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Ao citar “taxas recíprocas” aos parceiros comerciais dos EUA, o presidente afirmando que novas taxas estão definidas para o dia 2 de abril
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou as tarifas do Brasil durante discurso ao Congresso nos EUA na noite de terça-feira (4).
Ao citar“tarifas recíprocas” aos parceiros comerciais dos EUA, o presidente citou o Brasil, junto a outros países como Canadá, Índia e China, afirmando que as novas taxas estão definidas para o dia 2 de abril.
“Outros países usaram tarifas contra nós por décadas, e agora é a nossa vez de começar a usá-las contra eles. A União Europeia, China, Brasil e Índia, México e Canadá e diversas outras nações cobram tarifas tremendamente mais altas do que cobramos deles. É injusto.”
Donald Trump
“A Índia nos cobra tarifas maiores que 100%, a tarifa média daChinasobre nossos produtos é o dobro do que cobramos deles e a tarifa média da Coreia do Sul é quatro vezes maior”, acrescentou.
Trump também afirmou que qualquer tarifa imposta aos EUA por outro país, será cobrada de maneira recíproca.
“No que eles nos taxarem, nós os taxaremos. Se eles aplicarem medidas não tarifárias para nos manter fora do mercado deles, então nós faremos barreiras não monetárias para mantê-los fora do nosso mercado. Nós teremos trilhões de dólares e criaremos empregos como nunca vimos antes”
Donald Trump
No mês passado, Trump pediu que seu governo investigasse os planos de tarifas recíprocas sobre todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos, com previsão de conclusão em 1º de abril.
Na campanha eleitoral, ele prometeu abordar o que chamou de práticas comerciais desleais de países estrangeiros. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse à CNBC na terça-feira que “é inacreditável a maneira como somos enganados no mundo todo”.
O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, na volta do fim de semana prolongado do Carnaval, com as ações da Embraer renovando máxima histórica com alta de cerca de 8%, enquanto os papéis da Petrobras eram destaque negativo em meio ao tombo do petróleo no exterior.
Às 14h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,25%, a 123.107,9 pontos. Com o pregão abrindo apenas às 13h, após ficar fechado nos últimos dois dias, o volume financeiro somava R$1,4 bilhão.
Analistas do BB Investimentos afirmaram, em sua carteira de ações recomendadas para o mês corrente, esperar “um quadro de acentuada volatilidade” em março.
“O sentimento misto dos investidores encontra respaldo no nível de incertezas advindas do mercado externo, bem como do quadro interno que tem imposto pressão adicional às companhias, especialmente pela perda de dinamismo da atividade no contexto de juros mais elevados”, citaram Victor Penna e Wesley Bernabé.
– EMBRAER ON disparava 7,57%, tendo renovado máxima histórica intradia a R$75,09 no melhor momento, conforme permanece a visão de que a fabricante de aviões deve continuar mostrando desempenho operacional benigno em 2025. No ano, o papel já sobe cerca de 33%, mesmo após salto de 150% em 2024.
– MARFRIG ON avançava 8,29%, recuperando-se do tombo de mais de 10% no último pregão, na sexta-feira, em sessão positiva para o setor de proteínas na bolsa. BRF ON subia 5,74%, MINERVA ON mostrava acréscimo de 4,07% e JBS ON tinha elevação de 0,71%.
– PETROBRAS PN caía 3,01%, contaminada pelo forte declínio dos preços do petróleo no exterior. O barril do Brent, usado como referência pela estatal, recuava 3,27%, no terceiro dia seguido de queda, em meio a receios com planos da Opep+ de prosseguir com os aumentos de produção em abril.
– BRASKEM PNA recuava 3,1%, engatando o décimo pregão seguido de queda, dada a perspectiva ainda desafiadora para a indústria petroquímica. Na véspera, também entraram em vigor as novas tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre as importações do México, onde a empresa tem operações.
– VALE ON subia 1,07%, apesar da queda dos futuros do minério de ferro na China. A próxima sexta-feira, dia 7, é a data de corte para pagamento de dividendos anunciados no mês passado, no valor total bruto de R$2,14 por ação. O pagamento está previsto para 14 de março.
– ITAÚ UNIBANCO PN ganhava 1,55%, em dia positivo para bancos, com BANCO DO BRASIL ON avançando 1,1%, BRADESCO PN registrando alta de 1,51% e SANTANDER BRASIL UNIT apurando elevação de 1,07%.
– RD SAÚDE ON valorizava-se 3,68%, também se recuperando da queda de quase 6% no fechamento da sexta-feira. Na semana passada, após a divulgação do balanço, executivos da rede de varejo farmacêutico afirmaram que esperam um primeiro semestre mais difícil com recuperação na segunda metade do ano.
A gigante chinesa de comércio agrícola Cofco inicia a operação, no final de março, do que descreve como o maior porto dentro do porto de Santos.
O terminal consumiu R$ 1,64 bilhão em investimento direto e outro R$ 1,2 bilhão para a compra de 979 vagões e 23 locomotivas, segundo a empresa. É parte de um programa estratégico chinês proposto há três décadas e iniciado oficialmente em 2007, para inversões em agricultura pelo mundo –Agriculture Going Global, em inglês. Foi precursor da Iniciativa Cinturão, hoje mais conhecida.
Quando o porto estiver concluído integralmente, até o final deste ano, a Cofco projeta operar 14 milhões de toneladas anuais, sobretudo soja, milho e açúcar. Para 2025, deve ficar em 8 milhões de toneladas, 5,5 milhões de soja e milho, 2,5 milhões de açúcar. Será o maior terminal de exportação da Cofco International, que atua em 36 países, e “o maior porto em movimentação dinâmica de Santos”, segundo o CEO da empresa para o Brasil, Luiz Noto. Vai “concentrar as operações de todas as cargas da companhia”.
De acordo com o vice-presidente da Cofco International, Yunchao Wang, em entrevista no ano passado, é em Santos que se concentra sua atenção, não na alternativa recém-inaugurada do megaporto chinês de Chanqay, no Peru.
Questionado sobre os riscos geopolíticos recentes no Canal do Panamá, outra rota até a China, Noto respondeu que os navios do novo terminal santista vão passar pelo Cabo da Boa Esperança, na África.
O objetivo expresso do programa estratégico chinês, desde o princípio, é segurança alimentar, ou seja, garantir fontes estáveis de produtos agrícolas no exterior, dados os limites das terras aráveis na própria China.
Empresas encabeçadas pela Cofco investiram do Laos ao Uzbequistão e à Ucrânia, tanto em logística como em produção, pesquisa e desenvolvimento. No Brasil, registra Noto, a companhia vai de armazéns e indústria de esmagamento no Centro-Oeste a quatro usinas de açúcar no interior paulista.
Em Santos, a concessão do novo terminal de 98 mil metros quadrados foi obtida em licitação há três anos, para se estender por pelo menos um quarto de século. Outros investimentos projetados abrangem automatizar o transporte dentro do porto, inclusive trens, a exemplo do que acontece com os chineses e o peruano Chanqay.
Com o tempo, ele servirá a outras empresas do setor, não só à Cofco. De acordo com Noto, “o Brasil é fundamental nas operações globais da Cofco, um ‘hub’ agrícola essencial para o nosso negócio”.
Um estudo sobre segurança alimentar da Universidade Renmin, de Pequim, publicado em 2023, defendeu “encorajar” ainda mais a Cofco a participar diretamente do comércio de commodities agrícolas, inclusive mercado futuro –citando os efeitos negativos da Guerra na Ucrânia, com redução no fornecimento. Instalada no Brasil desde fevereiro de 2014, quando comprou o controle da holandesa Nidera, a Cofco International cresceu através de aquisições e acordos com produtores locais e agora dois terços de seus 11 mil funcionários estão no país. Até 2022, ela não aparecia na lista das mil maiores empresas brasileiras, do jornal Valor/Serasa/FGV. Em 2024, já era a 14ª.
Questionado sobre ações para subir ainda mais no ranking, Noto respondeu que “a busca por novos negócios está no DNA da companhia, sempre atenta às movimentações do mercado”, sem detalhar.
No país e pelo mundo, as maiores concorrentes da Cofco são as ‘traders’ americanas Cargill e Bunge. E a sua busca por diferenciação no mercado é ambiental, em linha com as prioridades de Pequim na última década. Por exemplo, segundo o CEO no Brasil, o investimento anunciado agora em ativos ferroviários “possibilita o crescimento da Cofco de forma sustentável, reforçando o compromisso de investir no agronegócio brasileiro atrelado à estratégia de reduzir emissões”.
A abertura do novo terminal terá como primeiro embarque, para a China, 1,5 milhões de toneladas de soja certificada como livre de desmatamento.
Em fala na Casa Branca, o republicano ainda elogiou o presidente argentino, Javier Milei, afirmando que ele é um “grande líder” e que “está fazendo um grande trabalho”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (3) que vai considerar um tratado de livre comércio com a Argentina. Em fala na Casa Branca, o republicano ainda elogiou o presidente argentino, Javier Milei, afirmando que ele é um “grande líder” e que “está fazendo um grande trabalho”.
“Não há espaço para o México ou o Canadá”, disse Trump, quando questionado sobre se os países poderiam evitar tarifas chegando a um acordo para conter os fluxos de fentanil para os Estados Unidos.
Trump disse que estava usando tarifas para “punir” países que — como ele disse — estavam tirando da economia dos EUA sem dar o suficiente em troca.
O secretário de Comércio Howard Lutnick disse que empresas globais podem evitar tarifas se investirem na produção nos Estados Unidos, como a TSMC. A fabricante de chips taiwanesa anunciou um investimento de US$ 100 bilhões nos EUA.
Trump prometeu impor tarifas de25%sobre todas asimportaçõesdo Canadá e do México, com10%paraenergiacanadense.
O presidente também confirmou a adição de 10% em tarifas para produtos chineses.
CEOs e economistas dizem que a ação, cobrindo mais deUS$ 900 bilhõesem importações anuais dos EUA de seus vizinhos do sul e do norte, representaria um sério revés para a economia norte-americana altamente integrada.
As tarifas estão programadas para entrar em vigor às 12h01 (2h01 no horário de Brasília) na terça-feira.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, sinalizou no domingo (2) que Trump pode não impor o valor total das tarifas, dizendo que o presidente determinaria seus níveis exatos.
Enquanto mercados globais repercutiam efeitos das taxas à maior economia do mundo, indicadores no Brasil estavam fechados pelo feriado estendido
O dólar caiu ante as principais moedas do mundo neste início de semana, refletindo o temor dos mercados com os efeitos das tarifas impostas por Donald Trump aos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O DXY — índice que mede a força da divisa norte-americana ante uma cesta de moedas fortes — caiu cerca de 1,7% entre o fim da semana passada e esta terça-feira (4), indo para ao redor de 105.6 pontos, o menor patamar desde dezembro do ano passado.
Enquanto os mercados globais repercutiam os efeitos das taxas à maior economia do mundo, indicadores no Brasil estavam fechados pelo feriado estendido de Carnaval.
As operações financeiras retornam no início da tarde desta quarta-feira (5) e, apesar do mau humor internacional, o cenário doméstico deve frear o recuo da divisa norte-americana ante o real.
Alexandre Espírito Santo, economista e coordenador do curso de Economia e Finanças da ESPM, aponta o noticiário político como principal fator para que o Brasil não participe desta onda de enfraquecimento do dólar.
“A gente tem que entender que o dólar aqui dentro é, sim, influenciado pelo dólar no mercado internacional. Mas a gente tem nossos próprios problemas”, afirmou em entrevista aoCNN Moneynesta terça-feira.
Como exemplo, o especialista apontou o efeito negativo no câmbio pelanomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sexta-feira (28).
“Precisa entender se dólar, aqui dentro, não será contaminado pela questão política”, ponderou o economista.
Espírito Santo também citou os recentes anúncios do governo petista em meio à queda da popularidade de Lula, como oprograma Pé-de-Meiae amedida provisória (MP) que muda regras do saque-aniversário para destravar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
“Isso não ajuda o Banco Central a trazer em inflação para a meta, que é o trabalho que ele vem fazendo subindo juro”, pontuou o economista.
“Não adianta vir com um vetor para trazer a inflação para a meta, e o governo gastar”.
Ibovespa em NY recua
Bolsas ao redor do mundo recuaram nesta terça-feira, após os Estados Unidos iniciarem tarifas de 25% para importações do México e Canadá, além de taxas extras de 10% para produtos chineses, totalizando 20%.
Em Wall Street, o Dow Jones perdeu 1,55%, enquanto S&P 500 caiu 1,22% e Nasdaq recuou 0,35%.
Praças na Europa seguiram a mesma direção, com o Stoxx 600 — que concentra as principais companhias do continente — fechando com perda de 2,14%.
O EWZ — principais fundo de índice (ETF) do Ibovesvaem Wall Street — também encerrou no vermelho, com perda de 0,95%. Durante a sessão, o tombo chegou ao redor de 2%.
Para Celson Plácido, partner e CEO na AMW – Asset Management by Warren, as bolsas devem se manter pressionadas com a escalada das guerras comerciais entre os EUA e seus principais parceiros.
“Taxas de juros mais elevadas, lucros das empresas menores, maior despesa financeira, e, óbvio, a inflação corroendo a renda da população como um todo”, detalha sobre os impactos que as tarifas deverão ter no cenário global.
Em coletiva, órgão apresentou resultados que refletem medidas de proteção do mercado nacional, do consumidor e da segurança pública
A Receita Federal está se posicionando cada vez mais como um órgão atuante na segurança pública brasileira, adotando medidas de aduana para o enfrentamento ao crime organizado. Esse posicionamento vem tendo impacto sobre o número de apreensões de mercadorias que são fruto de contrabando e descaminho, como cigarros e outros artigos eletrônicos, além de combustíveis e drogas.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que, quando se fala da Receita Federal, logo se pensa em Imposto de Renda e arrecadação de tributos, passando despercebido da população que a RFB abrange também a Aduana Brasileira.
“Se a função principal da Aduana é a facilitação do comércio internacional, ela naturalmente acaba trabalhando diretamente nisso, na proteção do mercado nacional, na proteção do consumidor brasileiro e na segurança pública, porque infelizmente é por meio de transações internacionais que o crime organizado, muitas vezes, se financia aqui no Brasil”, comentou o secretário, na quinta-feira (27/2), durante coletiva para apresentar o Balanço de Apreensões realizadas em 2024 e as principais medidas da Aduana no enfrentamento ao crime organizado.
Combustíveis e cigarros
O balanço mostra que, somente em 2024, um montante de R$ 5 bilhões em combustíveis retidos pela fiscalização entraram no mercado mediante ações judiciais. Para o subsecretário de Administração Aduaneira da RFB, Fabiano Coelho, os combustíveis ilustram bem a importância da articulação entre os órgãos públicos envolvidos nesses casos, porque existe uma forte pressão do segmento econômico para a utilização desses produtos.
“Todos nós utilizamos isso, todos os dias, e a indústria também. Então, é uma forte pressão para que haja a liberação, porque a cadeia logística precisa dar vazão, não só para o consumo, como não existe capacidade de consumo e armazenagem. Então, geralmente, as liberações judiciais são concedidas em função dessa urgência, dessa necessidade, sem análise do mérito”, afirmou. Ele salientou que o setor está sobrecarregado de irregularidades que precisam ser combatidas, não só pela Receita Federal, mas também por outros órgãos públicos com competência na área.
Já quanto à apreensão de mercadorias fruto do contrabando e descaminho, a Receita Federal registrou o montante de R$ 3,76 bilhões de reais, em 2024, com uma média superior a R$ 3,5 bilhões em volume de apreensões nos últimos anos.
O carro-chefe é o cigarro. Só o cigarro comum tem uma média, desde 2020, de R$ 1 bilhão anual em valor de mercado apreendido. A Receita nota a conexão desse crime com milícias privadas, que formam quadrilhas para tomar conta dessas rotas.
As apreensões de cigarros eletrônicos saltaram de R$ 61,8 milhões em 2023 para R$ R$ 179,4 milhões no ano passado, graças a ações para evitar a continuidade desse ilícito e a busca de integrações para a derrubada de sites, cassação da licenças e outras medidas que fortaleçam o combate ao contrabando desses itens.
Contrabando e tráfico
O secretário Barreirinhas contou ter acompanhado pessoalmente uma operação de repressão ao contrabando de cigarros eletrônicos, em São Paulo, com a notificação do responsável de que contrabando e descaminho é crime, inclusive com pena maior do que a de furto no Brasil. “No dia seguinte, eu passei no estabelecimento e estava tudo lá de volta. Por quê? Porque é uma sensação de impunidade”, lamentou.
Para evitar esse tipo de situação, a Receita publicou duas Instruções Normativas inovadoras. Uma delas prevê a suspensão cautelar dos CNPJs de estabelecimentos pegos com produtos contrabandeados. Outra proíbe o uso dos portos brasileiros para o trânsito de cigarros eletrônicos. Além disso, com a suspensão do CNPJs, o órgão vai informar aos municípios – que têm a competência em relação aos alvarás de funcionamento – para suspender a licença dos estabelecimentos.
Sobre artigos eletrônicos, em 2024, a Receita Federal registrou o montante de R$ 920 milhões em mercadorias apreendidas. De acordo com o coordenador-geral de Combate ao Contrabando e Descaminho, Raphael Eugênio de Souza, foi o melhor resultado do histórico de apreensões desses itens pelo órgão federal, inclusive, passando pela primeira o volume de cigarros, o que pode ser explicado pelo consumo maior de cigarros eletrônicos.
Nas operações contra o tráfico de drogas, no ano passado, a Receita Federal também bateu um recorde em quantidade de apreensões, chegando próximo a 70 toneladas, com leve alta em relação ao recorde anterior, que foi de 2020.
Maior repercussão penal
Segundo a Subsecretaria de Administração Aduaneira, além das medidas envolvendo o CNPJ de empresas envolvidas em contrabando, a alteração da Portaria 1750/2018 terá outros impactos na repercussão penal.
Um deles é fortalecer os elementos que compõem as representações mais relevantes, contribuindo ainda mais com a atuação do Ministério Público Federal (MPF). A ideia é que a fiscalização possa fornecer todos os elementos de prova para que o MPF ofereça denúncia de uma forma mais embasada.
Também será possível ampliar a efetividade, a partir da representação de crimes praticados em conjunto com o contrabando e descaminho. Nesse caso, se durante uma fiscalização se observar a prática de outros crimes, a alteração na lei permite fornecer esses elementos para o MPF oferecer a denúncia de uma forma mais completa. “A intenção agora é que todas essas informações já sejam enviadas desde o início da representação, o que vai acelerar e dar maior abrangência ao processo”, explicou o delegado da Alfândega de Guarulhos, Mário de Marco, durante a coletiva.
Por fim, a Receita busca melhorar a publicidade das informações, para que a sociedade acompanhe os crimes representados com mais precisão. “Vamos ampliar a transparência ativa. Hoje, a Receita Federal já divulga as representações criminais na internet, mas de uma maneira não tão fácil de ser acessada. Nós faremos uma listagem dos contrabandistas pegos pela Receita Federal e das representações feitas, detalhando o volume apreendido e os valores apreendidos, anunciou o secretário Robinson Barreirinhas.
Confira a coletiva da Receita Federal para apresentar o balanço das apreensões realizadas em 2024 e das medidas contra o crime organizado
MDIC lançou Guia para orientar empresas exportadoras a preencher a autocertificação, o que vai trazer economia aos exportadores brasileiros
A partir deste sábado (Março), passa a vigorar a autocertificação de origem para empresas brasileiras que exportam para a Argentina, Paraguai e Uruguai. A medida permite que a própria empresa exportadora emita a Declaração de Origem sem precisar de intermediários. A autocertificação desburocratiza processos e deve gerar economia aos exportadores brasileiros.
Prevista na Portaria nº 373/2024 da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a autocertificação passa a ser uma prova de origem válida para os acordos comerciais que permitem essa modalidade e garante que os exportadores brasileiros tenham acesso a benefícios tarifários nos países de destino. Ao ano, são emitidos cerca de 600 mil certificados, sendo que 35% do total é endereçado ao Mercosul.
“Essa medida reduz custo e tempo de emissão da prova de origem e com isso as exportações brasileiras ficam menos onerosas” afirmou o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltando que a autocertificação fortalece a competitividade das empresas e facilita a integração regional, garantindo maior eficiência nas trocas comerciais entre os países do Mercosul.
A Portaria Secex nº 373/2024 tornou possível a autocertificação como prova de origem no Brasil para todos os acordos que autorizem essa prática, incluindo os do Mercosul. A medida também estabelece mecanismos internos de controle em casos de suspeita de fraude de origem, para reforçar as disposições de verificação e controle já previstas nos acordos comerciais.
“Essa mudança representa um avanço significativo na modernização dos procedimentos comerciais do bloco, trazendo mais agilidade e previsibilidade para os operadores econômicos”, explicou a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, reforçando que a medida alinhará o Brasil às melhores práticas internacionais.
A implementação da autocertificação de origem no Brasil somente foi possível devido à adoção do novo Regime de Origem do Mercosul, estabelecido pela Decisão CMC nº 05/2023, aprovada pelos países do bloco. Esse novo regime moderniza e simplifica as regras de origem no Mercosul, alinhando-as às melhores práticas internacionais e viabilizando a adoção da autocertificação como alternativa ao modelo tradicional de certificação.
Guia– Para orientar o exportador, o MDIC lançou na semana passada o Guia de Autocertificação, um material prático, com 16 perguntas e respostas, para orientar o exportador brasileiro a autocertificar a origem de seu produto, sem precisar recorrer a uma entidade certificadora habilitada pelo MDIC. O material explica de forma clara e objetiva os procedimentos necessários, as responsabilidades dos exportadores e os critérios que precisam ser observados.
A autocertificação não é obrigatória, mas uma opção disponível para os operadores. As empresas que preferirem podem continuar contando com o suporte das entidades habilitadas para a emissão dos Certificados de Origem tradicionais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que realizará um pronunciamento oficial na noite desta terça-feira, às 22h30 no horário de Brasília, com transmissão ao vivo para todo o mundo.
A expectativa em torno do discurso é alta, uma vez que fontes próximas à Casa Branca indicam que o tema pode gerar consequências globais significativas.
Jornais norte-americanos e europeus especulam que o pronunciamento pode abordar um possível acordo envolvendo a Ucrânia, especialmente após um desentendimento entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante uma recente reunião no Salão Oval. Segundo fontes não confirmadas, a tensão teria surgido devido a divergências sobre o apoio militar e financeiro dos EUA ao país do leste europeu, em meio ao conflito com a Rússia.
Analistas já alertam para o impacto que as palavras de Trump podem ter nos mercados financeiros globais e nas relações diplomáticas entre potências ocidentais e orientais. A possibilidade de um anúncio inesperado, marca registrada do estilo de governança do presidente, também não é descartada, o que mantém o mundo em suspense. Seja qual for o teor do discurso, a fala de Trump promete reacender debates acalorados e moldar o cenário internacional nos próximos meses, com todos os olhos voltados para Washington nesta noite.
Presidente norte-americano anunciou que as tarifas de importação de 25% sobre Canadá e México passaram a valer nesta terça-feira. Para a China, houve uma taxa adicional de 10%.
O Canadá, a China e o México anunciaram novas taxas de importação aos produtos dosEstados Unidos. As medidas vêm em resposta às tarifas impostas pelo presidente norte-americano,Donald Trump, quecomeçaram a valer nesta terça-feira (4).
O Canadá foi o primeiroa responder ao “tarifaço” de Trump, tendo anunciado uma medida de retaliação já na véspera, logo após o presidente norte-americano confirmar que as novas tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e México passariam a valer.
Em comunicado, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o país iria impor tarifas de 25% sobreUS$ 155 bilhõesem produtos dos EUA. Segundo Trudeau,parte das medidas entraria em vigor já nesta terça-feira (4),enquanto o restante passaria a valer em um prazo de 21 dias.
“Nossas tarifas permanecerão em vigor até que a ação comercial dos EUA seja retirada e, caso as tarifas dos EUA não cessem, estamos em discussões ativas e contínuas com províncias e territórios para buscar diversas medidas não tarifárias”, acrescentou o primeiro-ministro canadense.
Depois, foi a vez da China. Pequim não apenas impôsnovas taxas de 10% a 15%sobre as exportações agrícolas dos Estados Unidos, como também anunciou novas restrições de exportação e investimento a 25 empresas dos EUA, afirmando “motivos de segurança nacional”.
Segundo o governo chinês, produtos como frango, trigo, milho e algodão dos EUA terão uma taxa adicional de 15%, enquanto soja, sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios sofrerão uma tarifa extra de 10%. As medidas passam a valer em 10 de março.
Nesse caso, a expectativa é que as novas taxas impostas pela China afetem cerca deUS$ 21 bilhõesem exportações de produtos agrícolas e alimentícios norte-americanos, deixando as duas maiores economias do mundo um passo mais perto de uma guerra comercial total.
O país já tinha anunciado tarifas de 15% para carvão e gás natural liquefeito (GNL) e taxas de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis dos EUAem fevereiro, também em retaliação às medidas de Trump.
“Tentar exercer pressão extrema sobre a China é um erro de cálculo e um engano”, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim em uma entrevista coletiva, acrescentando que a China nunca sucumbiu à intimidação ou à coerção.
A China ainda afirmou que vai investigar alguns produtores norte-americanos de um tipo de fibra óptica por burlarem medidas antidumping, além de ter suspendido as licenças de importação de três exportadores norte-americanos e interrompido embarques de madeira serrada vindos dos EUA.
Pequim também adicionou 15 empresas norte-americanas à sua lista de controle de exportação, que proíbe empresas chinesas de fornecer tecnologias de uso duplo a empresas dos Estados Unidos, e colocou 10 empresas norte-americanas em sua Lista de Entidades Não Confiáveis por venderem armas para Taiwan. A China reivindica o país como seu próprio território, embora a ilha autônoma rejeite isso.
Por fim, veio o México.Nesta terça-feira, a presidente mexicana,Claudia Sheinbaumcondenou as tarifas impostas pelos Estados Unidos eprometeu uma retaliação aos norte-americanos.
Segundo a chefe de Estado mexicana, não há justificativa para que os EUA imponham as taxas de 25% sobre as importações do México, destacando que o país colaborou com o vizinho norte-americano em questões de migração, segurança e combate ao tráfico de drogas.
” Não há razão, fundamento ou justificativa para apoiar esta decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com esta decisão”, disse Sheinbaum em entrevista a jornalistas, afirmando que daria detalhes sobre a resposta do México às tarifas no próximo domingo (9).
As medidas de retaliação dos três países vêm após o presidente norte-americano fazer novas alterações na política tarifária do país. No caso do Canadá e do México, os Estados Unidos passaram a impor uma taxa de 25% sobre os produtos importados. Segundo Trump, o motivo para a imposição de tarifas seria o grande fluxo de tráfico de drogas que tem chegado aos Estados Unidos desses países.
“Eles vão ter que ter uma tarifa. Então, o que eles têm que fazer é construir suas fábricas de automóveis, francamente, e outras coisas nos Estados Unidos, caso em que não haverá tarifas”, disse Trump, na véspera.
As tarifas impostas pelos EUA ao Canadá e ao México deveriam começar em fevereiro, mas Trump concordou com uma suspensão de 30 dias para negociar por mais tempo com seus dois maiores parceiros comerciais.
Já para a China, o presidente norte-americano anunciou uma taxa adicional de 10% sobre as importações do gigante asiático, o que resultou em uma tarifa cumulativa de 20%.
Nesse caso, as novas tarifas já representam um aumento adicional nas taxas pré-existentes sobre milhares de produtos chineses. No ano passado, por exemplo, o então presidente dos EUA Joe Biden havia anunciado a duplicação de tarifas sobre semicondutores para 50% e a quadruplicação das tarifas sobre veículos elétricos para mais de 100%.
Agora, essa nova tarifa de 20% atingirá diversas importações importantes de eletrônicos de consumo dos EUA vindas da China, que antes escapavam ilesas. É o caso de smartphones, laptops, consoles de videogame, smartwatches, alto-falantes e dispositivos Bluetooth, por exemplo.
Com a acusação de Trump sobre o grande tráfico de fentanil para os EUA, Pequim acusou a Casa Branca de “chantagem”, reiterando que tem uma das políticas antidrogas mais rígidas do mundo.
Analistas disseram à Reuters que a percepção é que Pequim ainda espera negociar uma trégua nas tarifas. Isso porque o governo chinês tem definindo deliberadamente o aumento de suas taxas abaixo de 20%, dando espaço aos seus negociadores para chegar a um acordo.
A leitura, no entanto, é que a escalada das tensões entre os dois países reduz a chance de uma reaproximação, o queacende um alerta sobre uma nova guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
As últimas ações do presidente dos EUA voltam a levantar temores de inflação mais alta e a perspectiva de uma guerra comercial devastadora. A leitura é que Trump tem demonstrado disposição para contrariar os avisos dos economistas tradicionais e colocar sua própria aprovação pública em jogo, acreditando que as tarifas podem consertar o que aflige o país.
“É uma arma muito poderosa que os políticos não usaram porque foram desonestos, estúpidos ou pagos de alguma outra forma”, disse Trump na segunda-feira (3) na Casa Branca. “E agora estamos usando-as.”
As tarifas podem ter vida curta se a economia dos EUA sofrer. Mas Trump também pode impor mais tarifas àUnião Europeia, Índia, chips de computador, automóveis e medicamentos farmacêuticos. O presidente norte-americano injetou uma volatilidade desorientadora na economia mundial, deixando-a desequilibrada enquanto as pessoas se perguntam o que ele fará a seguir.
“É caótico, especialmente em comparação com a forma como vimos as tarifas implementadas na primeira administração (Trump)”, disse Michael House, copresidente da prática de comércio internacional do escritório de advocacia Perkins Coie. “É imprevisível. Não sabemos, de fato, o que o presidente fará.’’
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, a Comissão Europeia afirmou que “lamenta profundamente” a decisão dos EUA de impor tarifas sobre importações do México e do Canadá.
“Essa medida corre o risco de interromper o comércio global, prejudicar parceiros econômicos importantes e criar incertezas desnecessárias em um momento em que a cooperação internacional é mais crucial do que nunca”, afirmou.
Na Europa, os mercados acionários perderam a força e passaram a cair com a validade das tarifas de Trump, puxados principalmente pelas montadoras, que são mais sensíveis às novas taxas. Na Ásia, as ações acompanharam as perdas deWall Streete fecharam em queda.
Entre os demais ativos, o rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos caíram para o menor nível desde outubro, assim como os rendimentos dos títulos alemães de 10 anos. O dólar australiano, o peso mexicano e o dólar canadense também enfraqueceram, e o bitcoin caiu abaixo de US$ 84 mil,apagando a alta visto no início da semana.
Declaração contrasta com negativa de seu principal assessor para a América Latina e com a imposição de tarifas sobre produtos de México e Canadá, com que os EUA formam um bloco comercial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), afirmou que está considerando a possibilidade de firmar um tratado de livre comércio com a Argentina. A declaração foi feita em um pronunciamento na Casa Branca nesta 2ª feira (3.mar.2025). Na ocasião, Trump elogiou o presidente argentino, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), chamando-o de “grande líder” e afirmando que ele está “fazendo um excelente trabalho” no comando do país sul-americano.
Em fevereiro, Milei declarou que a Argentina já estaria negociando um acordo comercial com os Estados Unidos se não fosse o Mercosul. O líder argentino fez a afirmação durante discurso na Cpac (Conferência de Ação Política Conservadora). Também afirmou que a Argentina quer ser o 1º país a aderir ao regime de reciprocidade comercial imposto pelo governo dos EUA.
TARIFAS A CHINA, CANADÁ E MÉXICO Trump confirmou nesta 2ª feira (3.mar) que a partir de 3ª feira (4.mar) entrarão em vigor as tarifas sobre Canadá, México e China. A partir deste mês, Canadá e México terão taxa de 25% aos produtos vendidos para os EUA enquanto os produtos da China terão tarifa de 20% –o dobro dos 10% inicialmente anunciados por Trump. As tarifas para o Canadá e o México haviam sido anunciadas no início de fevereiro, mas foram adiadas por um mês para permitir negociações – que não avançaram. “Não há mais tempo para o México ou para o Canadá”, disse Trump em pronunciamento na Casa Branca nesta 2ª feira (3.mar).