Economia, Finanças, Gestão, Informação, Investimento, Sustentabilidade, Tecnologia

Fintechs: pode ser uma solução para uma vida financeira mais organizada

O setor de finanças pessoais está sendo radicalmente transformado pela ascensão das fintechs, as startups de tecnologia financeira. Essas empresas emergentes estão criando novas oportunidades para indivíduos gerenciarem suas finanças de maneira mais eficiente e acessível.

No Brasil, o ambiente é particularmente favorável para o florescimento dessas iniciativas, estimulando a inclusão financeira e democratização dos serviços. Segundo as informações divulgadas da BM&C News, com a crescente penetração dos dispositivos móveis e o aumento da familiaridade com plataformas digitais, as fintechs estão cada vez mais presentes no cotidiano financeiro das pessoas. Elas estão remodelando a relação dos usuários com o dinheiro, introduzindo soluções inovadoras para uma variedade de serviços financeiros, incluindo pagamentos, transferências, investimentos e empréstimos.

Como as Fintechs Estão Redefinindo a Gestão Financeira?

A integração de tecnologias e o foco em usabilidade são cruciais para a modernização dos serviços financeiros oferecidos pelas fintechs. No Brasil, empresas como o Nubank, PicPay e PagSeguro são líderes em inovação, tornando as transações financeiras mais acessíveis e eficientes. Além disso, elas estão introduzindo inovações significativas em educação financeira e investimentos acessíveis, beneficiando diretamente os consumidores.

Outro aspecto importante está na gestão financeira pessoal, onde aplicativos inovadores como Guiabolso e Organizze estão fazendo uma diferença significativa. Essas plataformas oferecem ferramentas que permitem aos usuários monitorar suas despesas, criar orçamentos e planejar investimentos eficazmente. Assim, qualquer pessoa pode manter um controle detalhado sobre suas finanças, possibilitando tomadas de decisão mais informadas.

Quais os Benefícios para os Consumidores?

A presença dominante das fintechs no mercado tem obrigado bancos tradicionais a se adaptarem a esse novo cenário. As gerações mais novas, que preferem as soluções digitais, estão se afastando dos métodos tradicionais em busca de alternativas mais modernas e flexíveis. Isso não só traz benefícios diretos para os consumidores, com serviços mais competitivos e de alta qualidade, mas também promove um ambiente de contínua inovação e crescimento econômico sustentável.

Além disso, o uso dessas plataformas digitais oferece uma valiosa oportunidade para os consumidores melhorarem sua saúde financeira. Com insights profundos sobre hábitos de consumo, elas eliminam a necessidade de consultores financeiros tradicionais, proporcionando aos usuários um maior controle sobre suas finanças pessoais.

O Futuro das Fintechs no Cenário Global

O mercado global de fintechs está em forte crescimento, com previsões otimistas para os próximos anos. Estudos indicam que essas startups continuarão a expandir suas operações, impulsionando ainda mais a inovação financeira e levando a soluções mais avançadas e acessíveis. Essa evolução beneficiará não apenas os consumidores, mas também contribuirá para o desenvolvimento de um ecossistema financeiro mais robusto e resiliente.

Em resumo, as fintechs estão remodelando o setor de finanças pessoais, trazendo mudanças significativas e tornando os serviços financeiros mais acessíveis. Com o contínuo avanço da tecnologia e a preferência dos consumidores por soluções digitais, o potencial de crescimento e inovação neste setor é considerável, prometendo novas oportunidades para indivíduos e empresas no futuro.
Ler Mais
Economia, Finanças, Gestão, Informação, Investimento, Negócios, Tributação

Focus: projeções do mercado para IPCA sobem pela 15ª semana seguida; estimativa para PIB cai

A projeção do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 15ª semana consecutiva e, desta vez, saltou de 5,08% para 5,50% – exatamente 1 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.

Um mês antes, era de 4,96%. A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela quinta semana seguida, de 4,10% para 4,22%. Um mês antes, estava em 4,01%. A estimativa intermediária para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, contra 3,83% de quatro semanas atrás. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,58% para 3,73%, ante 3,50% um mês antes.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus (de 6 de dezembro) e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC). Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2025 em 4,50% e desacelere a 3,60% em 2026.

A mediana do relatório Focus para a inflação de preços administrados em 2025 aumentou de 4,52% para 4,83%. Um mês antes, estava em 4,40%. A projeção para 2026 passou de 4,10% para 4,19%. Quatro semanas antes, estava em 4,00%. O Banco Central espera que a inflação de preços administrados seja de 4,5% este ano e desacelere a 4,1% em 2026, conforme os números divulgados no mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI), de dezembro.

As medianas do relatório Focus indicam que o IPCA deve somar 1,96% no primeiro trimestre de 2025. Se confirmada, seria a maior taxa trimestral desde o mesmo período de 2023, quando a inflação acumulada de janeiro a março foi de 2,09%. A estimativa intermediária do Focus para o IPCA de janeiro passou de zero para alta de 0,12%.

Na última sexta-feira, 24, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 subiu 0,11% em janeiro, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,01%. A projeção para fevereiro no Focus passou de 1,35% para 1,38%. A mediana para o IPCA de março foi de 0,43% para 0,46%.

Banco Central decide essa semana sobre futuro dos juros Foto: Dida Sampaio/Dida Sampaio/Estadão

No caso do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a projeção elevou de 2,04% para 2,06% neste ano. Um mês antes, estava em 2,01%. A estimativa para 2026 caiu de 1,77% para 1,72%. Um mês atrás, era de 1,80%. Após 78 semanas de estabilidade, a mediana para o crescimento do PIB de 2027 passou de 2,0% para 1,96%. O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano.

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 ficou estável em 15,0%. Um mês atrás, estava em 14,75%. Na sua última reunião, de dezembro, o Copom aumentou a taxa básica para 12,25% ao ano e sinalizou mais duas elevações de 1 ponto porcentual cada, que levariam os juros a 14,25% em março.

  • Inflação: acém subiu mais do que o dobro da picanha em 2024; confira variação de todos os produtos
  • IPCA-15 sobe 0,11% em janeiro, acima das projeções; tomate, café e passagem aérea pressionam índice

O Copom volta a se reunir na terça-feira, 28, e quarta-feira, 29, para definir a taxa Selic. De 51 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, 50 esperam que o comitê eleve a taxa Selic para 13,25%. A mediana para os juros no fim de 2026 aumentou de 12,25% para 12,50%. Um mês antes, era de 12,00%.

O RTI de dezembro do Banco Central reforçou o cenário de deterioração da inflação e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros acima de 13,75% – estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI – para a convergência da inflação à meta de 3%.

FONTE: Estadão on MSN
Focus: projeções do mercado para IPCA sobem pela 15ª semana seguida; estimativa para PIB cai

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Finanças, Gestão, Industria, Internacional, Mercado Internacional

Quem Precisa de Quem? O Verdadeiro Peso do Brasil para os EUA

Comércio entre os dois países vai além da balança comercial e também influencia no desenvolvimento industrial brasileiro

A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem sido, no mínimo, agitada no campo diplomático. Entre declarações sobre retomar o controle do Canal do Panamá, transformar o Canadá no 51º estado dos EUA e comprar a Groenlândia, o novo ocupante da Casa Branca não deixou o Brasil passar ileso.

Na segunda-feira (21), após tomar posse, Trump foi questionado sobre como ele vê a relação entre o seu país e a América Latina — incluindo o Brasil. “Avalio como boa. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todo mundo precisa de nós”, respondeu.
Na primeira ocasião, disse que poderia taxar os produtos vindos desses países em até 100%. Já a mais recente foi mais intimidadora. “Se fizerem isso, não ficarão felizes com o que acontecerá”, afirmou.

Entrar na lista de desafetos de Donald Trump não costuma ser algo indolor — a diplomacia trumpista costuma incluir boicotes, taxações extraordinárias e endurecimento protecionista com relação a produtos estrangeiros.

Durante o seu primeiro mandato (2017-2020), Donald Trump afirmou que taxaria a importação de aço e alumínio vindos do Brasil, em 25% e 10%, respectivamente. No entanto, o governo brasileiro se dispôs a negociar e os países definiram um esquema de cotas para o comércio desses itens, algo que ainda está em vigor.

E se na maior parte do tempo as declarações podem parecer exageradas, dessa vez o seu recado para o Brasil tem um fundo de verdade: o nosso país realmente tem mais a perder do que a ganhar com um estranhamento entre as duas nações.

Raio-X da balança comercial
Os EUA são o segundo maior importador de produtos brasileiros, sendo responsável por 11,97% do volume exportado (ou cerca de US$ 40,3 bilhões). Esse total fica apenas atrás do consumido pelos chineses, que é de 28%.

Enquanto isso, o Brasil consome mais produtos americanos do que importa — de acordo com dados da Comex, a importação de produtos Made in USA foi de R$ 40,5 bilhões em 2024. Um déficit de US$ 253 milhões na balança comercial entre os dois países. Desse montante, ao menos 15% foram de motores, máquinas não elétricas e suas partes (exceto motores de pistão e geradores), seguidos por petróleo (9,7%) e o ecossistema de peças e itens necessários para aeronaves (4,9%).

Em termos de relevância, o Brasil é 16º país que mais exporta para os Estados Unidos, enquanto é o 27º maior importador, segundo dados do Departamento do Censo dos Estados Unidos (DCEU). Ou seja: a dependência comercial é muito maior para o país latino. E não apenas em questão de dólares. Especialistas apontam que a diversificação das exportações para os EUA ajuda a manter a indústria nacional ativa e em desenvolvimento. Uma queda neste montante poderia ser extremamente prejudicial ao desenvolvimento industrial do país, apesar das ações previstas pelo plano Nova Indústria Brasil (NIB).

Quem depende de quem?
A relação comercial entre os países é positiva e de interdependência, embora historicamente seja superavitária para os americanos. Entre janeiro a outubro do último ano, houve um crescimento no volume exportado para o Brasil de mais de 11%. Ainda assim, ao longo de mais de 20 anos, a participação dos Estados Unidos nas exportações brasileiras caiu mais de 10%, saindo de 24% em 2001 para 12% em 2024.

Para Lia Valls, pesquisadora associada do FGV Ibre e professora da Uerj, os EUA saem à frente quando o assunto é investimento. “O Brasil é um país em desenvolvimento, tem menos empresas multinacionais e isso afeta na sua capacidade de competir com os Estados Unidos”, afirmou. Em um potencial mercado de retaliações econômicas por todos os lados, com medidas unilaterais, isso implicaria em redução de crescimento econômico para o mundo todo, inclusive o país norte-americano.

Para Haroldo Silva, vice-presidente do Corecon-SP, a relação comercial entre EUA e Brasil é boa, menos importante do que já foi, mas fundamental para ser mantida, algo que ele acredita que ocorrerá. “A diplomacia brasileira é bastante hábil e, neste momento, o que valerá é o pragmatismo nessas relações internacionais”, ponderou.

Embora Trump tenha certa razão ao falar da independência comercial dos Estados Unidos, ele não leva em conta como o aumento dos impostos de importação pode impactar a economia americana. “Tarifas maiores implicam em cenário propício para ter inflação, o que obrigaria o Fed a elevar a taxa de juros e que, por consequência, esfriaria a economia dos Estados Unidos”, destacou o vice-presidente do Corecon-SP.

FONTE: Forbes
Quem Precisa de Quem? O Verdadeiro Peso do Brasil para os EUA – e Vice-Versa

Ler Mais
Economia, Finanças, Gestão, Industria, Informação, Investimento, Mercado Internacional, Negócios

Cofundador do Nubank afirma que ‘ninguém fala do Brasil hoje’

O Brasil está fora do radar dos investidores que participam do Fórum Econômico Mundial, em Davos, neste ano. 

A afirmação é do cofundador e presidente do Nubank, David Vélez, que participa pela segunda vez do evento. “Ninguém fala do Brasil hoje. A gente não está no radar de ninguém”, disse.

Segundo Vélez, o país e a América Latina estiveram no foco alguns anos atrás, por causa do tamanho de sua população e mercado de consumo. Agora, no entanto, as preocupações com a questão fiscal estão pesando. “Muito investidor saiu [do Brasil] e já perdeu a confiança. E uma vez que essa confiança é perdida, é difícil recobrar a confiança.”

O executivo, que participou de uma série de reuniões nos últimos dias, disse que o Nubank avalia ampliar a internacionalização de seus negócios e os Estados Unidos são um dos mercados visados, disse o cofundador e presidente do banco digital. A fintech ultrapassou a marca de 110 milhões de clientes – mais de 100 milhões no Brasil – e se consolidou como uma das maiores instituições financeiras da América Latina.

“Acho que Estados Unidos podem ter uma oportunidade. Eu acho que países na África podem ter oportunidade. E países do Sudeste Asiático. A gente anunciou, no mês passado, um investimento no Nubank da África do Sul e Filipinas”, disse, em referência ao aporte de US$ 150 milhões que a fintech fez no mês passado no banco digital Tyme Group, que opera na África do Sul e nas Filipinas.

Segundo Vélez, o objetivo do Nubank para a próxima década é a internacionalização. “Nos últimos 10 anos, Nubank queria provar esse modelo de banco digital para bancarizar 85% da população do país. Conseguimos provar.”

Questionado sobre a possível mudança da Nu Holding para o Reino Unido, o banqueiro diz, sem entrar em detalhes, que é um assunto que tem sido avaliado. De acordo com ele, o local ainda não está definido. A informação da potencial mudança de sede foi antecipada pela agência Bloomberg no ano passado e confirmada pelo Valor. A sede atual é nas Ilhas Cayman.

A mudança de sede pode ajudar o banco a mirar o mercado americano, que mesmo cheio de concorrentes digitais é importante para o Nubank.

Atualmente, o banco opera no Brasil, no México e na Colômbia. O foco para 2025 será avançar no mercado mexicano, onde tem cerca de 10 milhões de clientes. No Brasil, a clientela já representa quase 60% da população adulta do país, ressalta Vélez.

“Continuamos aumentando nossos produtos de crédito, escalamos o consignado e lançamos nosso serviço de telefonia [em parceria com a Claro]”, afirma, em entrevista concedida em Davos, onde se realiza nesta semana o Fórum Econômico Mundial.

De acordo com o banqueiro, a fintech tem trabalhado para ampliar o serviço financeiro no país e o empréstimo consignado era a peça que faltava. Vélez diz que o Nubank está ampliando a oferta de crédito para seus clientes e não vê, por ora, um risco de inadimplência batendo à porta.

“É um cenário desafiador, mas isso não é novo para a gente. Entendemos que nossos modelos de crédito funcionam nos diferentes estágios. E a gente não enxerga uma crise de crédito [diante o cenário de juros altos].”

O tíquete médio para empréstimo pessoal é de R$ 4 mil a R$ 5 mil na plataforma do banco e R$ 1 mil para o cartão de crédito. Em 2024, segundo Vélez, o Nubank representou quase 30% de todo o crescimento de empréstimo pessoal no Brasil. De acordo com ele, a fintech também libera a oferta de crédito via Pix, com valores entre R$ 80 e R$ 100.

A meta de Vélez é que o banco digital se torne a principal instituição financeira para o cliente — o que se chama no mercado de principalidade. “Hoje, 60% dos nossos clientes já utilizam o Nubank como conta principal”, diz.

O cofundador do Nubank afirma que não vê as “bets”, empresas de apostas digitais, como uma ameaça aos negócios da fintech. Segundo ele, as movimentações representam menos de 1% das operações de Pix dos clientes.

Vélez também diz que o Nubank continua atento a aquisições, não só à expansão orgânica. De acordo com algumas fontes, o banco digital poderia entrar em algum movimento de consolidação. O executivo, porém, afirma que a fintech está nesse movimento não como alvo, e sim como potencial comprador.

Com o Nubank como alvo de crítica dos bancos incumbentes no passado, que o acusaram de se beneficiar de assimetrias regulatórias, Vélez diz que a relação com as instituições financeiras tradicionais e com a Febraban, que as representa, está mais tranquila, dentro da concorrência saudável.

Fonte: Valor Econômico
Ninguém fala do Brasil hoje, diz cofundador do Nubank | Finanças | Valor Econômico

Ler Mais
Comércio Exterior, Economia, Finanças, Informação, Investimento, Tributação

O desenvolvimento dos programas de conformidade aduaneira da Receita

O final do ano de 2024 foi marcado por uma importante celebração: 10 anos do Programa OEA. O evento aconteceu na Fiesp, com participação de mais de 500 convidados de todo o Brasil.

Na oportunidade, presenciou-se o anúncio da mudança no comando da Aduana brasileira. A então Subsecretaria de Administração Aduaneira, Cláudia Thomaz, deixou o cargo, tendo sido nomeada como adida aduaneira tributária, na embaixada brasileira de Buenos Aires. Para ocupar a sua posição, foi nomeado Fabiano Coelho, a quem se deseja muito sucesso. A expectativa em torno de sua gestão é grande, e não sem razão, na medida em que seu histórico, nas funções exercidas, é de decisões técnicas, diálogo com o setor privado, objetividade e relevantes entregas na agenda da facilitação comercial.

No evento [1], um painel chamou atenção, merecendo destaque e cujo tema é o foco da coluna de hoje. Trata-se do painel sob o título “Conformidade Aduaneira: uma abordagem colaborativa e orientadora como diretriz da aduana brasileira para fomentar o aumento de conformidade aduaneira dos OEA.” Um dos seus pontos altos foi a apresentação feita sobre o Programa Receita de Consenso, que reflete, fortemente, a consolidação dos avanços na relação da Aduana com as Empresas.

Essa relação entre autoridade aduaneira e tributária, historicamente, é de antagonismo [2]. Já escrevemos sobre o tema e de como o Programa OEA foi, entre nós, precursor e grande responsável pela mudança desse paradigma [3]. Nesses dez anos de sua existência venceu resistências internas na RFB e junto aos intervenientes, comprovando como a aproximação séria, o diálogo responsável e o desenvolvimento de confiança mútua entre o Fisco e os contribuintes são indispensáveis e promovem resultados concretos. O OEA é um case de sucesso na parceria do setor público com o privado, revelando os efeitos positivos da observância do segundo pilar do Marco Safe da OMA, qual seja o pilar Aduana-empresas [4]. E no caminho desbravado por ele, consolidado no tempo e em suas entregas, tem-se observado o desenvolvimento, ano após ano, de outros importantes programas de mesma essência. São exemplos disso: os Programas Malha Aduaneira, Remessa-Conforme, e, mais recentemente, Receita Confia, Receita Sintonia, Receita Soluciona e Receita de Consenso.

Na essência do Programa OEA, dentre seus princípios, assim como em todos os outros mencionados, busca-se a eficiência nas relações entre a autoridade aduaneira e tributária e as empresas, considerando a complexidade das relações e o volume de operações, seja no comércio transfronteiriço, seja nas relações de natureza estritamente tributária. Nesse cenário, organismos internacionais, como a OMA e a OCDE, preconizam uma abordagem colaborativa, de parceria, de adoção de programas de conformidade cooperativa[5], visando aplicar a gestão de riscos para premiar condutas voluntariamente conformes e direcionar maiores esforços de enforcement àqueles que deliberadamente não cumprem as normas. Para tanto, utiliza-se a pirâmide de risco da OCDE, adequada pela RFB, que procura identificar o perfil dos contribuintes em quatro níveis de acordo com suas atitudes: (1) aqueles que decidem não cumprir as obrigações aduaneiras e tributárias; (2) não quer cumprir, mas o faz se controlado; (3) tenta cumprir mas nem sempre consegue; (4) disposto a cumprir suas obrigações aduaneiras e tributárias. Numa busca pela aplicação do princípio da igualdade, eles são tratados de forma desigual na medida da desigualdade que revelam em suas atitudes.

A cooperação, ínsita aos programas de conformidade, ganhou, inclusive, status de princípio constitucional tributário com as alterações promovidas pela Emenda Constitucional 132/23 e a inclusão do parágrafo 3º ao artigo 145, da Constituição. Nesse contexto de transformações e mudanças de perspectivas, o que se tem visto, é um trabalho em torno de uma reorientação da RFB, para que deixe de atuar a partir de um olhar direcionado à busca do erro e com um viés punitivo, passando a envidar seus esforços na busca por um ambiente propício ao diálogo e a postura de órgão orientador dos bons contribuintes.

O PL 15/24, projeto de lei de iniciativa do Executivo, apresentado na Câmara dos Deputados, em 5/2/2024 [6], reflete essa tendência e objetivo, ao propor a sistematização e consolidação de alguns dos citados programas, fortalecendo esse caráter orientador da RFB, aumentando, assim, a eficiência na arrecadação e reduzindo os litígios aduaneiros e tributários.

O PL 15/24 pretende ser o marco legal do Programa OEA. Alinhando a regulamentação do programa ao contexto da reforma tributária, o projeto de lei prevê a possibilidade de diferimento do pagamento de tributos, ou encargos, devidos na operação de importação, tais como Imposto de Importação, IPI-Importação, PIS-Importação, Cofins-Importação, Cide e Taxa Siscomex, podendo ser estendido para o AFRMM, Taxa Mercante, direito antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas. Com a possibilidade do diferimento, o pagamento do tributo poderá ser postergado até o 20º dia do mês subsequente ao do registro da declaração de importação. Essa previsão de diferimento dos tributos na importação promovida pelas empresas OEA, em relação ao IBS e à CBS, também já se encontra assegurada no artigo 76, parágrafo 3º, da recém publicada Lei Complementar 214/25.

Além do Programa OEA, o PL 15/24 instituiu outros dois programas de conformidade aduaneira e tributária, o Confia – Programa de Conformidade Cooperativa Fiscal e o Sintonia – Programa de Estímulo à Conformidade Tributária e Aduaneira.

Atualmente, está em andamento o projeto piloto do Confia, destinado a grandes contribuintes que possuem a receita bruta maior, ou igual, a R$ 2 bilhões, ou débito total mínimo de R$ 100 milhões. O objetivo do programa é estimular a conformidade tributária e aduaneira por meio de melhor diálogo entre os contribuintes e a RFB para a prevenção e redução da litigiosidade entre as partes.

Dentre os benefícios previstos a serem oferecidos, destaca-se que o contribuinte será comunicado antes de ser publicado o despacho decisório acerca de seu pedido de compensação, ressarcimento, restituição e reembolso de créditos tributários, para que, caso seja julgado desfavorável, reconheça os débitos e apresente plano de regularização no prazo de até 120 dias. A ideia do programa é ensejar o desenvolvimento da confiança mútua, auxiliando na regularização das obrigações principais e acessórias tributárias e aduaneiras. Essas diretrizes estão previstas na Portaria RFB 387/23 [7], que instituiu o projeto piloto do Programa Confia.

O Programa Sintonia, também previsto no PL 15/24, visa estimular a regularidade fiscal do contribuinte no cumprimento das obrigações tributárias e aduaneiras, mediante a concessão de benefícios fiscais. Esses serão ofertados de acordo com a classificação que o contribuinte obtiver no programa, a depender de seu cadastro regular perante à RFB, do recolhimento dos tributos devidos dentro do prazo legal, do cumprimento das obrigações acessórias e da prestação das informações nas declarações e nas escriturações de transmissão obrigatória.

Concluída a classificação, o contribuinte poderá, entre outros benefícios e vantagens, ter a prioridade na análise de pedidos de restituição, ressarcimento, ou reembolso de tributos, ser atendido de forma presencial, ou virtual, participar de treinamentos de capacitação oferecido pelo Órgão, ter a oportunidade prévia de autorregularização dos débitos em 60 dias antes do litígio, não ter seus bens arrolados em caso de medida cautelar, a preferência em licitações e, por fim, a redução progressiva no pagamento de CSLL em até 3%.

No substitutivo do PL 15/2024 foi incluído, ainda, o Quitafazenda – Programa de Quitação Antecipada de Parcelamento de Débitos da SRFB e da PGFN. O QuitaFazenda é uma iniciativa de regularização tributária que permite a quitação de saldos remanescentes de parcelamentos especiais de Refis, Paes e Paex. Em síntese, as legislações específicas desses programas de parcelamento permitem a liquidação em prazos muito longos, o que acarreta uma demora da União Federal em receber esses valores e em altíssimos juros para o contribuinte. Visando incentivar a quitação da dívida de forma mais rápida e menos onerosa, o programa estimula a liquidação destes saldos de parcelamentos, mediante antecipação do pagamento das parcelas com a redução dos juros remanescentes.

A partir da adesão voluntária a esses programas de conformidade, o contribuinte é reconhecido por seu histórico e atitudes como um parceiro da administração aduaneira e tributária, sendo-lhe concedido lugar de fala em um ambiente onde o diálogo é estimulado e valorizado na busca por soluções consensuais para as discordâncias e divergências em face à legislação e sua aplicação aos fatos.

O Programa Receita de Consenso – Procedimento de Consensualidade Fiscal, regulamentado pela Portaria RFB 467/24 [8] e pela Portaria Sutri 72/24 [9], vigente desde 1/11/2024, tem, como base, o diálogo. Seu principal objetivo é evitar que divergências envolvendo a qualificação de fatos tributários, ou aduaneiros, relacionados à RFB evoluam para fiscalizações e autuações. Para isso, o programa utiliza técnicas de consensualidade, como o diálogo prévio entre as partes, a análise conjunta de questões controversas e a busca por soluções negociadas.

O Receita de Consenso é destinado aos contribuintes classificados na categoria máxima dos programas de conformidade. Essa classificação será avaliada por um auditor-fiscal da RFB, integrante do Centro de Prevenção e Solução de Conflitos Tributários e Aduaneiros (Cecat), que será responsável pela prevenção e resolução de conflitos tributários e aduaneiros. O programa se aplica a questões que não estejam sendo tratadas em processos administrativos fiscais, ou judiciais, desde que relacionadas a tributos administrados pela RFB.

Para proceder a referida avaliação, o Cecat analisará se a matéria é controvertida, o grau de incerteza sobre os fatos aduaneiros, ou tributários, a existência de conduta em lançamentos semelhantes para períodos de apuração posteriores, e a existência de jurisprudência administrativa, ou judicial, sobre situações idênticas, ou similares, aos fatos do caso concreto.

A solução consensual diante de entendimentos controversos pode ser buscada durante um procedimento fiscal, quando surgir uma divergência sobre o entendimento preliminar da autoridade fiscal em relação à qualificação de um fato aduaneiro, ou tributário, ou, ainda, na ausência de um procedimento fiscal, pode ser utilizado para definir as consequências aduaneiras e tributárias relacionadas a um determinado negócio jurídico realizado pelo contribuinte. Considerando que o programa preza pela solução de conflitos baseado na boa-fé, não serão analisadas dúvidas relacionadas a condutas com indícios de sonegação, fraude, ou conluio, crimes contra a ordem tributária, crimes de descaminho, ou contrabando, ou infrações puníveis com pena de perdimento.

Estando de acordo com os requisitos e obrigações, o contribuinte poderá preencher e submeter o formulário de proposta de consensualidade, disponibilizado no Portal de Serviços da Receita Federal, descrevendo de forma sucinta e objetiva o fato aduaneiro e tributário objeto da demanda e a proposta de solução que entenda aplicável ao caso. Uma vez analisado e superada a etapa de admissibilidade, serão agendadas  reuniões com o contribuinte e, havendo acordo, será elaborada a proposta de consensualidade que conterá os termos firmados e as soluções que deverão ser cumpridas. Caso o interveniente ainda não esteja sendo fiscalizado e queira regularizar, a norma prevê o pagamento dos tributos sem a cobrança da multa de mora. Os contribuintes integrantes do Confia e OEA terão análise prioritária do seu pedido.

O Receita de Consenso demanda uma mudança de mentalidade também das empresas, seus consultores e advogados, na medida em que se espera tenham conhecimento técnico especializado dos temas aduaneiros e tributários discutidos, mas que também não sejam movidos somente pela litigiosidade, estando aptos ao diálogo cooperativo, a negociar e transigir nos casos adequados ao programa. A quebra de paradigma atinge ambos os lados e demanda uma renovação de mindset.

FONTE: Conjur
Programas de conformidade aduaneira da Receita

Ler Mais
Economia, Finanças, Gestão, Industria, Informação, Negócios, Tributação

Sancionado o primeiro projeto de regulamentação do novo sistema de tributação do consumo

Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que institui a CBS e o IBS, é publicado como Lei Complementar 214/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (16/1) o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68, de 2024, que regulamenta a maior parte da Reforma Tributária do consumo, instituída pela Emenda Constitucional (EC) 132, promulgada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023. Com a sanção, o PLP 68 foi transformado na Lei Complementar (LC) 214/2025,  publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira.

A lei sancionada regulamenta a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributos de alçada da União, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a ser gerido por estados, Distrito Federal e municípios, e o Imposto Seletivo (IS), de natureza extrafiscal e regulatória, voltado ao desestímulo do consumos de produtos noviços à saúde e ao meio ambiente. O modelo da CBS e do IBS é o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), adotado pela quase totalidade do países e que alinha o Brasil ao que se pratica de mais moderno no mundo em termos de tributação do consumo. O texto da lei tem 544 artigos. O presidente Lula vetou apenas 14 itens, distribuídos em 17 dispositivos. Confira a lista dos vetos.

Quase quatro décadas de discussões

Fundamental para o crescimento da economia brasileira e melhoria do ambiente de negócios, a reforma da tributação sobre os chamados impostos indiretos vinha sendo discutida desde a Assembleia Nacional Constituinte de 1988, sem gerar resultados práticos. A reforma substitui PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por apenas dois tributos.

Estamos plantando hoje um país muito mais justo, muito mais eficiente, com um horizonte muito mais amplo”, Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Além da simplificação na forma de pagar e arrecadar tributos no Brasil, o novo sistema trará, entre outros benefícios, mais segurança jurídica, ao reduzir a litigiosidade; melhoria no ambiente de negócios, com a desoneração de investimentos e exportações por meio da não cumulatividade plena, princípio que possibilita a efetiva recuperação de créditos tributários ao longo da cadeia de produção; e mais justiça tributária, ao elevar a progressividade do sistema, ou seja, aqueles que ganham mais pagando mais e aqueles que ganham menos pagando menos, ao contrário do que ocorre hoje, em que a regressividade é uma das principais características da tributação do consumo. O processo de transição para as novas regras começa a partir de 2027, com a entrada em vigor da CBS.

Transição

“Esse tempo é para preparar a sociedade brasileira, os empresários, os investidores a se adequarem à nova ordem tributária deste país”, ressaltou o presidente Lula sobre a transição para o novo modelo. O presidente fez um agradecimento especial ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. “Quando tudo parecia impossível, a gente via uma votação”, disse Lula ao se referir à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, ao longo de 2023, e ao PLP 68, em 2024.

O ministro Fernando Haddad afirmou, fazendo uma referência direta ao presidente: “Não vai ser perceptível a mudança amanhã ou depois de amanhã, mas eu tenho certeza de que esse é o maior legado da economia que o senhor vai entregar para a população brasileira”. Haddad observou: “Estamos plantando hoje um país muito mais justo, muito mais eficiente, com um horizonte muito mais amplo”.  

“Uma revolução”

Barnard Appy enfatizou o caráter histórico da sanção presidencial. “É um dia histórico no processo de aprovação da Reforma Tributária, que é um tema que o Brasil vem discutindo desde a Constituinte de 1988”, afirmou. “Todos sabem que nós tínhamos que mudar um sistema tributário extremamente ineficiente e injusto que nós temos no Brasil hoje”, disse.

É um dia histórico no processo de aprovação da Reforma Tributária, que é um tema que o Brasil vem discutindo desde a Constituinte de 1988. Todos sabem que nós tínhamos que mudar um sistema tributário extremamente ineficiente e injusto que nós temos no Brasil hoje”, Bernard Appy, secretário extraordinário da Reforma Tributária

Appy destacou a importância do trabalho conjunto da sociedade civil, das três esferas do Executivo e do Congresso Nacional para que a reforma avançasse. Um dos idealizadores da PEC 45/2019, quando atuava no Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), Appy frisou a importância de a proposta ter sido encampada pelo Parlamento – a PEC foi apresentada pelo então deputado Baleia Rossi (MDB-SP) – e ter sido priorizada pelo novo governo, com envolvimento pessoal do presidente Lula e do ministro Haddad.

“A Reforma Tributária só andou porque foi resultado de uma ação conjunta”, reiterou Appy, relembrando a  participação de estados e municípios nos trabalhos de regulamentação da reforma durante o Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação do Consumo (PAT-RTC), criado no início de 2024 pelo Ministério da Fazenda e coordenado pela Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária (Sert). “É uma revolução que nós estamos fazendo no sistema tributário brasileiro”, definiu Appy.

FONTE: MF gov.br
Sancionado o primeiro projeto de regulamentação do novo sistema de tributação do consumo — Ministério da Fazenda

Ler Mais
Economia, Finanças, Industria, Informação, Inovação, Notícias, Sustentabilidade, Tecnologia

Weg supera Vale e se torna 3ª maior empresa em valor de mercado da bolsa brasileira

O valor de mercado da Weg apontado pelo levantamento é de R$ 223,4 bilhões, contra R$ 219,9 bilhões da Vale. À frente das duas aparecem o Itaú, com R$ 284,5 bilhões, e a Petrobras na liderança absoluta, com valor de R$ 506,7 bilhões. O estudo contrapõe a dependência da Vale das oscilações de preços das commodities à diversificação geográfica e de portfólio da Weg, que possui “forte atuação em mercados como automação industrial, energia renovável e equipamentos elétricos”.

Veja o valor de mercado das empresas ao longo desde dezembro de 2024 no gráfico:

Conforme demonstra o gráfico, a Vale já havia ultrapassado a Weg durante seis pregões em dezembro, no intervalo entre os dias 12 e 19. “A continuidade dessa tendência em janeiro de 2025 aponta para uma consolidação dessa nova ordem no mercado”, diz o estudo.

Analista de indústria da Levante Corp, Chrystian Matias de Oliveira explica que o período de pandemia da covid-19 foi essencial para alavancar a Weg. “A empresa possui uma rede global de plantas industriais e fornecedores em diversas regiões, o que a torna ainda mais ágil”, diz.

“Durante a pandemia, muitos concorrentes da WEG enfrentaram sérias dificuldades, como falta de insumos, paralisação de fábricas e graves interrupções logísticas”, recorda Oliveira. “Em contrapartida, a WEG se manteve mais resiliente, aproveitando seu modelo verticalizado, que reduz sua dependência de fornecedores externos.”

Outro aspecto destacado pelo especialista é o avanço do interesse global por energias renováveis, um setor em que a brasileira já estava bem posicionada. Mais recentemente, a empresa beneficiou-se ainda da alta do dólar. “É possível prever que a WEG manterá sua trajetória de crescimento consistente, sustentada por diversas avenidas de expansão”, afirma.

FONTE: ISTOÉ DINHEIRO
Weg supera Vale e se torna 3ª maior empresa em valor de mercado da bolsa brasileira – ISTOÉ DINHEIRO

Ler Mais