CONCENI 

O Conselho Estadual dos Núcleos de Comércio Exterior e Negócios Internacionais (CONCENI) foi criado pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) com o objetivo de unir os esforços dos 14 Núcleos de Comércio Exterior da entidade, que conectam mais de 320 empresas. Sua formação contou com a participação de empresários, representantes do governo estadual e do setor portuário, buscando atender às demandas do comércio exterior em Santa Catarina.  

O CONCENI reforça a vocação exportadora do estado, especialmente para pequenas e microempresas, integrando infraestrutura logística, portos e setor público. Além disso, faz parte do Programa Empreender, que visa aumentar a competitividade empresarial por meio de estratégias nos Núcleos Empresariais, aproveitando a posição privilegiada de Santa Catarina no cenário internacional, com importantes portos e infraestrutura aeroportuária. 

Entre os objetivos do CONCENI estão a promoção e facilitação de negócios internacionais; trazer à tona discussões sobre problemas e desafios, além da cocriação de políticas públicas para o setor.  

A próxima assembleia do CONCENI está marcado para o dia 16 de abril.  

 

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Lacres eletrônicos em envelopes de provas oferecem segurança a documentações

A Fractal, empresa de tecnologia especializada em lacres eletrônicos, expandiu suas soluções para novas aplicações, incluindo o uso de lacres eletrônicos em envelopes de provas.

A iniciativa tem o intuito de aumentar a segurança e a integridade dos processos avaliativos, assegurando que os documentos permaneçam inalterados desde a sua emissão até a avaliação final.

Os lacres eletrônicos passivos, preparados para RFID e NFC, são projetados para monitorar o estado dos documentos em tempo real, possibilitando a verificação da autenticidade dos envelopes. A tecnologia empregada permite a emissão de alertas imediatos caso haja qualquer tentativa de violação, garantindo que o conteúdo permaneça protegido durante o transporte e armazenamento.

Elio Santos, commercial manager da Fractal, afirma: “A utilização dos nossos lacres eletrônicos em envelopes de provas tem o intuito de ampliar a segurança dos processos avaliativos, possibilitando um controle eficaz e a integridade dos documentos”. Santos ressalta que a aplicação pode reduzir os riscos de adulteração e aumentar a confiabilidade dos procedimentos de avaliação.

A solução proposta pela Fractal permite a integração dos lacres a sistemas de monitoramento já existentes, viabilizando uma gestão centralizada dos dados. Essa interoperabilidade possibilita uma resposta rápida em caso de anomalias, contribuindo para a melhoria da gestão de riscos em ambientes que exigem elevada segurança.

A expansão para envelopes de provas busca demonstrar a versatilidade da tecnologia Fractal e seu potencial para atender a diferentes demandas de segurança em processos documentais. A solução pode ser adotada por instituições de ensino, órgãos certificadores e outras entidades que necessitam de um método seguro para a transmissão e armazenamento de informações.

FONTE: Mundo do Marketing
Mundo do Marketing

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Quais são os 10 produtos que o Brasil mais importa?

Durante o ano de 2024, País importou US$ 262,5 bilhões, segundo dados da balança comercial

No ano passado, as importações do Brasil avançaram 3,3% e atingiram US$ 262,5 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O desempenho foi puxado pelo avanço de 25,1% na agropecuária. A indústria de transformação teve alta de 3,3%. Por outro lado, houve queda de 10,5% na indústria extrativa.

Pelos dados da Secex, o grupo de itens que lidera as importações é o de óleos combustíveis de petróleo e materiais betuminosos. Foram importados US$ 15,2 bilhões em 2024, sendo US$ 6,24 bilhões vindos da Rússia, o maior fornecedor. Em segundo lugar aparece o item adubos e fertilizantes, com volume total de US$ 13,54 bilhões. Novamente a Rússia lidera, com envios que somaram US$ 3,4 bilhões, segundo os dados do Secex.

Confira a seguir o ranking dos 10 produtos que o Brasil mais importa.

Em 2024 as exportações do País somaram US$ 337 bilhões. Com isso, o houve superávit da balança comercial foi de US$ 74,6 bilhões, o segundo melhor da série histórica, ficando atrás apenas de 2023, com US$ 98,9 bilhões.

Balança comercial de 2025

Dados preliminares referentes da janeiro deste ano indicam que o Brasil teve superávit de US$ 2,16 bilhões. O resultado é a soma das exportações, que ficaram em US$ 25,18 bilhões, ante aos US$ 23 bilhões de importações.

Confira abaixo os produtos mais importados no mês pelo Brasil.

FONTE: O Estadão
Quais são os 10 produtos que o Brasil mais importa? Confira o ranking – Estadão

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Queda da inflação na Argentina é resultado de recessão, diz economista

Queda do PIB foi estimulada pelo brutal corte de gastos públicos

A redução da inflação na Argentina registrada nos últimos meses foi motivada pela queda da atividade econômica do país, que deve fechar o ano passado com recessão de 3% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril do ano passado, a inflação registrada foi de 289% e, em janeiro de 2025 o índice caiu para 84% (ambos no acumulado de 12 meses). 

A avaliação é do especialista Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, que também ministra cursos sobre a economia dos países, incluindo a Argentina. Segundo ele, a recessão foi estimulada pelo “brutal” corte de gastos públicos promovido pelo governo do ultraliberal Javier Milei, atualmente envolvido no chamado escândalo do Cripto Gate.

“A grande explicação para a queda da inflação na Argentina está na queda do PIB. Ou seja, a economia mergulhou em recessão e a consequência disso é a queda da inflação porque você tem uma economia que para de funcionar e se contrai. Não temos ainda o dado consolidado do PIB, mas ele deve cair de 3% a 4% no ano passado. É o completo oposto do Brasil, que deve ter crescido 3,5%”, explicou o especialista.

Paulo Gala acrescenta que o ajuste fiscal promovido pelo governo, com a suspensão de obras, demissões de funcionários, corte no repasse para províncias e redução de despesas com educação, entre outras, fez da Argentina o país da América Latina com maior superávit fiscal da região.

“O que Milei está fazendo na Argentina é o que a gente chama de um choque clássico de contração de gasto público. Ele segurou os gastos ao máximo, fez um ajuste fiscal gigante, muito duro. A consequência é uma desaceleração econômica muito grande”, completou.

Para o especialista, apesar da melhoria dos indicadores econômicos a partir do final do ano passado, a situação ainda é gravíssima. “Ainda é um caso de UTI. O ano passado foi um ano muito difícil. Então, dificilmente 2025 vai ser pior do que o ano passado. Agora, a dúvida é quão robusta e sustentável vai ser essa recuperação. A inflação ainda é muito alta, próxima de 100%. O desemprego também está muito elevado”, comentou.

A produção industrial da Argentina registrou uma queda de -9,4% no acumulado de 2024. Apesar do número negativo, a taxa é menor que a de abril de 2024, quando a indústria registrou uma retração de -15,4%, considerando os 12 meses anteriores. Os dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec).

Por sua vez, o presidente Javier Milei tem sustentando que a economia está em “franca recuperação”, destacando como grande mérito da sua gestão a queda da inflação e a redução das despesas públicas.

Inflação Argentina acumulada dos últimos 12 meses
Inflação Argentina acumulada dos últimos 12 meses – Arte/EBC

Pobreza

A recessão do país vizinho fez a pobreza disparar na Argentina de 38,7% da população, no primeiro trimestre de 2023, assim que Milei assumiu o governo, para 54,8% da população no primeiro trimestre de 2024, segundo o Observatório da Dívida Social da Argentina, da Universidade Católica do país.

Ao longo do ano passado, os indicadores de pobreza melhoraram, chegando novamente em torno dos 38% da população no terceiro trimestre de 2024. Segundo os pesquisadores do Observatório, a queda na pobreza deve ser analisada com cautela, uma vez que outros serviços registraram aumento de custos.

“A queda do nível de pobreza não implica que as famílias tenham recuperado os níveis de consumo já reduzidos que existiam antes do ajuste: o aumento dos custos fixos dos serviços de transporte, comunicação, eletricidade, água, gás, etc. faz que a capacidade de consumir alimentos e outros bens básicos na verdade caiu”, afirmam.

São consideradas pobres as famílias que têm uma renda que consegue cobrir os custos da cesta básica de alimentação, mas não sobra dinheiro para outros gastos, como saúde, educação e roupas. Já a classificação de indigente é para as famílias que têm uma renda abaixo do valor da cesta básica alimentar.

Outro indicador utilizado para medir a pobreza é a chamada pobreza multidimensional que, além de considerar a renda das famílias, avalia se elas têm acesso a serviços básicos, como moradia digna, água, saneamento, emprego e seguridade social.

No caso desse indicador, houve uma piora em 2024, com a pobreza multidimensional passando de 39,8% em 2023 para 41,6% da população no ano passado. “Esses dados permitem-nos inferir na realidade uma acentuação de privações estruturais entre as famílias sujeitas à pobreza de renda”, afirmou o Observatório.

Índice de pobreza e indigência na Argentina
Índice de pobreza e indigência na Argentina – Arte/EBC

FONTE: Agencia Brasil
Queda da inflação na Argentina é resultado de recessão, diz economista | Agência Brasil

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Governo mantém mistura de biodiesel em 14% para conter alimentos

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu suspender o aumento da mistura de biodiesel ao diesel para 15%, mantendo o percentual atual de 14%, vigente desde março de 2024. A medida busca priorizar a destinação da soja para a alimentação e, assim, conter a alta nos preços dos alimentos.

A soja é a principal matéria-prima do biodiesel no Brasil e desempenha papel essencial na produção de óleo de cozinha e ração animal. Reduzindo a demanda da oleaginosa para biocombustíveis, o governo espera aumentar sua oferta no mercado alimentício, ajudando a reduzir a inflação dos alimentos. “O preço dos alimentos é a grande prioridade do nosso governo”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Impactos
Embora o governo justifique a decisão com base no controle da inflação, associações do setor e analistas de mercado argumentam que a expansão do biodiesel e do etanol de milho não teria impacto significativo nos preços dos alimentos. A hipótese foi levantada no início deste mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além da decisão sobre a mistura do biodiesel, o CNPE aprovou a criação de uma operação conjunta entre órgãos do governo federal para combater fraudes na mistura obrigatória do biocombustível ao diesel. Segundo o ministro Silveira, a concorrência desleal gerada por essas fraudes desestimula investimentos no setor e compromete a sustentabilidade da cadeia de suprimentos.

Reforço na fiscalização
Diante desse cenário, o governo determinou a criação de um grupo de trabalho para ampliar a fiscalização na mistura do biodiesel. O objetivo é garantir uma concorrência justa e evitar irregularidades que pressionam o preço do diesel comercial. O grupo também analisará formas de ampliar o uso de outras oleaginosas na fabricação do biodiesel, reduzindo a dependência da soja.
A decisão do CNPE também leva em conta o impacto do aumento da mistura de biodiesel no preço final do diesel. O biocombustível tende a ser mais caro que o diesel fóssil, e essa relação de custo pode afetar o transporte de cargas e, consequentemente, a inflação geral.
No início do mês, a Petrobras elevou em mais de 6% o preço médio do diesel para distribuidoras, chegando a R$ 3,72 por litro. Esse foi o primeiro reajuste no valor do combustível em mais de um ano. Apesar do aumento, o governo minimizou os impactos e afirmou que monitora eventuais reações de categorias como os caminhoneiros. Até o momento, não há registros de alertas sobre insatisfação por parte desses profissionais.
A decisão do governo sobre a mistura do biodiesel sinaliza um compromisso com o controle da inflação dos alimentos, mas gera preocupações no setor energético e entre produtores de biocombustíveis. Os próximos meses serão decisivos para avaliar os efeitos dessa medida no abastecimento de combustíveis e na economia como um todo.

FONTE: O Estado CE
Governo mantém mistura de biodiesel em 14% para conter alimentos – O Estado CE

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Disparada nos preços leva governo a adiar exigência de maior uso de biocombustível no diesel

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou nesta terça-feira, 18, a manutenção do porcentual mínimo obrigatório de biodiesel ao óleo diesel em 14% até “posterior deliberação”. A decisão foi tomada na primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 2025.

No fim de 2023, o CNPE havia definido para março de 2024 a mistura de 14% de biodiesel ao diesel (B14), com a previsão de chegar a 15% (B15) em 2025. Além da redução da emissão de dióxido de carbono na atmosfera, foi citada a redução da importação do combustível fóssil.

Silveira defendeu um reforço da fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) sobre a mistura em 14%. Ele citou deficiências na fiscalização do regulador e declarou que há denúncias de que algumas distribuidoras não estão fazendo a mistura. O ministro reiterou que a manutenção do porcentual não causa insegurança jurídica.

Uma ala do governo defendia a manutenção do porcentual em 14% e a derrubada do cronograma que previa a adoção do B15 (mandato de 15%) a partir de 1º de março. O pedido de manutenção da mistura partiu da Casa Civil, de acordo com pessoas a par das discussões.

O preço do diesel disparou na primeira quinzena de fevereiro, conforme o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora as transações em 21 mil postos de abastecimento do Brasil.

Ante o mesmo período do mês anterior, o preço médio por litro do diesel comum subiu 4,65%, de R$ 6,23 para R$ 6,52; e o do diesel S10 subiu 4,93%, de R$ 6,29 para R$ 6,60 de acordo com levantamento divulgado na sexta-feira, 14.

O motivo alegado nos bastidores para a manutenção da mistura nos níveis atuais é o potencial aumento do preço do óleo diesel ao consumidor. Após o preço do combustível subir mais de R$ 0,28 (R$ 0,22 pelo reajuste da Petrobras e R$ 0,06 pelo aumento do ICMS estadual), o governo quer evitar novas altas, em momento no qual o Palácio do Planalto está preocupado com a inflação resistente e com a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro argumento usado pelo governo é a alta de 29% do preço do óleo de soja em 2024, principal matéria-prima do biocombustível, e o receio de que a maior demanda do produto para produção de biocombustível poderá afetar o preço do óleo envasado, utilizado na alimentação.

O setor do biodiesel prevê impacto limitado, de R$ 0,01, no preço do óleo diesel na bomba a partir do aumento da mistura. Já distribuidoras de combustíveis estimam aumento de até R$ 0,02 no preço do óleo diesel ao consumidor a partir do maior teor de biodiesel.

Os fabricantes consideravam que não havia risco de mudança. Entidades do setor chegaram a intensificar conversas com integrantes do governo a fim de desmobilizar eventual alteração no cronograma.

As entidades do setor argumentam que impedir o aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel pode trazer impactos econômicos superiores ao aumento de R$ 0,01 no preço final do combustível. As usinas avaliam que qualquer mudança no cronograma previsto poderia desestruturar a cadeia produtiva do óleo e do farelo de soja.

Entre os efeitos potenciais avaliados pelo setor estão retração de investimentos já anunciados pelas usinas, consequente queda de geração de emprego e renda pela indústria, aumento da importação de diesel, o que afetaria balança comercial e aumento nos preços das carnes, em virtude de um possível menor esmagamento de soja e produção de farelo de soja — utilizado na alimentação animal.

Outro argumento é que a mudança no cronograma há menos de 15 dias antes da implementação traz perda de previsibilidade ao setor, que já tem contratos fechados com fornecedores considerando a evolução da mistura programada há mais de um ano. O setor de biocombustíveis também cobra do governo colocar em prática o que foi regulamentado na lei do Combustível do Futuro.

Do lado dos aspectos ambientais, o setor argumenta ao governo que a demonstração pública da adoção de uma matriz energética renovável torna-se ainda mais relevante no ano que o País sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30).

FONTE: Estadão 150
Disparada nos preços leva governo a adiar exigência de maior uso de biocombustível no diesel – Estadão

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