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Porto marca reunião sobre a dragagem após bronca da Antaq

Retomada do serviço será discutida na terça-feira

O Porto de Itajaí marcou uma audiência para esta terça-feira pra discutir a retomada da dragagem no canal do complexo portuário, parada desde agosto. A reunião foi marcada após a gerência estadual da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) cobrar a assinatura do acordo pra volta do serviço de dragagem.

A gerência da Antaq em Florianópolis deu um “ultimato”, com prazo de 24 horas, para a superintendência do Porto de Itajaí detalhar a situação do acordo de antecipação de tarifas para a manutenção da dragagem e da retomada do serviço de dragagem no canal do rio Itajaí-Açu. O ofício é de quarta-feira passada.

No documento, o órgão ressaltou a urgência da situação, “com sério risco de comprometimento ao calado necessário para continuidade das operações dos navios porta-contêineres que atracam no complexo portuário de Itajaí-Navegantes”.

A Antaq também pediu o envio das batimetrias (medições de profundidade) feitas de junho até o momento pra conferir a situação do calado. Atualmente, as cotas de navegação, de 13,9 metros (canal externo) e 13,2 metros (canal interno), estão abaixo dos limites estipulados em contrato, de 14 e 13,5 metros, após três meses do serviço de dragagem interrompido.

A manifestação considerou que os prazos estimados pelo porto, de assinar o acordo em 18 de outubro e de retomar a dragagem em 10 dias depois do ato, não se concretizaram.

Na quinta-feira, o Porto respondeu à gerência da Antaq, admitindo que “até o presente momento ainda não se chegou numa solução” para a retomada da dragagem. A audiência foi anunciada para as 10h de terça-feira, e deve contar com participação de representantes da Antaq e das empresas envolvidas.

O objetivo, segundo o porto, é “o pleno e efetivo restabelecimento dos serviços de dragagem” do atual contrato. No início do setembro, a superintendência tinha anunciado a rescisão contratual com a empresa de dragagem, prevendo uma contratação emergencial do serviço, mas voltou atrás da decisão pra retomar o acordo que envolve a antecipação de tarifas portuárias.

Neste mês, o diretor-geral da Antaq), Eduardo Nery, detonou a superintendência do Porto de Itajaí pelo vai-e-volta no contrato e a pendência na assinatura do acordo, destacando que a decisão do porto atrasou a negociação, que já conta com o aval da Antaq. O acordo estaria travado porque a superintendência questiona exigências da Antaq relativas à proibição de descontos tarifários no período do acordo.

Fonte: Diarinho
https://diarinho.net/materia/657069/?utm_source=whatsapp

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BREAKING: MSC compra a Wilson Sons por quase R$ 10 bilhões

A Mediterranean Shipping Company (MSC), a gigante de navegação e terminais de contêineres com sede em Genebra, acaba de fechar a compra da Wilson Sons — colocando fim a um processo que se iniciou há 18 meses e atraiu diversos interessados.

A compra está sendo feita por meio da SAS, uma subsidiária da MSC.  A companhia vai pagar R$ 17,50 por ação pelos 56% que pertenciam à Ocean Wilson, uma companhia listada na Bolsa de Londres com negócios em diferentes setores.  A transação avalia a empresa a um enterprise value de R$ 9,9 bilhões e a um equity value de R$ 7,8 bilhões. O múltiplo é de 8,7x EBITDA — um meio do caminho entre o múltiplo médio das empresas de terminais (cerca de 10x) e das rebocadoras (cerca de 7,5x).

Como parte da operação, a companhia pagará um dividendo de US$ 22 milhões por trimestre até o closing — e o montante não será descontado do valor acordado.

Como a Wilson Sons faz parte do Novo Mercado, a MSC terá que fazer uma OPA de tag along, estendendo a oferta no mesmo preço e condições a todos os demais acionistas da companhia. A operação pode levar à saída da companhia da Bolsa.

A ação da Wilson Sons fechou na sexta-feira em R$ 17,85, com o preço da compra implicando um desconto de 2% em relação ao preço de tela.  O papel já havia subido nas últimas semanas por conta das especulações sobre a venda da empresa.

Nesta semana, por exemplo, o fundo I Squared, que vinha negociando a compra da Wilson Sons há alguns meses, disse que faria uma oferta pública pela companhia, o que fez a ação sair dos R$ 16 para os R$ 17,85. 

Antes das especulações sobre a venda começarem, em julho do ano passado, o papel negociava ao redor de R$ 10,50.

Para a MSC, a compra da Wilson Sons vai expandir sua operação no Brasil, onde ela já é dona de 50% do BTP, um terminal no porto de Santos em sociedade com a Maersk, além de um terminal em Navegantes, Santa Catarina. 

A MSC tem participações em 47 terminais em 27 países, além de ser dona de 850 navios de carga e de 5 aeronaves. O Grupo MSC é dono ainda de uma das maiores operações de cruzeiros do mundo. 

Segundo uma fonte envolvida na transação, a MSC havia olhado a Wilson Sons no ano passado, assim que ela foi colocada à venda, mas acabou desistindo do ativo para focar seus esforços na compra da Santos Brasil.

Quando a Santos Brasil acabou sendo vendida para a CMA CGM no mês passado, a MSC voltou a negociar a compra da Wilson Sons — atropelando outro interessado, o fundo I Squared, que vinha negociando o ativo há meses.

Nessa segunda abordagem, o processo foi rápido: a MSC assinou o contrato 10 dias depois de iniciar as conversas — e numa transação de porteira fechada, algo extremamente raro no Brasil.

Nesse tipo de transação, o comprador abre mão de qualquer ajuste no preço mesmo que descubra algum passivo inesperado no futuro. A MSC topou fechar a compra dessa forma porque a Wilson Sons é um ativo muito redondo, que entrega bons resultados há anos.

Com uma receita líquida de cerca de R$ 2,5 bilhões e um EBITDA de R$ 1,1 bilhão nos últimos doze meses, a Wilson Sons opera em quatro verticais principais.

A maior delas é a de rebocadores, na qual ela opera pequenos barcos que são usados para ajudar na atracação de grandes embarcações nos portos, garantindo que não ocorra nenhum acidente. Essa vertical responde por 44% do EBITDA hoje.

A segunda maior é a de terminais de contêineres, que responde por 34% do EBITDA. A Wilson Sons é dona de dois terminais, um no Rio Grande do Sul e outro em Salvador. A companhia também tem 50% da WSut, uma empresa que faz o serviço de offshore para companhias de óleo e gás, operando barcos que levam mantimentos e equipamentos para as plataformas de petróleo. Essa frente responde por 15% do EBITDA. O restante do resultado vem de vários negócios menores, incluindo um estaleiro, onde é feita a reforma e fabricação dos rebocadores e das embarcações offshore; uma agência marítima; e um negócio pequeno de logística em Santo André.  Além da Ocean Wilson, outros grandes acionistas da Wilson Sons são a Tarpon, com 12,1% do capital, e a Radar, com 9,6%.

A Wilson Sons foi assessorada pelo BTG Pactual, e teve a assessoria jurídica do Pinheiro Guimarães Advogados e do Slaughter and May. A MSC não teve assessor financeiro. O assessor jurídico no Brasil foi o Mello Torres Advogados e o Skadden em Londres.

Fonte: Brazil Journal
https://braziljournal.com/msc-compra-a-wilson-sons-por-quase-r-10-bi-opa-a-caminho/

 

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Frete permanecerá alto no próximo ano – sem alívio para os embarcadores, prevê Drewry

A previsão é de que cerca de três milhões de TEUs de nova tonelagem que chegarão no próximo ano serão “mais do que compensados” por novas interrupções no mercado, garantindo que os embarcadores em dificuldades não terão alívio, segundo a Drewry.

Com a incerteza sobre novas greves nos portos da costa leste dos EUA, a consultoria marítima elaborou dois cenários: um que considera uma greve em janeiro e outro cenário sem greve, e concluiu que, em ambos os casos, as tarifas de frete continuarão a subir.

“As greves portuárias terão um impacto inflacionário significativo nas tarifas spot, não apenas no comércio conectado aos EUA, mas também afetando outras rotas”, afirmou Philip Damas, da Drewry.

“Se não houver greve portuária, algumas tarifas spot poderão cair, mas, de modo geral, acreditamos que outros fatores, como o aumento das taxas de carbono do sistema de comércio de emissões, que subirão 75% em janeiro, garantirão que as tarifas permaneçam elevadas.” Ele acrescentou: “Assim, teremos um retorno gradual aos aumentos nas tarifas. É importante destacar que as tarifas de frete globais aumentaram 87% entre 2019, antes da pandemia, e este ano, com um aumento médio de 87%.”

“Mesmo que o Canal de Suez reabra, não esperamos que as tarifas de frete de contêineres voltem aos níveis pré-pandemia.”

Damas reconheceu que a reabertura do Mar Vermelho aumentaria a capacidade de transporte em cerca de 25%. No entanto, a Drewry não acredita que isso ocorra, prevendo que a interrupção e as rotas pelo Cabo da Boa Esperança continuarão até pelo menos 2026.

“Estendemos a previsão para a retomada das travessias em larga escala pelo Canal de Suez até 2026”, confirmou Damas.

“Antes, esperávamos que isso fosse resolvido até a primeira metade de 2025… Estamos vendo tensões crescentes no Oriente Médio e não vemos motivo para otimismo nesse aspecto.”

Além da pressão do Mar Vermelho e das possíveis greves na costa leste dos EUA, a reconfiguração das alianças de transporte no próximo ano deverá causar novos retrocessos, com Damas descrevendo a MSC como “uma espécie de aliança de rede de transportadora quase única”.

“Fiquem atentos à integridade da programação da Gemini, que será dependente do consumidor”, aconselhou. “Com base em nossa experiência, sabemos que as operações de transbordo de contêineres podem rapidamente ser impactadas por atrasos e conexões perdidas.”

Fonte: The LoadStar
https://theloadstar.com/freight-rates-will-stay-high-next-year-no-respite-for-shippers-predicts-drewry/

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Com investimentos de R$ 123 milhões, ministro assina ordem de serviço para obras no molhe do Porto de Suape

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e a governadora Raquel Lyra assinaram, nesta sexta-feira (11), o Termo de Compromisso para o início das obras da 4ª fase de recuperação do molhe de Suape; uma obra fundamental para o fortalecimento do porto.

Com um investimento total de R$ 123 milhões, essa iniciativa é crucial para melhorar a infraestrutura do porto, garantindo operações mais seguras e eficientes. Os recursos são provenientes de diversas fontes, com R$ 50 milhões do Novo PAC e R$ 73 milhões do governo do estado de Pernambuco.

O projeto visa a recomposição do prolongamento do molhe, que sofreu danos significativos na berma hidráulica ao longo dos anos. As obras garantirão a integridade do local, assegurando condições seguras para a manobra e atracação de navios, além de minimizar a ação das ondas e correntes marítimas. Os trabalhos estão programados para começar ainda em outubro e devem ser concluídos em maio de 2028.

“Governadora, o presidente Lula lhe mandou um abraço. Ele sabe da importância que tem Suape para o nossa estado e o Nordeste brasileiro. Suape representa mais 8% do PIB do nosso estado. Um grande ativo de Pernambuco! Mais de 83 empresas fazem parte desse complexo; mais de 20 mil empregos gerados aqui. É muito bom trazer investimentos e ajudar na retomada do protagonismo de Suape no Nordeste. Uma obra que será fundamental para dar segurança à infraestrutura portuária”, destacou Silvio Costa Filho.

Outros investimentos estão sendo trabalhados como a Dragagem e a Pedra Fundamental agora para novembro. São investimentos da APM Terminais, de R$ 1.7 bilhões.

Participaram do ato, além do ministro e da governadora, o senador Humberto Costa, o deputado federal Ossesio Silva, os secretários nacionais de Portos, Alex Ávila, de Aeroportos, Tomé Franca; o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti, o presidente de Suape, Márcio Guiot, entre outras autoridades.

O Porto de Suape

Entre janeiro e julho deste ano, o complexo portuário de Suape movimentou impressionantes R$ 14,5 bilhões, um aumento de 2,76% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é impulsionado pela atuação de 83 empresas em 12 polos industriais, gerando cerca de 20 mil empregos e sustentando inúmeras famílias na região.

Com essa nova etapa de obras, o Porto de Suape se prepara para fortalecer ainda mais sua importância econômica e a segurança de suas operações.

Com investimentos de R$ 123 milhões, ministro assina ordem de serviço para obras no molhe do Porto de Suape – DatamarNews

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Norsul entra no mercado de ship-to-ship bunkering

A Norsul deu mais um passo significativo em sua estratégia de diversificação e crescimento.

Atendendo a uma demanda crescente do mercado, a companhia anuncia nova operação de ship-to-ship bunkering, que consiste no abastecimento de combustível de embarcações de grande porte. Este serviço será realizado na área de fundeio da Baía de São Marcos, no Maranhão, utilizando uma embarcação de aproximadamente 16.000 DWT, com capacidade para realizar em média 30 operações por mês.

Em sinergia com a estratégia de diversificação do negócio, o novo serviço faz parte de um alinhamento à evolução do mercado de navegação brasileiro. “Nesse contexto, surge uma excelente oportunidade para oferecermos nossos serviços em transporte aquaviário para além da cabotagem. A partir deste mês, ampliamos nossa atuação para o apoio portuário com a prestação de serviços de STS bunkering”, explica Christian Lachmann, diretor de chartering e operações da Norsul. Lachmann destaca que este momento é um reflexo da estratégia da companhia, que aos 60 anos, busca novos setores e parcerias, reforçando seu protagonismo no mercado de navegação.

“Estamos em uma nova fase de expansão da companhia e diversificação dos negócios. Em 2023, iniciamos com a cabotagem de contêineres com a Norcoast e, agora, comunicamos ao mercado que também realizamos operações portuárias de ship-to-ship bunkering, ampliando mais uma vez nosso core business”, destaca. O executivo afirma que, desde 2014, a Norsul transporta uma ampla gama de granéis líquidos, incluindo cargas classificadas IMO 1 e IMO 2. Em 2016, iniciou o transporte de hidrocarbonetos, produtos químicos, óleos agrícolas e biocombustíveis. Em 2023, a empresa transportou 2,9 milhões de toneladas de carga líquida. “Nossa expertise no transporte de líquidos foi crucial para essa nova operação, que é mais complexa operacionalmente. A solidez e credibilidade da marca permitiram nossa entrada neste novo nicho,” completa Lachmann.

O bunker tem importância fundamental para o bom funcionamento do comércio nacional e internacional, sendo a principal fonte de combustível para embarcações. Segundo dados da Allied Market Research, o mercado mundial de bunker tinha um valor de 109,6 bilhões de dólares em 2020, sendo esperado um crescimento de 4,3% por ano, até atingir o valor de 164,9 bilhões de dólares em 2030.

A operação da Norsul será realizada em uma área do Porto de Itaqui, localizado na Baía de São Marcos. Segundo Fabiana Durant, gerente executiva náutica da empresa, “Além de estarmos em um dos principais portos do país, essa região possui umas das maiores amplitudes de maré do Brasil, podendo ultrapassar sete metros, o que reflete em fortes correntes marítimas. A operação exige expertise para lidar com as variações intensas de condições ambientais, contudo, temos uma equipe técnica robusta para executar esse tipo de trabalho”.

Devido à sua localização, a Baía de São Marcos é um centro relevante e estratégico para o comércio nacional e internacional.

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Rio Negro atinge 12,68 metros e leva Manaus a viver pior seca da história pelo segundo ano seguido

Afluentes e lagos que atravessam a capital amazonense também secaram, criando um cenário devastador que afeta o ecossistema e a vida daqueles que dependem do rio para sobreviver.

Rio Negro alcançou 12,68 metros às 18h desta quinta-feira (3), marcando a pior seca da história de Manaus pelo segundo ano consecutivo, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB). O Porto da capital, responsável pelo monitoramento das águas desde 1902, só deve divulgar a mínima das últimas 24 horas na manhã desta sexta-feira (4). Este ano, o recorde foi atingido 23 dias antes de 2023, quando o rio havia registrado 12,70 metros em 26 de outubro.

Em comparação, no dia 3 de outubro de 2023, o Rio Negro mediu 15,14 metros, o que representa uma diferença de 2,46 metros a mais do que o nível registrado neste ano, conforme dados do Porto de Manaus.

As águas devem continuar secando e podem ficar abaixo dos 12 metros, segundo as previsões do SGB. O tempo seco e a falta de chuvas regulares ajudam a piorar a situação.

Confira abaixo o ranking das menores cotas da série histórica do Rio Negro, segundo dados do SGB:

  • 12,68 m em 03/10/2024
  • 12,70 m em 2023
  • 13,63 m em 2010
  • 13,64 m em 1963

    Conhecido por suas águas escuras e com quase 1,7 mil quilômetros de extensão, o Rio Negro é um dos principais afluentes do Rio Amazonas e banha a capital do estado. No final de outubro do ano passado, o rio voltou a encher, mantendo um crescimento lento e constante. No dia 17 de junho deste ano, as águas pararam de subir e começou o período de vazante.

    A rápida e antecipada queda no nível das águas gerou preocupação entre as autoridades, que já estão adotando medidas preventivas. Devido à estiagem, a Prefeitura de Manaus declarou situação de emergência por 180 dias e interditou a Praia da Ponta Negra, após o rio ultrapassar a cota mínima de segurança de 16 metros.

    Além da capital, os 61 municípios do Amazonas também enfrentam uma situação de emergência devido à seca. Segundo a Defesa Civil, todas as calhas de rios do estado estão em estado crítico de vazante. Quase 750 mil dos mais de 4 milhões de habitantes do Amazonas estão sendo afetados, o que corresponde a mais de 186 mil famílias.

    O fenômeno tem isolado comunidades e prejudicado a navegação, além de impactar o escoamento da produção das empresas do Polo Industrial. Navios cargueiros já não atracam mais na cidade; em vez disso, transferem as cargas para balsas com calado menor, que são embarcações menos profundas, para seguir até Manaus e atender à indústria.

    A seca levou 29 escolas da zona rural, localizadas ao longo do Rio Negro, a encerrar as aulas no fim de setembro. Outras 16 unidades educacionais no Rio Amazonas continuam com o calendário escolar, sendo oito com aulas totalmente presenciais e oito em formato híbrido. As atividades serão encerradas no dia 18 de outubro, conforme informado pela secretaria de educação municipal.

    Segundo a Prefeitura de Manaus , o calendário anual das escolas ribeirinhas inicia antes da zona urbana, devido à cheia e vazante dos rios, além das especificidades climáticas da região amazônica.

    Em toda orla da capital, o cenário repete o que os manauaras viveram em 2023: o rio “sumiu” e a terra está em arrasada. Afluentes e lagos que cortam a capital amazonense também secaram. O cenário é devastador e impacta o ecossistema e a vida de quem depende do rio para sobreviver.

    • A Praia da Ponta Negra foi fechada para banho. Uma cerca foi instalada no local para impedir banhistas de se aproximarem da água, uma vez que há risco de afogamento por conta dos buracos com a vazante do rio.
    • Na Marina do Davi, ponto de partida de pequenas embarcações para as comunidades que ficam no entorno da capital, a situação é difícil. Moradores contaram ao g1 que um trajeto de barco que durava, em média, 10 minutos, está levando mais de duas horas para ser concluído. O preço das passagens também aumentou. No local, a prefeitura uma ponta de 80 metros de extensão “para promover a acessibilidade segura de passageiros e minimizar os transtornos à população ao novo ponto de ancoragem dos barcos e lanchas”.
    • Na Praia Dourada, onde existem diversos flutuantes de recreio, o rio deu lugar a um mar de lama e o cenário é de abandono. Banhistas e donos de barcos e flutuantes deixaram o local.
    • No Lago do Puraquequara, a equipe do g1 adentrou cerca de 2 km no que antes era um braço do Rio Negro. A situação é a mesma na vizinha Colônia Antônia Aleixo, onde o Lago do Aleixo secou e se transformou em um filete de água.
    • No Porto da Capital, bancos de areia surgiram no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem e ficando cada vez mais longe do local onde costumavam atracar, próximo à pista.
    • Situação semelhante na Orla do Educandos. No entanto, por lá, o rio deu lugar a um mar de lixo que, comumente, é despejado nas águas e que ficou no local por conta da vazante.

      A seca também afetou o famoso Encontro das Águas. Com a vazante, o fenômeno ficou difícil de ser visto. A mistura da água escura do Rio Negro, com a água barrenta do Rio Solimões, é um dos patrimônios do estado e atrai turistas de todos os lugares do Brasil e do mundo.

      Seca impacta vida de quem mora às margens do Rio Negro e seus afluentes

      O carpinteiro Getúlio de Castro, de 57 anos, mora na Marina Rio Belo, às margens do Rio Tarumã-Açu, na zona ribeirinha da capital amazonense. Segundo ele, para sair de lá, é preciso enfrentar um trajeto de duas horas até a Marina do Davi.

      “Um trajeto que eu levava dez minutos pra fazer estamos fazendo duas horas. E em uma parte a gente ainda precisa descer do barco para empurrar, porque não tem como passar porque o riu sumiu”, continuou.

      Quem também é afetado pelo problema é o estaleiro Felipe Lopes, de 54 anos. Ele tem um flutuante na Marina do Davi desde 1994, no qual faz barcos e reparos em pequenas embarcações. Com a seca, o empresário precisou dispensar os funcionários e viu os clientes irem embora.

      “É um cenário muito triste. Estou aqui há muito tempo e nunca tinha visto o que aconteceu aqui ano passado e agora. E este ano parece que vai ser ainda pior. A gente sabe que ninguém tem culpa, mas é complicado, porque tem muita gente que vive aqui e ganha seu pão aqui também”.

      No Puraquequara, na Zona Leste de Manaus, o empresário Erick Santos, de 29 anos, dono de um restaurante que serve peixes e outras comidas regionais, também viu os clientes irem embora.

      Seca severa é fruto da combinação de diversos fatores, alerta especialista

      Segundo Renato Senna, pesquisador e coordenador de hidrologia do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o Amazonas ainda está enfrentando os efeitos da seca do ano passado, como a falta de precipitação.

      O fenômeno deve perdurar até o fim de outubro, quando o tempo no Amazonas deve ser influenciado por outro evento climático: o La Ninã. Com isso, os rios devem voltar aos padrões normais de monitoramento.

      “A expectativa atual é de que no final do último trimestre deste ano possa ocorrer no Oceano Pacífico um evento de águas superficiais mais frias, La Niña, o que poderá favorecer um período chuvoso ligeiramente mais intenso sobre a Amazônia no primeiro semestre de 2025, com perspectiva de recuperação das bacias hidrográficas que formam os rios Negro, Solimões, Madeira e por consequência o Rio Amazonas, voltando a normalidade”, finalizou.

      Rio pode ficar abaixo dos 12 metros, aponta SGB

      Um boletim divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil no fim da semana passada, aponta que o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 metros na vazante histórica deste ano.

      “As descidas estão muito acentuadas em Manaus e, se continuar com essa média de descida de 19 cm por dia, em uma semana poderemos ultrapassar a marca histórica – que é de 12,7 m registrada em 2013 – e, nas próximas semanas, o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 m”, alertou o pesquisador em geociências Artur Matos, coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB.

      Ainda segundo Matos, o Rio Negro pode ficar abaixo da cota de 16 metros em Manaus por mais dois meses, com base nas observações do ano passado, que se assemelham ao cenário atual.

      Conforme o SGB, na maior parte da Bacia do Amazonas, os rios estão abaixo da normalidade para a época, e em algumas áreas, as cotas já atingiram os níveis mais baixos da história.

      Ajuda humanitária

      No fim de setembro, a prefeitura da capital informou que concluiu a primeira fase da Operação Estiagem 2024, com a entrega de mantimentos para 55 comunidades ribeirinhas afetadas pela seca do rio Negro. A ação alcançou mais de três mil famílias que vivem desde o Rio Apuaú até o Rio Tarumã-Mirim, afluentes do rio Negro.

      Nessa primeira etapa, a operação entregou cestas básicas, que somam 6.190 itens, mais de 61,9 mil litros de água potável e 6.190 kits de higiene. Algumas comunidades também receberam kits de água, com bombas, mangueiras de 100 metros, para auxiliar os produtores rurais com irrigação, e ainda, filtros de água com capacidade de garantir a produção de água potável, uma ação inédita da prefeitura realizada nesta operação.

      As últimas comunidades atendidas na semana passada foram do rio Tarumã-Mirim, com 1.750 famílias recebendo os kits de ajuda humanitária. Somente nesta localidade foram entregues 3,5 mil cestas básicas, 2,1 mil kits higiênicos, além de 9,6 mil unidades de água potável de dois litros e mais 984 com 20 litros. As comunidades atendidas foram N. Sr.ª de Fátima, Abelha, N. Sr.ª do Livramento, Ebenezer, Julião, Agrovila, Novo Paraíso/Vai quem Quer, São Sebastião, União da Vitória, Três Galhos e Deus Proverá.

      A prefeitura também disse que já se organiza para a segunda e, possivelmente, terceira ase da operação, que vai atender áreas urbanas e comunidades do Rio Amazonas.

      Fonte: G1.Com
      Rio Negro atinge 12,68 metros e leva Manaus a viver pior seca da história pelo segundo ano seguido | Amazonas | G1 (globo.com)

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Porto de Itajaí é liberado pela Receita Federal para operações da JBS

Berços arrendados já podem receber contêineres nas operações de exportação

A Receita Federal finalizou na tarde desta sexta-feira o processo de alfandegamento do Porto de Itajaí. A informação foi confirmada pelo  superintendente do porto, Fábio da Veiga, e pela JBS Terminais.

A decisão será publicada no Diário Oficial da União até a próxima segunda-feira. “Imediatamente, a JBS Terminais começa a receber contêineres para exportação. O primeiro navio a atracar será o NC Bruma, no dia 9 de outubro”, confirmou Fábio da Veiga.

“Era o último passo que faltava. Agora, também passamos a receber navios de contêineres na parte arrendada para a JBS. Com isso, haverá um crescimento rápido, e em dezembro chegaremos à marca de 30 mil contêineres, o que corresponde a aproximadamente 55 mil TEUs”, acrescentou.

A JBS projeta movimentar 58 mil TEUs mensais após 15 dias de operação com linhas regulares nos berços arrendados, um volume 32% superior à movimentação mínima contratual de 44 mil TEUs mensais. Isso indica que o porto retomará suas atividades em ritmo acelerado.

No início do mês, a JBS teve liberação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários pro uso da área B de armazenamento (berços 3 e 4) para colocação de contêineres. O uso dessa área está previsto no contrato de arrendamento quando a área A (berços 1 e 2) atinge 80% de ocupação. A JBS inicia as operações com três linhas regulares e quatro armadores:  MSC, Hapag-Lloyd, Maersk e Norcoast.

LINHAS CONFIRMADAS PARA OUTUBRO
Armadores: MSC, Maersk, Hapag-Lloyd e Norcoast

Roteiro: Qingdao, Busan, Ningbo, Shanghai, Shenzhen, Singapore, Colombo, Rio de Janeiro, Santos, Paranaguá, Itajaí, Imbituba, Santos, Sepetiba, Colombo, Singapore, Qingdao

África
SAT (Hapag-Lloyd) – semanal
WAFEX (Maersk) – semanal

Cabotagem
NORCOAST (Norcoast, Hapag-Lloyd) – semanal
Roteiro: Santos, Paranaguá, Itajaí, Suape, Pecém, Manaus, Pecém, Suape, Santos

Fonte: Diarinho
Porto de Itajaí é liberado pela Receita Federal para operações da JBS | DIARINHO

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Navio com comprimento equivalente a três campos de futebol atraca em SC

O gigante navio Kota Santos tem 334 metros de comprimento e 42 metros de largura

Um navio gigante, com comprimento equivalente a três campos de futebol, atracou no Porto de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, na última semana, chamando atenção pelo tamanho.

O navio de contêineres Kota Santos tem 334 metros de LOA (unidade de medida usada para indicar o comprimento do navio) e 42 metros de largura. Para atracar no porto, dois práticos e três rebocadores foram necessários para o apoio.

Construído em 2005, o navio navega sob bandeira da Libéria, e passou dois dias no litoral catarinense, de onde partiu no sábado (28) para Montevidéu, no Uruguai, onde está atracado nesta segunda-feira (30).

Embora o Kota Santos surpreenda pelo tamanho, estima-se que o maior navio porta-contêineres do mundo atualmente seja o MSC Tessa, com 400 metros de LOA e capacidade para 23 mil contêineres.

Fonte: ND+
Navio com comprimento equivalente a três campos de futebol atraca em SC (ndmais.com.br)

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Boom no Transporte Marítimo: Lucros Disparam e Volumes Batem Recordes

O setor de transporte marítimo de contêineres está vivendo um momento de grande crescimento e os lucros dos principais armadores globais dispararam para mais de US$ 10 bilhões no segundo trimestre de 2024, impulsionados por um aumento significativo nos volumes e nas tarifas de frete.

Por que esse crescimento?

  • Demanda em alta: A demanda global por produtos continua forte, especialmente nos Estados Unidos, impulsionando o transporte marítimo.
  • Desvios pelo Mar Vermelho: Os desvios de rotas devido a conflitos geopolíticos aumentaram os custos e as tarifas.
  • Capacidade limitada: A capacidade dos portos e a disponibilidade de contêineres ainda não conseguiram acompanhar a demanda, o que contribui para a alta dos preços.

Números que impressionam:

  • Volumes recordes: Os volumes de transporte marítimo atingiram níveis históricos, superando o pico de 2021.
  • Portos chineses: Os portos chineses, como Xangai e Ningbo Zhoushan, registraram um crescimento expressivo no volume de contêineres movimentados.
    • Grandes players: Maersk e Cosco, duas das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, viram seus lucros quase dobrarem.

    Desafios:

    Apesar do cenário positivo, o setor enfrenta desafios como:

    • Confiabilidade da programação: A confiabilidade da programação dos navios caiu, com atrasos médios de 5,24 dias.
    • Greves portuárias: A ameaça de greves portuárias nos Estados Unidos pode impactar a cadeia de suprimentos global.

    Fonte: Maritime Analytica

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Departamento de Justiça dos EUA entra com ação de US$100 milhões contra proprietário e operador do MV Dali

O Departamento de Justiça dos EUA (USDOJ) entrou com uma ação civil de US$100 milhões no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Maryland contra a Grace Ocean Private Ltd e a Synergy Marine Private Ltd, proprietárias e operadoras do navio porta-contêineres MV Dali, que destruiu a Ponte Francis Scott Key.

A ação busca recuperar os custos que os EUA tiveram para responder ao desastre e para remover os destroços do naufrágio e da ponte do canal navegável, permitindo a reabertura do porto.

Em 26 de março, a embarcação saiu do Porto de Baltimore rumo ao Sri Lanka e perdeu potência duas vezes enquanto navegava pelo Canal Fort McHenry antes de colidir com a ponte, que desabou, resultando na morte de seis pessoas.

Os destroços do MV Dali e os restos da ponte obstruíram o canal, paralisando toda a navegação para dentro e fora do Porto de Baltimore.

Além disso, a perda da ponte interrompeu uma rodovia crítica na infraestrutura de transporte e uma artéria essencial para os passageiros locais.

Merrick Garland, procurador-geral dos EUA, afirmou: “O Departamento de Justiça está comprometido em garantir a responsabilização daqueles que são responsáveis pela destruição da Ponte Francis Scott Key, que resultou nas trágicas mortes de seis pessoas e perturbou a infraestrutura de transporte e defesa do nosso país.

“Com esta ação civil, o Departamento de Justiça está trabalhando para garantir que os custos de limpeza do canal e reabertura do Porto de Baltimore sejam arcados pelas empresas que causaram o acidente, e não pelo contribuinte americano.”

Os EUA lideraram os esforços de dezenas de agências federais, estaduais e locais para remover cerca de 50.000 toneladas de aço, concreto e asfalto do canal e do próprio navio.

Durante as operações de remoção, a ação alega que os EUA também limparam uma série de canais temporários para começar a aliviar o congestionamento no porto e mitigar parte da devastação econômica causada pelo MV Dali.

O Canal Fort McHenry foi limpo até 10 de junho e o Porto de Baltimore foi reaberto para navegação comercial.

Benjamin Mizer, procurador-geral adjunto principal dos EUA, disse: “O proprietário e o operador do Dali estavam cientes dos problemas de vibração na embarcação que poderiam causar uma perda de potência. Mas, em vez de tomar as precauções necessárias, fizeram o oposto.

“Por negligência, má gestão e, às vezes, por um desejo de cortar custos, configuraram os sistemas elétricos e mecânicos do navio de uma forma que impediu que esses sistemas pudessem rapidamente restaurar a propulsão e a direção após uma perda de potência.”

Ele acrescentou: “Como resultado, quando o Dali perdeu potência, uma sequência de falhas levou ao desastre.”

A ação judicial afirma que nenhum dos quatro meios que deveriam ter estado disponíveis para ajudar a manobrar o Dali – o hélice, leme, âncora ou propulsor de proa – funcionou quando necessário para evitar ou mitigar o desastre.

Brian Boynton, chefe da divisão civil do USDOJ e procurador-geral adjunto principal, disse: “Esta foi uma catástrofe completamente evitável, resultante de uma série de erros eminente previsíveis cometidos pelo proprietário e operador do Dali.

“A ação busca recuperar os custos incorridos pelos EUA em resposta a este desastre, que incluem a remoção das partes da ponte do canal e aquelas que estavam entrelaçadas com a embarcação, além de mitigar o risco substancial de poluição por óleo.”

A reivindicação do USDOJ busca danos punitivos para desestimular o proprietário e operador do Dali e outros, e é parte de uma ação legal que Grace Ocean e Synergy Marine iniciaram logo após o incidente, na qual buscam exoneração ou limitação de sua responsabilidade a aproximadamente US$44 milhões.

Laura Dickey, deputada de operações e política da Guarda Costeira dos EUA, disse: “Falhas totalmente preveníveis por parte do proprietário e operador do Dali causaram este trágico incidente que custou a vida de seis trabalhadores, da ponte e fechou um dos maiores portos da Costa Leste.“A Guarda Costeira respondeu rapidamente estabelecendo um Comando Unificado com partes interessadas federais, estaduais e locais para abrir rapidamente canais alternativos e restaurar o Porto de Baltimore a operações normais em pouco mais de dois meses.”

Ela continuou: “Estamos prontos para apoiar o Departamento de Justiça para garantir que os responsáveis por esta tragédia arcam com os custos de reabertura do porto.”

O USDOJ observou que a reivindicação dos EUA não inclui danos para a reconstrução da Ponte Francis Scott Key.

O Estado de Maryland construiu, possui, mantém e opera a ponte, e os advogados em nome do Estado podem entrar com sua própria ação para esses danos, de acordo com o departamento.

De acordo com a regulamentação vigente, os fundos recuperados pelo Estado de Maryland para a reconstrução da ponte serão utilizados para reduzir os custos do projeto pagos com recursos do contribuinte federal.

Fonte: Container Management

https://container-mag.com/2024/09/20/us-department-of-justice-files-us100m-lawsuit-against-mv-dali-owner-and-operator/

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