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Itajaí de volta à carga

Após mais de um ano sem movimentar contêineres, situação que abalou a economia da cidade, porto retoma operações, mas a competitividade do complexo depende de contrato de longo prazo e investimentos bilionários – Por Leo Laps.

 

Em dezembro do ano passado Itajaí assumiu o posto de maior economia de Santa Catarina. Com um PIB de R$ 47,8 bilhões, segundo dados de 2021 divulgados pelo IBGE, o município do litoral Norte ultrapassou Joinville (que somou R$ 45 bilhões), após oito anos na segunda colocação. A conquista foi celebrada pelo poder público e empresariado local. Mas há um elefante na sala, que pode custar à cidade a liderança recém-adquirida.

Desde o final do contrato de arrendamento de 22 anos com a APM Terminals, do grupo dinamarquês Maersk, em dezembro de 2022, o Porto de Itajaí, um dos maiores motores do desenvolvimento econômico da região, parou de movimentar contêineres devido a impasses políticos e administrativos que causaram atrasos no edital para uma nova concessão de longo prazo. Apenas 334 TEUs passaram pelo local no ano passado – quando a APM cumpriu uma extensão temporária de seis meses do contrato – e, em 2024, nenhum. Uma realidade muito diferente de três anos atrás, quando mais de meio milhão de contêineres foram movimentados pelo Porto de Itajaí.

Uma luz no fim do túnel, ainda que temporária, surgiu em maio, quando a JBS foi anunciada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, como nova operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí em um contrato tampão, com duração de dois anos. A multinacional produtora de alimentos já era, junto com a BRF e a Aurora, uma das maiores clientes do complexo portuário através da exportação de carne de frango e suína.

Sem movimentação de carga no Porto de Itajaí, as três gigantes do ramo passaram a amargar prejuízos mensais de R$ 2,3 milhões apenas com o trabalho de realocação de cargas para outros portos, revela o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Jorge Luiz de Lima. “As empresas tiveram de modificar suas operações, fazer viagens mais longas para Itapoá, Imbituba e até Rio Grande (no Rio Grande do Sul). E, por ser comércio exterior, elas acabaram absorvendo grande parte desse custo adicional”, comenta Lima.

A JBS deve incumbir a subsidiária Seara (que já opera na cidade o terminal portuário Braskarne) como controladora do Porto de Itajaí, depois de assumir 70% das cotas societárias da Mada Araújo Asset Management – empresa que ganhou, após algumas reviravoltas, o leilão de arrendamento transitório do Porto de Itajaí em dezembro de 2023. Novos trabalhadores estão sendo contratados e a movimentação de contêineres deverá ser retomada no segundo semestre.

Durante a vigência do contrato tampão, o Governo Federal promete lançar o edital definitivo para o arrendamento dos quatro berços do Porto de Itajaí à iniciativa privada, por até 35 anos, renovável por igual período, mantendo a autoridade portuária pública e municipal – um dos principais impasses criados durante o governo Bolsonaro, que pretendia privatizar o porto, questão encerrada com a eleição de Lula em 2022. Uma audiência pública virtual para definir o edital foi realizada em abril, e após sugestões o documento foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União.

Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Antônio Martorano, a definição da JBS como operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí é um alento que não deve desviar do foco principal. “Precisamos que as operações do porto voltem a ocorrer com o máximo de urgência. A JBS é um player muito importante, que pode voltar a consolidar o Porto de Itajaí com uma grande operação. Mas, como se trata de um contrato provisório, a preocupação é que não seja possível realizar investimentos para que navios de maior dimensão possam operar, o que é essencial para a competitividade do porto”, diz Martorano.

“Considerando que o edital de concessão está previsto para ser lançado no final de 2024, e o leilão no primeiro semestre de 2025, é preciso urgentemente procurar uma forma de realizar os investimentos. Isso precisa estar claro na concessão. Se não for feito, perderemos mercado”, afirma Martorano. Garantir a dragagem permanente da Foz do Rio Itajaí-Açu e realizar as obras de conclusão da segunda etapa de expansão da bacia de evolução do porto, para atender navios com até 366 metros de comprimento, estão entre alguns dos investimentos considerados essenciais, avaliados em R$ 2,8 bilhões.

Avulsos | Enquanto a JBS não reativa os dois berços do terminal de contêineres, o porto público de Itajaí, que também conta com dois berços, tem trabalhado com navios para transporte de veículos, celulose e cargas em geral, além de receber dezenas de cruzeiros – quase 100 mil passageiros desembarcaram na cidade para fazer turismo na última temporada de verão. Em junho, a SC Portos assumiu o arrendamento transitório para movimentação de carga geral na área pública. De acordo com a empresa, o objetivo é manter a regularidade das operações desse tipo de carga, que não inclui contêineres. O contrato tem validade de seis meses e pode ser renovado por igual período.

A dragagem permanente do canal de acesso, na Foz do Rio Itajaí-Açu, aparentemente teve solução depois que o Governo Federal liberou R$ 25 milhões para o pagamento de dívidas da autoridade portuária com a multinacional holandesa Van Oord, responsável pelo serviço – o dinheiro, até 2022, vinha de tarifas cobradas do terminal de contêineres administrado pela APM. Em abril, o Porto de Itajaí recebeu o reforço da draga Utrecht, que tem como objetivo recuperar a profundidade de 14 metros do canal e aumentar a vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí.

A movimentação atual tem dado resultado positivo para o Porto de Itajaí, mas os despachos de agora não acompanham os montantes gerados pelas cargas conteinerizadas. Estimativas da FIESC avaliam que cada TEU movimenta, em toda a cadeia logística, cerca de R$ 1,6 mil. “Só fazendo este cálculo já dá para saber o prejuízo da não movimentação, em torno de R$ 835 milhões ao ano. Somente em tributos federais, Itajaí já teve uma queda de arrecadação de 28% entre 2022 e 2023. Não temos os números de 2024, mas dá para imaginar que vai baixar muito, ainda mais. São implicações econômicas de impacto para um município que chegou a ser o maior arrecadador de impostos federais no Estado”, elenca Martorano.

Diante de tal cenário, Itajaí segue demonstrando força através da diversificação de sua economia. No primeiro trimestre, a cidade só ficou atrás de Joinville na criação de novos postos de trabalho, com 3,6 mil vagas abertas. Com um mercado imobiliário e construção civil em franca valorização e um dinâmico setor de serviços, a cidade também tem sofrido um pouco menos graças a um vizinho, a Portonave, porto privado localizado no outro lado do Rio Itajaí-Açu, em Navegantes. “Isso é consenso na comunidade portuária: a retroárea que atende o Porto de Itajaí também atende Navegantes, absorvendo a movimentação intensa deles. Isso aliviou o impacto para o setor de logística e comércio exterior de Itajaí”, comenta Martorano.

De fato, a Portonave conta com uma das operações mais eficientes do País: somente entre janeiro e abril deste ano a empresa movimentou 398,6 mil TEUs, mesmo enquanto trabalha com uma obra de R$ 1 bilhão para melhorar seu cais. No ano passado, chegou à marca de 1,23 milhão de TEUs, a segunda maior movimentação do Brasil – só perde para Santos – o que representa 15% de participação no mercado nacional.

Despachos | Realocar contêine­res para outros portos, como os de Navegantes, Itapoá e Imbituba, tem tornado mais complexo o trabalho de agentes marítimos como a Heusi, empresa especializada em despachos e agenciamentos para o comércio exterior. Com matriz em Itajaí e uma filial em São Francisco do Sul (além de unidades no Rio de Janeiro e na cidade gaúcha de Uruguaiana), a empresa também perdeu cerca de 18% do volume de despachos aduaneiros com a paralisação do terminal de contêineres no Porto de Itajaí.

“Como temos uma unidade em São Francisco, conseguimos ope­rar em Itapoá, mas perdemos carga, por exemplo, para o Porto de Paranaguá, no Paraná”, revela Marcelo de Almeida Heusi, proprietário da empresa. Outra consequência apontada por ele é o aumento de custos na operação: “Os portos acabam colocando valores maiores para receber os contêineres, pois há um gargalo. Santa Catarina sempre foi conhecida por seus benefícios fiscais agressivos, mas agora estamos com preços iguais aos de São Paulo. Estamos perdendo competitividade”, afirma.

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Nova descoberta de gás no mar da Colômbia é anunciada pela Petrobras

Na manhã desta segunda-feira (5/8), a Petrobras revelou uma importante descoberta de gás ao perfurar um novo poço no Bloco Tayrona, a cerca de 31 quilômetros do litoral da Colômbia. Esta descoberta representa um marco significativo na colaboração entre Petrobras e Ecopetrol.

A estatal, atuando como operadora na região, informou que o poço descoberto, denominado Uchuva 2, está localizado em águas profundas a uma profundidade de 804 metros. Este novo poço se encontra a aproximadamente 76 km da cidade de Santa Marta, um destaque geográfico importante.

Parceria Petrobras e Ecopetrol
A parceria entre Petrobras e Ecopetrol tem sido crucial para as operações de exploração na área. A Ecopetrol possui 55,56% da área, fortalecendo ainda mais a cooperação entre as duas gigantes do setor energético. A colaboração estratégica visa aumentar a capacidade de descobertas e produção na região.

Como se Deu a Descoberta de Gás?

A descoberta de gás no Bloco Tayrona não foi um evento isolado. Os primeiros sinais de gás surgiram com a perfuração do poço Uchuva-1 em julho de 2022. A essência da descoberta atual reside na continuação das fases de perfuração que a Petrobras e Ecopetrol vêm executando minuciosamente.

O novo poço, identificado como Uchuva 2, está passando por um processo de perfuração que conta com cinco fases distintas. A constatação de gás foi efetivada na fase 4, indicando um sucesso significativo na estratégia de exploração em águas profundas. Este processo detalhado e bem planejado foi essencial para validar os nossos esforços e confirmar a presença de reservas de gás na área.

A descoberta de gás na Colômbia representa um marco importantíssimo para a Petrobras. Este avanço ressalta a eficácia das operações de exploração em águas profundas e a potente colaboração estratégica com a Ecopetrol. Além disso, a descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento econômico da região e para o fortalecimento do portfólio de energia da Petrobras.

  • Potencial de Aumentar a Oferta de Gás Natural
  • Incremento na Parceria Estratégica com Ecopetrol
  • Desenvolvimento Econômico da Região

O Futuro da Exploração de Gás na Colômbia

Com esta nova descoberta, o futuro da exploração de gás na Colômbia se mostra promissor. A Petrobras, junto com a Ecopetrol, planeja continuar as operações de perfuração e análise para maximizar as novas reservas encontradas. O objetivo é potencializar a produção de gás e enriquecer ainda mais o mercado energético da região.

  1. Continuação das Fases de Perfuração
  2. Análise Detalhada das Reservas Encontradas
  3. Implementação de Estratégias para Maximizar a ProduçãoOs próximos passos envolvem uma contínua colaboração entre as empresas parceiras e um planejamento meticuloso para garantir que os recursos possam ser explorados de maneira eficiente e sustentável.Saiba mais em:
    Nova descoberta de gás no mar da Colômbia é anunciada pela Petrobras – Terra Brasil Notícias (terrabrasilnoticias.com)

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ROMBO NA DRAGAGEM DO PORTO DE ITAJAÍ VIRA IMPASSE DE PROPORÇÕES MILIONÁRIAS

Serviço é fundamental para a operação do segundo maior complexo movimentador de contêineres no país

A dragagem do canal de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí-Açu se tornou um impasse de proporções milionárias. Responsável pelo serviço, a Superintendência do Porto de Itajaí tem uma dívida de R$ 35 milhões com a empresa holandesa Van Oord, que executa a dragagem – e ameaça paralisar o trabalho. Para completar o imbróglio, o contrato de trabalho termina em dezembro – mas, até agora, não há uma solução prevista, o que pode levar à suspensão de um serviço fundamental para a operação do segundo maior complexo movimentador de contêineres no país.

Em uma recente reunião promovida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Van Oord afirmou que foi orientada pela seguradora de crédito a interromper os serviços em Itajaí se não receber os valores prometidos.

Essa hipótese paira como uma sombra sobre os terminais na foz do Itajaí-Açu. Para se ter ideia, cada 10 centímetros perdidos de profundidade no canal de acesso significam 40 contêineres a menos em cada navio. É uma dificuldade logística para os armadores e um prejuízo para toda a cadeia portuária – e esta é uma consequência a ser sentida a curto prazo. Fontes do setor, ouvidas pela coluna, indicam que, em uma semana sem dragagem, já há perda sensível de profundidade no canal.

O Complexo Portuário fica na foz do Itajaí-Açu, sujeito à deposição de material trazido pelo rio. Isso faz com que o canal de acesso, por onde chegam os navios, demande dragagem permanente. A legislação brasileira determina que esse serviço seja pago com a chamada “tabela 1”, uma taxa que é cobrada de todos os navios que atracam nos portos, sejam eles públicos ou privados. Em Itajaí, a taxa é recolhida pela Superintendência do Porto de Itajaí (SPI), órgão municipal, uma vez que o município tem a delegação do porto.

Desde dezembro de 2022, quando terminou o contrato de arrendamento da operação portuária do Porto de Itajaí pela APM Terminals, a SPI vem alegando dificuldades para honrar o contrato de dragagem. A justificativa é que, sem navios de contêineres regulares, não há recursos para pagar pelo serviço.

Diante disso, a dívida foi acumulando e uma parte do débito foi refinanciada. Com isto, as parcelas, que seriam de R$ 4 milhões por mês, hoje são de R$ 7,4 milhões mensais. Somando o valor do refinanciamento e os novos débitos, o Porto de Itajaí deve R$ 72 milhões à Van Oord.

Em maio, a SPI anunciou dois repasses de recursos para manter a dragagem em dia até o fim do ano. São R$ 20 milhões da prefeitura, em duas parcelas, e R$ 50 milhões do governo federal, via Ministério de Portos e Aeroportos. Este recurso foi tratado com o ministro Silvio Costa Filho.

Até agora, no entanto, somente a primeira parcela de R$ 10 milhões do município foi repassada. Quanto aos R$ 50 milhões do governo federal, a coluna apurou, nos bastidores, que não serão enviados este ano por questões legais – e podem não ser efetivados. Ocorre que há restrições para que o Ministério envie verba de custeio a um órgão municipal, como é a Superintendência do Porto de Itajaí, especialmente em ano eleitoral. Mas este não é o único problema: há dúvidas, nos órgãos de fiscalização em Brasília, sobre a incapacidade de solvência do Porto de Itajaí – e isso tem repercutido nos órgãos federais.

Ocorre que, embora as verbas tenham reduzido drasticamente no lado de Itajaí com a debandada dos navios de contêineres, as operações continuaram a todo vapor na Portonave, em Navegantes – e esses navios também recolhem taxas para a Superintendência do Porto de Itajaí. Foi levantada dúvida, em Brasília, se a dragagem estaria sendo preterida em relação a outros gastos, como folha de pagamento.

Em paralelo, há preocupação com a falta de atuação para licitar a continuidade do serviço de dragagem. Em março, em uma reunião com a Antaq, o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, disse que a indefinição sobre a celebração do contrato de arrendamento definitivo do Porto de Itajaí dificulta o lançamento de um novo edital, pois não há certeza sobre qual seria o prazo.

Veiga também sugeriu uma outra solução: alegou que a nova lei de licitações e a Lei dos Portos autorizariam renovação dos contratos de dragagem por até 10 anos, indicando que este será o encaminhamento da SPI.

Essa solução, no entanto, depende de autorização dos órgãos de controle, como Antaq e Tribunal de Contas da União (TCU). O contrato firmado originalmente com a Van Oord, em 2018, foi feito com base na legislação anterior, que previa até 60 meses de operação, com hipótese de renovação por mais 12 meses – prazo que se esgota em 15 de dezembro.

A coluna apurou que a Antaq pediu ao porto que sejam tomadas medidas urgentes para a nova licitação, para que não haja interrupção de serviços – e sugeriu que a SPI esteja preparada para um plano B, caso a renovação não seja autorizada.

O que diz o Porto de Itajaí
O superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, disse que o custo da dragagem representa hoje 70% do orçamento da SPI, e que a manutenção do canal custa ao todo R$ 10,5 milhões. Segundo ele, para garantir recursos em caixa a Superintendência tem reduzido as despesas “trabalhando com a metade do pessoal de dois anos atrás, fomentar a operação de cargas gerais e vislumbrando num cenário próximo o alfandegamento (da JBS, que assumiu a operação do terminal), que vai retornar com grande volume de carga”.

05/08/2024 – Dagmara Spautz

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Rombo na dragagem do Porto de Itajaí vira impasse de proporções milionárias – NSC Total

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SOBRE A QUESTÃO DOS CONTEINERES COM DOAÇÕES PARA O RIO GRANDE DO SUL

Sobre os contêineres que chegaram na Portonave com doações dos EUA, reforçamos que todos os contêineres já foram liberados e deixaram a Portonave rumo ao Rio Grande do Sul na semana passada.

Ao chegarem no Brasil, os contêineres de doações passaram por processos aduaneiros obrigatórios (sanitário e nacionalização) exigidos pelos órgãos competentes. Essas etapas não são de responsabilidade da Portonave.

Desde o início, nossa equipe esteve empenhada na liberação das unidades. Após a resolução pelos órgãos competentes, o Terminal precisou de apenas dois dias para realizar os tramites internos para isenção das taxas de movimentação e armazenagem, o que permitiu a saída dos contêineres para o Rio Grande do Sul.

O transporte rodoviário até o destino é de responsabilidade do cliente, nesse caso, dos voluntários. A Portonave realiza o serviço de armazenagem e movimentação das cargas no Terminal Portuário.

Desde junho, movimentamos um total de 30 contêineres com doações de diversas origens para o Rio Grande do Sul, com taxas e despesas isentadas pela Portonave.

Reforçamos nosso compromisso com a solidariedade e causas sociais. Foram doadas cerca de 4 mil peças de roupas em campanha interna com nossos profissionais, 500 cestas básicas, 201 cobertores e 336 móveis como cadeiras, mesas e armários para escolas e postos de saúde destinados à cidade de Montenegro no Rio Grande do Sul.

 Perguntas mais comuns:

  • Os contêineres com doações dos EUA já foram liberados?

Sim. Reforçamos que todos os contêineres com doações dos Estados Unidos já foram liberados e deixaram a Portonave rumo ao Rio Grande do Sul na semana passada, dia 01/08.

  • O que aconteceu?

Ao chegarem no Brasil, os contêineres de doações passaram por processos aduaneiros obrigatórios (sanitário e nacionalização) exigidos pelos órgãos competentes. Essas etapas não são de responsabilidade da Portonave.

  • O que fizemos?

Desde o início, nossa equipe esteve empenhada na liberação das unidades. Após a resolução pelos órgãos competentes, o Terminal precisou de apenas dois dias para realizar os tramites internos para isenção das taxas de movimentação e armazenagem, o que permitiu a saída dos contêineres para o Rio Grande do Sul.

  • Para onde essa carga vai?

O transporte rodoviário até o destino é de responsabilidade do cliente, nesse caso, dos voluntários. A Portonave realiza o serviço de armazenagem e movimentação das cargas no Terminal Portuário.

  • A contribuição da Portonave com o Rio Grande do Sul

Desde junho, movimentamos um total de 30 contêineres com doações de diversas origens para o Rio Grande do Sul, com taxas e despesas isentadas pela Portonave.

  • O que mais a Portonave fez pelo Rio Grande do Sul?

Reforçamos nosso compromisso com a solidariedade e causas sociais. Foram doadas cerca de 4 mil peças de roupas em campanha interna com nossos profissionais, 500 cestas básicas, 201 cobertores e 336 móveis como cadeiras, mesas e armários para escolas e postos de saúde destinados à cidade de Montenegro no Rio Grande do Sul.

 

 

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Entenda: Sobre os contêineres que chegaram na Portonave com doações para os EUA, reforçamos que já foram liberados e deixaram a Portonave rumo ao Rio Grande do Sul na semana passada.

Ao chegarem no Brasil, os contêineres de doações passaram por processos aduaneiros obrigatórios (sanitário e nacionalização) exigidos pelos órgãos competentes. Essas etapas não são de responsabilidade da Portonave.

Desde o início, nossa equipe esteve empenhada na liberação das unidades. Após a resolução pelos órgãos competentes, o Terminal precisou de apenas dois dias para realizar os tramites internos para isenção das taxas de movimentação e armazenagem, o que permitiu a saída dos contêineres para o Rio Grande do Sul.

 

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Mercado Livre salta após balanço e ultrapassa Petrobras como a mais valiosa da AL

O Mercado Livre, que atua em 18 países e detém o Mercado Pago, reportou receita de US$ 5,1 bilhões, alta de 42% ano a ano e também acima das projeções de analistas, com destaque para a operação brasileira

As ações do Mercado Livre (BDR: MELI34) dispararam nesta sexta-feira, após a gigante do comércio eletrônico divulgar que seu lucro líquido mais do que dobrou no segundo trimestre em relação a mesmo período do ano passado, para US$ 531 milhões, superando as estimativas de analistas.

Por volta de 14h55 (horário de Brasília), os papéis, que são negociados em Nova York, saltavam 9,5%, a US$ 1.758,97, tendo chegado a US$ 1.786,97 na máxima até o momento, em um dia de fortes quedas nos pregões norte-americanos. O índice Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, perdia cerca de 3%.

Com a alta desta sessão, a empresa, que começou suas atividades na Argentina há 25 anos, atingiu um marco ao ultrapassar a Petrobras (PETR4) e se tornar a maior empresa da América Latina em valor de mercado, de acordo com a consultoria Elos Ayta.

BALANÇOS: Baixe agora a planilha para acompanhar a temporada de resultados do 2º trimestre

O valor de mercado do Mercado Libre chegou a US$ 89,8 bilhões (ou R$ 512 bilhões, levando em conta a cotação de R$ 5,70 da tarde desta sexta-feira), representando um crescimento de US$ 10,3 bilhões (R$ 58,7 bilhões) ou 13,0% em menos de um ano.

O crescimento do Mercado Livre foi impulsionado, em parte, pela valorização do dólar no Brasil em 2024.

“Com a fintech a todo vapor, a Argentina se estabilizando, comparações mais fáceis no quarto trimestre de 2024, tudo em meio a potenciais cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, acreditamos que o (papel do) Mercado Libre pode se tornar um alvo principal para a rotação de investidores.”

(com Reuters)

Fonte: InfoMoney
infomoney.com.br

Mercado Livre salta após balanço e ultrapassa Petrobras como a mais valiosa da AL (infomoney.com.br)

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Jorginho Mello assina licitação de projeto para dragagem a montante de Itajaí

Empresa que ganhou a licitação terá prazo de 540 dias para elaboração do projeto para a dragagem

Durante o “Santa Catarina Day”, evento promovido pela Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos (FPPA) e o IBI (Instituto Brasileiro de Infraestrutura) em Brasília, o governador Jorginho Mello assinou a homologação de licitação da atualização do projeto de dragagem a montante de Itajaí.
Por um valor de R$ 820 mil, a empresa Acquaplan -Tecnologia e Consultoria Ambiental venceu a licitação. Com isso, será a responsável pela atualização e adequação de levantamentos hidrográficos e projeto executivo para a dragagem do canal a montante (em direção à nascente, parte mais alta do rio) do Porto de Itajaí.

Dragagem deve ser feita em grande área do canal

De acordo com o edital n° 0067/2024, o serviço visa a “ampliação do canal navegável e acesso aos Terminais de Uso Privado (TUPs) e estaleiros, bem como verificar o retorno econômico ao Estado em função da execução da dragagem no Rio Itajaí-açu”.
O projeto vai englobar uma área de mais de 2 milhões de m², ultrapassando os 10 quilômetros de canal. O prazo para a execução dos serviços será de 540 dias.

Dragagem do canal de acesso ainda sofre com impasse

Outra dragagem, a do canal de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí-Açu, feita para auxiliar na entrada de navios maiores e prevenir cheias na cidade, ainda sofre com o impasse gerado pela dívida orçada em R$ 35 milhões e que pode dobrar caso não seja paga.

Este é o valor que é devido à Van Oords, empresa responsável pelo serviço da dragagem. A Autoridade Portuária de Itajaí aguarda repasse de R$ 50 milhões por parte do Governo Federal para ajudar a pagar a dívida, que ainda não teria sido feito em razão do período eleitoral.

Além da segurança às embarcações maiores que transitam pelo Complexo Portuário, a operação é de extrema importância para recuperar a profundidade do canal em até 14 metros. Essa medida ainda possibilita que a grande vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí possam se dissipar com maior facilidade.

FONTE: Dragagem a montante de Itajaí: licitação de projeto assinada (ndmais.com.br)

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Seca nos rios em Manaus preocupa empresas por impactos no Porto de Santos

Empresas de navegação de cabotagem e de logística intermodal estão preocupadas com os impactos, no Porto de Santos, da seca de rios no Amazonas, em razão das linhas fixas de transporte marítimo entre o complexo portuário santista e Manaus.

Com base em informações registradas pelas réguas da Agência Nacional de Águas (ANA) e em análises antecipadas de dados da região, há fortes indícios de que haverá novamente restrições na navegabilidade durante o período de seca, entre os meses de setembro de 2024 e início de 2025.

O parâmetro está no que ocorreu no segundo semestre do ano passado. “Apesar de, durante a seca, ter sido evidenciado o problema logístico em Manaus e região, na verdade ele se estendeu por todo o Brasil. (O Porto de) Santos foi altamente impactado, pois deixou de receber produtos da Zona Franca de Manaus que abastecem o consumo varejista, em especial as grandes lojas de magazine”, relembra o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), Luis Fernando Resano.

O diretor-executivo da Abac acrescenta ainda que, na ocasião, algumas cargas deixaram de ser embarcadas por insegurança de que chegariam a Manaus e região. “Assim, sendo Santos o primeiro porto em movimentação de contêineres da cabotagem, foi altamente impactado no embarque e desembarque de cargas”, afirma.

O gráfico abaixo usa dados do DataLiner para comparar importações e exportações de contêineres de longo curso no Porto de Santos entre janeiro de 2021 e junho de 2024.

Movimentação de Contêineres em Santos | Jan 2021 – Jun 2024 | TEU

Empresas

Vice-presidente de Navegação da Log-In Logística Integrada, Marcus Voloch informa que a empresa oferece dois serviços semanais regulares que conectam Manaus ao Porto de Santos. Ele recorda que, em 2023, a estiagem, além de mais prolongada, foi mais intensa do que nos anos anteriores, levando à paralisação da navegação de navios de maior porte, algo que nunca havia acontecido antes.

“Dependendo do nível da estiagem e sua duração, a redução dos níveis dos rios navegáveis compromete a navegabilidade na região e os serviços de navegação precisam reduzir o volume transportado, para navegar com segurança até Manaus. Isso acarreta maior restrição à distribuição dos produtos na Região Sudeste, assim como o abastecimento da Região Norte das cargas oriundas dos demais portos brasileiros, como Santos,” argumenta.

CEO da Norcoast, empresa de navegação de cabotagem, Gustavo Paschoa comenta que os modelos climáticos mostram que a estiagem está relacionada ao aquecimento global, não ao El Niño – o que causa ainda mais preocupação.

“Esta mudança nos faz acreditar que estiagens mais severas na Região Norte serão uma constante, não somente para este ano, como para os anos subsequentes. Existe, como consequência, um evento cascata gerando atrasos e acúmulo de carga nos demais portos. Em Santos, assim como no ano passado, possivelmente, teremos congestionamento por redirecionamento das rotas”, afirma.

Em nota, as empresas Maersk e Aliança, pertencentes ao mesmo grupo empresarial, comunicaram a situação aos clientes, solicitando a eles que antecipassem, o quanto fosse possível, o transporte de suas cargas relacionadas à região.

Ministério de Portos minimiza situação

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) garante, em nota, que não se vislumbram impactos na navegação de cabotagem entre Santos e Manaus. O motivo está nas ações adotadas, principalmente para o trecho Manaus-Itacoatiara. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), também em nota, informa que, até o momento, não foi notificado por associações, empresas ou prefeituras quanto a problemas de transporte no trecho citado.

A pasta destaca que, em junho deste ano, o DNIT, em conjunto com o Ministério dos Transportes e o Ministério de Portos e Aeroportos, anunciou o lançamento dos editais de licitação para execução de serviços de dragagem para garantir a navegabilidade dos rios Amazonas e Solimões durante a estiagem.

O investimento previsto está estimado em cerca de R$ 500 milhões, destinado a um período de cinco anos. O montante, segundo o MPor, será utilizado para a contratação de empresas que realizarão os serviços de dragagem e supervisão nos quatro trechos.

O momento propício para efetuar a dragagem é no início de agosto, segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), Luis Fernando Resano.  A Abac afirma que, desde o fim da seca de 2023, trabalha para que o Ministério de Portos, Marinha do Brasil, por meio da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, e DNIT constituíssem um grupo de trabalho para planejar e enfrentar uma possível estiagem como aquela.

“O setor portuário privado também está criando alternativas para mitigar uma possível seca, com a instalação de cais flutuante em Itacoatiara e aumento da capacidade de operação em Vila do Conde, onde a pernada final da carga seria feita por barcaças, que, apesar de levar a um aumento de tempo de trânsito e custos”, acrescenta Resano.

Problema pode afetar outras regiões do País

Os problemas podem se estender em nível nacional, segundo o diretor executivo da Abac, Luis Fernando Resano. “O impacto é possível prever, pois Manaus é o segundo porto em movimentação de contêineres da cabotagem e, se ficarmos sem poder chegar a este porto, ou tivermos a capacidade operacional reduzida, a Zona Franca terá mais dificuldade de escoar sua produção e a região sofrerá desabastecimento”, afirma.

A Zona Franca de Manaus é responsável pela fabricação de ampla gama de produtos, incluindo eletrodomésticos, veículos, motocicletas, TVs, celulares, bicicletas, aparelhos de ar-condicionado e computadores, que abastecem o mercado do Sudeste.

Grande parte dessas mercadorias é transportada via cabotagem, partindo de Manaus em direção ao Porto de Santos para distribuição na Região Sudeste. Da mesma forma, no sentido inverso, os insumos destinados às indústrias e à população da Região Norte são enviados via complexo portuário santista.

Fonte: A Tribuna
Seca nos rios em Manaus preocupa empresas por impactos no Porto de Santos – DatamarNews 


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Análise: cenários externo e interno complicam o combate à inflação

Para Pablo Bittencourt, economista-chefe da FIESC, comunicados dos bancos centrais do Brasil e dos EUA reforçam a necessidade de combater a crise de confiança na política fiscal

Florianópolis, 01.08.2024 – Com os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos mantendo as taxas de juros inalteradas, chamou a atenção nesta “super quarta” o tom cauteloso adotado nos dois comunicados. O economista-chefe da Federação das Indústrias de SC, Pablo Bittencourt, destaca que o Comitê de Política Monetária deu peso maior a outras variáveis que podem impulsionar a inflação.

Entre elas estão a persistente crise de confiança na política fiscal do governo, que tem levado a sucessivas desvalorizações do real, e o mercado de trabalho muito forte, que tende a pressionar a inflação pelo lado da demanda.

Nos EUA, Bittencourt destaca que o BC reconhece que o processo de desinflação está se desenhando, com mercado de trabalho, demanda e inflação convergindo. Porém, o comunicado não gera grandes expectativas quanto ao corte na taxa em setembro. “Tudo ainda vai depender dos próximos dados de inflação”, afirma.

O economista cita ainda a decisão do banco central japonês, que também nesta quarta subiu o juro para 0,25%, o primeiro número positivo em décadas. Além de revelar ter feito uma intervenção no mercado de câmbio, quando obteve uma valorização do iene perante o dólar.

Todo esse cenário, conclui Bittencourt, torna mais difícil para os países emergentes baixarem os juros. No caso do Brasil, isso reforça ainda mais a necessidade de combater a crise de confiança na política fiscal.

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Gerência de Comunicação Institucional e Relações Públicas

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Ações da WEG (WEGE3) disparam após resultados do 2º trimestre e anúncio de proventos

Segundo a companhia, o bom resultado trimestral foi fruto da continuidade da boa dinâmica dos negócios

A WEG registrou lucro de R$ 1,44 bilhão no segundo trimestre, alta de 5,4% na comparação anual. Os números do balanço e anúncio de proventos gordos animaram os investidores. Ao final das negociações, os papéis da empresa saltaram 10,47%, cotados a R$ 50,66.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia foi de R$ 2,12 bilhões no período, uma alta de 15,7% no ano. A margem Ebitda ficou em 22,9%, alta de 0,5 ponto percentual.

Segundo a companhia, o bom resultado trimestral foi fruto da continuidade da boa dinâmica dos negócios de ciclo longo e estabilidade da atividade industrial nos principais países em que atuam.

Analistas do Citi concordaram que os números da WEG no 2º trimestre são positivos, “com sustentação de margens”. De acordo com o banco, o balanço superou estimativa de margens e impulsionando o crescimento do lucro além do esperado.

Os analistas Andre Mazini e Felipe Lenza escrevem que o lucro de R$ 1,44 bilhão ficou 6% acima do esperado, enquanto o Ebitda de R$ 2,12 bilhões superou projeções em 16% e as receitas de R$ 9,27 bilhões ficaram dentro do esperado.

Eles notam que o resultado foi sustentado pela integração positiva da Regal, além da boa performance dos produtos de ciclo longo em energia. As margens mais baixas, temidas pelo mercado, acabaram não se concretizando.

O banco destaca que a WEG está bem posicionada para se aproveitar da demanda em produtos ligados a data centers e energia em mercados internacionais da América do Norte mesmo com o aumento da competição.

O Citi tem recomendação de compra para WEG, com preço-alvo em R$ 54, potencial de alta de 17,7% sobre o fechamento de ontem.

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Da BYD à MCLAREN – Aumenta o comercio de importados apesar de dólar e tarifas mais altas

As vendas de carros importados no Brasil têm apresentado um crescimento notável, mesmo diante de desafios como a valorização do dólar e tarifas mais altas. Os emplacamentos de associação de marcas que importam subiram 240% no semestre, alavancados por montadoras chinesas, refletindo também no aumento das vendas dos segmentos de luxo e superesportivos.

 

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), o país registrou mais de 193.428 veículos importados no primeiro semestre de 2024, representando um aumento de 38,8% em relação ao mesmo período de 2023. Esse cenário positivo também se reflete em outros anos recentes, como o aumento de 80% nas vendas de veículos importados no acumulado de 2023 em comparação com o ano anterior.

 

Dentre as marcas que se destacam, a BYD (fabricante chinesa) experimentou um crescimento impressionante. Enquanto em 2023 emplacou 1.703 veículos, em 2024 esse número saltou para 32.572, um crescimento de 1.812%. A Volvo e a Porsche também estão entre as marcas com maior número de emplacamentos de veículos importados.

 

Mas se o assunto é aquisição de marcas de luxo e superesportivas, um cliente que deseja comprar, por exemplo, uma McLaren ou um Aston Martin no Brasil, precisa estar disposto a desembolsar no mínimo R$ 2,5 milhões. Em 2023 esse valor era menor, mas este ano em função da valorização do dólar que subiu cerca de 15%, ficou um pouco mais caro. A moeda passou de R$ 4,85 (2023) para R$ 5,58 ao fim de junho deste ano, além da retomada gradual do imposto de importação sobre modelos elétricos e híbridos. Entretanto, isso não está sendo impedimento para o crescimento do mercado automotivo como um todo, desde os modelos de luxo e superesportivos, assim como os modelos elétricos e híbridos. Há quem diga que existe razões para isso! Embora a cotação do dólar não seja desprezada no processo de decisão de compra de modelos mais caros, “o fator emocional tem um peso relevante” segundo o diretor geral do grupo UK Motors, Rodrigo Soares, que representa as marcas McLaren e Aston Martin no Brasil. Segundo o executivo, que também é diretor financeiro da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricante de Veículos Automotores (Abeifa), “A demanda continua resiliente no segmento premium. O consumidor deste tipo de carro acaba sofrendo menos com as volatidades do mercado”, comentou.

O total (de janeiro a junho de 2024) também representou um aumento de 67,6% em relação aos seis primeiros meses de 2022. E mais que o dobro em relação ao período da pandemia.

Enquanto as incertezas da economia vêm afetando mais as vendas de automóveis de “massa”, importadores como um todo vêm experimentando crescimento no Brasil, algo alavancado principalmente pela chinesa BYD. De janeiro a junho, a montadora que é líder global em elétricos foi responsável por mais de 70% dos emplacamentos das associadas da ‘Abeifa’. Ou seja, um crescimento de 240%, quando comparado ao mesmo período do ano de 2023. De fato, apesar dos desafios, o mercado de carros importados continua atraindo consumidores e demonstrando resiliência. A tendência de crescimento é promissora, mesmo com as oscilações econômicas e tributárias que vêm afetando o setor.

Fontes: bing.com; bloomberglinea.com.br; autoesporte.globo.com; vrum.com.br; motorshow.com.br.

 

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