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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Gestão, Industria, Informação, Mercado Internacional, Negócios

Abertura de mercado na Arábia Saudita para produtos de origem vegetal

Com os anúncios, o agronegócio brasileiro totalizou 265 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023

 

governo brasileiro recebeu, com satisfação, a notícia da simplificação do procedimento de aprovação necessário às exportações de algodão em pluma, algodão em caroço e desperdícios de algodão (farelos, torta, fibrila e óleo) do Brasil para a Arábia Saudita.

Essa é a sexta abertura de mercado na Arábia Saudita neste ano. Em março, foi autorizada a importação de sementes de hortaliças; em agosto, de aves vivas; e, neste mês, de flores e feno.

Com os anúncios, o agronegócio brasileiro alcançou sua 187ª abertura de mercado neste ano, totalizando 265 aberturas em 61 destinos desde o início de 2023.

A conquista coincide com a consolidação do Brasil como o maior exportador mundial de algodão. Nos primeiros nove meses de 2024, o país já comercializou US$ 3,68 bilhões e 1,90 milhão de toneladas, superando o total de US$ 3,33 bilhões e 1,68 milhão de toneladas exportados em 2023.

Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Informações à imprensa
Imprensa@agro.gov.br

 

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Gestão, Informação, Logística, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Governo se prepara para o maior leilão portuário da história no Brasil com investimento de R$ 4 BILHÕES em Santos

Porto de Santos se prepara para receber o maior investimento da história do setor portuário brasileiro. Com R$ 4 bilhões em jogo, a concessão do novo terminal de contêineres promete revolucionar a logística nacional e transformar o comércio exterior do país.

Um projeto colossal está em andamento no porto de Santos, e ele promete mudar o cenário logístico do país. A concessão para a construção de um novo terminal de contêineres está prestes a se tornar a maior já realizada no setor portuário brasileiro. Mas a verdadeira magnitude desse empreendimento vai muito além dos números.

Embora os detalhes ainda estejam sendo ajustados, a expectativa gira em torno de bilhões de reais em investimentos, tornando essa uma oportunidade única para o Brasil.

Com previsão de investimentos que superam os R$ 4 bilhões, o leilão do novo terminal de contêineres do porto de Santos, conhecido como Tecon Santos 10, tem tudo para bater recordes. O governo revisou estudos feitos em 2022 e já está em fase final de ajustes para enviar a minuta do edital ao TCU (Tribunal de Contas da União). Os R$ 3,51 bilhões previstos inicialmente foram corrigidos, tanto por questões de atualização monetária quanto por mudanças na própria oferta, elevando o montante total.

Expansão histórica: Santos no centro das atenções

O novo terminal, também chamado de STS10, será cedido à iniciativa privada por um período de 25 anos, com possibilidade de prorrogação por até 70 anos. O leilão, que ocorrerá na B3 no primeiro semestre de 2024, terá como critério de vitória o maior valor oferecido pela outorga, ou seja, o montante que será revertido diretamente para o Tesouro Nacional.

Além disso, o vencedor do leilão deverá se comprometer com os investimentos estipulados, garantindo a ampliação da infraestrutura. De acordo com o secretário nacional do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Sandro de Ávila, o contrato prevê a construção de quatro novos berços de atracação para navios de contêineres, cada um com capacidade para movimentar cerca de 700 mil contêineres por ano.  No total, a ampliação pode significar um incremento de 2,8 milhões de contêineres por ano, podendo chegar a até 3 milhões, o que representaria um aumento de cerca de 50% na capacidade total do porto.

Aumento da capacidade portuária

Hoje, o porto de Santos já movimenta aproximadamente 6 milhões de contêineres anualmente, graças aos três terminais existentes: BTP, Santos Brasil e o terminal privado da DPW.

Com a nova estrutura, a capacidade total pode saltar para 9 milhões de contêineres, solidificando ainda mais a posição de Santos como o maior porto da América Latina.

“Santos vai receber o maior investimento da história do setor portuário,” afirmou Ávila em entrevista à Folha de S. Paulo, reforçando o impacto do projeto.

Além disso, o governo também tem planos de modernizar o terminal de passageiros de Santos, voltado para cruzeiros marítimos.

Esse setor, que já movimenta cerca de 1 milhão de passageiros por ano, poderá contar com um terminal mais moderno e eficiente.

“O porto de Santos já é uma potência no setor de cruzeiros, e merece uma estrutura dedicada,” destacou Ávila.

Projetos paralelos e mais concessões à vista

Embora o foco esteja no leilão do Tecon Santos 10, o governo tem outros planos para o setor portuário brasileiro.

Conforme revelado pela Folha, o Ministério de Portos e Aeroportos quer leiloar até 22 terminais portuários até o final de 2025, com um investimento estimado em R$ 8,7 bilhões.

Outros 13 leilões estão previstos para 2026, somando mais R$ 2,3 bilhões.

Desde o início de 2023, 15 leilões já foram realizados, o que mostra o empenho do governo em atrair investimentos privados para modernizar a infraestrutura portuária do país.

O ministro Silvio Costa Filho reforçou que, até o final de 2026, o total de concessões pode chegar a 58, somando mais de R$ 20 bilhões em novos investimentos.

Essa estratégia busca garantir que os portos brasileiros possam acompanhar o crescimento da demanda e a competitividade internacional.

O governo tem como meta modernizar e ampliar as capacidades logísticas do país, impulsionando o comércio exterior e garantindo mais eficiência no transporte de mercadorias.

Desafios e expectativas

Com tantos projetos ambiciosos, é natural que surjam dúvidas sobre a viabilidade e a execução desses planos.

A revisão constante dos estudos e ajustes nos contratos visam minimizar os riscos e garantir que o Brasil receba o retorno esperado dos investimentos.

No entanto, a complexidade envolvida na gestão portuária e os altos valores em jogo tornam esse um desafio significativo para o governo.

Com uma demanda crescente no comércio exterior e a importância estratégica dos portos para a economia nacional, o sucesso desses leilões pode definir o futuro logístico do Brasil nas próximas décadas.

O porto de Santos, em particular, será um termômetro crucial para avaliar se o país está no caminho certo em termos de infraestrutura portuária.

Será que o Brasil conseguirá garantir o sucesso desses leilões e transformar o porto de Santos em um modelo de eficiência logística para o mundo? O impacto será suficiente para mudar o cenário do comércio exterior do país?

Fonte: Click Petróleo
https://clickpetroleoegas.com.br/governo-se-prepara-para-o-maior-leilao-portuario-da-historia-no-brasil-com-investimento-de-r-4-bilhoes-em-santos/ 

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Gestão, Informação, Inovação, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Networking, Oportunidade de Mercado, Portos

FIESC encerra missão que visitou portos da Ásia e de Dubai

Participantes observam como a proximidade entre indústria e portos alavanca o crescimento econômico nas duas regiões; missão da FIESC destaca importância de parceria também com setor público para infraestrutura de acesso aos terminais

A parceria entre os setores público e privado na infraestrutura de acessos aos portos e a eficiência e qualidade das rodovias chamaram a atenção da missão da Federação das Indústrias de SC (FIESC) que visitou terminais portuários na China (Yantian e Shanghai), em Hong Kong e nos Emirados Árabes Unidos.

A visita ao Porto de Dubai, no dia 22, encerrou a missão liderada pelo presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, e acompanhada pelo vice-presidente, Gilberto Seleme; pelo presidente da Câmara de Transporte e Logística da Federação, Egídio Antônio Martorano e pelo gerente da área de internacionalização, Paulo Koerich, além de Maurício Battistella, membro do conselho de administração do Porto Itapoá.

Outro destaque foi o investimento na preparação dos portos para receber a atracação simultânea de navios de grande porte, de cerca de 400m, além da tecnologia envolvida para tornar a operação cada vez mais automatizada. “Nesses portos que visitamos, observamos que há todo um incentivo, uma facilitação do setor público para que se façam os investimentos para modernização e expansão dos terminais, existe uma política industrial robusta que favorece o comércio exterior, que não vemos no Brasil”, avalia Aguiar.

Para o presidente da FIESC, a estratégia de alocar zonas francas adjacentes aos portos, como visto em Dubai e na província de Shenzhen, na China, acaba impulsionando o desenvolvimento de ambos, com o setor produtivo demandando mais serviços e fomentando o crescimento das operações portuárias.

A Zona Franca de Jebel Ali, onde está localizado o porto de Dubai, reúne mais de 10 mil empresas instaladas e emprega mais de 135 mil pessoas. Criada em 1985, hoje é responsável por 23% do PIB de Dubai. Já o terminal de Yantian, em Shenzhen, que também está localizado em uma uma zona franca e movimenta 14 milhões de contêineres no ano, abriga no seu entorno indústrias, otimizando a operação, ao permitir a armazenagem, unitização e distribuição de produtos e, em alguns casos, até a fabricação no entorno do terminal.

Na avaliação de Martorano, a experiência internacional mostra que um porto, além de ser uma estrutura estratégica para a logística da indústria e sua cadeia de suprimento e distribuição, tem implicações sociais e econômicas para todo o país na geração de empregos, renda e tributos. “Fica evidente a percepção de todos de que além da movimentação de cargas, o porto pode ser uma estrutura apropriada para a instalação de indústrias. Isso mostra que planejar políticas públicas baseadas em critérios técnicos, estimular o investimento privado e manter um ambiente jurídico e institucional favorável com regras ambientais claras e boa gestão da infraestrutura traz resultados”, afirma Martorano.

Para Maurício Battistella, conselheiro do Porto Itapoá, a despeito das diferenças na infraestrutura de acesso aos terminais visitados em relação à realidade brasileira, quando o assunto é eficiência, os portos catarinenses competem em igualdade de condições e, em alguns casos, com produtividade por equipamento superior.

“Operacionalmente somos muito eficientes, mas não temos a escala ou a infraestrutura de suporte que eles têm nos portos que visitamos”, explica. “Cada um dos portos que a gente visitou tem capacidade, individualmente, de movimentar o volume de carga que o Brasil todo movimenta. Isso nos dá a dimensão da escala desses países no comércio internacional”, acrescenta.

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Investimento, Negócios, Networking, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Novo impulso para o Porto de Itajaí com a JBS iniciando operações em outubro e prometendo crescimento nas movimentações.

Movimentação de Cargas no Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu em setembro.

Novo impulso para o Porto de Itajaí com a JBS iniciando operações em outubro e prometendo crescimento nas movimentações.

No mês de setembro, o Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu registrou um impressionante volume total de movimentação de cargas com 1.221.713 toneladas. Deste montante, 623.918 toneladas foram destinadas à exportação e 597.795 toneladas à importação. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o Complexo Portuário movimentou um total de 10. 192.825 toneladas.

Em termos de operações de contêineres/TEU’s (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), foram movimentados 102.721 TEU’s em setembro, totalizando 932.951 TEU’s no acumulado do ano.

No que se refere às operações com navios, o mês de setembro contabilizou 68 atracações, distribuídas da seguinte forma: 38 no Terminal de Uso Privado (TUP) Portonave, 10 no Porto de Itajaí, 03 no TUP TEPORTI, 06 no TUP Barra do Rio. Em setembro, não houve qualquer movimentação registrada tanto na TUP Braskarne quanto na TUP Poly Terminais.

Especificamente no Porto de Itajaí, a movimentação total de cargas alcançou 109.176 toneladas em setembro, acumulando 349.426 toneladas no ano. No Terminal Portonave (Porto de Navegantes), a movimentação em setembro somou 1.095.988 toneladas e 101.449 TEU’s.

As manobras nas áreas das Bacias de Evolução 01 e 02 totalizaram 68 giros no nono mês do ano, sendo 24 giros na Bacia da Evolução 01 – em frente aos berços do Porto de Itajaí – e 24 na Bacia 02 – Baia Afonso Wippel no Saco da Fazenda – e, outras 20 manobras nos terminais a montante. No acumulado do ano, de janeiro a setembro, foram registrados 615 giros nas áreas de bacia.

Em relação aos demais Terminais de Uso Privado, a Braskarne registrou um movimento total de 19.837 toneladas, enquanto o terminal Teporti movimentou 16.549 toneladas no mesmo período.

Em setembro, o Porto de Itajaí recebeu diversos navios, reforçando sua relevância no comércio marítimo internacional. Entre os destaques estão o Chilpol Chagan, Evangelia L, Discoverer, Lausanne, Sea Treasure, Kalamata VII, Maersk Lota e MSC Illinois VII, responsáveis por operações variadas de carga e descarga. Além deles, o navio Cheseapeake Highway, especializado no sistema Roll On Roll Off, também atracou no porto, facilitando o transporte de veículos e cargas rodantes, contribuindo para o aumento do fluxo de mercadorias no mês.

Empolgado com as novas operações, o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, celebrou o início das atividades da JBS em outubro:

“Com a JBS Terminais oficialmente assumindo os berços 01 e 02, marcamos o começo de uma nova fase. A partir de agora, teremos um crescimento expressivo nas movimentações, impulsionando o porto a atingir novos patamares de eficiência. Estamos confiantes de que, com essa parceria, o Porto de Itajaí retoma sua capacidade plena, consolidando-se como um dos principais hubs logísticos do país”, conclui Fábio.

Obs.: O relatório completo de estatísticas referente ao mês de setembro de 2024 pode ser conferido no link abaixo:

https://www.portoitajai.com.br/estatistica-de-setembro-de-2024

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Mercado Internacional, Navegação, Negócios, Oportunidade de Mercado, Portos

BREAKING: MSC compra a Wilson Sons por quase R$ 10 bilhões

A Mediterranean Shipping Company (MSC), a gigante de navegação e terminais de contêineres com sede em Genebra, acaba de fechar a compra da Wilson Sons — colocando fim a um processo que se iniciou há 18 meses e atraiu diversos interessados.

A compra está sendo feita por meio da SAS, uma subsidiária da MSC.  A companhia vai pagar R$ 17,50 por ação pelos 56% que pertenciam à Ocean Wilson, uma companhia listada na Bolsa de Londres com negócios em diferentes setores.  A transação avalia a empresa a um enterprise value de R$ 9,9 bilhões e a um equity value de R$ 7,8 bilhões. O múltiplo é de 8,7x EBITDA — um meio do caminho entre o múltiplo médio das empresas de terminais (cerca de 10x) e das rebocadoras (cerca de 7,5x).

Como parte da operação, a companhia pagará um dividendo de US$ 22 milhões por trimestre até o closing — e o montante não será descontado do valor acordado.

Como a Wilson Sons faz parte do Novo Mercado, a MSC terá que fazer uma OPA de tag along, estendendo a oferta no mesmo preço e condições a todos os demais acionistas da companhia. A operação pode levar à saída da companhia da Bolsa.

A ação da Wilson Sons fechou na sexta-feira em R$ 17,85, com o preço da compra implicando um desconto de 2% em relação ao preço de tela.  O papel já havia subido nas últimas semanas por conta das especulações sobre a venda da empresa.

Nesta semana, por exemplo, o fundo I Squared, que vinha negociando a compra da Wilson Sons há alguns meses, disse que faria uma oferta pública pela companhia, o que fez a ação sair dos R$ 16 para os R$ 17,85. 

Antes das especulações sobre a venda começarem, em julho do ano passado, o papel negociava ao redor de R$ 10,50.

Para a MSC, a compra da Wilson Sons vai expandir sua operação no Brasil, onde ela já é dona de 50% do BTP, um terminal no porto de Santos em sociedade com a Maersk, além de um terminal em Navegantes, Santa Catarina. 

A MSC tem participações em 47 terminais em 27 países, além de ser dona de 850 navios de carga e de 5 aeronaves. O Grupo MSC é dono ainda de uma das maiores operações de cruzeiros do mundo. 

Segundo uma fonte envolvida na transação, a MSC havia olhado a Wilson Sons no ano passado, assim que ela foi colocada à venda, mas acabou desistindo do ativo para focar seus esforços na compra da Santos Brasil.

Quando a Santos Brasil acabou sendo vendida para a CMA CGM no mês passado, a MSC voltou a negociar a compra da Wilson Sons — atropelando outro interessado, o fundo I Squared, que vinha negociando o ativo há meses.

Nessa segunda abordagem, o processo foi rápido: a MSC assinou o contrato 10 dias depois de iniciar as conversas — e numa transação de porteira fechada, algo extremamente raro no Brasil.

Nesse tipo de transação, o comprador abre mão de qualquer ajuste no preço mesmo que descubra algum passivo inesperado no futuro. A MSC topou fechar a compra dessa forma porque a Wilson Sons é um ativo muito redondo, que entrega bons resultados há anos.

Com uma receita líquida de cerca de R$ 2,5 bilhões e um EBITDA de R$ 1,1 bilhão nos últimos doze meses, a Wilson Sons opera em quatro verticais principais.

A maior delas é a de rebocadores, na qual ela opera pequenos barcos que são usados para ajudar na atracação de grandes embarcações nos portos, garantindo que não ocorra nenhum acidente. Essa vertical responde por 44% do EBITDA hoje.

A segunda maior é a de terminais de contêineres, que responde por 34% do EBITDA. A Wilson Sons é dona de dois terminais, um no Rio Grande do Sul e outro em Salvador. A companhia também tem 50% da WSut, uma empresa que faz o serviço de offshore para companhias de óleo e gás, operando barcos que levam mantimentos e equipamentos para as plataformas de petróleo. Essa frente responde por 15% do EBITDA. O restante do resultado vem de vários negócios menores, incluindo um estaleiro, onde é feita a reforma e fabricação dos rebocadores e das embarcações offshore; uma agência marítima; e um negócio pequeno de logística em Santo André.  Além da Ocean Wilson, outros grandes acionistas da Wilson Sons são a Tarpon, com 12,1% do capital, e a Radar, com 9,6%.

A Wilson Sons foi assessorada pelo BTG Pactual, e teve a assessoria jurídica do Pinheiro Guimarães Advogados e do Slaughter and May. A MSC não teve assessor financeiro. O assessor jurídico no Brasil foi o Mello Torres Advogados e o Skadden em Londres.

Fonte: Brazil Journal
https://braziljournal.com/msc-compra-a-wilson-sons-por-quase-r-10-bi-opa-a-caminho/

 

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Economia, Gestão, Inovação, Investimento, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Networking, Notícias, Oportunidade de Mercado

I Squared prepara oferta pela Wilson Sons, mas pode ter disputa

Após mais de um ano travada, a venda da deverá esquentar nos próximos dias. A gestora de investimentos I Squared Capital, que vinha negociando a compra da operadora portuária, não conseguiu avançar nas conversas bilaterais com a controladora da empresa, a Ocean Wilsons Holdings Limited (OWHL). Agora, porém, prepara uma oferta pública voluntária para aquisição de até 100% das ações, que deverá ser apresentada diretamente à companhia. Em paralelo, a OWHL afirma que está em negociação com outro grupo. Segundo rumores de mercado, o interessado seria a MSC, que não comentou.

Na quarta-feira (16), a gestora I Squared enviou uma carta à Wilson Sons, com cópia para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), na qual comunicou a empresa sobre a intenção de apresentar uma proposta de oferta dentro de 15 dias, conforme antecipado pelo Valor e confirmado pela empresa em fato relevante na quinta-feira (17).

Neste plano, que ainda está em estudo pela gestora, deverão ser detalhadas as condições da oferta pública, incluindo o preço. Na quinta, as ações da Wilson Sons fecharam em R$ 17,13 na B3, com alta de 6,28% em relação ao pregão do dia anterior. Os papéis passaram a subir após a publicação da reportagem do Valor a respeito da intenção da gestora de fazer a oferta. Considerando este preço, o valor de mercado da companhia é hoje de R$ 7,5 bilhões.

Caso se confirme o plano da I Squared, após a apresentação de sua proposta em 15 dias, o processo de aquisição poderia ter início dentro de 30 dias, diz uma fonte. A conclusão da operação ainda dependeria de uma série de aprovações, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional deTransportes Aquaviários (Antaq), o que levaria ao menos quatro meses.

Na tarde de quinta, a CVM pediu esclarecimentos à gestora a respeito da oferta pública de aquisição de ações e solicitou prazos mais específicos sobre o processo.No ofício, a reguladora determinou que a I Squared se manifeste até o dia 1º de novembro sobre o eventual descumprimento do sigilo que a legislação exige antes da divulgação de ofertas. Além disso, pede que a gestora indique até a próxima quinta (24) qual é a data-limite para o lançamento da oferta.

No entanto, para além dos planos em torno da oferta, a I Squared deverá ter um concorrente na disputa pelo ativo. No comunicado ao mercado publicado pela Wilson Sons, a empresa também informou que há um segundo interessado em comprar o controle da operadora, que já está em negociação com a OWHL, que detém 56,5% das ações da empresa – além da controladora, a Wilson Sons tem como sócias a Tarpon Capital (12,11%), a Radar (com 9,62%) e outras 21,8% das ações negociadas na Bolsa.

No passado, a OWHL chegou a negociar a venda da Wilson Sons com a PSA International, da Temasek. Porém, há rumores no mercado de que agora o interessado seria outro: o grupo de navegação MSC.

O grupo marítimo já opera diversos terminais de contêineres no Brasil e, nos últimos anos, chegou a estudar a aquisição de um outro operador de terminais, a Santos Brasil – que há cerca de um mês acabou sendo vendida ao grupo de navegação CMA CGM. A percepção é que, com esse ativo fora do mercado, a Wilson Sons passou a ser mais atrativa para grupos de navegação, que têm apostado na estratégia de verticalização do negócio.

A I Squared já vinha em negociação com a OWHL há alguns meses. Porém, fontes afirmam que a tentativa de um acordo com a controladora fracassaram oficialmente na última segunda-feira (14).

Em carta, a gestora informou o grupo sobre possível oferta voluntária para compra de até 100% das ações

Segundo pessoas a par do tema, que falaram sob condição de anonimato, no início de agosto a gestora e a OWHL firmaram um acordo de exclusividade para as negociações, que durou até o início de setembro. Nesse período as conversas pouco avançaram. Ao longo de setembro, mesmo após o fim do período de exclusividade, a gestora manteve interesse na compra.

No entanto, uma fonte afirma que, ao fim de setembro, houve sinalização de que o acionista pretendia mudar os termos que vinham sendo discutidos, e a OWHL passou a não responder. Isso levou a gestora a comunicar o encerramento das negociações bilaterais com a controladora e a partir para o caminho da oferta pública, a ser feita diretamente à companhia.

A percepção era que a OWHL não estava completamente engajada na negociação com a gestora, e que as conversas caminhavam lentamente. Quando o acordo de exclusividade foi firmado, uma fonte afirma que já havia um consenso sobre as linhas gerais do que seria a operação, incluindo preço porém, na prática, as partes nunca de fato conseguiram sentar para negociar os termos definitivos.

Procurada pela reportagem, a I Squared disse que não vai comentar. A Wilson Sons afirmou que se manifestaria apenas por meio do fato relevante. A MSC foi questionada sobre o interesse na Wilson Sons, mas não respondeu.

A venda da Wilson Sons é uma história antiga no setor portuário. Em 2011, o ativo chegou a ser oferecido ao mercado, mas a operação não deslanchou. A tentativa foi retomada no ano passado. Em junho de 2023, a OWHL anunciou a intenção de vender sua fatia na companhia. Desde então, as ações da empresa tiveram alta significativa. Antes da confirmação sobre o plano de venda, as ações eram negociadas a um patamar bem inferior – em 9 de junho de 2023, o papel fechou em R$ 10,52, o que representaria um valor de mercado em torno de R$ 4,6 bilhões.

A companhia possui dois terminais de contêineres, em Rio Grande (RS) e Salvador (BA), além de operar rebocadores e embarcações de apoio offshore. Em 2023, a companhia registrou uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões, alta de 6,8% na comparação anual. O lucro líquido foi de R$ 404,9 milhões no ano, 19,5% a mais do que em 2022.

O gráfico abaixo usa dados do DataLiner para avaliar exportações e importações de contêineres no Porto do Rio Grande entre janeiro de 2022 e agosto de 2024. Os dados do DataLiner abrangem apenas embarques de longa curso, não incluindo operações de cabotagem ou transbordo.

Exportações e importações de contêineres no Rio Grande | Jan 2022 – Ago 2024 | TEUs

 

A gestora I Squared, que tem cerca de US$ 40 bilhões de ativos de infraestrutura sob sua gestão em todo o mundo, abriu escritório no Brasil em meados de 2023 e, desde então, já anunciou a compra de 49% da empresa de geração distribuída Órigo Energia.

Segundo fontes, no caso da Wilson Sons, a tese da gestora está ligada ao potencial de exportação de commodities do Brasil e há uma visão positiva em relação às diferentes linhas de negócio, como a operação de granéis líquidos, a de rebocadores e os terminais de contêineres. Um dos planos seria inclusive ampliar a companhia no país, com interesse em outros terminais portuários de contêineres.

Fonte: Valor Econômico
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/10/18/i-squared-prepara-oferta-pela-wilson-sons-mas-pode-ter-disputa.ghtml

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Porto de Itapoá terá nova expansão, com R$ 500 milhões em investimentos

Alterações permitirão a atracação de até três navios de grande porte; cais será ampliado em 50%

O Porto Itapoá está dando início à sua Fase IV de expansão, com previsão de investimentos que somam R$ 500 milhões nos próximos 12 meses. Esse projeto é mais um passo no crescimento do Terminal – consolidado entre os quatro maiores do Brasil –, que planeja ser o maior e mais eficiente da América do Sul até 2033.

Essa nova fase prevê:

  • ampliação do pátio em 120 mil m², chegando a 575 mil m²;
  • aquisição do oitavo portêiner (equipamento para a movimentação de contêineres em navios de grande porte);
  • ampliação do cais em 50%, chegando a 800m;
  • aquisição de 12 guindastes híbridos, chegando a 22;
  • aquisição de nove caminhões que movimentam contêineres, chegando a 58;
  • instalação de 1.080 novas tomadas para contêineres reefers, totalizando 4.038 pontos e
  • aquisição de scanner de última geração, chegando a três.

Os investimentos permitirão a atracação de até três navios de grande porte, além da redução das emissões de carbono na operação e de um aumento na segurança da circulação de cargas.

Esse investimento sucede ao da terceira fase, encerrada em abril. Com aporte  de R$ 815 milhões, o pátio foi ampliado em 200 mil m², um novo armazém, com 8 mil m², foi construído e novos equipamentos foram adquiridos.

Canal de acesso à Baía da Babitonga

Em setembro, o Ibama concedeu a Licença de Instalação para obra de dragagem no canal de acesso aquaviário da Baía da Babitonga.

O projeto de dragagem vai aumentar a profundidade do canal externo de 14 metros para 16 metros, permitindo a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento. Isso coloca o terminal como uma opção de hub, concentrando as cargas desses navios de dimensões maiores.

Com a concessão da licença, esta semana, o Porto de São Francisco do Sul já pode iniciar o processo de licitação para a contratação da empresa responsável pela execução da obra, estimada em R$ 300 milhões.

Com informações do Porto de Itapoá.

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O curioso dado que comprova o boom econômico de Santa Catarina

Crescimento da indústria e do e-commerce têm impulsionado outro setor econômico no estado

Não é de hoje que Santa Catarina está entre os principais polos logísticos do país – mas um dado, em especial, comprova que o Estado vive um boom no setor. Pesquisa da Brain Inteligência Estratégica aponta que SC tem a menor taxa de vacância de galpões logísticos do país, com apenas 3%. A média nacional é de 10%.

Esse cenário é impulsionado pelo crescimento contínuo de indústrias, comércio e, especialmente, pelo avanço do e-commerce, que tem gerado uma demanda crescente por espaços de armazenagem e distribuição.

– A vacância no país vem reduzindo, ficando na ordem de 10% no Brasil, enquanto em Santa Catarina os dados mostram uma vacância neste segundo trimestre de 2024 de menos de 1/3 da disponibilidade nacional, o que mostra a assertividade do investimento neste segmento em Santa Catarina – explica Guilherme Werner, pesquisador e sócio da Brain, responsável pela pesquisa.

A localização privilegiada de Santa Catarina, próxima aos grandes centros de consumo do Brasil e com acesso a portos, rodovias e aeroportos, torna o estado uma referência para operações logísticas. Além disso, os investimentos em infraestrutura, como os complexos logísticos e industriais, têm atraído grandes empresas nacionais e internacionais, fortalecendo ainda mais o setor.

– O estado, que já tem o segundo maior incentivo tributário do país, com o TTD (Tratamento Tributário Diferenciado), ganha outro ponto forte, com um centro logístico que traz inteligência e competitividade à operação empresarial – diz Éverton Ávila, superintendente comercial do Navepark, em Navegantes.

Navegantes, no Litoral Norte, tornou-se um verdadeiro hub logístico, com um dos portos de contêineineres mais movimentados do país e o segundo aeroporto mais movimentado do Estado.

A cidade possui hoje uma das menores alíquotas de ISS do país (2%), competindo com cidades brasileiras que atualmente são grandes pólos logísticos. Além de Navegantes, as cidades de Joinville, Itajaí, Blumenau e São José são alguns dos principais polos logísticos em Santa Catarina. Essas cidades se destacam pela infraestrutura de transporte, proximidade de portos e conexão com rodovias importantes, como a BR-101.

Essas características aumentam a demanda pelos galpões logísticos. Atualmente, o Brasil conta com uma área bruta locável de galpões logísticos que ultrapassa 20 milhões de metros quadrados, com uma concentração significativa no eixo Rio-São Paulo. Em 2023, mais de 2,5 milhões de metros quadrados de novos espaços logísticos foram entregues, e a expectativa é de que esse número continue crescendo devido à alta demanda.

O Sudeste, com destaque para São Paulo e Minas Gerais, responde por 60% do mercado de galpões logísticos. No Sul, Santa Catarina e Paraná são o principal foco. A proximidade com portos, aeroportos e rodovias é um fator crítico para o sucesso de operações logísticas. Santa Catarina possui cerca de 2,1 milhões de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) no setor de galpões logísticos e novos projetos em fase de aprovação.

O rendimento anual para investidores no setor de galpões logísticos no Brasil varia entre 10% e 25%, dependendo da localização, qualidade do imóvel e demanda, segundo dados da Collier.

– Santa Catarina é reconhecida como um grande polo de oportunidades para quem busca investir no mercado. Além de trazermos atrativos para quem busca rentabilidade para seu segmento logístico, apresentamos ao mercado um novo olhar para o segmento imobiliário, com investimentos assertivos e com dados de mercado que chancelam o crescimento e lucratividade – afirma Éverton Avila.

Outro dado que reforça a força do segmento é que o setor logístico brasileiro tem atraído um número crescente de investidores estrangeiros, principalmente fundos de investimento e empresas de desenvolvimento imobiliário que veem no Brasil um mercado promissor. Empresas como GLP, Prologis, e Goodman, que atuam globalmente no setor de galpões logísticos, têm aumentado seus aportes no país, aproveitando as oportunidades de crescimento do mercado local.

– Esse cenário promissor reforça o papel de Santa Catarina como um dos principais hubs logísticos do Brasil, proporcionando crescimento econômico e geração de empregos, além de consolidar o estado como um local estratégico para o desenvolvimento do setor logístico no país – finaliza Éverton Avila.

Fonte: NSC Total
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Estivadores do Porto de Santos protestam contra abertura de concurso para contratar mão de obra

Estivadores do Porto de Santos se reuniram na Rua Amador Bueno, em frente ao prédio onde funciona o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), para protestar contra a convenção coletiva celebrada entre a entidade patronal e o sindicato da categoria, que permite a abertura de processo seletivo para a contratação de mão de obra.

“É revoltante, é uma injustiça”, reclama o estivador Marcelo Venâncio. “Essa vaga é nossa.Eles têm que nos reconhecer”.

A manifestação ocorreu na manhã da última sexta-feira (11) e deve ser retomada nesta terça (15). Segundo os estivadores, eles foram informados de que os representantes do Sopesp só poderiam atendê-los nesta data após retornarem de Brasília. A maioria dos manifestantes afirmou para A Tribuna que trabalha nos terminais que ficam fora do porto organizado de Santos desde 2017 e, agora, eles querem ser incluídos no cadastro do órgão gestor de mão de obra.

No fim de setembro, os sindicatos dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva) e dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) assinaram uma convenção coletiva de trabalho (CCT), que deve abrir 600 vagas de cadastro no Órgão de Gestão de Mão de Obra do Porto de Santos (Ogmo Santos). O problema é que essas vagas devem ser preenchidas, justamente, via concurso público.

“A gente acha incorreto, porque a gente já trabalha na função. Eles vão abrir um concurso público para empregar o pessoal que nunca trabalhou na área portuária e não tem a menor experiência”,afirma Halison Vaz dos Santos, matriculado no sindicato da estiva e porta-voz dos manifestantes.Outra crítica é que o processo deve ser aberto para todo o país. “Esse concurso público, em tese, vai empregar o pessoal de outros estados e nós aqui da região vamos ficar desempregados”.

Luta por reconhecimento

Segundo Halison, diversas tentativas de negociação com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo já foram realizadas. Tanto que, agora, os manifestantes contam com o apoio do advogado Luiz Antônio Passos da Silva, que representa os estivadores. “A única coisa que eles querem é justiça. Eles estão há mais de oito anos no Porto de Santos, não no porto organizado, mas às margens, prestando serviço”, diz.

O advogado acrescenta que os estivadores podem trabalhar em apenas um terminal fora do porto organizado e, com o cadastro do Ogmo, os profissionais poderiam trabalhar em 40. A mão de obra é necessária, mas, até o momento, não foi reconhecida. “Eles querem fazer um concurso que abrange o Brasil todo e o edital não tem o requisito experiência. Estão abrindo vagas para pessoas que nunca estiveram no Porto de Santos, nunca estiveram em um navio”, afirma Luis Antônio.

O que diz o Sopesp

A Tribuna procurou o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) para ter um posicionamento sobre o protesto. No entanto, em nota, o sindicato afirmou que não se manifestará sobre o assunto.

Fonte: A Tribuna
Estivadores do Porto de Santos protestam contra abertura de concurso para contratar mão de obra: ‘A vaga é nossa’ (atribuna.com.br)

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Exportações para os EUA batem recorde

As exportações brasileiras para os Estados Unidos aumentaram 10,3% e somaram um valor recorde de US$ 29,4 bilhões de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com a última edição do Monitor Comércio Brasil-EUA. Além do valor, houve também crescimento de 13,8% em volume, cerca de 3,7 milhões de toneladas a mais, mostra um levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham).

O resultado posiciona os Estados Unidos como o mercado de maior crescimento para as vendas do país, superando em mais de 12 vezes a alta das exportações brasileiras para o restante do mundo, que foi de 0,8%.

A alta foi superior às transações registradas com a União Europeia, que cresceram 4,9%, e com a China e a América do Sul, que tiveram queda de 1,2% e 19,8%,respectivamente.

“Este ano caminha para ser um modelo no comércio entre Brasil e Estados Unidos, com crescimento na exportação, importação, e, como consequência, na corrente bilateral de comércio”, afirma Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil. “O que mais impressiona é a qualidade desse crescimento, que teve o aumento disseminado nos principais setores e recorde no segmento de bens industriais.”

Houve alta em 8 dos 10 principais itens exportados pelo Brasil aos EUA no período.Dentre os destaques, estão a carne bovina, com 107,7%; óleos brutos de petróleo,com 32,5%, que subiu da segunda posição para líder da lista de produtos mais exportados; aeronaves, com 31,9% e que passou de terceiro para quarto lugar. As importações brasileiras também tiveram alta de janeiro a setembro. Totalizaram US$30,7 bilhões, aumento de 6,2% ante o mesmo intervalo de 2023. Com isso, o déficit comercial do Brasil com os EUA, de US$ 1,3 bilhão, foi o menor dos últimos sete anos, com queda de 42,9% na comparação com igual período de 2023.

O gráfico abaixo revela os produtos mais exportados em contêineres marítimos do Brasil para os Estados Unidos entre janeiro e agosto de 2024. Os dados, extraídos da plataforma DataLiner da Datamar, compreendem apenas embarques marítimos de longo curso.

Principais exportações em contêineres para os EUA | 2024 | TEUs


Somando as importações e as exportações, as transações comerciais entre os dois países alcançaram o recorde de US$ 60,1 bilhões, representando um aumento de 8,2% ante os nove primeiros meses de 2023.

Dentre os produtos de importação dos Estados Unidos, destacam-se motores e máquinas não elétricos, com aumento de 24%; aeronaves e suas peças, que cresceram 68,6%; gás natural, com alta de 675%; e medicamentos, que subiram 29,7%.

Em comparação com as importações do Brasil para o restante do mundo no mesmo período, o crescimento foi de 25,6% para a agropecuária, 3,4% para a indústria extrativa e 8,1% para a indústria de transformação. “Esses dados demonstram a relevância dos Estados Unidos como fornecedor estratégico, especialmente em cadeias produtivas de maior valor agregado”, diz Abrão Neto.

De acordo com o executivo, o fator preponderante para o alcance dos níveis inéditos é a economia aquecida nos dois países, que “têm crescido a taxas maiores do que a projetada”.

Além disso, “há outras situações conjunturais e setoriais que favorecem o crescimento das exportações”, diz Abrão Neto. Na agropecuária, ele cita os exemplos do suco de laranja e da carne bovina, que estão tendo diminuição da produção por causa da crise climática e das pragas nas lavouras norte-americanas.

Déficit brasileiro com os Estados Unidos de janeiro a setembro foi o menor em sete anos

Sobre a indústria de transformação especificamente, Abrão Neto afirma que há uma certa “complementariedade” dos produtos brasileiros no mercado americano, pois,segundo ele, os itens “servem de insumos para a indústria do país da América do Norte”.

Em relação à exportação, somente as mercadorias desse segmento foram responsáveis por um crescimento de 7,1%, o equivalente a US$ 1,6 bilhão a mais,totalizando US$ 23,3 bilhões no período. Recorde do setor, esse resultado destaca um desempenho superior nos primeiros nove meses do ano das exportações industriais para os Estados Unidos em relação aos demais países, que cresceram 1,5%.

Com isso, os americanos se mantiveram como o principal destino das exportações da indústria brasileira no acumulado do ano, à frente de parceiros como a União Europeia, com US$ 16,8 bilhões, e o Mercosul, com US$ 13,3 bilhões, que registraram quedas nas exportações de bens industriais de 5,7% e 11,7%, respectivamente.

No campo das importações brasileiras, os bens da indústria de transformação vindos dos Estados Unidos cresceram 2,4%, representando 87,4% do total comprado pelo país.

Sobre o processo de reindustrialização do Brasil, que vem sendo implementado pelo Ministério da Indústria e Comércio, o CEO da Amcham acredita ser “fundamental” a iniciativa, E ele ainda afirma que o aprofundamento das relações comerciais entre os dois países vai ser “necessária e benéfica” para este movimento do governo brasileiro.

Abrão Neto recorda que o crescimento está ocorrendo em um momento especial:ano da celebração do bicentenário das relações diplomáticas entre as duas nações.Segundo ele, “essa comemoração serve para reforçar a relevância desta parceria bilateral”.

Fonte: Valor Econômico

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