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A montanha-russa dos fretes marítimos

Oscilações muito fortes nos preços e instabilidades nos prazos de entrega de mercadorias prejudicam operações internacionais da indústria.

Covid-19, mudanças climáticas, conflitos no Oriente Médio, greves na América do Norte. Trabalhar com o mercado de frete marítimo exige um olhar abrangente sobre geopolítica e tendências globais. Com características de commodity, sujeita de forma bastante sensível a nuances de oferta e demanda, o serviço que movimenta trilhões de dólares dentro de contêineres que correm o mundo e fazem a economia global girar tem passado por momentos desafiadores, principalmente desde a pandemia.

Os preços médios chegaram a US$ 10 mil por contêiner de 40 pés (TEUs) em 2021, ficaram entre US$ 1.500 e US$ 2 mil no ano passado, mas neste ano dispararam novamente, chegando perto de US$ 6 mil em agosto. As oscilações seguem ocorrendo graças a uma complexa série de fatores conjunturais, estruturais e econômicos, fazendo com que empresas exportadoras e importadoras tenham de gerenciar com cuidado as estratégias para manter a competitividade em um cenário tão dinâmico quanto incerto.

Fretes marítimos são feitos por armadores, como são denominadas as empresas responsáveis pelo gerenciamento das operações de carga, traslado e descarga de navios em todo o mundo. MSC, Maersk, Cosco, Evergreen e Hapag-Lloyd são algumas das gigantes do ramo. As embarcações de cada uma dessas companhias fazem viagens que podem chegar a 45 dias de duração, em linhas que conectam portos entre todos os continentes. Para garantir um fluxo contínuo de envios para seus clientes, os navios precisam circular pelos oceanos como um carrossel, como explica Leandro Carelli Barreto, sócio-consultor da Solve Shipping, empresa de São Paulo que tem como objetivo traduzir a “cabeça dos armadores” para empresas que precisam dos serviços prestados por eles.


Barreto: novos navios baixaram frete, mas conflitos reverteram expectativa – Foto: Divulgação

“Um navio demora 91 dias para viajar de ida e volta da Ásia para o Brasil. Uma grande empresa exportadora não pode ficar esperando todo esse tempo para fazer novos envios. Então, um armador que opera essa linha precisa ter vários navios rodando pelos oceanos, garantindo a vazão das exportações”, explica o especialista. “É um negócio que impacta demais os resultados das empresas, embora muitos não percebam a necessidade de entender melhor como este setor opera”, salienta Barreto.

O problema é que a maioria das rotas raramente navega em céu de brigadeiro. Somente nos últimos dois anos, a instabilidade no Oriente Médio – desde os ataques dos rebeldes houthis a embarcações mercantes no Mar Vermelho, onde se localiza o Canal de Suez, a partir de novembro de 2023, até a mais recente escalada de conflitos na região –, a duradoura guerra entre Rússia e Ucrânia, a seca que atingiu, até o começo deste ano, o Canal do Panamá, e um início de greve de portuários da Costa Leste e Costa do Golfo dos Estados Unidos em outubro, que felizmente acabou rápido, revelam a complexidade e a delicadeza da trama que conecta a logística e a economia global.

Houthis | Cada um desses acontecimentos traz consequências imediatas para o serviço realizado pelos armadores. O resultado, em todos eles, é o aumento no preço do frete: projeções feitas no final de setembro indicavam, caso se estendesse a greve nos Estados Unidos, a possibilidade de o preço por contêiner chegar a US$ 8 mil. “Somente na questão dos houthis, com os navios deixando de usar o Canal de Suez para conectar a Ásia à Europa e usando o Cabo Horn, no Sul da África, para preservar a integridade das embarcações e da tripulação, você tem um acréscimo de duas semanas ao tempo de viagem. Este aumento nos percursos drenou a capacidade de carga da frota global, que havia recebido um lote considerável de novos navios em 2023, baixando os preços dos fretes. Com os novos desdobramentos geopolíticos, o frete voltou a subir”, analisa Barreto.

Uma das maiores indústrias têxteis do Brasil, a Círculo, de Gaspar, no Vale do Itajaí, vem investindo nos últimos anos na internacionalização dos negócios, e hoje exporta para todos os continentes, além de possuir uma distribuição exclusiva no mercado norte-americano através de um escritório que faz parte do Grupo Lince, formado pelas empresas Lince, Círculo e Plasvale. Mesmo com o aumento no custo dos fretes devido à explosão de compras on-line, a pandemia foi um momento de grande crescimento para a empresa: com as pessoas presas dentro de casa, seus produtos – fios e linhas que podem ser usados em trabalhos manuais – tiveram as vendas catapultadas no período, em escala global. Desde 2023, no entanto, o cenário de oscilações nos preços dos fretes tem gerado novos desafios. “Essas variações impactam diretamente em nossa competitividade, pois tanto para importação como exportação o impacto da logística internacional é diretamente aplicado no preço final dos produtos”, afirma Maryah Castro, gerente de Exportação da Círculo.


Maryah Castro, gerente de Exportação da Círculo – Foto: Divulgação
Combustível | Para lidar com esses obstáculos, a empresa busca minimizar o impacto para o consumidor fazendo uso de fretes spot – modalidade de transporte que consiste em contratar uma transportadora de forma pontual para atender a demandas urgentes – em plataformas on-line, negociando com parceiros de logística e buscando diferenciais de mercado, como qualidade, tecnologia, suporte ao artesão e presença virtual. O frete aéreo também é acionado em muitas situações, lembra Castro. “A elevação dos custos reduz nossas margens de lucro e, em alguns casos, inibe negócios que seriam viáveis em um cenário de preços mais estáveis”, avalia a gestora.

Além dos fa­tores geopolíti­cos, há ainda questões relacionadas à legislação ambiental, o custo do combustível usado nas embarcações e gargalos na infraestrutura portuária, como restrições de calado para navios maiores, falta de berços de atracação e pátios e o consequente congestionamento nos portos: só este último consome 7% da capacidade global de transportes de navios contêineres do mundo. Isso está longe de ser problema exclusivo do Brasil, onde os portos operam no limite. Singapura, o segundo maior porto do mundo, tem atualmente uma fila de espera de sete dias, segundo relatório elaborado pela Solve Shipping em parceria com a plataforma especializada em logística global Logcomex.

“Isso tem um efeito cascata no mundo todo, impactando não somente na alta dos fretes, mas também na queda do nível de serviço. O navio já vem atrasado. Se ele encontra um porto congestionado, pode optar em pular a escala, e isso acontece muito em Santa Catarina. Aí o importador não consegue retirar o contêiner do terminal, o exportador fica sem conseguir despachar carga, gerando caos e prejuízos imensos”, comenta Barreto, reiterando que é preciso investir na infraestrutura brasileira. “Nossos portos trabalham com tolerância zero a intercorrências, e intercorrências é o que mais tem acontecido nos últimos anos.”

A Círculo sentiu isso recentemente, quando um contêiner que deveria sair de Navegantes para os Estados Unidos no dia 19 de julho só embarcou de fato mais de dois meses depois, em 21 de setembro. “Esse tipo de problema afeta toda a cadeia de suprimentos, aumenta o transit time e pode levar ao desabastecimento de produtos no destino final, além da insatisfação do cliente e dificuldade de atender pedidos localmente”, enumera a gerente de Exportação da empresa. Em outra situação, a companhia perdeu a temporada de vendas da Grécia devido ao atraso no envio de produtos. “O cliente recebe o produto mas não pode vender a tempo, então guarda para o próximo ano e nós perderemos uma nova venda”, resume Castro.

Desafios para a navegação

Alguns dos principais gargalos que forçaram os preços dos fretes para cima.

1 – Canal do Panamá | Sob influência das mudanças climáticas e do El Niño, o nível do Lago Gatún, que faz parte da travessia, atingiu um ponto crítico no segundo semestre de 2023, o segundo ano mais seco desde a criação do canal, em 1914, limitando o número de navios que poderiam fazer a travessia. O problema foi “resolvido”, por hora, graças às chuvas neste ano.

2 – Canal de Suez | Conectando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho dentro de território egípcio, o canal de quase 200 quilômetros recebia 20 mil navios por ano antes do grupo rebelde houthis, do Iêmen, passar a atacar navios mercantes como forma de retaliação a Israel pelos ataques ao Hamas. A rota alternativa, pelo Sul da África, aumenta o tempo das viagens em até duas semanas.

3 – Singapura | Impulsionado pelas compras da Rússia, que sofre embargo da Europa Ocidental devido à guerra contra a Ucrânia, o segundo maior porto do mundo tem filas de até sete dias para embarque e desembarque de carga. O efeito dominó é sentido em todo o mundo.

4 – Manaus | A seca histórica na Amazônia também causa atrasos e congestionamentos no importante Porto de Manaus, gerando um efeito cascata na navegação e no sistema portuário de todo o País.

Fonte: Solve Shipping, Logcomex e FIESC
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Porto de Imbituba retoma rota para a Ásia

Porto também recebe linhas para a América do Norte e Mar Del Plata, além da ALCT2, de cabotagem

O Porto de Imbituba recebeu neste sábado (30) o navio MSC SIYA B, marcando a retomada da linha “Carioca”, que é operada pela Mediterranean Shipping Company (MSC) e liga o litoral brasileiro a portos da Ásia.

Com o retorno da linha Carioca, o Complexo Portuário de Imbituba agora conta com quatro linhas regulares de contêineres:

Brasex – Conexão Brasil – América do Norte
Atlas – Conexão Brasil – Mar Del Plata, Argentina
ALCT2 – Cabotagem
Carioca – Conexão Brasil – Ásia

Para Urbano Lopes de Sousa Netto, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, o porto se posiciona cada vez mais como um ponto-chave no fluxo de importações e exportações, criando novas oportunidades para investimentos e negócios.

Além de Imbituba, a linha Carioca também aporta, no litoral catarinense, em Itajaí. Confira a sequência completa:

Qingdao – Busan – Ningbo – Shanghai – Shekou – Singapore – Colombo – Rio de Janeiro – Santos – Paranaguá – Imbituba – Itajaí – Santos – Itaguaí – Colombo – Singapore – Qingdao

Com informações do Porto de Imbituba e da MSC

Fonte: FIESC
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Hidrovia Paraguai-Paraná define novo pedágio

A Comissão Nacional do Comitê Intergovernamental da Hidrovia Paraguai-Paraná se reuniu para tratar de questões fundamentais como a cobrança de pedágios na hidrovia; e a navegabilidade dos rios Paraguai e Paraná.

O diretor da Marinha Mercante do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC) do Paraguai, Patricio Ortega, informou que o pedágio será oficialmente fixado em US$ 1,20 por tonelada bruta registrada a partir de 28 de fevereiro de 2025. Esse custo, estabelecido por Argentina, é inferior ao valor anterior de US$ 1,47, mas superior à taxa temporária de US$ 0,80.

Segundo Ortega, a tarifa reflete gastos assumidos pela Argentina, como balizas e melhorias no trecho correspondente da hidrovia. No entanto, reconheceu que isso não satisfaz completamente as partes envolvidas; já que a Argentina buscava uma alíquota mais elevada e outros países queriam evitar essa cobrança.

A reunião também discutiu os trabalhos de dragagem em andamento. No rio Paraguai, embora os níveis das águas estejam aumentando; A recuperação total pode levar de três a quatro meses. As chuvas no Pantanal têm sido um fator chave para esta recuperação.

No Rio Paraná, foram adjudicados projetos de dragagem em três trechos, como parte de um esforço para manter a navegabilidade nesta rota estratégica para o comércio exterior.

Outro ponto discutido foi a possível concessão do trecho da confluência Santa Fé-Argentina da hidrovia Paraguai-Paraná. Também foram analisados ​​aspectos como registro de embarcações, bandeiras e questões aduaneiras que afetam as operações.

FONTE: Todo Logística News
https://todologisticanews.com/site/hidrovia-paraguay-parana-define-nuevo-peaje/

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Crise no Mar Vermelho e seca no Panamá impulsionam tarifas marítimas

A crise no transporte marítimo no Mar Vermelho — e, em menor grau, a seca no Canal do Panamá — resultou no maior crescimento em milhas-tonelada registrado desde 2010, sustentando tarifas em níveis altamente lucrativos para a maioria dos setores de transporte marítimo.

Dados da Clarksons Research indicam que o comércio marítimo global deve crescer 6,5% em milhas-tonelada em 2024, a taxa de expansão mais rápida dos últimos 14 anos. Desde a crise financeira global, o crescimento médio anual em milhas-tonelada foi de 2,9%.

“Com as disrupções e a crescente complexidade do comércio aumentando as distâncias das viagens, isso tem impulsionado significativamente a demanda por embarcações”, destacou a Clarksons em seu relatório semanal mais recente.

O volume do comércio marítimo global deve atingir 12,6 bilhões de toneladas este ano, segundo a corretora londrina, que também prevê um total impressionante de 66,6 trilhões de milhas-tonelada.

Falando no Fórum CEO Marítimo realizado no último mês no Clube de Iates de Mônaco, Jan Rindbo, CEO da gigante dinamarquesa Norden, ressaltou que a frota mundial atual foi projetada para um comércio totalmente otimizado.

“É por isso que temos mercados aquecidos, porque estamos vendo essa fragmentação, seja na Rússia, no Mar Vermelho ou em outros lugares”, explicou Rindbo. “A fragmentação exige mais navios para transportar o mesmo volume de carga.”

O ClarkSea Index — um indicador que mede o desempenho do setor marítimo criado pela Clarksons — atingiu US$ 23.022 por dia na última sexta-feira, 32% acima da média dos últimos dez anos.

Dados da Gersemi Asset Management mostram que os navios porta-contêineres foram os mais afetados pela reconfiguração dos padrões de comércio devido à campanha contínua dos Houthis contra embarcações comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden.

De acordo com a Alphaliner, a crise no Mar Vermelho teve, proporcionalmente, um impacto maior no emprego de navios porta-contêineres do que a pandemia de covid, impulsionando os ganhos para níveis extraordinários este ano.

Estima-se, segundo a consultoria americana Blue Alpha Capital, que a indústria de transporte de contêineres tenha registrado um lucro combinado de US$ 26,8 bilhões no terceiro trimestre, mais que o dobro do que o setor ganhou em qualquer ano completo antes da era covid.

Fonte: Splash247
 https://splash247.com/shipping-toasts-best-year-for-tonne-mile-growth-since-2010/Splash 247 

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Portonave recebe selo Pró-Clima Ouro pelas práticas sustentáveis e é pioneira no Sul do país

O reconhecimento é concedido pela Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ABDP) aos terminais portuários e portos comprometidos com a redução da emissão de gases poluentes

O Terminal Portuário foi reconhecido pelo compromisso ambiental durante o encontro anual da Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ABDP), realizado no Complexo de Suape, em Pernambuco, na última semana. O Programa Pró-Clima, iniciativa da ABDP, cataloga e reconhece os esforços para descarbonização do setor. A Companhia recebeu o selo Ouro, destinado aos terminais que divulgam o inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) com escopos 1 (emissões diretas), 2 (emissões indiretas causadas pelo uso de energia elétrica) e 3 (demais emissões indiretas), além de um plano de descarbonização com metas definidas para redução de gases poluentes. Na região Sul, a Portonave foi o único terminal portuário a receber o selo nesta categoria.

Para a empresa, é essencial realizar investimentos que colaborem com a descarbonização no segmento portuário, o que também faz parte das diretrizes de sua acionista, a Terminal Investment Limited (TiL). Em julho, a Companhia se tornou membro da ABDP. Para Flávia Crozeta, Supervisora de Meio Ambiente da Portonave, os esforços para a descarbonização do setor contribuem significativamente para evitar o avanço das mudanças climáticas, com impactos já evidenciados no país. “Entendemos que esse reconhecimento não apenas reforça o comprometimento da Portonave com o tema, como também incentiva outros atores do setor a seguirem por este caminho”, complementa Flávia.

De forma constante, a Companhia investe e realiza ações para mitigar os impactos ambientais. Neste ano, em janeiro, iniciou uma obra de adequação em seu cais, um investimento totalmente privado de mais de R$ 1 bilhão para receber navios maiores, de até 400m de comprimento. Após, será possível instalar um sistema capaz de alimentar os navios por meio de energia elétrica. Atualmente, a principal emissão de gases poluentes nos portos provém das embarcações. De acordo com a Organização Marítima Internacional (OMI), IMO em inglês, mais de 3% das emissões de dióxido de carbono em todo o mundo são geradas pela indústria naval.

Anualmente, a Portonave divulga o inventário de emissões de GEE, com base no Programa GHG Protocol, que auxilia na identificação de pontos críticos em relação às emissões e adoção das medidas estratégicas de redução. A empresa foi pioneira na aquisição do primeiro Terminal Tractor elétrico no Sul do país e da primeira Eco Reach Stacker da América Latina, com redução de até 40% da emissão de GEE, equipamentos utilizados para movimentação de contêineres, assim como possui 18 Rubber Tyred Gantry (RTG) eletrificados.

Por meio dessas iniciativas, o Terminal obteve, de 2016 a 2023, uma redução de cerca de 60% das emissões de GEE para cada TEU (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentado, atingindo, em 2023, o menor índice da série histórica. Durante esse período, a redução das emissões somou quase 50 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2e). Cerca de 12 mil toneladas de carbono compensadas nos últimos anos.
A Portonave realizou a compensação de 4.358,53 toneladas de carbono equivalente (tCO2e) no escopo 1, e 2.460,67 tCO2e no escopo 2, referentes ao ano de 2023. Esta é a primeira vez que a empresa neutraliza o escopo 1, por meio da compra de crédito de carbono. Desde 2022, de forma espontânea, o Terminal obtém anualmente o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), o que garante energia limpa para as operações da companhia, e com isso neutralizou cerca de 5.262,06 tCO2, do escopo 2, durante esse período.

Sobre a Portonave
Primeiro terminal portuário privado de contêineres do país, a empresa completou 17 anos de operação em outubro. De janeiro a outubro, movimentou mais de 1 milhão de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Atualmente, emprega 1,2 mil profissionais diretos e 5,5 mil indiretos. O compromisso da empresa com o meio ambiente já foi reconhecido anteriormente. Neste ano, recebeu o selo Prata no Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), a medalha de Prata pela EcoVadis, fornecedor mundial de classificações de sustentabilidade empresarial, e o seu quinto Prêmio Expressão de Ecologia.

Sobre a ABDP
Em março deste ano, a Aliança Brasileira para Descarbonização dos Portos (ADBP) foi estruturada a partir de uma parceria entre o Porto de Itaqui e o Porto de Valência, na Espanha, com objetivo de buscar soluções integradas com a colaboração dos mais diversos atores, nacionais e internacionais, como outros portos, empresas e sindicatos. Os membros se comprometem a colaborar com iniciativas e investimentos que buscam a descarbonização no setor.

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Draga gigante tá chegando pra recuperar canal de acesso portuário

Embarcação está em Santos e tem previsão de chegar domingo

A draga gigante Utrecht, de fabricação holandesa, tem previsão de chegar em Itajaí na manhã de domingo. A embarcação, que opera sugando material do fundo do rio pra descarte em alto mar, será usada pra restabelecer a profundidade do canal de acesso portuário e dos berços de atracação.

A dragagem do rio Itajaí-açu foi retomada no dia 8 de novembro após três meses de paralisação devido a uma dívida de R$ 35 milhões do porto com a empresa de dragagem. A volta do serviço foi possível com um acordo de antecipação tarifária com a Portonave, renegociação da dívida e prorrogação do contrato de dragagem.

A retomada da dragagem foi feita de imediato com a draga Njord, uma embarcação pequena que opera por injeção pra que os sedimentos sejam levados pela correnteza. Já a Utrecht, com 159 metros de comprimento, tem uma cisterna gigante para carregar até 18 mil metros cúbicos de material dragado do rio. É a maior draga do tipo hopper em operação no Brasil atualmente e que está trabalhando em Santos (SP).

Com o trabalho, o calado operacional do canal portuário deve ser restabelecido para as profundidades mínimas contratuais, de 14 metros (canal externo) e 13,5 metros (canal interno). As cotas atuais estão em 13,9 e 13,2 metros, respectivamente, com homologação das medições pela Marinha do Brasil válida até 23 de novembro.

A previsão é que a recuperação do canal com a nova draga seja feita em 10 dias após o início dos trabalhos. A Utrecht já trabalhou em Itajaí em 2019 e 2024. Na última vez, foi para a dragagem dos sedimentos trazidos pelas cheias no rio Itajaí-açu. A embarcação pode fazer 12 viagens por dia para despejo do material, em área a seis quilômetros da costa.

FONTE: Diarinho.net
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Terceira fragata da Marinha começa a ser construída em Itajaí

Novo navio tem previsão de ser lançado em 2026

O terceiro navio do projeto das fragatas militares da Classe Tamandaré já começou a ser construído em Itajaí. Na semana passada, a Marinha do Brasil e o consórcio Águas Azuis fizeram o corte da primeira chapa de aço da fragata “Cunha Moreira” (F202), a terceira das quatro previstas no programa. A construção é feita no Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, que já lançou o primeiro navio e toca a produção da segunda embarcação.

A fragata F202 foi batizada em homenagem ao almirante Luís da Cunha Moreira, o Visconde de Cabo Frio, primeiro brasileiro nato a exercer o cargo de Ministro da Marinha do Brasil. Ele combateu nas guerras napoleônicas e participou da conquista da Guiana Francesa.

A fragata “Cunha Moreira” poderá atingir a velocidade de 25 nós, que equivale a cerca de 47 km/h. A previsão é de que o navio seja lançado em 2026 e incorporado à Marinha do Brasil em 2028.

O diretor-executivo do estaleiro, Holger Tepper, destacou o avanço do programa dos navios militares. Essa é a primeira vez que três fragatas são construídas ao mesmo tempo no país.

“Isso reforça nossa posição como fornecedor de defesa e nosso compromisso com a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade. Além disso, a distribuição estratégica da mão de obra e a curva de aprendizagem entre as três fragatas em construção permitem o compartilhamento de profissionais, otimizando recursos e acelerando a produção”, disse.

Programa das fragatas

De acordo com o diretor de gestão de programas da Marinha, contra-almirante Marcelo da Silva Gomes, a construção do terceiro navio seguirá em paralelo à finalização da fragata “Tamandaré” (F200) e à fabricação da fragata “Jerônimo de Albuquerque” (F201), com produção iniciada em 2023. As embarcações têm previsão de entrega para a Marinha em dezembro de 2025 e janeiro de 2027, respectivamente.

“A produção é com, pelo menos, 40% de conteúdo local, o que proporciona uma transferência gradual de tecnologia em engenharia naval para a fabricação de navios militares e sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma em solo brasileiro”, comentou Silva Gomes.

O programa das fragatas é considerado o mais inovador projeto de construção naval do país, com mão de obra local e transferência de tecnologia, num investimento de mais de R$ 11 bilhões. A expectativa é de que sejam gerados cerca de 23 mil empregos – dois mil diretos, seis mil indiretos e 15 mil induzidos – durante a construção dos quatro navios. O projeto está incluído no Novo PAC, do governo federal.

A primeira fragata do programa foi lançada em agosto e está em fase de comissionamento, instalação de equipamento e testes de cais. A segunda fragata teve o batimento de quilha em junho, com previsão de ser lançada ao mar em agosto de 2025.

Militares se instalam em Itajaí

A Marinha inaugurou na semana passada em Itajaí os escritórios do Grupo de Recebimento das Fragatas Classe Tamandaré. São 12 módulos, com área de 325 m², onde vão trabalhar os 112 militares que integração a futura tripulação da fragata F200, a primeira lançada pelo programa. O grupo também terá um alojamento de apoio na delegacia da Capitania dos Portos.

Os escritórios funcionam junto ao estaleiro da Thyssenkrupp, com o uso de módulos que já eram da Marinha e que foram trazidos pra Itajaí. “Estes escritórios são importantes, pois suprem a necessidade do Grupo de Recebimento que precisa de um local de trabalho próximo à fragata”, explica o diretor de obras civis da Marinha, contra-almirante Pedro Lima Silva Filho.

FONTE: Diarinho Net
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Portugal denuncia a presença de navio-espião russo em sua zona marítima

A Marinha de Portugal afirmou neste final de semana que detectou a presença de um navio-espião da Rússia em suas águas, movimentação que ocorre em meio a um aumento das atividades marítimas russas na costa portuguesa, disse o almirante Henrique Gouveia e Melo, chefe do Estado-Maior da Armada.

O militar também destacou que a intensidade do tráfego de embarcações russas nas águas portuguesas tem sido cada vez maior, com navios cruzando de norte a sul e vice-versa. Em declarações transmitidas pela CNN Portugal, Gouveia e Melo relatou que, em um curto período de tempo, pelo menos três navios de guerra russos, além de navios de apoio logístico e de pesquisa científica, passaram pela zona marítima que pertence a Portugal. Entre esses, destacou-se um navio especializado em atividades de espionagem, sobretudo eletrônica, cuja missão principal é a captação de emissões rádio e do espectro eletromagnético.

“Há um trânsito nas nossas águas de navios da federação russa, um trânsito cada vez mais intenso, de Norte para Sul e de Sul para Norte”, disse Gouveia e Melo.

Segundo a Marinha, durante as últimas duas semanas, foram mobilizados oito navios portugueses para acompanhar as movimentações russas, e o sistema de radar e controle de tráfego costeiro também foi utilizado para garantir a segurança da zona marítima portuguesa. De acordo com a Marinha, esse tipo de vigilância é essencial para defender os espaços marítimos sob soberania nacional.

Gouveia e Melo ressaltou que a presença do navio de espionagem não passou despercebida por Portugal e que a resposta da Marinha tem sido acompanhar, controlar e manter uma presença constante para garantir a segurança das águas portuguesas.

“Nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante”, afirmou o almirante.

Fonte: Gazeta do Povo
Portugal detectou navio-espião da Rússia em sua zona marítima

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Paraguai quer usar portos de SC

Está na agenda do secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de SC (SPAF), Ivan Amaral, uma negociação envolvendo o governo do Paraguai, que demonstrou interesse em utilizar os portos de Santa Catarina para desenvolver o comércio internacional do país.

Atualmente, o país vizinho tem convênios com o Brasil para utilização somente dos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS). A ideia surgiu durante a Expo Paraguay-Brasil 2024, encontro organizado pela Câmara de Comércio Paraguay-Brasil – que teve a participação também da Facisc e Fiesc – e é considerado o maior evento de negócios entre os dois países. Se confirmada a parceria, que ainda depende de aval do governo federal, abre-se nova possibilidade para os portos catarinenses, principalmente Itapoá e Navegantes, em função da facilidade logística.

Hidrovia

Durante a reunião com o vice-ministro de Relações Exteriores do Paraguai, embaixador Víctor Alfredo Verdún Bitar, foram discutidos projetos de infraestrutura. Atualmente, o país tem uma hidrovia de 3,5 mil quilômetros no rio Paraguai, chegando até Montevidéu. “Fomos entender a logística desta hidrovia e ver como esta carga pode chegar aos portos de SC”, relata Amaral.

Autismo

O projeto de lei do deputado Marcius Machado (PL), que regulamenta a inclusão do símbolo mundial de conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos uniformes dos estudantes autistas em SC, avança na Alesc e agora será apreciado pelas comissões de Educação e Cultura e dos Direitos da Pessoa com Deficiência antes de ir a plenário.

Réu

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD) e outros 20 envolvidos foram considerados réus pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ministério Público no âmbito da Operação Caronte. A decisão foi por unanimidade. O prefeito chegou a ser preso durante a campanha eleitoral, mas acabou solto após 23 dias, na semana anterior ao pleito.

Radar

A última edição do Fórum Radar 2024 está marcada para o próximo dia 21, na sede da Fiesc, em Florianópolis. Temas como o Custo SC, a sustentabilidade e a inovação farão parte dos painéis e palestras. Um dos destaques será o ex-técnico da seleção masculina de vôlei, Renan Dal Zotto, que fará a palestra de encerramento e falará sobre liderança e a busca pela excelência.

FONTE: Diarinho Net
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Evergreen em negociações para os primeiros pedidos megamax do ano para o transporte de contêineres

A Alphaliner está relatando que a Evergreen Marine de Taiwan emitiu um pedido de propostas para onze navios bicombustíveis de metanol de 24.000 TEU.

A Evergreen teria pedido a seis construtores que fizessem ofertas. Os estaleiros em questão são Samsung, Hyundai e Hanwha da Coreia do Sul, bem como o Estaleiro Jiangnan da China e o Estaleiro Hudong-Zhonghua e Imabari do Japão.

Os navios podem custar até US $ 265 milhões por navio, com datas de entrega provavelmente em 2028 e 2029.

Nenhum navio desse tamanho – conhecido como megamaxes – foi encomendado por qualquer transatlântico este ano. A CMA CGM da França foi a última linha de contêineres a encomendar megamaxes, em junho do ano passado.

FONTE: Splash 247
Evergreen em negociações para os primeiros pedidos megamax do ano para transporte de contêineres – Splash247

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