Comércio Exterior, Exportação, Industria, Informação, Negócios

Montadoras vão apresentar ao governo pacote de pedidos para incentivo à exportação

Pela primeira vez em uma década, os emplacamentos de importados superaram as exportações no setor nacional: 463 mil contra 403 mil

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prepara um pacote de pedidos ao governo para incentivar suas exportações. Presidente da entidade, Márcio de Lima Leite externou preocupações com a queda das vendas do setor ao exterior em entrevista à CNN.

Segundo o representante, o pacote é composto por medidas regulatórias, que reduzam o Custo Brasil e apoiem acordos bilaterais com países que são destinos para as exportações brasileiras.

“O Brasil precisa avançar na harmonização regulatória. Acordos bilaterais com os destinos das nossas exportações são essenciais. Precisamos de atenção, porque a indústria brasileira tem perdido espaço nestes mercados”, disse à CNN.

Em balanço de 2024 apresentado em São Paulo, a Anfavea destacou que pela primeira vez desde 2014 os emplacamentos de importados superaram as exportações: 463 mil contra 403 mil.

Em queda, as exportações brasileiras estão cada vez mais concentradas na Argentina (39%) – em um sinal considerado preocupante pela indústria. As exportações chegaram a atingir 766 mil em 2017.

Neste momento é confeccionado um estudo e são mapeadas possíveis medidas para incentivar as vendas.

FONTE: CNN Brasil

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Comércio Exterior, Exportação, Gestão, Importação, Informação, Logística, Portos

Prefeito reclama de decisões “goela abaixo” sobre o porto de Itajaí

Já Décio Lima não dá retorno sobre pedido de reunião

O prefeito eleito de Itajaí, Robison Coelho (PL), reclama que as decisões do governo federal estão vindo “goela abaixo”, sem ouvir especialmente os trabalhadores portuários e a cidade em geral. Robison destacou a união de entre entidades, como Fiesc, Facisc, Fecomércio, Conselho de Entidades de Itajaí e Fórum Parlamentar Catarinense, além de sindicatos e do governo do estado, contra a federalização. 

“Existe praticamente um consenso dentro da cidade. A gente quer ser ouvido”, diz citando os riscos para uma mudança complexa no momento, às vésperas do vencimento do convênio de delegação municipal. Nas reuniões e conversas sobre o porto, Robison disse que toda decisão relacionada ao porto de Itajaí passa pelo ex-deputado Décio Lima, que atuaria como “representante do governo federal”.

 “Então, nós queremos debater junto com o Décio, que é de Itajaí. Que ele ouça Itajaí e possa participar dessas reuniões, já que todos colocam que as decisões relacionadas ao Porto de Itajaí passam pela pessoa dele”, comenta. Por meio da assessoria, Décio já negou anteriormente envolvimento com a federalização do porto, dizendo que não cabe a ele opinar no assunto e que a decisão está nas mãos do ministro dos Portos. O DIARINHO não conseguiu retorno do presidente nacional do sebrae sobre o tema.

FONTE: Diarinho.net
https://diarinho.net/materia/658197/?utm_source=whatsapp

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Informação, Investimento

Câmara de Mineração da Argentina diz que exportações aumentaram ligeiramente este ano e devem se manter estáveis em 2025

As exportações de mineração da Argentina devem crescer quase 6% este ano, impulsionadas pelas vendas de lítio, além da alta nos preços do ouro e da prata, disse o presidente da principal associação de mineração do país, na quarta-feira, 11 de dezembro.

O setor de mineração da Argentina gerou US$ 4,06 bilhões em exportações no ano passado, com destaque para o lítio, metal utilizado em baterias, e os metais preciosos ouro e prata. As exportações deste ano devem chegar a cerca de US$ 4,3 bilhões, afirmou Roberto Cacciola, presidente da associação de mineração CAEM.

Os dois tipos de metais apresentaram cenários contrastantes, observou ele. Os preços do ouro e da prata subiram neste ano, ajudando a Argentina a compensar a queda na produção das minas mais antigas. Já os preços do lítio despencaram devido à demanda mais fraca, mas o país conseguiu aumentar o volume produzido desse metal branco, utilizado nas baterias de carros elétricos.

“Em ouro e prata, teremos uma quantidade menor de produto vendido, mas teremos mais receita devido à substancial melhora dos preços”, disse Cacciola em entrevista. “No caso do lítio, a situação é o oposto.”

As exportações provavelmente seguirão um padrão semelhante em 2025, afirmou ele, dependendo de quão rapidamente as novas minas de lítio puderem começar a operar em maior escala.

“Não há grandes expectativas para as exportações em 2025, que não estejam atreladas à questão dos preços”, disse Cacciola.

O governo argentino está incentivando o investimento estrangeiro em mineração como parte de seus esforços para estabilizar a economia do país, que enfrenta dificuldades há muito tempo. O novo Regime de Incentivo para Grandes Investimentos (RIGI) tem sido elogiado pelos mineradores que estão desenvolvendo projetos de cobre.

Esses projetos, dos quais seis estão em estágios avançados, exigem um investimento total de US$ 25 bilhões. Cacciola afirmou que espera que alguns projetos anunciem seus planos de investimento no próximo ano.

Ele observou que as minas — os únicos projetos de cobre na Argentina desde o fechamento da última mina desse tipo em 2018 — só podem ser construídas com a mesma rapidez com que os sistemas de água, energia e transporte necessários para sustentá-las sejam desenvolvidos.

Cacciola elogiou o esquema de incentivos RIGI, liderado pelo presidente libertário Javier Milei, mas disse que os esforços para atrair investimentos ainda não apresentaram resultados concretos.

“Todos que pretendem investir na Argentina percebem uma forte mudança cultural”, afirmou. “A questão é saber se isso será consolidado ou não.”

Fonte: Mining Weekly
https://www.miningweekly.com/article/argentina-mining-chamber-says-exports-up-slightly-this-year-likely-flat-in-2025-2024-12-12

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Portos RS e Sindienergia firmam protocolo de intenções para projeto de transição energética

Portos RS marcou presença no Encontro de Investidores do Setor de Energia Eólica do Rio Grande do Sul, realizado em 11 de dezembro, na sede da Fiergs, em Porto Alegre.

O evento reuniu representantes de diversas entidades, players do mercado e contou com a presença do governador Eduardo Leite. O presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, foi um dos painelistas do evento, apresentando o tema Logística e Infraestrutura Portuária – Capacidade Portuária para o Desenvolvimento das Energias Renováveis. Também representaram a empresa pública o diretor de Meio Ambiente, Henrique Ilha, e o gerente de Planejamento e Desenvolvimento, Fernando Estima.

Na ocasião, foi assinado um protocolo de intenções entre Portos RS e o Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS) para o projeto Porto Verde. A iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de estudos voltados para a futura implementação de um sistema de geração de energia a partir de fonte eólica, promovendo energia limpa e renovável. Além disso, busca ações sustentáveis para a descarbonização do Porto de Rio Grande e a consolidação de uma transição energética justa. A assinatura contou com a presença da presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, do presidente da Fiergs, Cláudio Bier, secretários estaduais e investidores.

Para Cristiano Klinger, a parceria representa um marco importante no futuro energético dos portos gaúchos. “O projeto Porto Verde reafirma o compromisso de Portos RS com a sustentabilidade e com a busca por soluções inovadoras que unam desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.”

O protocolo assinado reforça o papel estratégico dos portos gaúchos na transição para uma matriz energética mais limpa e renovável. Ao unir esforços com o Sindienergia-RS, Portos RS se posiciona como protagonista na logística para geração de energia eólica offshore, ampliando a capacidade do estado de atrair investimentos e impulsionar projetos sustentáveis. A iniciativa também reflete o compromisso do setor com as demandas globais de descarbonização, contribuindo diretamente para o crescimento econômico aliado à preservação ambiental.

FONTE: Datamar News

Portos RS e Sindienergia firmam protocolo de intenções para projeto de transição energética

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Navio da Maersk atacado em comboio por Houthis duas vezes em 10 dias

Mais um navio que ostentava a bandeira dos Estados Unidos operado pela Maersk Line foi alvo dos Houthis.

O Maersk Saratoga, um porta-contêineres de 2.500 TEUs construído em 2004, estava sendo escoltado por navios de guerra dos EUA para fora de Djibouti quando foi atacado, apenas 10 dias após outro incidente semelhante na região.

O porta-voz dos Houthis, Yahya Saree, revelou que dois destróieres e três navios de suprimentos “americanos” foram alvos no Golfo de Áden.

Dados de rastreamento de embarcações da S&P Global identificaram os navios mercantes envolvidos como o Maersk Saratoga, o petroleiro de produtos Stena Impeccable e o graneleiro Liberty Grace. O Maersk Saratoga operava em uma rota entre Djibouti e o porto de Salalah, em Omã.

O Comando Central dos EUA (CENTCOM) informou, em 10 de dezembro, que os destróieres da Marinha dos EUA USS Stockdale (DDG 106) e USS O’Kane (DDG 77) neutralizaram uma série de disparos lançados pelos Houthis enquanto transitavam pelo Golfo de Áden entre os dias 9 e 10 de dezembro.

O CENTCOM declarou: “Os destróieres estavam escoltando três navios mercantes de propriedade, operação e bandeira dos EUA. Os ataques imprudentes não resultaram em feridos nem em danos a qualquer embarcação, civis ou forças navais americanas.

“Os destróieres engajaram e derrotaram com sucesso múltiplos sistemas aéreos não tripulados de ataque unidirecional (OWA UAS) e um míssil de cruzeiro anti-navio (ASCM), garantindo a segurança das embarcações e suas tripulações, bem como de navios civis e seus tripulantes.”

O CENTCOM também revelou que, entre 30 de novembro e 1º de dezembro, os mesmos navios de guerra repeliram outro ataque Houthi contra essas embarcações. Em ambas as tentativas, os navios não sofreram danos, e suas tripulações saíram ilesas.

Considerando o ataque de 1º de dezembro, o Maersk Saratoga já é o quinto navio da Maersk a ser alvo dos Houthis. Em julho, o Maersk Sentosa escapou de mísseis disparados pelo grupo rebelde apoiado pelo Irã. Outro navio, o Maersk Yorktown, também saiu ileso após ser atacado duas vezes em abril.

Fonte: Container-News

Maersk vessel in convoy attacked by Houthis twice in 10 days

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Equipe de Santos está em Itajaí para federalização do porto

Conforme portuários, pessoal veio com orientação pra assumir gestão a partir de janeiro

Uma equipe da Autoridade Portuária de Santos (APS) está em Itajaí nesta sexta-feira para dar início ao processo de transição da gestão do Porto de Itajaí para a empresa federal responsável pelo Porto de Santos. De acordo com o sindicato dos portuários, a decisão de federalização do Porto de Itajaí já estaria tomada pelo governo federal, com mudança na gestão a partir de janeiro.

Uma reunião na semana que vem vai tentar ao menos um adiamento da transição, pra que a questão seja discutida com representantes do município, dos trabalhadores portuários e entidades. Na manhã desta sexta-feira, os portuários estiveram na Superintendência do Porto de Itajaí se manifestando contra a federalização.

O prefeito eleito de Itajaí, Robison Coelho (PL), também foi chamado, reforçando o apelo pra que municipalização seja mantida. Entre os representantes do Porto de Santos, está em Itajaí o diretor-presidente, Anderson Pomini. No grupo também estão diretores da Secretaria Nacional de Portos.

“Nossa preocupação é que a gente vai ser um puxadinho de Santos”, lamenta o presidente da Intersindical dos Portuários e do sindicato dos Arrumadores, Ernando João Alves Junior, o Correio. “A Autoridade Portuária de Santos veio aqui, a equipe técnica, com uma boa vontade, mas vieram com uma orientação já do governo federal de que dia 1º de janeiro Itajaí deixa de existir a superintendência e passa a ser da Companhia de Docas de Santos [Codesp]”, informa.

Conforme Correio, a visita da equipe técnica de Santos demonstra que a mudança já estaria decidida. “Já veio pra gente que foi decidido lá [Brasília]. E aí é um absurdo, não ter o diálogo, não se importar com a cidade. Não existe só o cais comercial, tem muita coisa envolvida”, criticou, apontando que, com a federalização, o município perderia também áreas e investimentos já feitos.

Junto com o prefeito eleito Robison Coelho, Correio pediu uma reunião pra terça-feira, em Brasília, com o Ministério dos Portos e o presidente do Sebrae, Décio Lima, que estaria mediando a questão do porto junto ao governo federal, pra tentar reverter a situação. “Se a gente não tiver êxito, se realmente for essa posição, a gente está se mobilizando enquanto cidade pra tentar criar força, pressão. Acho que é uma briga não só do trabalhador, mas de toda a cidade toda a cidade”, destacou.

Prefeito eleito quer transição discutida

Robison Coelho informou que foi chamado pra reunião com o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, e com o diretor-presidente do Porto de Santos e outros representantes da empresa. Conforme o prefeito eleito, o processo de federalização estaria “aparentemente tudo bem desenhado”.

“A gente voltou a reiterar a nossa vontade, a vontade da cidade, dos trabalhadores e das entidades de classe, a vontade das federações, sejam elas de empresários ou de trabalhadores de Santa Catarina, da continuidade do modelo de municipalização”, disseram. O atual convênio com o município encerra no dia 31 de dezembro.

Robison sugeriu a possibilidade de a delegação municipal ser prorrogada temporariamente ao menos por mais seis meses, período em que o processo de transição poderia ser debatido amplamente com as partes envolvidas, sem comprometer as atividades do porto com o risco de paralisação e perda do alfandegamento.

“Porque, em 15 dias, tu resolver uma questão de funcionários do porto, de áreas portuárias, a questão do alfandegamento, do ISPS Code, de tecnologia e tudo que está envolvido, é muito arriscado. Então, continua com o município durante esse período e faz um processo transitório. Essa proposta nós já levamos nas outras discussões que tivermos em Brasília e hoje reiteramos”, completou.

A superintendência do Porto de Itajaí ainda não se manifestou sobre a reunião das tratativas de transição para o Porto de Santos. A transferência da gestão portuária municipal é prevista no processo administrativo aberto pela Secretaria Nacional de Portos pra tocar a federalização do Porto de Itajaí, inclusive com a minuta do termo de convênio com o Porto de Santos já pronta.

Além de reuniões em Itajaí, a secretaria prevê, no processo, tratativas com a APS, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da Gestão e Inovação, e a Receita Federal do Brasil.

FONTE: Diarinho Net
https://diarinho.net/materia/658186/Equipe-de-Santos-esta-em-Itajai-para-federalizacao-do-porto–

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A China recorrerá à Argentina para preencher sua lacuna nas importações agrícolas?

Empresas argentinas tem demonstrado interesse em aumentar seus embarques agrícolas para a China, uma boa notícia para Pequim, que busca fornecedores alternativas de produtos básicos em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos, que parecem improváveis de arrefecer no curto prazo.

A primeira remessa de trigo da Argentina – um dos maiores exportadores do produto no mundo – logo começará sua jornada para a China, conforme informou o jornal econômico Ambito Financiero na segunda-feira. O jornal não forneceu uma data exata de partida da carga.

Esta será a primeira exportação de trigo da Argentina para a China desde a década de 1990, e segue uma autorização obtida em janeiro para o envio do produto. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina chamou a aprovação de “um passo importante para as exportações argentinas” em seu comunicado à imprensa na época.

A China é o terceiro maior importador de trigo do mundo, recebendo 12,1 milhões de toneladas em 2023, no valor de US$ 4,42 bilhões, de acordo com dados da alfândega. Os Estados Unidos ocupam o terceiro lugar entre os maiores fornecedores de trigo para a China, tendo enviado um total de 4,3 milhões de toneladas nos primeiros 10 meses deste ano, representando 10,3% das importações totais do país.

Mas, à medida que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça impor tarifas de 10% sobre os produtos chineses – com ações mais rígidas facilmente escaláveis – analistas argumentam que isso pode representar uma oportunidade para os países do Sul Global expandirem seu comércio com a China, especialmente no setor agrícola.

“A China tem procurado diversificar seus parceiros de exportação e importação há anos, particularmente durante o primeiro mandato de Trump. O retorno de Trump para um segundo mandato vai adicionar muita urgência a isso”, disse Nick Marro, analista chefe de comércio global da Economist Intelligence Unit.

Em retaliação às pesadas tarifas impostas durante o primeiro mandato de Trump, a China aplicou tarifas de 25% sobre produtos agrícolas dos EUA em 2018, afetando itens essenciais como soja, carne bovina, carne suína, trigo, milho e sorgo.

Como resultado, as importações de produtos agrícolas dos EUA diminuíram à medida que outros países com estoques abundantes dos mesmos produtos – como o Brasil, notavelmente – preencheram o vácuo. Nos primeiros 10 meses de 2024, apenas 16,7% da soja importada pela China, em volume, veio dos EUA, em comparação com 34,3% em 2017.

O Brasil, por outro lado, respondeu por 75,5% das importações de soja da China até agora em 2024, um aumento significativo em relação aos 53,3% registrados em 2017.

O gráfico abaixo mostra quais produtos foram os mais exportados em contêineres do Brasil para portos chineses em 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto da Datamar.

Principais Exportações para a China | 2024 | TEUs

A China é agora o maior parceiro comercial do Brasil, com o valor do comércio subindo 6,1% ano a ano, para US$ 181,5 bilhões em 2023. De forma semelhante, a Argentina busca expandir sua relação comercial com a China.

Até o final de maio, a China havia ampliado seu mercado para as exportações de milho da Argentina, conforme informaram autoridades agrícolas.

Embora seus US$ 6,7 bilhões em importações da América do Sul em 2023 representem uma queda de 21,7% em comparação com o ano anterior, a China é o segundo maior parceiro comercial da Argentina. Seus principais produtos importados são agrícolas – principalmente soja, carne bovina e cevada.

Aumento de tarifas dos EUA pode fazer com que a China acelere o desenvolvimento de seu mercado interno e reduza ainda mais sua dependência dos EUA, observaram analistas.

“A China pode se transformar de uma ‘fábrica mundial’ para uma ‘fábrica e mercado mundial’”, escreveu Lin Hongyu, reitor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Huaqiao, em um artigo publicado na segunda-feira.

Mas Marro alertou que isso dependerá da própria situação econômica da China. A demanda interna tem sido insuficiente em alguns momentos, o que, por sua vez, afetou o volume de importações.
“Esforços para restaurar a demanda interna e incentivar o consumo devem ser muito mais importantes do que qualquer promessa política em torno do aumento das importações”, disse Marro.

O valor das importações da China diminuiu 5,5% em relação ao ano anterior, para US$ 2,6 trilhões em 2023. Nos primeiros 10 meses deste ano, esse valor aumentou 1,7% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 2,1 trilhões.

Fonte: South China Morning Post
https://www.scmp.com/economy/global-economy/article/3289201/will-china-turn-argentina-fill-its-farming-import-gap-wheat-and-see

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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Exportação, Industria, Informação

Emirados e Egito entre os 10 destinos do agro

Emirados Árabes Unidos e Egito passaram a integrar, neste ano, os dez principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro, de acordo com os dados apresentados em coletiva de imprensa do balanço de 2024 e perspectivas para 2025 pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta quarta-feira (11).

De acordo com a instituição, os Emirados deverão encerrar o ano como 6º destino das exportações agropecuárias brasileiras, após ocupar o 14º lugar em 2023. O Egito saltou da 20ª posição no ano passado para a 8ª neste ano.

China, União Europeia e Estados Unidos se manterão, nesta ordem, como os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro. Indonésia (4º), Vietnã (5º), Japão (7º), Turquia (9º) e Tailândia (10º) completam a lista dos principais destinos.

“Quando olhamos o agregado das exportações do agronegócio nos últimos 20 anos, o Oriente Médio é a segunda região que mais cresceu, atrás apenas da Ásia. Além de Egito e Emirados Árabes Unidos em 2024, a Arábia Saudita se destacou nos últimos anos e o Irã foi o 4º principal destino das exportações do agro em 2022”, observou a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, em resposta à ANBA após o evento. Entre os fatores que contribuem para esse aumento de compras, citou Mori, estão aumento da população e do poder de compra, importação de alimentos para segurança alimentar e presença de empresas brasileiras na região.

“Outro exemplo concreto que pode gerar ainda mais volume e oportunidades de negócios é a celebração de um acordo comercial entre Mercosul e os Emirados Árabes Unidos, atualmente na fase de discussões técnicas e acesso a mercado”, afirmou a executiva da CNA.

“Tínhamos uma expectativa que em 2024 tivéssemos uma redução nas exportações, mas o que estamos vendo é que vamos manter. A previsão da CNA é que se mantenham em cerca de R$ 166 bilhões até o final do ano. A gente teve uma queda representativa na China, mas compensada em outros mercados”, afirmou Mori. Entre os produtos, as principais quedas em exportações em valores foram soja e milho, tendo em açúcar, carne bovina, café e celulose os principais crescimentos em venda.

Mori sinalizou como principais desafios para as exportações em 2025 um enfraquecimento do multilateralismo em decorrência da Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, queda de demanda na China e posições protecionistas da Europa. O acordo de livre-comércio celebrado na última semana entre União Europeia e Mercosul ainda enfrentará entraves até que seja ratificado, estimou a diretora da CNA.

Os desafios climáticos também foram tema na entrevista coletiva. O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, afirmou que há países europeus que questionam o compromisso brasileiro com a sustentabilidade.

“Temos participado de muitas COPs [Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima] levando a busca pelo agronegócio sustentável, e, hoje, a agropecuária do Brasil é modelo de produção”, disse, afirmando que o Brasil é modelo de transição energética e que obtém parte das suas fontes de energia de produtos do agronegócio. “E toda COP nos justificamos pelo desmatamento, que é ilegal e do qual somos contrários”, afirmou Lucchi.

O gráfico abaixo mostra quais produtos foram os mais exportados em contêineres do Brasil para o EAU em 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto da Datamar.

Cargas Mais Exportada para os Emirados Árabes Unidos | 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Perspectivas para 2025

Mesmo assim, o clima foi fator de influência no desempenho do setor em 2024. O presidente da CNA, João Martins, disse que 2024 foi um ano desafiador por, entre outros motivos, fatores climáticos e, mesmo assim, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira deverá crescer até 2% sobre 2023.

“Um ano difícil, em que tivemos no agro em geral problemas climáticos. Houve uma frustração nas nossas expectativas para que chegássemos neste ano ou até próximo ano com algo em torno de 340 milhões de toneladas [de safra]. Tivemos queda de produção porque tivemos secas em diversas regiões produtoras de grãos, tivemos seca nunca vista em pastagens que atingiu grandes estados produtores de pecuária”, afirmou, citando também a “catástrofe” das inundações no Rio Grande do Sul, em maio.

A expectativa é que o PIB do agronegócio cresça em 2025 até 5% sobre este ano. Há uma tendência, disse Lucchi, de perda de força do fenômeno La Niña no começo de 2025 e de chegada do El Niño no fim do ano que vem. A taxa de juros elevada e em ascensão reduz a oferta de crédito rural, o que afeta os investimentos no campo. O dólar é outro elemento que deverá influenciar o setor no próximo ano. “O dólar alto beneficia as exportações, mas onera a produção, que tem custos em dólar”, disse Lucchi, lembrando dos custos dos fertilizantes e do aumento das taxas de frete marítimo. Apenas neste ano, as importações brasileiras de fertilizantes cresceram 10,5%. Alguns dos principais fornecedores de fertilizantes ao Brasil são países árabes, como Marrocos, Emirados, Egito, Tunísia, Catar e Jordânia.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe (Anba)

Emirados e Egito entre os 10 destinos do agro

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Portos brasileiros sofrem ‘invasão’ de carros chineses antes de aumento de tarifas

Previsão de novas tarifas dificultaram o plano de muitas montadoras de veículos elétricos no país – como as chinesas BYD e Great Wall Motors

Os portos brasileiros ficaram entupidos este ano com mais de 70 mil veículos eléctricos chineses não vendidos, num sinal de como está difícil para as montadoras chinesas manterem o seu crescimento robusto.

Empresas como a BYD e a GWM têm ambições globais,

Companhias como a BYD e a GWM tem ambições globais, e o Brasil se tornou um campo de provas crucial com muitas outras grandes economias se voltando para o protecionismo. O país é o sexto maior mercado automotivo do mundo e o sucesso no país pode impulsionar as perspectivas em toda a região.

Porém, depois de conquistar o recém-nascido setor de veículos elétricos do Brasil, as montadoras chinesas estão enfrentando desafios cada vez maiores. O excesso de carros nos portos se deve ao fato de eles tentarem evitar novas tarifas. Os concorrentes nacionais responderam com opções elétricas adicionais e investimentos. E as taxas de crescimento de veículos elétricos no país estão diminuindo.

A “lua de mel acabou”, disse Alexander Seitz, presidente executivo da unidade sul-americana da Volkswagen, que vende carros no Brasil desde a década de 1950 e produz alguns dos modelos com motor a combustão mais vendidos no país.

A BYD está a caminho de ultrapassar US$ 100 bilhões em vendas este ano, e o Brasil responde por grande parte disso. É o maior mercado externo da empresa por uma larga margem, uma vez que enfrenta a resistência dos governos nos EUA e na Europa.

Na década passada, o Brasil isentou os veículos eléctricos e híbridos de um imposto de importação de 35% sobre os veículos, numa tentativa de impulsionar o sector. Isso atraiu os fabricantes de automóveis da China, que essencialmente criaram o mercado para eles num país com mais de 200 milhões de pessoas. Os fabricantes locais estabelecidos – todos subsidiários de empresas globais como a General Motors Co. – tinham ignorado em grande parte os modelos elétricos e híbridos.

A BYD apresentou seus primeiros carros ao Brasil em 2021 e acelerou as exportações no ano passado. Com seu modelo de menor custo custando apenas R$ 115.800, a empresa rapidamente ganhou participação de mercado por ser mais barata do que os veículos movidos a gasolina da concorrência. Os fabricantes nacionais reagiram reduzindo os preços de alguns modelos em até 30%.

As montadoras do Brasil fizeram lobby para trazer de volta os impostos de importação e acabaram encontrando apoio no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retornou ao poder em janeiro de 2023. O governo de Lula começou a restabelecer os impostos um ano depois, em 10%, com planos de aumentá-los gradualmente para 35% até meados de 2026. (A indústria nacional já está pressionando para acelerar esse processo).

Em resposta, a BYD inundou o Brasil com veículos antes das tarifas. No início de novembro, um executivo da empresa disse que havia 35.000 carros restantes nos portos, o que representa cerca de quatro meses de estoque. Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da divisão brasileira da BYD, disse que tudo isso fazia parte de um plano para se antecipar às tarifas para manter os preços e reagir contra o que ele chamou de uma indústria doméstica “ultrapassada”.

“Nós sacudimos o mercado automotivo brasileiro a ponto de causar muito medo em nossos concorrentes”, disse Baldy em uma entrevista. “É o desespero total da concorrência.”

A participação dos trens de força eletrificados no total de vendas de carros no Brasil quase dobrou para 7% em janeiro em relação ao ano anterior, mas permaneceu mais ou menos nesse nível desde então, de acordo com a associação de montadoras Anfavea. Até outubro, as montadoras venderam cerca de 2 milhões de veículos e aproximadamente 140.000 eram unidades eletrificadas.

Encontrar novos clientes dispostos a comprar um VE em um país que está apenas começando a construir estações de recarga está se tornando mais difícil. Além da preocupação com a distância que um carro elétrico pode percorrer com uma única carga, o Brasil é um país grande, com grandes distâncias entre os centros populacionais.

“Precisamos expandir nossa infraestrutura”, disse Ricardo Bastos, diretor de relações governamentais da GWM no Brasil. “As vendas estão boas hoje, mas têm potencial para crescer ainda mais se nossa infraestrutura se mantiver.”

Para acelerar a adoção, a BYD e a GWM estão se tornando mais agressivas rumo a 2025. Ambas estão planejando abrir fábricas no Brasil.

Para a BYD, a expectativa é que isso ocorra em março, quando sua primeira fábrica de carros elétricos fora da Ásia deverá começar a produzir carros. No local de uma antiga fábrica da Ford Motor Co., a BYD está investindo 5,5 bilhões de reais (US$ 1,1 bilhão) e espera que em dois anos a fábrica esteja produzindo 300.000 carros por ano.

A BYD também disse que estava dobrando o número de revendedores que possui no país. Eles promoverão uma frota com cerca de uma dúzia de modelos. Isso inclui o que a empresa diz ser a primeira caminhonete híbrida do mercado, que foi lançada em outubro.

Enquanto isso, a Great Wall Motor, que deve ultrapassar US$ 28 bilhões em vendas este ano, espera começar a operar em maio em uma antiga fábrica da Daimler, parte de um plano para investir 10 bilhões de reais (US$ 1,6 bilhão) ao longo de aproximadamente uma década.

Outras empresas chinesas também anunciaram recentemente planos de expansão para o Brasil, em meio a uma onda de fortes barreiras fiscais na Europa e nos EUA. No início deste ano, o governo Biden aumentou as tarifas sobre os veículos elétricos importados da China de 25% para 100%, a fim de proteger a indústria automobilística dos Estados Unidos do que alegou serem práticas comerciais injustas.

A Omoda e a Jaecoo, marcas de propriedade da Chery Automotive planejam lançar vários modelos no Brasil até 2026. A GAC promete investir cerca de 6 bilhões de reais (US$ 1 bilhão). A NETA, ligada ao grupo Hozon New Energy Automobile, está entrando no mercado. E a Zeekr, da Geely Automotive Holdings, começou recentemente a apresentar modelos premium no país.

“Os chineses tentarão conquistar este país do ponto de vista automotivo, e temos de ver como lidar com isso”, disse Seitz. “No final das contas, a concorrência é sempre boa, ela nos força a reconsiderar as coisas.”

Os participantes estabelecidos, incluindo a Volkswagen, a Toyota e a Renault, anunciaram mais de R$ 100 bilhões de reais (US$ 20 bilhões) em investimentos até o final desta década. A maior parte do dinheiro está planejada para desenvolver híbridos, incluindo soluções flex que combinam eletricidade com um motor de combustão movido a gasolina e etanol, um combustível produzido localmente a partir das plantações de cana-de-açúcar do Brasil.

A Stellantis, proprietária de marcas tradicionais como Fiat, Jeep e Peugeot, está planejando começar a vender modelos de veículos elétricos de sua parceira chinesa Leapmotor no Brasil no início do próximo ano.

Antes da introdução dos novos impostos sobre veículos eletrificados importados, os chineses não “jogavam sob as mesmas condições”, disse Emanuele Cappellano, diretor de operações da Stellantis na América do Sul.

Como o restante do setor automotivo nacional do Brasil, Cappellano está apostando que isso ajudará a equilibrar o campo de jogo.

FONTE: bloomberg Linea
https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/portos-brasileiros-sofrem-invasao-de-carros-chineses-antes-de-aumento-de-tarifas/

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Veja o que muda com reforma tributária aprovada no Senado

Texto volta para debates na Câmara e ainda pode sofrer alterações

Agora, senadores analisam destaques (possíveis mudanças) na proposta. Depois de concluída a votação, o projeto deve retornar para a análise da Câmara dos Deputados e pode sofrer alterações. O projeto foi enviado pelo governo e aprovado na Câmara em julho. Desde então, está em análise no Senado e recebeu mais de duas mil emendas. Braga acatou mais de 650 de forma total ou parcial.

Entenda as alterações em relação ao texto aprovado pelos deputados

Armas e munições

Braga havia incluído no parecer a taxação de armas e munições no Imposto Seletivo (IS), conhecido como “imposto do pecado”.

No entanto, a taxação extra desagradou integrantes da bancada da bala e da oposição, que conseguiram aprovar um destaque para retirar esses produtos da lista de itens taxados pelo IS.

Combustíveis

Em relação às alíquotas dos combustíveis, o relator acrescentou que a metodologia de cálculo da carga tributária deverá ser aprovada por ato conjunto do Ministério da Fazenda e do Comitê Gestor do IBS. Pelo texto, os cálculos para a fixação das alíquotas serão realizados, para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e, para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), pelo Comitê Gestor do IBS, com dados fornecidos pelos entes federados.

Imposto seletivo

Além de armas e munições, itens plásticos descartáveis, como copos e canudos, também estavam inicialmente incluídos na taxação do IS, mas Braga disse ter cometido um “erro”.

Segundo ele, o setor de plásticos ficou em “pandemônio” com a possibilidade da cobrança extra. Em nova versão do parecer, ele retirou a taxação pelo IS dos descartáveis. Bebidas açucaradas estavam entre os que seriam taxados pelo IS, segundo o relatório de Braga. No entanto, os senadores aprovaram um destaque para retirar os produtos da lista de itens taxadas. Foram mantidos entre os itens taxados pelo Imposto Seletivo: veículos, embarcações e aeronaves, cigarros, bebidas alcoólicas, bens minerais, apostas on-lin (bets).

Trava de alíquota

Sobre a “trava” para a alíquota padrão de 26,5% dos novos impostos, o relator incluiu prazo de 90 dias, após a avaliação quinquenal, para o Poder Executivo enviar um projeto para redução da alíquota quando ela ultrapassar o limite.

Segundo Braga, as alterações do parecer dele representam um aumento de 0,13 ponto percentual na alíquota e devem ser compensadas pela redução da sonegação de impostos quando a reforma entrar em vigor. O parecer aprovado determina ainda uma “alíquota teste” para 2026, sem a necessidade de recolhimento do tributo. A intenção é testar o novo sistema de aplicação da alíquota.

Cesta básica

Incluída na reta final da votação na Câmara, a isenção para carnes foi mantida no relatório de Braga. As proteínas (bovina, suína, ovina, caprina e de aves, além de peixes e algumas carnes de peixe) constam na lista de produtos com alíquotas zero dos novos impostos.

Na complementação de voto desta tarde, o relator também atualizou a descrição detalhada do chamado “pão francês”, que faz parte da cesta básica isenta. Também retirou o óleo de soja da lista de itens 100% isentos da cesta e passou para a lista daqueles que têm 60% de isenção.

Outra alteração feita por Braga nesta quarta foi a inclusão de erva mate, água mineral e biscoitos e bolachas — desde que não sejam adicionados de cacau, recheados, cobertos ou amanteigados — na lista de alimentos com 60% de isenção.

Cashback

O senador também incluiu serviços de internet e telefonia no sistema de cashback – mecanismo de devolução para famílias de baixa renda.

Setor de imóveis

Também foram ampliadas as isenções para o setor de imóveis. Braga ampliou, de 40% para 50%, o percentual de redução dos novos tributos na alienação (transferência, como casos de venda, doações, penhora e outros) de imóveis. Também aumentou a redução de 60% para 70% nos casos de locação. De acordo com o relator, a pretensão do setor era de 60% no caso de comercialização e de 80% no caso de locação, mas o pedido não era viável conforme os cálculos feitos por técnicos do Congresso e da equipe econômica.

Medicamentos

O parecer de Braga retirou da proposta a lista detalhada de medicamentos que teriam isenção. O senado optou por incluir categorias de medicamentos conforme “linhas de cuidado”, como os utilizados para tratamentos oncológicos, doenças raras, infecções sexualmente transmissíveis (IST), doenças negligenciadas, vacinas e soros e diabetes mellitus. Além disso, por uma “questão de justiça social”, o relator decidiu incluiu fraldas no regime diferenciado com redução na cobrança de impostos.

Atividades com redução

Entre as mudanças feitas por Braga está a inclusão de serviços de home care, de esterilização e de instrumentação cirúrgica, no rol de atividades submetidas à redução de 60% em tributos. O setor cultural também foi beneficiado com a redução no caso de galerias e obras de arte nacionais. Além disso, serviços de saneamento básico e medicina veterinária também foram submetidos à redução de 60% dos impostos.

Nanoempreendedor

O relator manteve a isenção dos novos impostos para os nanoempreendedores, aqueles com receita bruta menor do que R$ 40,5 mil – metade do limite estabelecido para adesão ao regime de microempreendedor individual (MEI).

Foi incluído novo parâmetro para enquadrar motoristas de aplicativos e entregadores na categoria. Para isso, a nova versão do projeto prevê que será considerada como receita bruta desses profissionais 25% do valor bruto mensal recebido.

FONTE: CNN Brasil

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