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Economia, Gestão, Industria, Internacional, Investimento, Negócios, Notícias

Veja como uma decisão da ONU fez Brasil “ganhar” uma Alemanha

O órgão da Organização das Nações Unidas que avalia delimitações de fronteiras marítimas dos países aceitou ampliar a fronteira do Brasil a partir da costa do litoral norte.

A Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU reconheceu como sendo pertencente ao país uma nova área de solo e do subsolo do Atlântico com dimensões equivalentes às do território da Alemanha. Até então, essa região não estava sob jurisdição de nenhum país. A área é chamada de Margem Equatorial
e tem 360 mil quilômetros quadrados. Apesar de mesmo nome, essa nova área não é a que a Petrobras busca autorização para iniciar pesquisas de petróleo e gás.

A região de interesse da companhia está dentro do limite das 200 milhas náuticas, que é a fronteira marítima já reconhecida. A nova área vai além. Chega, em alguns pontos, a 350 milhas náuticas de distância do litoral do Amapá e do Pará. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (26) no site da comissão de limites da ONU.

O Brasil iniciou seu pleito por reconhecimento de fronteiras marítimas mais amplas em 2004. O projeto inicial foi negado. Em 2007, a Marinha submeteu um novo pleito. Os trabalhos envolveram expedições marinhas, softwares específicos, equipes de geofísicos, geólogos, entre outros especialistas da Marinha e também da Petrobras.

A Petrobras tem sido a principal financiadora das pesquisas conduzidas pela Projeto Leplac (Levantamento da Plataforma Continental), que une profissionais da Marinha e da petroleira.

“O Brasil passa a ter o direito de explorar riquezas do solo e do subsolo marinho numa área equivalente à do território da Alemanha”, disse nesta quarta ao Valor o vice-Almirante Marco Antônio Linhares Soares, diretor de Hidrografia e Navegação da Marinha. Nódulos polimetálicos, além de gás e petróleo, podem vir a ser encontrados dentro dessa nova fronteira marítima, disse. “A região da Margem Equatorial que a Petrobras tem atualmente interesse está dentro das 200 milhas, mas poderá haver algum bloco [de petróleo que venha a ser descoberto] que se estenda além dessa faixa e que incida sobre essa nova área a que só o Estado brasileiro tem agora o direito de explorar”, afirmou ele.

“Sabemos da importância para o Brasil da decisão de ampliação da área marítima”, disse a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, por meio de nota da empresa. “Além de fortalecer a soberania do país, permite o acesso aos recursos ali presentes. A parceria entre a Petrobras e a Marinha vem de longa data, e este é mais um resultado histórico desse trabalho conjunto.”

Com apoio do presidente Lula, a Petrobras busca obter licenças do Ibama para iniciar pesquisas de campos de petróleo na Margem Equatorial (dentro das 200 milhas). O projeto tem sido fortemente criticado por especialistas em meio ambiente dados os riscos de vazamento de óleo que poderia atingir a foz do Amazonas.

Em 2019, a comissão de limites da ONU já havia aceito o pedido brasileiro que ampliou a fronteira marítima na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O país passou a ter soberania sobre uma área além das 200 milhas, que totalizou 170 mil quilômetros quadrados. O próximo pleito a ser analisado pelos peritos da ONU diz respeito a uma faixa do solo e do subsolo marinho que vai de São Paulo à Paraíba. A chamada Margem Oriental Meridional é a maior área requerida pelo Brasil, e ocupa 1,5 milhão de quilômetros quadrados.

Fonte: Valor Econômico
Veja como uma decisão da ONU fez Brasil “ganhar” uma Alemanha | Brasil | Valor Econômico

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Comércio Exterior, Importação, Informação, Internacional, Tributação

Tarifas sobre produtos de importadores de petróleo da Venezuela começam em 2 de abril

Casa Branca confirmou data de nova tarifa dizendo que o regime de Maduro representa “uma ameaça incomum e extraordinária” aos EUA

A Casa Branca confirmou, através de uma ordem executiva, que uma tarifa de 25% poderá ser imposta a partir de 2 de abril a todos os produtos importados para os Estados Unidos de qualquer país que importe petróleo venezuelano, seja diretamente da Venezuela ou indiretamente por meio de terceiros.

“O presidente dos Estados Unidos da América considera que as ações e políticas do regime de Nicolás Maduro na Venezuela continuam a representar uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa”, disse a Casa Branca.

A ordem ainda ressalta que as atividades da gangue Tren de Aragua, uma organização criminosa transnacional originária da Venezuela e designada como uma Organização Terrorista Estrangeira e uma Organização Terrorista Global Especialmente Designada, intensificaram essa ameaça.

FONTE: InfoMoney
Tarifas sobre produtos de importadores de petróleo da Venezuela começam em 2 de abril

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Economia, Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

EUA impõe taxa de 25% para o país que comprar petróleo da Venezuela

A tarifa entrará em vigor no dia dois de abril

Nesta segunda-feira (24), o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou que os países que comprarem petróleo ou gás da Venezuela pagarão tarifa de 25% sobre negociações feitas com os EUA. Essa “tarifa secundária” entrará em vigor em dois de abril. Trump anunciou em publicação no Truth Social, junto à medida do “tarifaço”, já anunciada em quatro de março.

“Portanto, qualquer país que compre petróleo e/ou gás da Venezuela será forçado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos em qualquer comércio que fizer com nosso país”, disse Trump em sua rede social.

Apesar da publicação sobre novas taxas impostas, a mídia internacional tem sinalizado que Trump pode ser mais flexível com setores específicos sobre as tarifas recíprocas.

Presidente dos EUA anuncia novo “tarifaço” que inclui o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou no Congresso americano na terça-feira (4). Ele anunciou que irá impor um “tarifaço” contra diversos países, incluindo o Brasil. Trump informou que as medidas entrarão em vigor em 2 de abril.

Em seu discurso, o presidente estadunidense falou aos parlamentares que os Estados Unidos vêm sendo “roubados” há décadas por outras nações.

FONTE: Guararema News
EUA impõe taxa de 25% para o país que comprar petróleo da Venezuela – Guararema News

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Economia, Industria, Informação, Internacional, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Tributação

China fez raro saque de estoques de petróleo bruto em meio a importações fracas

A China recorreu levemente aos estoques de petróleo bruto nos dois primeiros meses do ano, à medida que as refinarias processaram mais petróleo e as importações permaneceram fracas.

Foi a primeira vez em 18 meses que o processamento das refinarias superou a quantidade de petróleo disponível a partir de importações e produção doméstica.

As refinarias processaram cerca de 30 mil barris por dia (bpd) a mais no período de janeiro-fevereiro do que o total de petróleo disponível, de acordo com cálculos baseados em dados oficiais.

A China não divulga os volumes de petróleo que entram ou saem dos estoques estratégicos e comerciais, mas uma estimativa pode ser feita subtraindo a quantidade de petróleo processada do total disponível a partir de importações e produção interna.

As refinarias processaram o equivalente a 14,74 milhões de bpd nos dois primeiros meses do ano, um aumento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados na segunda-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas.

A China combina os dados de importação de janeiro e fevereiro para suavizar o impacto do feriado de uma semana do Ano Novo Lunar, cuja data exata muda a cada ano.

A China, o maior importador mundial de petróleo bruto, viu as chegadas de 10,37 milhões de bpd nos dois primeiros meses do ano e uma produção interna de 4,34 milhões de bpd.

O total combinado de 14,71 milhões de bpd ficou 30 mil bpd abaixo do volume processado, a primeira vez desde setembro de 2023 que o processamento superou o petróleo disponível.

Considerando que é um acontecimento relativamente raro para as refinarias processarem mais petróleo do que o total de importações e produção doméstica, vale a pena perguntar por que isso aconteceu nos dois primeiros meses de 2025.

A principal razão é que as importações de petróleo foram fracas nos dois primeiros meses, caindo 5% em relação ao mesmo período de 2024.

Provavelmente, houve dois principais fatores por trás da queda nas importações. O primeiro foi que as refinarias reduziram as compras de cargueiros da Rússia após o presidente norte-americano Joe Biden, em fim de mandato, impor novas sanções em meados de janeiro a navios que transportavam petróleo russo.

Mas também é importante notar que as refinarias não parecem ter feito muito esforço para substituir o petróleo russo por cargas de outros fornecedores, e a razão mais provável para isso foi a força dos preços globais do petróleo em janeiro e fevereiro.

Os contratos futuros do Brent atingiram seu ponto mais alto até agora este ano, de US$ 82,63 por barril, em 15 de janeiro, tendo subido constantemente de níveis em torno de US$ 70 no início de dezembro.

RECUO DOS PREÇOS

As refinarias chinesas têm um histórico de reduzir importações quando acreditam que os preços do petróleo subiram demais ou rápido demais.

A última vez que elas recorreram aos estoques, em setembro de 2023, ocorreu após os preços do petróleo terem subido fortemente de cerca de US$ 72 por barril em junho daquele ano para atingir uma máxima de 10 meses de US$ 96,26 em 29 de setembro de 2023.

Os preços do petróleo têm recuado desde a alta em janeiro deste ano, com o Brent sendo negociado em torno de US$ 71,00 por barril no comércio asiático na segunda-feira.

A queda nos preços pode ser suficiente para incentivar as refinarias a comprarem mais petróleo, mas isso provavelmente só aparecerá nas importações a partir de abril, dado o intervalo entre a encomenda e a entrega física do petróleo.

Do lado do processamento das refinarias, vale notar que, embora o processamento tenha aumentado 2,1% nos dois primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2024, ainda ficou bem aquém do que costumava ser o nível normal.

O processamento das refinarias da China caiu em 2024 pela primeira vez em mais de duas décadas, caindo para 14,13 milhões de bpd.

A recuperação para 14,74 milhões de bpd no período de janeiro-fevereiro é modesta, especialmente quando vista em comparação com o período de agosto de 2023 até março de 2024, quando os volumes de processamento regularmente ultrapassaram 15 milhões de bpd.

O processamento das refinarias também foi provavelmente impulsionado pelo aumento da demanda por gasolina durante os feriados do Ano Novo Lunar e pelo início das operações de uma unidade de 200 mil bpd na nova refinaria Shandong Yulong Petrochemical.

Texto de Clyde Russell. As opiniões expressas aqui são do autor, colunista da Reuters. Edição de Kate Mayberry

FONTE: Reuters
China fez raro saque de estoques de petróleo bruto em meio a importações fracas – DatamarNews

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Após tarifas dos EUA, México busca compradores na Ásia e Europa para petróleo bruto

No ano passado, a Pemex exportou 806.000 barris por dia (bpd) de petróleo bruto, dos quais 57% foram para os Estados Unidos

A petroleira estatal mexicana Pemex está em negociações com possíveis compradores na Ásia, incluindo a China, e na Europa, conforme busca mercados alternativos para seu petróleo bruto depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas sobre importações, disse uma autoridade sênior do governo mexicano.

Trump implementou nesta semana tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá. Enquanto o petróleo canadense ganhou exceção de uma taxa de 10%, o petróleo mexicano deve ser taxado em 25%.

Tarifas de Trump trazem volatilidade no curto prazo, mas podem abrir portas ao Brasil

O presidente americano confirmou uma tarifa de 25% sobre importações de Canadá e México, e dobrou a tarifa sobre produtos chineses; agronegócio nacional pode se favorecer com a guerra comercial

No ano passado, a Pemex exportou 806.000 barris por dia (bpd) de petróleo bruto, dos quais 57% foram para os Estados Unidos. Em janeiro, as exportações caíram 44% em relação ao ano anterior, para 532.404 bpd, o nível mais baixo em décadas.

Embora o México já envie cargas de petróleo bruto para a Europa e a Ásia — em especial para Índia e Coreia do Sul, de acordo com dados da Kpler –, seu vizinho do norte recebe a maior parte das exportações do carro-chefe, o heavy sour Maya.

O funcionário do governo disse que a Pemex estava conversando com possíveis novos compradores em mercados fora dos EUA, falando sob condição de anonimato porque as conversas são comercialmente sensíveis.

“O bom é que há apetite pelo petróleo bruto mexicano na Europa, Índia e Ásia”, disse ele. “Há demanda por petróleo bruto pesado e bruto Pemex.”

O funcionário disse que os possíveis compradores chineses estavam “muito interessados” nas conversas iniciais, acrescentando que “a demanda decidirá como esses fluxos serão redirecionados”.

Duas fontes da PMI Comercio Internacional, braço comercial da Pemex, confirmaram à Reuters que China, Índia, Coreia do Sul e até mesmo Japão seriam mercados adequados para o que a Pemex produz diante das tarifas, apesar dos custos mais altos de transporte.

Um desses traders disse que “somente a Ásia” poderia receber o volume que não foi enviado aos EUA, dado o tipo de refinarias que operam lá, já que elas devem ser capazes de processar o tipo específico de petróleo bruto. Nem a Pemex nem seu braço comercial responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Sem descontos

Durante semanas, traders especularam se a empresa de energia mais endividada do mundo daria um desconto a seus clientes norte-americanos, enquanto tenta mantê-los diante das tarifas.

No entanto, o funcionário do governo descartou categoricamente essa concessão e disse que, quando os contratos atuais com os clientes dos EUA expirarem neste mês, os navios provavelmente irão para Ásia e Europa. Os compradores nos EUA não discutiram a rescisão dos contratos, acrescentou a fonte. As duas fontes do braço comercial também confirmaram que não havia planos de aplicar descontos para tornar suas exportações mais competitivas.

FONTE: InfoMoney
Após tarifas dos EUA, México busca compradores na Ásia e Europa para petróleo bruto

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OS EUA QUEREM MANTER O DOMÍNIO MILITAR, ECONÔMICO, TECNOLÓGICO E ENERGÉTICO… E TRABALHAM MUITO PARA ISTO.

Os EUA são o maior produtor mundial de petróleo e gás natural, impulsionados pela revolução do xisto e pelos avanços tecnológicos. Décadas passadas não era isto que víamos.

Desde 2018, os EUA são o maior produtor de petróleo do mundo , ultrapassando a Arábia Saudita e a Rússia. Em 2023, a produção de petróleo bruto mais condensado dos EUA atingiu uma média de 12,9 milhões de barris por dia (BPD).

Os EUA são o maior produtor de gás natural do mundo desde 2009, graças às formações de xisto como Marcellus, Utica e Haynesville. E a petroquímica cresce junto.

Os EUA também lideram o mundo na produção de biocombustíveis, consolidando ainda mais sua posição em energia renovável. São o segundo maior produtor de energia eólica. Os EUA são líderes globais em energia nuclear há décadas.

Domínio, esta é a palavra chave nos EUA. O México, o Canadá, o Panamá e a Colômbia já viram isto em duas semanas de governo Trump. Gostem ou não, esta é a realidade atual. Vamos mudar?? Só com muito trabalho e escolhas certas.

FONTE: Diário de Notícia
Hamish McRae: “Não consigo imaginar o fim da liderança americana”

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‘Perfure, baby, perfure’: Trump promete bombear, exportar mais petróleo e preços mais baixos

Para a Índia, que é o terceiro maior consumidor mundial de petróleo bruto e depende de importações para atender a mais de 85% de sua necessidade da commodity, isso seria uma coisa boa.

O primeiro discurso de Donald Trump como o 47º presidente dos Estados Unidos apresentou vários slogans que ele empregou durante sua campanha presidencial, e entre eles estava “Perfure, baby, perfure”, indicando que seu governo pressionará por mais produção de petróleo e gás, bem como consumo nos EUA. Trump, que disse que declarará uma “emergência energética nacional” para aumentar a produção de petróleo e gás dos EUA e reduzir os preços, também anunciou que os EUA aumentarão suas exportações de energia.

Os comentários do presidente dos EUA logo após sua posse podem levar a uma maior pressão descendente sobre os preços do petróleo. Na verdade, os preços do petróleo caíram um pouco após o discurso de posse de Trump, mesmo enquanto o mercado aguarda os detalhes de suas ordens executivas sobre a “emergência energética”.

Para a Índia, que é o terceiro maior consumidor mundial de petróleo bruto e depende de importações para atender a mais de 85% de sua necessidade da commodity, uma queda nos preços do petróleo seria uma coisa boa. Além disso, os EUA já são o quinto maior fornecedor de petróleo bruto para a Índia, e um aumento nas exportações de petróleo dos EUA poderia beneficiar ainda mais a Índia.

A forte dependência do petróleo bruto importado torna a economia indiana vulnerável à volatilidade global dos preços do petróleo, além de influenciar o déficit comercial do país, as reservas cambiais, a taxa de câmbio da rúpia e a inflação.

“A crise inflacionária (nos EUA) foi causada por gastos excessivos maciços e aumento dos preços da energia, e é por isso que hoje também declararei uma emergência energética nacional. Vamos perfurar, baby, perfurar. A América será uma nação manufatureira mais uma vez, e temos algo que nenhuma outra nação manufatureira jamais terá, a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país do mundo. E vamos usá-lo”, disse Trump.

“Vamos reduzir os preços, encher nossas reservas estratégicas (de petróleo) novamente, direto para o topo, e exportar energia americana para todo o mundo. Seremos uma nação rica novamente, e é esse ouro líquido sob nossos pés que ajudará a fazer isso”, disse Trump, acrescentando que também revogará o que chama de “mandato do veículo elétrico”, ou as políticas do governo Joe Biden que pressionaram por uma maior adoção de veículos elétricos.

Embora seja muito cedo para dizer como o segundo mandato de Trump como presidente dos EUA será realmente para os mercados globais de petróleo, observadores da indústria esperam que as políticas econômicas e energéticas do governo Trump pressionem para baixo os preços do petróleo. Se estritamente implementados, seus planos de impor altas tarifas sobre as importações – particularmente sobre as da China – podem impactar negativamente a demanda global de petróleo, já que a China é o maior importador de petróleo do mundo.

Além disso, o esforço de Trump para aumentar significativamente a produção de petróleo dos EUA e até mesmo as exportações pode aumentar a oferta global de petróleo e até mesmo levar os principais produtores de petróleo a competir por participação de mercado, o que novamente pode pressionar os preços para baixo.

Realisticamente, porém, a nova dispensa em Washington provavelmente pressionará por um mercado global de petróleo amplamente equilibrado para manter os preços do petróleo sob controle, evitando um declínio acentuado ou queda, pois isso tornaria a produção inviável também para os produtores de petróleo americanos. E embora Trump tenha prometido aos eleitores que reduzirá drasticamente as contas de energia nos EUA, a Casa Branca por conta própria tem instrumentos limitados para influenciar significativamente os preços do petróleo.

Em uma nota em novembro, a S&P Global Commodity Insights (SPGCI) disse que esperava que os compradores de petróleo asiáticos – incluindo a Índia – testemunhassem significativamente mais oportunidades de importar “petróleo bruto com preços atraentes dos EUA” à medida que sua competição com os fornecedores da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se intensifica.

A crescente produção de petróleo dos EUA representou um desafio significativo para a OPEP + (OPEP e seus outros países parceiros) nos últimos anos, exercendo pressão descendente sobre os preços, ameaçando a participação de mercado do bloco e provocando cortes maciços na produção. Analistas dizem que o aumento da produção dos EUA, bem como os aumentos de produção em outros países não membros da OPEP +, como Brasil, Guiana e Canadá, quase anularam o impacto dos cortes de produção da OPEP + em 2024, disse a SPGCI.

A empresa de análise de mercado de commodities Kpler acredita que Trump apoiará vigorosamente os produtores domésticos de petróleo e gás nos EUA, seguirá uma política agressiva de construção de infraestrutura de energia e poderá tentar moderar os padrões de emissões.

“Apesar de nossas expectativas de um declínio acentuado no crescimento da produção de petróleo dos EUA no próximo ano, Trump ainda pressionará por políticas de apoio à perfuração de petróleo e gás natural, mesmo que essas medidas sejam apenas marginalmente impactantes. Durante a campanha, Trump reiterou planos para agilizar a emissão de licenças para perfuração em terras federais e a intenção de reverter os regulamentos que impedem as operações de extração de petróleo e gás. Trump provavelmente também tentará revogar as ordens executivas da era Biden, incluindo metas agressivas de redução de emissões de gases de efeito estufa e um plano para conservar 30% das terras federais dos EUA até 2030”, disse Kpler anteriormente.

FONTE: India Nex press
‘Perfure, baby, perfure’: Trump promete bombear, exportar mais petróleo, preços mais baixos | Notícias de negócios – The Indian Express

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Petróleo russo sofre sanções de Biden; governo americano alega que medida seria para enfraquecer financiamento da guerra

O governo Biden adotou como alvo, nesta sexta-feira (10), o setor energético da Rússia, incluindo sua indústria petrolífera, com algumas de suas sanções mais severas até o momento. O objetivo é cortar o financiamento para a guerra de Moscou contra a Ucrânia.

As mudanças radicais, tomadas pouco mais de uma semana antes do presidente Joe Biden deixar o cargo, ocorrem no momento em que o presidente eleito Donald Trump diz que está se preparando para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin. Elas também têm o potencial de enfraquecer os investidores no mercados de energia.

Altos funcionários da administração dos EUA disseram que querem deixar Kiev – e a nova administração Trump – com uma posição favorável para potenciais negociações.

Esses funcionários expressaram esperança de que a próxima administração manteria e aplicaria as sanções, apesar do ceticismo anterior de alguns funcionários de Trump sobre a eficácia de tais medidas.

As novas sanções contra “a maior e mais importante fonte de receita do Kremlin” atingiram centenas de alvos, incluindo duas das maiores empresas petrolíferas da Rússia: a Public Joint Stock Company Gazprom Neft e a Surgutneftegas.

As sanções também têm como alvo quase 200 navios transportadores de petróleo, muitos dos quais são acusados ​​de fazer parte da chamada “frota sombra” que trabalha para fugir das sanções, bem como comerciantes de petróleo e autoridades de energia. Eles também miram a produção e exportação de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia.

“Esperamos que nossas ações custem à Rússia mais de bilhões de dólares por mês”, disse um alto funcionário do governo.

As sanções, introduzidas em coordenação com o Reino Unido, são parte da abordagem mais ampla da administração para reforçar Kiev. A administração Biden anunciou na última quinta-feira (9) sua parcela final de ajuda militar para a Ucrânia, avaliada em cerca de US$ 500 milhões.

O Pentágono disse na sexta-feira que haverá “pouco menos de US$ 4 bilhões” em financiamento da Presidential Drawdown Authority que será transferido para a administração Trump para financiar ajuda à Ucrânia.

“Essas sanções, somadas às ações que tomamos nas últimas semanas, ajudam a colocar a Ucrânia em uma posição na qual eles têm a capacidade de trabalhar com o novo governo para tentar encontrar uma paz justa”, disse um segundo alto funcionário do governo.

Na quinta-feira, Trump reiterou seu desejo de acabar com a guerra na Ucrânia: “O presidente Putin quer se reunir — ele disse isso até publicamente — e temos que acabar com essa guerra. Isso é uma bagunça sangrenta”, ele o presidente americano.

O primeiro alto funcionário da administração reconheceu que “cabe inteiramente” à equipe de Trump “determinar se, quando e em que termos poderão levantar quaisquer sanções que tenhamos implementado”.

Além disso, a força das sanções dependerá em grande parte da sua aplicação, com um responsável refletindo que “temos de fazer corresponder cada evasão a uma contramedida, e isso exigirá vontade política”.

“A Rússia fará todos os esforços para contornar essas sanções. É inevitável”, disse o oficial.

“Mas a evasão não é sem custos. A Rússia tem tido uma necessidade constante de se adaptar e reorientar suas cadeias de suprimentos. Isso cria ineficiência. Cria incerteza. Cria complexidade. Então nossas sanções são como quilos de areia nas engrenagens da máquina de guerra da Rússia”, disseram.

As medidas de hoje não têm sanções secundárias contra países específicos, afirmaram autoridades. China e Índia foram os principais importadores de petróleo russo durante a guerra na Ucrânia.

As autoridades argumentaram que esperaram até os últimos dias do governo para impor as sanções, em parte por causa do estado do mercado global de petróleo e do potencial impacto na economia dos EUA.

A invasão da Ucrânia pela Rússia no início de 2022 gerou temores de grandes interrupções no fornecimento de um dos principais produtores do mundo.

Os preços do petróleo atingiram US$ 130 o barril em março de 2022, contribuindo para a crise inflacionária na economia dos EUA e levando os preços da gasolina a máximas históricas.

“Durante grande parte desta guerra, os suprimentos globais estavam escassos e corriam o risco de não atender à demanda”, explicou o primeiro alto funcionário do governo, observando que isso provavelmente aumentaria as receitas para a Rússia “enquanto aumentaria os preços nas bombas de gasolina para as famílias nos Estados Unidos e em todo o mundo”.

Agora, disse o funcionário, tanto os mercados de petróleo quanto a economia dos EUA “estão em uma posição fundamentalmente melhor”.

Os Estados Unidos estão produzindo mais petróleo do que qualquer nação na história mundial, forçando a OPEP a reduzir o fornecimento. Os preços do petróleo têm sido relativamente contidos, em parte por causa da produção recorde dos EUA.

Ainda assim, os preços do petróleo subiram acentuadamente na manhã de sexta-feira, mesmo antes do anúncio oficial das sanções, com alguns traders culpando os rumores de sanções.

O petróleo bruto dos EUA saltou 4% para quase US$ 77 o barril. O petróleo bruto Brent, referência mundial, avançou 3,7% para cerca de US$ 80 o barril.

Fonte: CNN
Biden impõe sanções ao petróleo russo para enfraquecer financiamento de guerra

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A ação de Biden que pode interferir nos planos de Donald Trump

O presidente americano Joe Biden banirá a exploração de petróleo e gás em boa parte do território marítimo dos Estados Unidos.

A decisão pode afetar os planos do presidente eleito Donald Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro e promete aumentar a produção doméstica de energia. A proibição abrange 253 milhões de hectares de águas federais, incluindo as costas leste e oeste dos Estados Unidos, o leste do Golfo do México e partes do Mar de Bering, no Alasca. Segundo Biden, a decisão visa combater as mudanças climáticas e zelar pelo compromisso de conservar 30% do território americano até 2030.

“A minha decisão reflete o que as comunidades costeiras, as empresas e os banhistas sabem há muito tempo: que a perfuração nestas costas pode causar danos irreversíveis a locais que nos são caros e é desnecessária para satisfazer as necessidades energéticas da nossa nação”, disse Biden, em comunicado. “Os riscos não valem a pena”.

A medida, no entanto, é considerada sobretudo simbólica: na prática, não afetará áreas de extração em curso e abrange principalmente regiões de pouco interesse econômico para as petroleiras.

Atualmente, os Estados Unidos são os maiores produtores de petróleo do mundo, responsáveis por 22% da produção mundial em 2023, com cerca de 22 milhões de barris por dia (bdp), seguidos pela Arábia Saudita (11.1 milhões de bpd) e Rússia (10.75 milhões de bpd). A produção americana tem sido impulsionada por explorações terrestres no Texas e o Novo México, mas boa parte da produção – cerca de 15% do total – vem de áreas marítimas estatais, em especial na região do Golfo do México.

A decisão de Biden vem no momento de incerteza para as políticas de conservação no país, à medida que Trump reverter e se opor a pautas ambientais quando assumir o cargo. Em entrevista para o programa americano de rádio Hugh Hewitt, o republicano chamou a medida de “ridícula” e afirmou que tem o direito de “cancelar o banimento [da exploração marítima] imediatamente”.

Fonte: Veja
A decisão de Biden que pode atrapalhar planos de D… | VEJA

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Petróleo deve ultrapassar soja como principal exportação do Brasil

Em 25 de novembro, as exportações de soja totalizaram US$ 41,92 bilhões, apenas US$ 60 milhões à frente das exportações de petróleo, que atingiram US$ 41,86 bilhões

O petróleo está a caminho de se tornar o principal produto de exportação do Brasil em 2024 , um marco não visto desde que os registros da balança comercial começaram em 1997. Em 25 de novembro, de acordo com os dados mais recentes, as exportações de soja totalizaram US$ 41,92 bilhões, apenas US$ 60 milhões à frente das exportações de petróleo, que atingiram US$ 41,86 bilhões. Esses números mostram que a soja representa 14,62% ​​das exportações, com o petróleo logo atrás, com 14,61%. No mesmo período do ano passado, suas participações foram de 16,5% e 12,6%, respectivamente.

Espera-se que o petróleo supere a soja, que historicamente vê maiores volumes de embarques até setembro devido aos padrões sazonais de colheita. No final de novembro, a média diária de exportações de soja era de US$ 68,34 milhões, em comparação com US$ 255,76 milhões para o petróleo.

O petróleo deve fechar 2024 com níveis recordes de exportação, tendo já atingido uma alta histórica de janeiro a outubro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). As exportações de petróleo nesse período totalizaram US$ 38,29 bilhões, um aumento de 10,6% em relação ao mesmo período de 2023. Enquanto isso, as exportações de soja caíram 15,6% na comparação anual, totalizando US$ 40,97 bilhões até outubro.

O declínio nos valores de exportação de soja se deve principalmente a uma colheita menor. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção de soja do Brasil para a safra 2023/2024 é estimada em 147,38 milhões de toneladas, queda de 7,23 milhões de toneladas em relação à temporada anterior. A queda foi causada em grande parte pelo clima adverso, incluindo chuvas atrasadas e altas temperaturas.

A produção de petróleo do Brasil, por sua vez, também atingiu níveis recordes em 2023. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que até outubro de 2024, a produção havia crescido 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Apesar do crescimento das exportações, a produção de petróleo do Brasil em 2024 ficou aquém do esperado, com leve queda projetada para o ano em relação a 2023.

“Durante o segundo semestre do ano passado, a produção aumentou devido a novos investimentos, à abertura de novos poços e à melhoria da produtividade em locais existentes. No entanto, a produção desacelerou no primeiro semestre de 2024”, disse Bruno Cordeiro, analista de mercado da StoneX. Além de um número importante de poços maduros contribuindo para um declínio natural na oferta, ele explicou, houve atrasos na abertura antecipada de novos poços.

A mudança das refinarias brasileiras para a produção de produtos de petróleo de maior valor também contribuiu para um aumento nas exportações de petróleo bruto. “Isso criou um excedente maior de petróleo bruto para exportação nos últimos três meses”, explicou o Sr. Cordeiro.

Desde 2017, o petróleo tem consistentemente se classificado entre os três principais produtos de exportação do Brasil, ao lado da soja e do minério de ferro. “No entanto, o petróleo se tornar o líder é algo sem precedentes. Historicamente, a rivalidade pelo primeiro lugar era entre o minério de ferro e a soja”, disse José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

A crescente produção de petróleo e as tendências de preço influenciaram essa mudança. Enquanto tanto a soja quanto o óleo tiveram declínios de preço, a queda nos preços da soja foi mais acentuada. De janeiro a outubro, o preço médio de exportação da soja caiu 16,8% em comparação com o mesmo período em 2023, enquanto os preços do petróleo caíram apenas 2,9%, de acordo com a SECEX.

Incertezas geopolíticas

As tendências de preços internacionais continuam sendo um fator-chave para as exportações de petróleo. “Temos visto pressão descendente nos preços do petróleo, especialmente desde agosto. No início do ano, o petróleo estava sendo negociado em torno de US$ 90 por barril, mas agora está entre US$ 70 e US$ 75”, observou o Sr. Cordeiro. Esse declínio reflete preocupações sobre a demanda global nos próximos anos, particularmente à medida que o conflito comercial EUA-China se intensifica, potencialmente desacelerando o crescimento econômico global.

O cenário geopolítico também desempenha um papel. As políticas protecionistas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, podem mudar a dinâmica da exportação de petróleo ainda mais em direção à China. Atualmente, 57% das exportações de petróleo do Brasil vão para a Ásia, com aproximadamente 45% destinados à China.

“A pressão de Trump para aumentar a produção doméstica de petróleo dos EUA pode afetar indiretamente as exportações de petróleo brasileiro, possivelmente reduzindo a demanda da China se as tensões geopolíticas aumentarem”, disse Livio Ribeiro, economista da BRCG e pesquisador da FGV Ibre. “Trump disse que quer aumentar a produção doméstica de petróleo dos EUA. Isso pode criar alguma confusão, com canais diretos e indiretos. Há também uma questão relacionada ao bloco. A China poderia comprar menos petróleo brasileiro porque estamos mais alinhados com os Estados Unidos e comprar mais petróleo russo? Esta também é uma possibilidade, embora muito indireta. O canal primário deve ser um ajuste de preço devido às políticas dos EUA. Isso pode levar à redução da lucratividade, mas não à redução do volume de produção de petróleo brasileiro.”

Segundo a SECEX, a China é atualmente o maior destino das exportações brasileiras de petróleo, respondendo por 45,8% dos embarques. Os EUA estão em segundo lugar com 12,6%, seguidos pela Espanha com 10,4%. No mercado de soja, a China desempenha um papel ainda mais dominante, absorvendo 73,1% das exportações do Brasil, com a Espanha em um distante segundo lugar com 4,4%.

Dados do governo chinês ressaltam a importância do Brasil como fornecedor de commodities. Entre as importações chinesas, o Brasil é a principal fonte de soja, a segunda maior de minério de ferro e a sexta de petróleo. No entanto, as importações de petróleo da China são mais diversificadas; a participação do Brasil nas importações chinesas de soja é de 73,8%, enquanto sua participação nas importações de petróleo é de apenas 6,8%.

O Sr. Castro da AEB destaca a incerteza significativa em torno do comércio global a partir de 2025. Ele também observa que os preços do petróleo permanecem altamente sensíveis a potenciais interrupções, incluindo novos conflitos ou decisões de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

No curto prazo, o Sr. Cordeiro sugere que o Brasil provavelmente manterá superávits de exportação se a produção continuar a crescer conforme delineado nos planos estratégicos da Petrobras, especialmente dada a capacidade limitada de refino do Brasil.

No longo prazo, ele enfatiza o impacto crescente dos biocombustíveis entrando no mercado. “A agenda de exploração de petróleo está cada vez mais competindo com outras prioridades, particularmente aquelas ligadas à transição energética. Por exemplo, a Petrobras provavelmente entrará no mercado de etanol. Também estamos vendo as empresas de petróleo mudando seu foco para o gás natural e soluções mais amplas de baixo carbono”, disse o Sr. Cordeiro.

“Enquanto as expectativas de curto prazo são movidas por fatores econômicos e geopolíticos, em um horizonte mais longo — em torno de cinco anos — antecipamos um impacto maior da transição energética. Isso pode aumentar os níveis de produção brasileira e redirecionar os fluxos de investimento”, acrescentou.

O Sr. Cordeiro ressalta que o Brasil está atualmente entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, ocupando uma posição significativa no mercado global. Embora a produção de petróleo em 2024 esteja projetada para concluir com um ligeiro declínio em comparação a 2023, espera-se que seja a segunda maior produção no registro histórico do país.

De acordo com Welber Barral, sócio do BMJ e ex-secretário de comércio exterior, esse crescimento da produção foi impulsionado pela exploração do pré-sal, que agora responde por quase 80% da produção de petróleo do Brasil. “Apesar dos custos relativamente altos associados à exploração do pré-sal, o Brasil melhorou significativamente a eficiência nessa área, permitindo maiores níveis de produção”, disse o Sr. Barral.

“No entanto, o desafio está na agregação de valor. Mesmo com o aumento da produção, o Brasil continua exportando grandes volumes de petróleo bruto enquanto importa derivados de petróleo refinado”, acrescentou.

FONTE: Intermodal Valor
https://valorinternational.globo.com/economy/news/2024/12/05/oil-poised-to-overtake-soybeans-as-brazils-top-export.ghtml

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