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Economia, Investimento, Negócios, Notícias

Amazon cancela pedidos da China para evitar impacto de novo tarifaço

A Amazon, gigante de tecnologia e do comércio eletrônico, teria cancelado uma série de pedidos de diversos produtos fabricados na China e em outros países da Ásia, em reação à nova rodada de tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (9/4) pela Bloomberg, que teve acesso a documentos. Até o momento, a Amazon não comentou.

O que aconteceu
De acordo com a Bloomberg, foram cancelados pedidos de produtos como patinetes, cadeiras de praia, scooters e aparelhos de ar-condicionado.
Na semana passada, Trump anunciou novas tarifas para mais 180 países – várias nações asiáticas estão entre as mais afetadas pela taxação, como China (o maior alvo), Japão, Coreia do Sul, Vietnã e Tailândia.
Os cancelamentos dos pedidos, segundo a Bloomberg, teriam sido feitos sem aviso prévio aos fornecedores.

Amazon já se preocupava com guerra comercial
Em seu relatório anual, divulgado em fevereiro deste ano, a Amazon já havia mencionado as disputas comerciais internacionais como um importante fator de risco para os negócios.

“Fornecedores baseados na China são responsáveis por porções significativas de nossos componentes e produtos acabados”, afirmou a empresa no relatório.

Os itens que a Amazon compra diretamente dos fornecedores correspondem a cerca de 40% do total de produtos vendidos no site da empresa. O restante das vendas fica a cargo de comerciantes independentes que alugam espaço na plataforma digital da Amazon.

Queda nas ações
As ações da Amazon já recuaram cerca de 21% só neste ano, queda maior do que a do S&P 500 (-15%).

Fonte: Metrópoles
Para fugir do “tarifaço”, Amazon cancela pedidos de produtos da China | Metrópoles

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Economia, Industria, Inovação, Negócios, Tributação

Análise: Brasil compõe seleto grupo de 5 países que pode sair vencedor do “tarifaço”

O Brasil, como importador líquido de mercadorias dos Estados Unidos, exemplifica a maneira como alguns países podem tirar proveito da guerra tarifária

Dias após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifas que chocaram vários parceiros comerciais e os mercados globais, alguns países estão surgindo como possíveis vencedores, embora o risco de uma recessão induzida limite os ganhos.

Com aliados de longa data e parceiros comerciais próximos dos EUA, incluindo a União Europeia, o Japão e a Coreia do Sul, entre os mais atingidos – com tarifas de 20% ou mais – rivais que vão do Brasil à Índia e da Turquia ao Quênia veem uma luz no fim do túnel.

O Brasil está entre as economias que escaparam com a menor tarifa “recíproca” dos EUA, de 10%. Além disso, o país pode se beneficiar das tarifas retaliatórias da China, que provavelmente atingirão os exportadores agrícolas dos EUA.

As mais recentes tarifas dos EUA entrarão em vigor em 9 de abril.

O Brasil, como importador líquido de mercadorias dos Estados Unidos, exemplifica a maneira como alguns países podem tirar proveito da guerra comercial que Trump está travando principalmente contra a China e outros grandes exportadores que têm superávits comerciais com os EUA.

Marrocos, Egito, Turquia e Singapura

Marrocos, Egito, Turquia e Singapura, todos com déficits comerciais com os EUA, podem encontrar uma oportunidade nas dificuldades de países como Bangladesh e Vietnã, que têm grandes superávits e foram duramente atingidos por Trump.

Enquanto os dois últimos estão enfrentando tarifas esperadas de 37% e 46%, respectivamente, os outros, como o Brasil e a maioria de seus vizinhos, terão tarifas de 10% cada – mais como um tapinha na mão na nova ordem mundial de Trump.

“Os EUA não impuseram tarifas apenas ao Egito”, disse Magdy Tolba, presidente da joint venture egípcio-turca T&C Garments. “Eles impuseram tarifas muito mais altas a outros países. Isso dá ao Egito uma excelente oportunidade de crescimento.”

Tolba listou a China, Bangladesh e Vietnã como principais concorrentes do Egito no setor têxtil.

“A oportunidade está à vista de todos”, disse ele. “Nós só precisamos agarrá-la”.

A Turquia, cujas exportações de ferro, aço e alumínio foram afetadas pelas tarifas anteriores dos EUA, agora deve se beneficiar à medida que outros comerciantes globais enfrentam taxas ainda mais altas.

O ministro do Comércio, Omer Bolat, chamou as tarifas sobre a Turquia de “as melhores das piores”, considerando as taxas impostas a muitos outros países.

Da mesma forma, o Marrocos, que tem um acordo de livre comércio com os EUA, poderia emergir como um beneficiário relativo do sofrimento tanto da UE quanto das antigas potências asiáticas.

“A tarifa é uma oportunidade para o Marrocos atrair investimentos de investidores estrangeiros dispostos a exportar para os EUA, dada a tarifa comparativamente baixa de 10%”, disse um ex-funcionário do governo, falando sob condição de anonimato.

Ainda assim, o funcionário e outros observaram que os riscos se aproximam, com o perigo de que grandes investimentos chineses recentes, incluindo US$6,5 bilhões da Gotion High Tech para o que seria a primeira gigafábrica da África, possam atrair atenção negativa de Trump.

Rachid Aourraz, economista do Instituto Marroquino de Análise de Políticas (MIPA), um think tank independente em Rabat, observou que os setores aeroespacial e de fertilizantes do país ainda podem ser afetados.

“Embora o impacto direto pareça limitado, já que os EUA não são um mercado importante para as exportações do Marrocos, as ondas de choque criadas pelas tarifas e o espectro da recessão podem afetar o crescimento econômico marroquino”, disse ele.

O Quênia, país com o qual os EUA têm um superávit comercial, também pode ter efeitos mistos de um golpe tarifário relativamente leve. Os produtores de têxteis, em particular, expressaram a expectativa de que poderiam obter uma vantagem comparativa em relação aos concorrentes dos países mais afetados pelas tarifas.

Preocupações

Preocupações semelhantes estão ocorrendo em Cingapura, onde o índice de referência Straits Times caiu 7,5% na segunda-feira, a maior queda desde 2008, e ampliou as perdas nesta terça-feira.

Embora a cidade-Estado possa se beneficiar de alguns fluxos de investimento à medida que os fabricantes buscam diversificar, eles ainda estariam sujeitos a regras substanciais de fabricação e conteúdo local, disse Selena Ling, economista do OCBC.

“A história absoluta é que não há ‘vencedores’ se a economia dos EUA e/ou global sofrer uma parada brusca ou uma recessão”, disse ela. “É tudo relativo.”

Chua Hak Bin, economista do Maybank, acrescentou: “Cingapura não pode vencer em uma guerra comercial global, dada a forte dependência do comércio.”

A Índia, apesar de uma tarifa de 26%, ainda está procurando oportunidades nas dores de seus rivais asiáticos.

De acordo com uma avaliação interna do governo compartilhada com a Reuters, os setores em que a Índia pode ganhar participação de mercado nos embarques para os EUA incluem têxteis, vestuário e calçados. Logo após o anúncio da tarifa, o Ministério do Comércio indiano disse que estava “estudando as oportunidades que podem surgir devido a esse novo acontecimento na política comercial dos EUA”.

FONTE: InfoMoney
Análise: Brasil compõe seleto grupo de 5 países que pode sair vencedor do “tarifaço”

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Economia, Negócios, Notícias, Tributação

Dólar fecha em alta após Trump ameaçar China com tarifa adicional de 50%

O dólar à vista voltou a fechar em forte alta diante do real nesta segunda-feira, seguindo a tendência de outras moedas emergentes, em meio à escalada das preocupações com a guerra comercial de Donald Trump.

O presidente americano fez nova ameaça à China, de impor mais 50% em tarifas, caso o país não volte atrás na retaliação contra os produtos americanos anunciada na sexta-feira.

O dólar chegou a registrar uma queda pontual pela manhã em meio ao boato de que os EUA fariam uma pausa nas tarifas para abrir espaço para negociações com outros países, mas o rumor foi logo desmentido pela Casa Branca.

O dólar à vista fechou em alta de 1,30%, a R$ 5,9106, após oscilar entre R$ 5,8169 e R$ 5,9324. Às 17h05, o dólar futuro para maio subia 0,85%, a R$ 5,9335.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,42%, aos 103,454 pontos. O euro caía 0,34%, para US$ 1,0917. E a libra recuava 1,37%, a US$ 1,2719.

DataCompraVendaVariaçãoVariação
01/04/20255,68275,6833-0,39%-0,0224
02/4/20255,698 5,69860,27%0,0153
03/4/20255,62795,6285-1,23%-0,0701
04/4/20255,83495,83553,68%0,207%
07/4/20255,915,91061,29%0,0751

Fonte: ADVFN News
Dólar fecha em alta após Trump ameaçar China com tarifa adicional de 50% | ADVFN News

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Economia, Gestão, Informação, Negócios, Notícias, Tributação

BTG alerta para aumento de tarifas dos EUA se Brasil mantiver barreiras comerciais ocultas

Restrições não tarifárias aumentam riscos sob o esforço de reciprocidade de Washington

 

Os Estados Unidos podem acabar impondo tarifas acima da média sobre as importações brasileiras se buscarem neutralizar as barreiras comerciais regulatórias do Brasil, alertou o BTG Pactual. A tarifa média ponderada do Brasil sobre produtos dos EUA é de cerca de 5,8%, em comparação com apenas 1,3% cobrada pelos EUA sobre produtos brasileiros, de acordo com o banco. A disparidade é ainda maior quando se trata de barreiras não tarifárias: 86,4% dos produtos que entram no Brasil enfrentam algum tipo de exigência regulatória, em comparação com 77% nos EUA e 72% globalmente. Os dados vêm da World Integrated Trade Solution (WITS), uma plataforma do Banco Mundial que analisa 75 países.

“O protecionismo brasileiro decorre principalmente de barreiras não tarifárias, e não de tarifas reais”, escreveram os economistas do BTG Iana Ferrão e Pedro Oliveira em um relatório. Na América Latina, apenas a Argentina aplica regras comerciais não tarifárias mais rigorosas do que o Brasil.

As barreiras não tarifárias são restrições comerciais que não envolvem impostos diretos sobre mercadorias. Isso inclui cotas de importação, requisitos de licenciamento, regulamentos técnicos, medidas sanitárias e fitossanitárias, procedimentos alfandegários complexos e subsídios.

De acordo com Ferrão e Oliveira, a maioria dos produtos importados no Brasil está sujeita a algum tipo de restrição, como licenciamento prévio, inspeções sanitárias rigorosas ou conformidade com normas técnicas estabelecidas por órgãos como o INMETRO e a ANVISA. “Várias indústrias domésticas são protegidas por regulamentações que tornam a concorrência estrangeira significativamente mais difícil, mesmo quando as tarifas são relativamente baixas”, escreveram.

Essas barreiras representam um “custo oculto” para as empresas que tentam exportar para o Brasil, segundo os economistas. Eles citam estudos que sugerem que as regulamentações sanitárias e fitossanitárias do Brasil são equivalentes a tarifas que variam de 20% a 40%, dependendo do setor.

“Nas últimas décadas, à medida que as tarifas globais diminuíram, o Brasil permaneceu relativamente fechado por meio de barreiras não tarifárias. A pesquisa mostra que, após a liberalização do comércio na década de 1990, a proteção por meio da regulamentação aumentou nos últimos 15 anos”, escreveram eles.

A preocupação, observaram Ferrão e Oliveira, é que o governo dos EUA enfatizou que considerará não apenas tarifas diretas, mas também outros obstáculos comerciais ao decidir sobre medidas retaliatórias. “O próprio presidente Trump solicitou uma investigação sobre barreiras tarifárias e não tarifárias. Não sabemos se isso vai acontecer – há uma grande incerteza em torno das políticas comerciais de Trump – mas como a questão está sob revisão, há um risco real de tarifas mais altas”, disse Ferrão.

Combinando as tarifas do Brasil e as restrições não tarifárias sobre produtos dos EUA, o país surge como um dos mais protecionistas em relação aos produtos americanos, diz o relatório. Isso poderia reforçar a visão de Trump de que o Brasil emprega práticas comerciais desleais que bloqueiam o acesso dos EUA ao seu mercado – potencialmente justificando medidas retaliatórias sob a lógica da “reciprocidade tarifária”.

“Isso também sugere que quaisquer futuras negociações comerciais com os EUA provavelmente exigirão que o Brasil reduza gradualmente algumas de suas barreiras como ferramenta de barganha para limitar o impacto negativo em setores específicos e na balança comercial do país”, acrescentaram os economistas. O Brasil poderia seguir uma abordagem estratégica, dizem eles, oferecendo concessões em áreas menos sensíveis para evitar retaliações em áreas mais críticas.

Caso o Brasil seja forçado a reduzir suas barreiras não tarifárias, a pressão recairá sobre indústrias que dependem fortemente de insumos básicos – como metalurgia – e setores como vestuário, máquinas e semimanufaturados. Os metais (incluindo produtos siderúrgicos e siderúrgicos) respondem por cerca de 21% de todas as barreiras não tarifárias no Brasil, observa o relatório. Em segmentos como motores não elétricos e aeronaves, praticamente todas as importações estão sujeitas a algum tipo de restrição ou exigência.

Se os EUA impusessem uma tarifa média de 5,8% – equivalente ao que o Brasil cobra dos produtos americanos – muitos produtos brasileiros atualmente isentos ou com tarifas mínimas enfrentariam o que o BTG classifica como uma barreira tarifária “moderada” no mercado americano. Nesse cenário, o BTG estima que as exportações brasileiras para os EUA podem cair US$ 2 bilhões em 2025 e US$ 3 bilhões em 2026, em comparação com a previsão atual do banco, que já considera a tarifa de importação de aço dos EUA de 25%.

Se, no entanto, os EUA aumentassem as tarifas médias para 25% – para refletir o impacto das barreiras não tarifárias do Brasil – muitas exportações brasileiras que atualmente são competitivas se tornariam comercialmente inviáveis no mercado dos EUA, a menos que os exportadores reduzissem significativamente seus preços, alertaram Ferrão e Oliveira.

O conceito de “equivalente tarifário” procura quantificar o quão alta uma tarifa precisaria ser para produzir o mesmo efeito de redução do comércio que uma barreira não tarifária. Embora 25% represente o “pior cenário”, observaram os economistas, estudos sugerem que o equivalente tarifário médio dos EUA para barreiras não tarifárias varia de 10% a 15%. Isso implicaria que, sob um princípio de reciprocidade, qualquer tarifa equivalente dos EUA no Brasil provavelmente seria inferior a 25%.

Ainda assim, os economistas dizem que o objetivo da simulação é modelar um cenário de retaliação mais severo – um em linha com as tarifas que os EUA impuseram no passado a parceiros como México e Canadá. Nesse cenário, o superávit comercial do Brasil pode encolher R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 13 bilhões em 2026, estimam.

“O impacto direto das tarifas dos EUA na balança comercial geral e na atividade econômica do Brasil tende a ser limitado, uma vez que o Brasil é uma economia relativamente fechada”, disse Ferrão. “No entanto, os efeitos específicos do setor podem ser significativos, já que várias indústrias dependem fortemente do mercado dos EUA. O alto nível de barreiras não tarifárias do país pode exigir negociação.

FONTE: Valor Internacional
BTG alerta para aumento de tarifas nos EUA se o Brasil mantiver barreiras comerciais ocultas | Relações Exteriores | valorinternational

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Tarifas sobre produtos de importadores de petróleo da Venezuela começam em 2 de abril

Casa Branca confirmou data de nova tarifa dizendo que o regime de Maduro representa “uma ameaça incomum e extraordinária” aos EUA

A Casa Branca confirmou, através de uma ordem executiva, que uma tarifa de 25% poderá ser imposta a partir de 2 de abril a todos os produtos importados para os Estados Unidos de qualquer país que importe petróleo venezuelano, seja diretamente da Venezuela ou indiretamente por meio de terceiros.

“O presidente dos Estados Unidos da América considera que as ações e políticas do regime de Nicolás Maduro na Venezuela continuam a representar uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa”, disse a Casa Branca.

A ordem ainda ressalta que as atividades da gangue Tren de Aragua, uma organização criminosa transnacional originária da Venezuela e designada como uma Organização Terrorista Estrangeira e uma Organização Terrorista Global Especialmente Designada, intensificaram essa ameaça.

FONTE: InfoMoney
Tarifas sobre produtos de importadores de petróleo da Venezuela começam em 2 de abril

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Economia, Exportação, Finanças, Gestão, Industria, Negócios, Notícias

Brasil se Prepara para Maior Demanda Chinesa e Alta nos Preços dos Alimentos em Meio à Guerra Comercial EUA-China

A guerra comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a China dará aos exportadores agrícolas brasileiros a oportunidade de conquistar uma fatia ainda maior do mercado chinês às custas dos agricultores americanos.

No entanto, isso também pode impulsionar a já elevada inflação dos alimentos no Brasil. Nesta semana, a China reagiu rapidamente às novas tarifas dos EUA anunciadas por Trump, impondo aumentos de 10% e 15% sobre US$ 21 bilhões em produtos agrícolas americanos, incluindo carne e soja.

O Brasil, maior exportador mundial de soja, algodão, carne bovina e carne de frango, deve aumentar seus embarques para a China, já que os importadores chineses buscarão alternativas livres de tarifas. Durante o primeiro mandato de Trump, a guerra comercial que ele iniciou com a China fez os agricultores americanos perderem parte do mercado para o Brasil, especialmente no caso da soja, um produto essencial para os chineses.

Os EUA nunca recuperaram essa fatia de mercado da soja. A China continua comprando mais produtos agrícolas do Brasil do que antes da primeira guerra comercial, e essa tendência deve se intensificar com a nova rodada de tarifas.

“Os crescentes atritos entre EUA e China provavelmente levarão Pequim a buscar mais grãos e proteínas no Brasil, o que pode reduzir a demanda por commodities e, consequentemente, os preços nos EUA, enquanto aumenta a demanda e os preços no Brasil”, disseram analistas do Santander.

Os preços da soja brasileira já estão subindo. O prêmio nos portos locais atingiu o maior nível da temporada nesta semana, segundo Eduardo Vanin, analista da Agrinvest.

“Qualquer demanda adicional da China pode resultar em exportações mais fortes do Brasil a preços mais atrativos”, afirmaram analistas do Itaú BBA em nota aos clientes.

Isso beneficiaria empresas agrícolas brasileiras como SLC Agrícola e BrasilAgro. No entanto, mais exportações significam menor oferta no mercado interno, aumentando os custos dos grãos usados na alimentação de animais para frigoríficos locais como JBS e BRF.

PRESSÃO SEVERA

Um aumento nos preços dos alimentos, porém, seria uma má notícia para o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cuja popularidade tem caído nos últimos meses, principalmente devido ao alto custo dos alimentos.

Os preços de alimentos e bebidas subiram cerca de 8% em 2024, de acordo com o IBGE, e em janeiro registraram alta de quase 1%, marcando o quinto mês consecutivo de aumento. Os dados de fevereiro serão divulgados na próxima semana.

O Banco Central do Brasil, que tem elevado as taxas de juros, afirmou que o aumento nos preços da carne foi um fator-chave para a alta significativa nos custos dos alimentos e descreveu um cenário adverso no curto prazo.

A inflação também subiu em 2018-2019, quando o Brasil exportou mais produtos agrícolas para a China. O índice de preços ao consumidor fechou 2018 em 3,75% e acelerou para 4,31% no final do ano seguinte.

VOLTA AO FUTURO

O Santander destacou que, embora menos severas do que as tarifas de 2018, as novas medidas anunciadas por Pequim devem acelerar a diversificação de longo prazo da China em relação ao fornecimento dos EUA.

A demanda crescente da China impulsionará ainda mais as perspectivas positivas do agronegócio brasileiro, que prevê produção recorde de produtos-chave neste ano.

O Brasil deve colher uma safra recorde de soja de cerca de 170 milhões de toneladas em 2024/25, com exportações superando 100 milhões de toneladas. As indústrias de carne bovina, frango e suína também devem registrar recordes de produção e embarques este ano.

O gráfico abaixo mostra as exportações de carne bovina do Brasil para a China entre janeiro de 2021 e janeiro de 2024. Os dados vêm do DataLiner.

Exportações de carne bovina para a China | Jan 2021 – Jan 2025 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

“A China buscará obter o máximo possível do Brasil”, disse Carlos Cogo, da consultoria agropecuária Cogo, acrescentando que as novas tarifas tornarão os produtos americanos ainda menos competitivos em relação aos brasileiros.

CARNE DE PRIMEIRA

Representantes da indústria de carnes do Brasil disseram que a mudança no comércio global deve ser positiva para o país sul-americano.

“O Brasil acabará se beneficiando, especialmente em termos de preços e rentabilidade”, afirmou Ricardo Santin, presidente da ABPA, associação do setor de carnes, à Reuters.

As ações de frigoríficos e produtores de grãos brasileiros operaram estáveis na quinta-feira, após subirem significativamente na sessão anterior.

Santin afirmou que os ganhos com o aumento das exportações para a China, que já é um dos principais compradores de carne brasileira, provavelmente compensarão os custos mais altos da alimentação animal.

Reportagem de Roberto Samora e Gabriel Araujo
Edição de Ana Mano, Simon Webb e Marguerita Choy

Fonte: Reuters
Brazil braces for more Chinese demand, higher food prices amid US trade war | Reuters

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US$ 9,5 trilhões em risco: o possível preço da guerra comercial, segundo a AmCham EU

No documento, a Amcham projeta que o conflito comercial coloca US$ 9,5 trilhões em risco, acima dos US$ 8,7 trilhões do ano passado.

 

A Câmara de Comércio Americana para a União Europeia (AmCham EU) afirma que há uma série de riscos para 2025, incluindo taxas de crescimento desiguais entre a Europa e os EUA, pressões competitivas da China e a perspectiva de uma guerra comercial transatlântica, em novo estudo publicado nesta segunda-feira, 17.

No documento, a Amcham projeta que o conflito comercial coloca US$ 9,5 trilhões em risco, acima dos US$ 8,7 trilhões do ano passado.

“Para empresas de ambos os lados, a economia transatlântica é mais do que apenas uma fonte de lucro. É uma base geoeconômica comum que lhes dá uma vantagem em um mundo ferozmente competitivo”, explica o CEO, Malte Lohan, ao destacar os riscos da deterioração da relação entre EUA e UE.

“Em vez de se envolver em um olho por olho que só prejudica as duas economias, eles deveriam vir à mesa de negociações para descobrir como seria um acordo positivo para a economia transatlântica”, acrescenta.

Fonte: Estadão

US$ 9,5 trilhões em risco: o possível preço da guerra comercial, segundo a AmCham EU

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CEO da WEG chama tarifas de erro e diz que empresa está pronta para guerra comercial

Empresa de Santa Catarina fornece motores para transmissão de energia e pretende usar sua capilaridade global para mitigar o efeito das taxas

O CEO da WEG (WEGE3) chamou as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, de um “erro fundamental”, ao mesmo tempo em que afirma que a empresa produtora de motores elétricos está preparada para lidar com uma guerra comercial.

A WEG, que tem o terceiro maior valor de mercado na bolsa de valores do Brasil, planeja usar suas mais de 60 fábricas em 17 países, incluindo o México, para mudar a produção e evitar as taxas, disse o CEO Alberto Kuba em entrevista.

“Não precisamos usar o México para exportar apenas para os EUA”, disse Kuba. A empresa “pode ​​usar o México como um centro para exportar para qualquer outro país”.

A WEG, que fornece motores para os setores de transmissão de energia e energia renovável em todo o mundo, usou uma estratégia semelhante durante a pandemia para transferir a produção para países que reabriram mais rapidamente. Essa vantagem ajudou a ganhar participação de mercado.

A ágil cadeia de suprimentos da empresa pode dar a ela uma vantagem sobre os concorrentes que não conseguem transferir a produção tão facilmente. Isso, e a necessidade dos Estados Unidos de modernizar e expandir sua rede elétrica, deixaram Kuba otimista sobre o mercado dos EUA.

“Estamos bem posicionados para todos os cenários”, disse Kuba. “Se Trump fizer a economia dos EUA crescer, está tudo bem.”

Ainda assim, Kuba questiona a estratégia de Trump porque os EUA não têm a capacidade de aumentar rapidamente a produção industrial se as empresas quisessem se mudar. Ele acrescentou que a falta de trabalhadores qualificados nas fábricas dos EUA pode dificultar a expansão.

Se as tarifas atingirem algum produto da WEG, a empresa não hesitará em repassar os preços aos clientes, disse Kuba.

As ações da WEG caíam cerca de 11% neste ano até quinta-feira nas negociações na Bolsa de valores do Brasil. Isso ocorreu depois de subirem mais de 40% em 2024.

FONTE: Bloomberg
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Bolsas da Europa fecham em queda com tarifas pressionando setor de bebidas

Tensão nos mercados se intensificou após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que retaliará a tarifa de 50% da União Europeia sobre o uísque americano

As bolsas da Europa encerraram, majoritariamente, em baixa nesta quinta-feira (13) pressionadas pelo acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e União Europeia, além das tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia.

Em Londres, o índice FTSE 100 terminou com ganho marginal de 0,02%, a 8.542,56 pontos. O DAX, de Frankfurt, caiu 0,63%, para 22.532,98 pontos. Já o CAC 40, em Paris, perdeu 0,64%, fechando a 7.938,21 pontos.

Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,14%, a 12.821,30 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,61%, para 6.722,00 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em baixa de 0,80%, a 37.999,73 pontos. Os números ainda são preliminares.

A tensão nos mercados se intensificou após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que retaliará a tarifa de 50% da União Europeia sobre o uísque americano com uma taxa de 200% sobre vinhos, champanhe e demais produtos alcoólicos da França e de toda a Europa.

A ameaça impactou diretamente as ações de grandes empresas do setor de bebidas alcoólicas na Europa. A Pernod Ricard caiu 3,97%, a Rémy Cointreau desvalorizou 4,67%, enquanto o Grupo Campari recuou 4,31%. Em 2024, os EUA importaram cerca de US$ 5,4 bilhões em vinho da UE, incluindo cerca de US$ 1,7 bilhão em vinhos espumantes como champanhe, de acordo com dados do Census Bureau.

Os investidores seguem cautelosos com o possível impacto dessa escalada tarifária. Na quarta, a União Europeia anunciou a aplicação de tarifas sobre 26 bilhões de euros em produtos dos EUA, após Washington impor uma taxa de 25% sobre importações de aço e alumínio. O Canadá também anunciou medidas retaliatórias contra os EUA.

Em Londres, a Vosafone subiu 4,60%, respondendo pela maior alta porcentual do FTSE 100, seguida pela mineradora Antofagasta, com ganho de 2,81%.

FONTE: CNN Brasil
Bolsas da Europa fecham em queda com tarifas pressionando setor de bebidas | CNN Brasil

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China Suspende Importação de Soja dos EUA e Intensifica Guerra Comercial

A China suspendeu a importação de soja de três empresas dos EUA em 4 de março, alegando a presença de fungos e pragas, como uma retaliação às tarifas impostas pelo governo Trump, o que intensifica a guerra comercial entre os dois países.

A importação de soja dos EUA pela China foi suspensa, afetando três grandes exportadores. Essa ação, anunciada nesta terça-feira, é uma retaliação às tarifas impostas pelo governo Trump, intensificando a guerra comercial entre as duas potências. A medida também inclui a suspensão de importações de madeira devido à presença de pragas.

Motivos da Suspensão de Importações

A suspensão das importações de soja dos Estados Unidos pela China foi motivada pela detecção de ergot, um tipo de fungo, e agentes de revestimento de sementes nos carregamentos.

Além disso, o bloqueio das importações de madeira estadunidense ocorreu devido à presença de vermes e outros fungos, como o aspergillus, que foram encontrados nas cargas.

Essas medidas fazem parte de uma série de ações retaliatórias da China em resposta às tarifas impostas pelo governo dos EUA. As autoridades chinesas justificaram essas ações como necessárias para proteger a segurança alimentar e a saúde pública do país.

A suspensão das importações é vista como um movimento estratégico na crescente tensão comercial entre as duas nações.

FONTE: soluções industriais
China Suspende Importação de Soja dos EUA e Intensifica Guerra Comercial

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