Marketing, Mercado Internacional, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Nova draga começa a atuar no Porto de Itajaí

Porto de Itajaí iniciou nesta semana as operações com uma nova draga visando manter a profundidade e o calado do canal do Rio Itajaí-Açu.
A embarcação holandesa Utrecht chega para atuar com os serviços de dragagem de sedimentos através de sucção.
A obra visa manter o canal portuário em condições de navegações permanentes das embarcações que utilizam o complexo portuário.

A draga possui capacidade de armazenamento de carga de 18.292 metros cúbicos de sedimentos.

O serviço é permanente, 24 horas por dia, sendo que o equipamento retira o sedimento do rio e deposita em uma área à cinco milhas da costa.

Além disso, outra função da obra é reduzir os impactos de inundações, ao promover uma grande vazão das águas que descem do Vale do Itajaí.

O Superintendente do Porto, Fábio da Veiga, informa que, entretanto, aguarda o repasse de recursos do Governo Federal para auxiliar no pagamento das despesas.

“Itajaí é o único porto no Brasil a fazer dragagem permanente desde o ano de 1999. É primordial mantermos o Rio entre 13 e 14 metros de profundidade, já que o Rio Itajaí Açu, caso parasse de ser dragado, voltaria para a sua profundidade média que é de 8 metros”, destaca.

Ler Mais
Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado

China enxerga intensificação de guerra de preços de carros elétricos devido ao excesso de oferta

Comissão do país prevê 150 carros novos, aumentando a concorrência

O planejador estatal da China espera uma intensificação da guerra de preços entre as montadoras de carros eletrificados do país neste ano, devido ao excesso de oferta, entre outras questões, disse o órgão governamental em um comunicado nesta segunda-feira (22).
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) da China espera que mais de 110 modelos de veículos de “energia nova”, em um total de 150 carros novos, sejam lançados este ano, intensificando a concorrência.

A NDRC também estimou que a demanda do mercado por novos veículos eletrificados e novas tecnologias de propulsão, incluindo elétricos e híbridos plug-in, crescerá 2,1 milhões de unidades este ano, mas as montadoras BYD, Aito e Li Auto, as três principais marcas, planejam aumentar as entregas em 2,3 milhões de unidades em 2024, sinalizando excesso de oferta.

A queda dos custos das baterias e as economias de escala serão as outras duas principais razões para os cortes de preços, que variarão de 5% a 10% este ano na cidade de Shenzhen, no sul do país, uma metrópole com alta adoção de carros elétricos, disse a NDRC.

Os carros da BYD e da Denza têm liderado os cortes de preços, com reduções de 7,15% a 9,7% nos valores de cinco modelos em abril, em comparação com o início do ano, de acordo com a NDRC.

A Li Auto reduziu preços de quatro de seus modelos, seguindo os movimentos de Tesla e BYD.

Saiba mais em CNN Brasil
China enxerga intensificação de guerra de preços de carros elétricos devido ao excesso de oferta | CNN Brasil

Ler Mais
Comércio Exterior, Mercado Internacional, Negócios, Networking, Notícias, Oportunidade de Mercado

China anuncia medidas para impulsionar comércio com países de língua portuguesa

Brasil participa do Fórum de Macau, reunido na China para sexta reunião ministerial para cooperação econômica e comercial

Teve início nesta segunda-feira (22), a VI Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o Fórum de Macau, que prossegue até terça-feira (23).O discurso de abertura do evento foi feito pelo vice-presidente do Comitê Permanente da 14ªAssembléia Popular Nacional da China, Li Hongzhong.

Em sua fala, Li, que também integra o Politburo do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), anunciou 20 medidas em seis áreas que vão impulsionar a cooperação econômica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) a um novo patamar.

Ele destacou que, desde a criação do Fórum de Macau, o comércio entre a China e os PLP aumentou cerca de 20 vezes, tornando a China um dos parceiros econômicos e comerciais mais importantes dos PLP.

Li acrescentou que a cooperação entre a China e os PLP abrange áreas como comércio, investimento, educação, cultura, saúde, esportes, turismo, entre outras e apresentou novos destaques na redução da pobreza, combate às mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e economia azul, entre outros.

A economia azul se refere ao desenvolvimento econômico sustentável relacionado aos oceanos e recursos marinhos, incluindo pesca, turismo, energia renovável e biotecnologia. Visa promover o crescimento econômico protegendo os recursos marinhos e o meio ambiente, buscando conservar a biodiversidade, mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir o uso responsável dos recursos marinhos para o futuro.

Li enfatizou ainda que a cooperação sino-lusófona é um exemplo de cooperação amistosa entre países com diferentes sistemas sociais, demonstrando vividamente a formação de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.

“A China está disposta a trabalhar com os PLP para promover uma cooperação mais ampla e de nível mais alto, fortalecendo a formação de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade e trazendo mais certeza, energia positiva, paz, estabilidade e prosperidade duradoura para o mundo”, declarou Li.

Ele destacou que as medidas anunciadas na última conferência ministerial foram todas implementadas e que novas medidas serão lançadas para promover a cooperação econômica e comercial entre a China e os PLP a um novo patamar.

Li enfatizou também que a China está comprometida com o desenvolvimento de alta qualidade e continuará promovendo a reforma e a abertura, compartilhando as novas oportunidades de desenvolvimento com os PLP e outros países do mundo.

Por fim, ele destacou a sólida amizade entre a China e os PLP e a disposição da China em trabalhar em conjunto para formar uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.

Novas medidas da China para o Fórum de Macau

  1. Promover a cooperação comercial e de investimento, incluindo apoio a participação em exposições, oferta de seguros de crédito à exportação e facilitação de inspeção e quarentena de produtos alimentícios e agrícolas.
  2. Ampliar a cooperação industrial, com projetos de desenvolvimento agrícola e estabelecimento de laboratórios conjuntos.
  3. Fortalecer a cooperação e desenvolvimento, com apoio a projetos econômicos e desenvolvimento de infraestrutura.
  4. Reforçar a cooperação em recursos humanos, oferecendo bolsas de estudo e programas de treinamento.
  5. Promover a cooperação em saúde, com intercâmbio de profissionais médicos e projetos de saúde.
  6. Aprofundar a cooperação por meio da plataforma de Macau, com o desenvolvimento de serviços financeiros, cooperação científica e tecnológica e cooperação em múltiplos setores.

    Delegações de países de língua portuguesa

    Na conferência ministerial, os países assinaram o programa de ação para a cooperação econômica e comercial (2024-2027), com 20 medidas.

    Em destaque, China promete prestar seguros de créditos à exportação nos setores-chave como infraestrutura, energia e construção naval, bem como simplificar inspeção e quarentena para facilitar as importações de alimentos e produtos agrícolas desses países.

    O programa do Fórum de Macau inclui também a Conferência Ministerial, o Encontro de Empresários da China e dos Países de Língua Portuguesa, entre outros eventos.

    O Brasil está representado pelo secretário-executivo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Francisco Tadeu Barbosa de Alencar.

    Além do brasileiro, as delegações oficiais dos Países de Língua Portuguesa estão sendo representadas por diversas autoridades. Por Cabo Verde, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e da Economia Digital, Olavo Correia. Por São Tomé e Príncipe, o vice-presidente da Assembleia Nacional, Abnildo Nascimento D’Oliveira. Pelo Timor-Leste, o vice-primeiro-ministro e ministro Coordenador dos Assuntos Econômicos e do Turismo e Ambiente, Francisco Kalbuadi Lay.

    Por Angola, o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira. Por Guiné-Bissau, o ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Soares Sambú. Por Portugal, o ministro da Economia, Pedro Reis. Pela Guiné-Equatorial, o vice-ministro de Comércio, Indústria e Promoção Empresarial Jerónimo Carlos Osa Osa Nzang. Por Moçambique, a vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo.

    Fórum de Macau: 21 anos de atividade

    O Fórum de Macau foi criado em 2003. Definido como um mecanismo multilateral e intergovernamental de cooperação, a criação do organismo foi estimulada pelo Governo Central da China, com a coordenação de sete países de língua portuguesa (sem São Tomé e Príncipe, a princípio) e a colaboração governamental de Macau – uma Região Administrativa Especial da República Popular da China (RAEM).

    São membros do Fórum de Macau: Angola, Brasil, Cabo Verde, China, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

    Cooperação para um futuro compartilhado

    Antes do início do Fórum de Macau, a Rádio China Internacional (CRI, da sigla em inglês) entrevistou o português que ocupa o cargo de secretário-geral adjunto do grupo, Danilo Afonso Henriques.

    Ele fala sobre as conquistas do Fórum de Macau e a implementação do conjunto de medidas propostas nas reuniões anteriores. Henriques considerou que com a forte promoção do mecanismo de cooperação, a China e os países de língua portuguesa continuaram a expandir seu espaço de cooperação mutuamente benéfico e estabeleceram um novo paradigma de cooperação multilateral.

    O secretário-geral adjunto, ao olhar para o futuro, acredita que, em virtude da vantagem institucional e linguística da RAEM, aproveitando a construção conjunta de alta qualidade da Iniciativa Cinturão e Rota e da Iniciativa de Desenvolvimento Global, o Fórum de Macau promoverá a cooperação entre a China e os países de língua portuguesa a um novo nível, contribuindo com mais sabedoria e força para a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.

    Saiba mais: Revista Fórum
    China anuncia medidas para impulsionar comércio com países de língua portuguesa | Revista Fórum (revistaforum.com.br)

    Entrevista completa Youtube:
    Fórum de Macau contribui para construção de uma comunidade com futuro compartilhado para humanidade (youtube.com)

 

Ler Mais
Comércio Exterior, Importação, Marketing, Mercado Internacional, Notícias, Portos

NAVIOS BYD

Caos marítimo.

Carros estão causando um caos marítimo. Você não leu errado. Parece estranho, mas o crescimento vertiginoso no número de carros exportados pela China está gerando um colapso na frota marítima do país.

Tanto é verdade que a BYD, maior montadora de veículos elétricos do mundo, construiu sua própria frota para não atrasar as entregas ao redor do globo, enquanto continua seu processo de expansão fabril.

A frota naval para transporte de carros dos chineses é relativamente pequena, são 33 navios. Quem tem mais é o Japão, com 284 embarcações, seguido da Noruega, com 102 e da Coréia do Sul, com 72 navios.

A China, aliás, superou o Japão como maior exportadora de veículos. Só a BYD exportou 240 mil carros no ano passado. A expectativa para este ano é que o número suba para 400 mil veículos exportados.

Isso tudo fez com que os chineses encomendassem mais 47 novos navios. Isso representa 1/4 de todas as embarcações deste tipo sendo produzidas hoje, no mundo. A aposta por lá é realmente grande.

Este navio da imagem pertence à BYD, que também deu início à sua própria frota, para agilizar a travessia dos mares e dar conta da demanda crescente por seus veículos elétricos, a nível global.
Veja reportagem COMPLETA, em CNN BRASIL
BYD recebe primeiro navio próprio para exportar carros elétricos | CNN Brasil

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Gestão, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Networking, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

Itajaí Comex Summit é o maior simpósio de Comércio Exterior do Sul do Brasil

O Itajaí Comex Summit é o maior simpósio de Comércio Exterior do Sul do Brasil e é realizado pelo Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Itajaí.

Em sua segunda edição, o ICS continua com a missão de promover crescimento e oportunidades no Comércio Exterior, Logística e Supply Chain, debatendo ideias, aprofundando e atualizando conceitos e conhecimento estratégico e fortalecendo a colaboração entre empresas da cadeia do Comércio Exterior, em âmbito regional e nacional.

O evento é um ponto de encontro para expandir negócios e transformar ideias em ações, contribuindo para um futuro mais próspero do comércio exterior brasileiro.

O Itajaí Comex Summit é direcionado para pessoas ligadas às áreas de Comércio Exterior, Logística e Supply Chain, as quais se incluem empresários, gestores, profissionais, estudantes e pesquisadores. O evento oferece oportunidades para aprimorar habilidades, adquirir conhecimento, expandir redes de contatos e de ficar atualizado sobre as tendências do setor, atraindo aqueles que buscam contribuir para o crescimento do comércio exterior brasileiro.

O evento acontecerá durante 3 dias, em um total de 28h de muito conteúdo e troca de conhecimento. 

O Futuro do Comércio Exterior é hoje!

Faça sua inscrição, adquira seu passaporte e não perca a chance de estar na primeira fila do melhor evento de Comércio Exterior do País!

Inscrições:
ITAJAÍ COMEX SUMMIT 2024 – Meu Ingresso

Ler Mais
Comércio Exterior, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado

Brasil e Áustria fecham acordo de cooperação nos setores da indústria, tecnologia sustentável e inovação

Tecnologia verde, infraestrutura e inovação estão entre as áreas prioritárias da parceria em busca de desenvolvimento sustentável

vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro da Economia e Trabalho da Áustria, Martin Kocher, assinaram, nesta segunda-feira (15), o memorando de Entendimento para Cooperação Econômica e Inovação, definindo quatro áreas prioritárias para fortalecer parcerias entre os dois países.

O memorando assinado em reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, prioriza as áreas da tecnologia verde; indústria, mobilidade e infraestrutura; inovação e novas tecnologias; e cooperação em financiamento e crédito à exportação.

No encontro, o ministro Geraldo Alckmin destacou que o memorando de entendimento é um exemplo do desejo de ambas as partes de estimular o trabalho conjunto, mais focado em áreas como tecnologia verde, mobilidade, infraestrutura e novas tecnologias. Para o vice-presidente, o documento fortalece ainda mais as relações comerciais e econômica entre os dois países, que já vêm crescendo ao longo das últimas décadas, criando uma parceria estratégica e revigorada.

“Estou certo de que nossa parceria pode gerar novos frutos em áreas como defesa, minerais estratégicos, transição energética, biotecnologia, enfim, infraestrutura em inúmeras áreas”, acrescentou o Alckmin.

Ele ressaltou que o governo retomou o diálogo com o mundo e apresentou, ainda, uma série de ações que vão estimular investimentos e comércio exterior, como a reforma tributária, o Novo PAC e a Nova Indústria Brasil. “A Nova Indústria Brasil apresenta grandes oportunidades de investimentos produtivos. Temos 200 anos de história, mas podemos fortalecer ainda mais os nossos laços, criando uma parceria estratégica revigorada”, completou.

A parceria marca o restabelecimento da cooperação bilateral por meio das atividades no âmbito do Comitê Econômico Misto Brasil-Áustria, criado em 1987. Para o ministro austríaco da Economia e Trabalho, Martin Kocher, a reinstalação do comitê representa um novo capítulo para os laços bilaterais.

“É mais um marco para cooperarmos econômica e tecnologicamente, no futuro. Será a base para a nossa cooperação econômica ambiciosa e crucialmente benéfica para os planos futuros em termos de descarbonização, em termos de avanço tecnológico”, destacou o ministro austríaco.

Inovação e sustentabilidade

Na área de Tecnologia Verde, serão desenvolvidos esforços conjuntos em hidroeletricidade, gestão de resíduos, tratamento de águas residuais e eficiência energética. Já no setor de Indústria, Mobilidade e Infraestrutura, o foco será em transporte ferroviário, aviação civil, automotivo e combustíveis alternativos, entre outros.

A colaboração em Inovação e Novas Tecnologias será direcionada para o desenvolvimento e comercialização de tecnologias sustentáveis, com especial atenção a empresas em estágio inicial e startups. Além disso, os dois países buscarão fortalecer o financiamento de projetos de infraestrutura e a facilitação do comércio bilateral.

Além de estimular intercâmbio de produtos e serviços industriais, a parceria vai intensificar relações comerciais, trocar informações e experiências e identificar projetos estratégicos para trabalho conjunto.

Na reunião em Brasília, também foram apresentados projetos do Novo PAC e da Nova Indústria Brasil relacionados à agenda da transição energéticas. Além disso, empresas e federações industriais tiveram a oportunidade de indicar demandas para o desenvolvimento de parcerias entre Brasil e Áustria.

O Brasil é o principal parceiro comercial da Áustria na América do Sul e está entre os 10 principais destinos das exportações austríacas em todo o mundo. No momento, há mais de mil empresas austríacas exportando para o Brasil e mais de 200 empresas austríacas com investimentos em nosso país. Com uma relação sólida, que vem crescendo ao longo dos anos, a corrente de comércio de 2023 foi de US$ 1,4 bilhão.

Ler Mais
Aeroportos, Importação, Logística, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado

Aeroporto de Guarulhos: Terminal de cargas enfrenta retenção por alta demanda

Aeroporto de Guarulhos: Terminal de cargas enfrenta retenção por alta demanda

Publicado em 15/04/2024

Especialista pontuou que, desde o dia 28 de março, a GRU Airport enfrenta uma sequência de problemas que afetam o setor logístico e, consequentemente, consumidores e empresas

O Terminal de Cargas do Aeroporto de Guarulhos (TECA) enfrenta uma crise que pode resultar em aumentos nos preços dos produtos e ameaça atrasos na entrega de produtos. Embora seja conhecido que o TECA opera sob uma carga pesada, a situação atingiu um ponto crítico, afetando não apenas a importação, mas também comprometendo a exportação. A afirmação é do especialista em comércio exterior diretor da AGL Cargo, Jackson Campos.

Segundo o executivo, o volume de cargas armazenadas atingiu níveis tão elevados que as unidades aeronáuticas, uma vez descarregadas, não estão sendo liberadas a tempo para retornar com cargas destinadas ao exterior.

“O terminal tem um papel importante no transporte de mercadorias, conectando o Brasil ao resto do mundo. Quando esse sistema enfrenta desordens e ineficiências, diversos setores são afetados”, explicou Campos.

Entre os principais obstáculos, o especialista destaca a interrupção do sistema operacional do terminal, que resultou em atrasos e dificuldades na gestão de cargas. Além disso, falhas em equipamentos essenciais comprometeram a eficiência do processo logístico, gerando transtornos para importadores e exportadores que dependem do Aeroporto de Guarulhos como ponto fundamental para suas operações.

O Campos chamou atenção para o setor da saúde, e diz que os medicamentos com temperatura controlada estão sendo priorizados. No entanto, mesmo esses enfrentam atrasos, enquanto matérias-primas secas ficam dias na pista, aguardando serem processadas em ordem de chegada.

“É importante ressaltar que é o mesmo problema que ocorreu em novembro de 2023. Com isso se tornando mais recorrente, há chances de uma piora considerável no médio prazo, principalmente em tempos de sazonalidade, como Natal, por exemplo”, enfatizou.

Para o especialista, esse colapso no terminal não apenas encarece os produtos que chegam ao Brasil, mas também prejudica a eficiência do país no cenário internacional. A incapacidade de processar cargas de exportação de forma oportuna prejudica a reputação do Brasil como parceiro comercial confiável, e destaca que “as comunidades empresariais, em particular, estão sofrendo as consequências financeiras dessa crise logística, enfrentando custos adicionais e atrasos que impactam diretamente a competitividade no mercado global”.

Saiba mais MUNDO LOGÍSTICA:
Aeroporto de Guarulhos: Terminal de cargas enfrenta retenção (mundologistica.com.br)

 

Ler Mais
Economia, Exportação, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado

Volume das exportações de carne bovina bate recorde, mas preço continua em queda

Segundo a Abrafrigo, embarques brasileiros somaram 206 mil toneladas em março, ou US$ 857 milhões

As exportações de carne boina (in natura e processada) do país somaram 206,1 mil toneladas e renderam US$ 856,9 milhões em março, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Em relação a março de 2023, o volume, recorde para o mês, cresceu 27%, enquanto a receita foi 21% superior.

Apesar dos crescimentos expressivos, a queda dos preços dos embarques, uma tendência observada desde o início de 2023, continua no centro das preocupações dos frigoríficos. O valor médio dos cortes vendidos ao exterior recuou de US$ 4.356 a tonelada, em março de 2023, para US$ 4.158. Essa retração foi parcialmente compensada pela redução de custos no período.


No primeiro trimestre, o volume das exportações brasileiras de carne bovina aumentou 35% ante igual intervalo de 2023 e alcançaram 672,3 mil toneladas, ao passo que a receita registrou incremento de 20%, para US$ 2,3 bilhões. O preço da tonelada embarcada ficou em US$ 4.033 de janeiro a março, quase 11% menos que um ano antes.

A China continua a ser o principal destino dos embarques de carne bovina do país. No primeiro trimestre, as vendas para o país asiático chegaram a 276,3 mil toneladas (+21%), ou US$ 1,2 bilhão (+9,4%) – o valor médio da tonelada diminuiu de US$ 4.900 para US$ 4.420. Os Estados Unidos vieram em seguida, com compras de 112,2 mil toneladas (+93,5%), ou US$ 330,2 milhões (+29,8%), e o preço médio da tonelada caiu de US$ 4.390 para US$ 2.940.

Saiba mais em INFOMONEY:
Volume das exportações de carne bovina bate recorde, mas preço continua em queda (infomoney.com.br)

Ler Mais
Gestão, Logística, Mercado Internacional, Negócios, Notícias, Oportunidade de Mercado, Portos

CLIENTES DE TRANSPORTE MARÍTIMO ESTÃO DIPOSTOS A PAGAR 4% A MAIS POR DESCARBONIZAÇÃO

Clientes do transporte marítimo estão dispostos a pagar 4% mais caro por descarbonização, diz BCG

Por Beatriz Capirazi

Embora estudo do Boston Consulting Group demonstre engajamento de 80% dos clientes, setor ainda enfrenta diversos empecilhos para zerar emissões e é considerado um dos mais difíceis de descarbonizar

Com a crescente demanda por medidas efetivas para promover a descarbonização nos negócios, setores que anteriormente não eram abarcados pelo Acordo de Paris, como a indústria marítima , por exemplo, estão se movimentando para se adequar. Visando acelerar esse processo, 80% dos clientes do transporte marítimo estão dispostos a pagar, em média, 4% a mais para ter acesso ao transporte verde nos mares, segundo dados do Boston Consulting Group (BCG) obtidos com exclusividade pelo Estadão.

A terceira edição do estudo, que visa mapear os avanços do setor, aponta que seria necessário pagar um valor de 10% a 15% a mais para alcançar a completa descarbonização do setor marítimo até 2050. A mobilização precisaria ser ainda maior no curto prazo, de 30% a 40% a mais antes que a produção de combustíveis alternativos possa ser escalada efetivamente. Atualmente, no entanto, apenas um grupo seleto de empresas está disposto a pagar um prêmio superior a 10%.

Os dados, apurados com 125 tomadores de decisão em 2023, representam um aumento de 33% em relação a 2022 e o dobro da taxa de 2021, que era de 2%. Embora haja um crescimento, as taxas projetadas ainda ficam aquém dos níveis necessários para uma descarbonização significativa. “Está longe de transformar a realidade do setor no curto prazo. Apenas 35% dos participantes da pesquisa afirmam ter recebido, em algum momento, alguma oferta de transporte verde”, explica o diretor geral e sócio do BCG, Leandro Paez, apontando que além de as empresas estarem dispostas a pagar a mais, é necessário também que os responsáveis por essas embarcações comecem a se adaptar para posteriormente ampliarem a oferta de um transporte marítimo menos poluente.

Além disso, o executivo aponta que outro empecilho é o custo efetivamente. Embora as fontes ouvidas afirmem estar dispostas a pagar, em média, 4% mais caro por um transporte limpo, o custo deveria ser de 10% a 15% para impulsionar uma mudança efetiva. “Este prêmio a mais a ser pago para transportes verdes é porque para ele ser concretizado a gente precisa viabilizar a utilização de combustíveis mais sustentáveis, que hoje são mais escassos e caros de se produzir, e que hoje vão exigir adaptações na própria propulsão e motores. Essa mudança vai exigir mudanças de infraestrutura nos portos também”, explica, apontando que todos esses pontos devem levar a uma mudança mais macro, elevando o custo e a operacionalização para que isso aconteça.

O setor é considerado um ponto-chave para a descarbonização, considerando que os grandes cargueiros que transportam cerca de 90% da frota atual dependem do uso de combustíveis fósseis para o seu funcionamento, além de serem responsáveis por cerca de 3% das emissões globais de CO2. “Se nenhuma ação fosse tomada no setor, ele facilmente poderia representar mais de 10% das emissões globais nas próximas décadas”.

No entanto, a descarbonização do setor é considerada uma das mais difíceis, já que grandes navios não podem ser movidos a eletricidade, visto que o peso das embarcações e a duração das baterias tornam inviável esse tipo de solução. Justamente por ter características transnacionais, o setor ficou de fora das determinações do Acordo de Paris. Após este fato, a indústria anunciou o aumento das ambições de suas metas climáticas em 2023, chegando ao net zero, o equilíbrio entre a quantidade de gases de efeito estufa emitida e a quantidade removida da atmosfera, em 2050.

Diante de todos estes pontos e de uma meta ambiciosa para a descarbonização completa do setor, é preciso começar a implementar medidas de eficiência desde já. “Os especialistas acreditam que cerca de 20% a 30% da redução virá através de alavancas de eficiência, então eu posso adicionar um motor mais eficiente, um casco com fluidez melhor que tem um menor arrasto no oceano e consome menos combustível.”

Ainda de acordo com Paez, os outros 70% devem ser obtidos pelo uso de combustíveis mais verdes, o que, embora deixe claro quais são as medidas que devem ser adotadas para impulsionar uma economia de baixo carbono, traz desafios específicos por ser uma nova tecnologia. “As empresas ficam receosas de investir muito em uma direção, sendo que, daqui a cinco anos, seis anos, talvez outra alternativa se mostre ainda mais viável do que o que a gente tem agora.”

Com novas tecnologias para os navios e o uso de combustíveis verdes – dois tópicos com o custo ainda elevado atualmente -, a alternativa usada pelo setor para promover a descarbonização desde já é o uso de combustíveis flexíveis, uma tendência que já é seguida na descarbonização das frotas de carros. “A tendência tem sido o uso do gás natural liquefeito, que vem ganhando espaço nos novos pedidos de navio, assim como o etanol e a amônia. A lógica tem sido fazer adaptações para que os motores sejam flexíveis, operando com óleo diesel, que são os combustíveis fósseis, mas também com gás natural liquefeito.”

Esse é um cenário bem similar ao dos carros, segundo o executivo, mas com desafios maiores. No setor automotivo, o consumo é um pouco menor e é mais fácil de adaptar, enquanto o transporte marítimo é internacional, dependendo da criação de uma infraestrutura em que o abastecimento seja o mesmo para o combustível aqui no Brasil, no Panamá, na Europa e na Ásia. “É uma articulação muito grande”, explica Paez.

Setor registra avanços

Para o executivo do BCG, a indústria marítima definitivamente tem registrado avanço nos últimos anos, com o valor adicional a ser pago para ter acesso a frotas marítimas verdes demonstrando esse engajamento na pauta. O executivo destaca, no entanto, que o grande ponto de virada para o setor aconteceu em 2023, quando houve o aumento das regulamentações no setor pela Organização Marítima Internacional (IMO) e a União Europeia, aumentando as discussões sobre a necessidade da descarbonização das indústrias. Além disso, as inovações tecnológicas e um número maior de combustíveis alternativos sendo disponibilizados, embora ainda não na escala necessária, também são fatores positivos.

“O IMO acelerou bastante essa agenda e está empurrando a agenda de descarbonização da indústria marítima ao orquestrar a definição de metas bastante aceleradas de redução de emissões, assim como o próprio crescimento da agenda de sustentabilidade, em que as empresas passaram a ficar mais preocupadas com essa área. Isso traz uma pressão para o setor, porque agora o seu cliente está preocupado com o quanto você emite”, explica o executivo.

Paez aponta que o que trará avanços ainda mais consideráveis para o setor é, além da busca por combustíveis mais limpos, como o setor já vem fazendo, também avançar na discussão sobre o compartilhamento de custos. “Os projetos iniciais de transporte marítimo verde provavelmente serão mais caros até que as economias de escala e as curvas de aprendizado reduzam os gastos necessários.”

Segundo o especialista, estes custos devem ser compartilhados tanto com os clientes quanto os próprios produtores de combustível, o que facilitará que os transportadores se comprometam com iniciativas verdes. Atualmente, existem alguns exemplos sendo conduzidos, como a parceria entre Amazon, Inditex e Maersk, que utiliza o serviço de logística oceânica ECO Delivery da Maersk, mas é preciso mais celeridade e cooperação entre todos os atores envolvidos.

“Essa será uma conta que precisa ser rateada entre os diversos atores. Vai ser parte pelas próprias empresas de transporte, parte pelo aumento de preço para os clientes deles, que eventualmente vão repassar parte desse aumento de custos para o consumidor final. Se uma montadora aceita pagar quatro, cinco, dez a mais pelo transporte marítimo daquele carro que está chegando no Brasil, por exemplo, o consumidor brasileiro talvez tenha que aceitar pagar um pouquinho mais. O preço acaba aumentando em cascata para todo mundo, pelo menos em um primeiro momento”

Matéria ESTADÃO
Clientes do transporte marítimo estão dispostos a pagar 4% mais caro por descarbonização, diz BCG – Estadão (estadao.com.br)

Ler Mais
Economia, Logística, Negócios, Oportunidade de Mercado

“Mover pode ser um exemplo para o mundo”, diz Alckmin

vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (12), em São Paulo (SP), que o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) tem potencial de ser modelo para outros países para a sustentabilidade da cadeia automotiva.

“O Mover pode ser um exemplo para o mundo, porque ele está na frente, é inovador. Não será só do tanque à roda, mas do poço à roda e do berço ao túmulo. É um dos conceitos mais modernos em termos de descarbonização e de compromisso com o combate às mudanças climáticas. O mover também estimula a exportação”, explicou o vice-presidente durante a cerimônia de inauguração da nova sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que também teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Alckmin destacou o compromisso do governo com a indústria nacional, que gera emprego e renda para a população, e celebrou os R$ 125 bilhões de investimentos anunciados pelo setor automotivo até 2033, marcando o maior ciclo de investimento da indústria automotiva no país.

Compromisso com a indústria

“Hoje é dia de uma dupla festa: inauguração da nova Casa da Anfavea, Casa do Emprego, da Renda, do Desenvolvimento, e R$ 125 bilhões de investimentos na indústria automotiva. O presidente Lula tem compromisso com a indústria, porque tem compromisso com o emprego e a renda da nossa população. E a indústria faz toda a diferença na melhora da renda, da diminuição de desigualdades e na melhoria da vida do povo”, disse Alckmin.

O ministro destacou ainda a Nova Indústria Brasil, o programa de Depreciação Acelerada, para modernizar o parque industrial, e o Brasil Mais Produtivo, que vai promover a gestão estratégia e a transformação digital de micro, pequenas e médias empresas.

O presidente Lula, em sua fala, ressaltou o compromisso do governo com nova tecnologias, inovação, geração de emprego, com indústria nacional forte e mais exportação. “A indústria passou a ter confiança no Brasil, passou a acreditar, ter segurança jurídica, estabilidade econômica e social, porque é tudo que interessa para quem quer investir”, destacou.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a reforma tributária, em fase de regulamentação, terá impacto positivo para o setor produtivo nacional. “Um dos desafios da reforma tributária é melhorar a vida do industrial brasileiro. Queremos produzir mais, mais barato e melhor”, salientou.

Na abertura da cerimônia, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que o apoio do governo federal à indústria tem resultado em anúncios das montadoras no Brasil.

“Os investimentos melhoram a vida dos brasileiros, eles geram empregos qualificados, eles melhoram a vida das pessoas, a vida da sociedade, têm uma contribuição enorme em relação ao meio ambiente e melhoram a vida dos nossos filhos”, avaliou.

Ler Mais
Conversar pelo WhatsApp!
1