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Anec estima exportação de milho do Brasil em 6,29 milhões t em agosto

As exportações de milho do Brasil devem alcançar 6,29 milhões de toneladas em agosto, quase 3 milhões de toneladas abaixo das 9,25 milhões embarcadas no mesmo período do ano anterior, segundo estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) divulgadas nesta quarta-feira (07).

Já para a soja, a entidade prevê exportações de 7,84 milhões de toneladas neste mês, contra 7,57 milhões de toneladas em igual mês de 2023. Para o farelo, são esperados embarques de 1,96 milhão de toneladas, um pouco abaixo do 1,97 milhão de toneladas registradas um ano antes.

Também, o Brasil deverá exportar mais farelo de soja do que o previsto em 2024, além de consumir também mais óleo de soja internamente do que o esperado, de acordo com novos números da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), divulgados nesta quarta-feira (07).

A Abiove não alterou suas estimativas mensais para a safra, exportações e processamento de soja do Brasil em 2024. A previsão de exportação de farelo de soja do Brasil aumentou em 100 mil toneladas, para 21,8 milhões de toneladas, mas ainda está abaixo do recorde visto em 2023 (22,47 milhões de toneladas), quando o Brasil colheu um volume histórico da oleaginosa. “As razões para o aumento da exportação de farelo são a reavaliação da demanda externa, especialmente na Ásia”, disse a Abiove.

A associação que representa tradings e indústrias ainda elevou a previsão de consumo de óleo de soja do Brasil em 200 mil toneladas, para 9,9 milhões de toneladas, ficando acima das 8,7 milhões de toneladas no ano passado, com uma maior demanda para a produção de biodiesel. Já que não mudou previsão de produção, a Abiove reduziu a projeção dos estoques finais de óleo de soja no mesmo volume da elevação do consumo, para 312 mil toneladas.

A Abiove manteve a estimativa de safra do Brasil em 153,2 milhões de toneladas. A colheita encerrada ao final do primeiro semestre ficou distante do recorde de 160,3 milhões de toneladas do ano passado, após problemas climáticos.

O gráfico a seguir usa dados derivados do DataLiner para mostrar a progressão mês a mês dos embarques de milho do Brasil entre janeiro de 2021 e junho de 2024. Demonstração disponível mediante solicitação por meio do link abaixo.

Volume de Exportação de Milho | Jan 2021 – Jun 2024 | WTMT

A previsão de exportação no ano foi mantida em 97,8 milhões de toneladas, versus 101,87 milhões no ano passado, e o processamento em 54,5 milhões de toneladas, alta de mais de 300 mil toneladas na comparação com a temporada passada.

Fonte: MSN
Anec estima exportação de milho do Brasil em 6,29 milhões t em agosto (msn.com)

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Excesso de carros no porto atrapalha exportações de rochas no ES, afirma liderança do setor

O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo, que lidera as exportações, está enfrentando um novo desafio para se manter no topo dos que mais vendem para o exterior.

O aumento do volume de importação de automóveis pelo Porto de Vitória, especialmente carros elétricos da China, está lotando os pátios do porto e, com isso, o processo de embarque dos contêineres de rocha e café ficou mais lento.

O presidente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Tales Machado, expressou sua preocupação em recente entrevista, destacando como a situação tem prejudicado as operações de exportação.

“O Espírito Santo não possui um porto de águas profundas para receber grandes navios, o que nos deixa dependentes da cabotagem. Com o aumento na movimentação de carros elétricos, o porto ficou mais lento, o que resulta em maiores tempos de operação. O que antes levava cerca de 50 horas agora está levando mais de 100 horas para que um navio entre e seja liberado,” explicou Tales Machado.

Do Espírito Santo, os contéineres são levados em navio menores até os portos do Rio de Janeiro e São Paulo e de lá seguem em grandes embarcações para o exterior.

Tales ressalta que “ninguém é contra a importação de veículos, mas a autoridade portuária precisa equilibrar as necessidades de todos os setores”.

Ele lembrou que no passado, os carros importados eram desembarcados no lado de Vitória, onde cegonhas aguardavam para transportá-los. “Agora, o porto está lotado de carros estacionados, o que gera receita, mas o porto deveria ser um fator de desenvolvimento para todos”. afirmou.

Soluções em vista

Machado mencionou a chegada do porto da Imetame, em Aracruz, no norte do Estado, previsto para começar a operar no final do próximo ano, como uma solução potencial para esses problemas.

“O porto da Imetame está sendo construído com a capacidade de operar grandes navios, o que resolveria muitos dos nossos problemas logísticos”, afirmou.

Além disso, o presidente do Centrorochas acredita que o Porto Central também pode ser uma solução viável, embora ainda esteja em busca de investidores para viabilizar plenamente suas operações.

Saiba mais Jornal Dia a Dia:
Excesso de carros no porto atrapalha exportações de rochas no ES, afirma liderança do setor » Jornal Dia a Dia ES

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China responde por 52% do saldo comercial brasileiro

China, União Europeia e EUA são os 3 maiores destinos das exportações brasileiras. E os 3 maiores fornecedores de importações ao Brasil.

China continua garantindo o crescimento da balança comercial brasileira. Nos 12 meses encerrados em julho, o Bloco China-Hong Kong e Macau continuaram aumentando seu fluxo de comércio, em relação aos outros dois grandes parceiros comerciais, Estados Unidos e União Europeia.

Em relação a 12 meses atrás, houve uma melhora de US$ 21 bilhões no saldo comercial. Desse aumento, China participou com US$ 13,5 bilhões, e os Estados Unidos com US$ 9 bilhões. O saldo dos EUA ficou em US$ 1,4 bilhão. Mas no período anterior houve um déficit de US$ 7,7 bi.

No período, China aumentou de 28,3% para 31,7% sua participação nas exportações, manteve em 17,17% a participação nas importações, de 48.86% para 52,23% a participação no saldo, de 46,57% para 48,85% sua participação no fluxo de comércio.

China, União Europeia e Estados Unidos são os 3 maiores destinos das exportações brasileiras.

E também os 3 maiores fornecedores de importações ao Brasil.

Mas os maiores saldos comerciais estão nos países da Ásia.

Saiba mais em:
Luís Nassif: China responde por 52% do saldo comercial brasileir (jornalggn.com.br)

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Greve na Argentina interrompe embarques de soja para o mercado internacional

Mais de 80% das exportações argentinas de grãos e derivados são embarcadas da região que abriga as fábricas em greve

Reuters

Uma greve iniciada por trabalhadores da indústria de oleaginosas da Argentina interrompeu os embarques de produtos dos portos locais que contam com fábricas de processamento de soja, informou a Câmara de Portos e Atividades Marítimas do país, na quarta-feira (7).

A Argentina é um dos principais fornecedores mundiais de soja processada, amplamente utilizada em vários setores para produtos que vão de alimentos a biodiesel.

A greve foi iniciada na terça-feira por dois sindicatos do setor, depois que eles não conseguiram chegar a um acordo em uma reunião com as empresas do setor, pois exigem melhores salários em meio à alta inflação.

O diretor da câmara, Guillermo Wade, disse à Reuters que os portos que não são afiliados ao sindicato da federação de sementes oleaginosas — uma das entidades em greve — estão operando normalmente, mas os demais interromperam suas operações.

Apenas dois portos entre os principais centros de embarque agrícola do país, todos localizados ao norte da cidade de Rosário, no rio Paraná, não abrigam fábricas de esmagamento de soja. Um pertence à gigante global de commodities Archer Daniels Midland e o outro à empresa local ACA.

Mais de 80% das exportações argentinas de grãos e derivados são embarcadas em portos localizados ao norte de Rosário, incluindo os operados pelas principais traders de grãos Cargill e Bunge.

Matéria InfoMoney:
Greve na Argentina interrompe embarques de soja para o mercado internacional (infomoney.com.br)

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Economia, Exportação, Gestão

Superávit comercial do Brasil cai 6,6% em julho, com alta das importações ofuscando exportações

A balança comercial brasileira registrou um superávit de 7,640 bilhões de dólares em julho, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta terça-feira, uma queda de 6,6% sobre o resultado positivo apurado no mesmo mês do ano passado, apesar das exportações recordes para o período
O saldo chega quase em linha com expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam saldo positivo de 7,700 bilhões de dólares para o período.

As exportações somaram 30,919 bilhões de dólares no mês, uma alta de 9,3% em relação a julho de 2023 e as mais elevadas para o mês da série do MDIC, que tem início em 1989. As importações, contudo, tiveram uma alta maior, de 15,7%, totalizando 23,279 bilhões de dólares

O MDIC apontou um crescimento de cerca de 11,6% nos volumes embarcados no último mês, uma queda ligeira dos preços dos bens exportados e um número maior de dias úteis no mês como fatores que influenciaram o saldo.

Nos primeiros sete meses do ano, o saldo comercial foi de 49,556 bilhões de dólares, uma queda de 6,1% em relação ao observado no mesmo período de 2023. No período, as exportações somaram 198,202 bilhões de dólares (+2,4%), valor recorde, e as importações, 148,646 bilhões de dólares (+5,6%).

A exportação da indústria extrativa foi a que mais cresceu no mês passado entre os setores de atividade econômica, com alta de 11,5% frente a julho de 2023, para 7,090 bilhões de dólares. No mesmo período, as exportações da indústria de transformação aumentaram 8,9%, para 16,454 bilhões de dólares, a as da agropecuária cresceram 8,3%, para 7,225 bilhões de dólares.

Já nas importações o setor agropecuário saltou 35,9% e a indústria de transformação cresceu 16,8%, enquanto a indústria extrativa caiu 1,1%.

Economia:
Superávit comercial do Brasil cai 6,6% em julho, com alta das importações ofuscando exportações recordes (uol.com.br)

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Itajaí de volta à carga

Após mais de um ano sem movimentar contêineres, situação que abalou a economia da cidade, porto retoma operações, mas a competitividade do complexo depende de contrato de longo prazo e investimentos bilionários – Por Leo Laps.

 

Em dezembro do ano passado Itajaí assumiu o posto de maior economia de Santa Catarina. Com um PIB de R$ 47,8 bilhões, segundo dados de 2021 divulgados pelo IBGE, o município do litoral Norte ultrapassou Joinville (que somou R$ 45 bilhões), após oito anos na segunda colocação. A conquista foi celebrada pelo poder público e empresariado local. Mas há um elefante na sala, que pode custar à cidade a liderança recém-adquirida.

Desde o final do contrato de arrendamento de 22 anos com a APM Terminals, do grupo dinamarquês Maersk, em dezembro de 2022, o Porto de Itajaí, um dos maiores motores do desenvolvimento econômico da região, parou de movimentar contêineres devido a impasses políticos e administrativos que causaram atrasos no edital para uma nova concessão de longo prazo. Apenas 334 TEUs passaram pelo local no ano passado – quando a APM cumpriu uma extensão temporária de seis meses do contrato – e, em 2024, nenhum. Uma realidade muito diferente de três anos atrás, quando mais de meio milhão de contêineres foram movimentados pelo Porto de Itajaí.

Uma luz no fim do túnel, ainda que temporária, surgiu em maio, quando a JBS foi anunciada pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, como nova operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí em um contrato tampão, com duração de dois anos. A multinacional produtora de alimentos já era, junto com a BRF e a Aurora, uma das maiores clientes do complexo portuário através da exportação de carne de frango e suína.

Sem movimentação de carga no Porto de Itajaí, as três gigantes do ramo passaram a amargar prejuízos mensais de R$ 2,3 milhões apenas com o trabalho de realocação de cargas para outros portos, revela o gerente executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Jorge Luiz de Lima. “As empresas tiveram de modificar suas operações, fazer viagens mais longas para Itapoá, Imbituba e até Rio Grande (no Rio Grande do Sul). E, por ser comércio exterior, elas acabaram absorvendo grande parte desse custo adicional”, comenta Lima.

A JBS deve incumbir a subsidiária Seara (que já opera na cidade o terminal portuário Braskarne) como controladora do Porto de Itajaí, depois de assumir 70% das cotas societárias da Mada Araújo Asset Management – empresa que ganhou, após algumas reviravoltas, o leilão de arrendamento transitório do Porto de Itajaí em dezembro de 2023. Novos trabalhadores estão sendo contratados e a movimentação de contêineres deverá ser retomada no segundo semestre.

Durante a vigência do contrato tampão, o Governo Federal promete lançar o edital definitivo para o arrendamento dos quatro berços do Porto de Itajaí à iniciativa privada, por até 35 anos, renovável por igual período, mantendo a autoridade portuária pública e municipal – um dos principais impasses criados durante o governo Bolsonaro, que pretendia privatizar o porto, questão encerrada com a eleição de Lula em 2022. Uma audiência pública virtual para definir o edital foi realizada em abril, e após sugestões o documento foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União.

Para o presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Antônio Martorano, a definição da JBS como operadora do terminal de contêineres do Porto de Itajaí é um alento que não deve desviar do foco principal. “Precisamos que as operações do porto voltem a ocorrer com o máximo de urgência. A JBS é um player muito importante, que pode voltar a consolidar o Porto de Itajaí com uma grande operação. Mas, como se trata de um contrato provisório, a preocupação é que não seja possível realizar investimentos para que navios de maior dimensão possam operar, o que é essencial para a competitividade do porto”, diz Martorano.

“Considerando que o edital de concessão está previsto para ser lançado no final de 2024, e o leilão no primeiro semestre de 2025, é preciso urgentemente procurar uma forma de realizar os investimentos. Isso precisa estar claro na concessão. Se não for feito, perderemos mercado”, afirma Martorano. Garantir a dragagem permanente da Foz do Rio Itajaí-Açu e realizar as obras de conclusão da segunda etapa de expansão da bacia de evolução do porto, para atender navios com até 366 metros de comprimento, estão entre alguns dos investimentos considerados essenciais, avaliados em R$ 2,8 bilhões.

Avulsos | Enquanto a JBS não reativa os dois berços do terminal de contêineres, o porto público de Itajaí, que também conta com dois berços, tem trabalhado com navios para transporte de veículos, celulose e cargas em geral, além de receber dezenas de cruzeiros – quase 100 mil passageiros desembarcaram na cidade para fazer turismo na última temporada de verão. Em junho, a SC Portos assumiu o arrendamento transitório para movimentação de carga geral na área pública. De acordo com a empresa, o objetivo é manter a regularidade das operações desse tipo de carga, que não inclui contêineres. O contrato tem validade de seis meses e pode ser renovado por igual período.

A dragagem permanente do canal de acesso, na Foz do Rio Itajaí-Açu, aparentemente teve solução depois que o Governo Federal liberou R$ 25 milhões para o pagamento de dívidas da autoridade portuária com a multinacional holandesa Van Oord, responsável pelo serviço – o dinheiro, até 2022, vinha de tarifas cobradas do terminal de contêineres administrado pela APM. Em abril, o Porto de Itajaí recebeu o reforço da draga Utrecht, que tem como objetivo recuperar a profundidade de 14 metros do canal e aumentar a vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí.

A movimentação atual tem dado resultado positivo para o Porto de Itajaí, mas os despachos de agora não acompanham os montantes gerados pelas cargas conteinerizadas. Estimativas da FIESC avaliam que cada TEU movimenta, em toda a cadeia logística, cerca de R$ 1,6 mil. “Só fazendo este cálculo já dá para saber o prejuízo da não movimentação, em torno de R$ 835 milhões ao ano. Somente em tributos federais, Itajaí já teve uma queda de arrecadação de 28% entre 2022 e 2023. Não temos os números de 2024, mas dá para imaginar que vai baixar muito, ainda mais. São implicações econômicas de impacto para um município que chegou a ser o maior arrecadador de impostos federais no Estado”, elenca Martorano.

Diante de tal cenário, Itajaí segue demonstrando força através da diversificação de sua economia. No primeiro trimestre, a cidade só ficou atrás de Joinville na criação de novos postos de trabalho, com 3,6 mil vagas abertas. Com um mercado imobiliário e construção civil em franca valorização e um dinâmico setor de serviços, a cidade também tem sofrido um pouco menos graças a um vizinho, a Portonave, porto privado localizado no outro lado do Rio Itajaí-Açu, em Navegantes. “Isso é consenso na comunidade portuária: a retroárea que atende o Porto de Itajaí também atende Navegantes, absorvendo a movimentação intensa deles. Isso aliviou o impacto para o setor de logística e comércio exterior de Itajaí”, comenta Martorano.

De fato, a Portonave conta com uma das operações mais eficientes do País: somente entre janeiro e abril deste ano a empresa movimentou 398,6 mil TEUs, mesmo enquanto trabalha com uma obra de R$ 1 bilhão para melhorar seu cais. No ano passado, chegou à marca de 1,23 milhão de TEUs, a segunda maior movimentação do Brasil – só perde para Santos – o que representa 15% de participação no mercado nacional.

Despachos | Realocar contêine­res para outros portos, como os de Navegantes, Itapoá e Imbituba, tem tornado mais complexo o trabalho de agentes marítimos como a Heusi, empresa especializada em despachos e agenciamentos para o comércio exterior. Com matriz em Itajaí e uma filial em São Francisco do Sul (além de unidades no Rio de Janeiro e na cidade gaúcha de Uruguaiana), a empresa também perdeu cerca de 18% do volume de despachos aduaneiros com a paralisação do terminal de contêineres no Porto de Itajaí.

“Como temos uma unidade em São Francisco, conseguimos ope­rar em Itapoá, mas perdemos carga, por exemplo, para o Porto de Paranaguá, no Paraná”, revela Marcelo de Almeida Heusi, proprietário da empresa. Outra consequência apontada por ele é o aumento de custos na operação: “Os portos acabam colocando valores maiores para receber os contêineres, pois há um gargalo. Santa Catarina sempre foi conhecida por seus benefícios fiscais agressivos, mas agora estamos com preços iguais aos de São Paulo. Estamos perdendo competitividade”, afirma.

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Política industrial é emprego, renda e desenvolvimento, diz Alckmin

Em seminário sobre políticas industriais no Brasil e no mundo, o presidente em exercício destacou o potencial da Nova Indústria Brasil para o desenvolvimento nacional

O desenvolvimento de políticas industriais ganha força mundo afora. Há mais e 2.500 delas em vigor no mundo, segundo mapeamento do Fundo Monetário Internacional. Dessas, 71% estão em economias desenvolvidas, afirma levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As tendências dessas políticas foram debatidas, nesta terça-feira (6), durante o seminário “Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, em Brasília.

Na abertura, o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu a importância da Nova Indústria Brasil (NIB) para o desenvolvimento nacional e ressaltou as mudanças no cenário global depois das crises recentes, como a pandemia de Covid-19.

“Política industrial é emprego, renda, desenvolvimento social e econômico. O mundo mudou. Pós-crises de 2008 e da Covid, o que a gente observa no mundo inteiro é um enorme protecionismo, e as nações mais ricas são as que mais distorcem o comércio internacional. Então, nós temos que, de um lado, fazer defesa comercial quando está na cara que está havendo um problema e, de outro lado, trabalhar permanentemente para reduzirmos custos e termos melhor competitividade”, disse.

A uma plateia formada por representantes do governo, da academia e do setor produtivo, o ministro apresentou instrumentos da política industrial que abrem espaço para um novo caminho do desenvolvimento, com estímulo à inovação, exportação, competitividade e sustentabilidade.

Para financiamento da NIB, por exemplo, o ministro ressaltou os recursos do Plano Mais Produção, que disponibiliza R$ 300 bilhões, até 2026, para financiar iniciativas alinhadas às seis missões industriais, incluindo crédito para inovação. Só o BNDES já aprovou R$ 115,3 bilhões de crédito para financiar a indústria. Além disso, a sanção da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD), que será gerida pelo BNDES, abre nova oportunidade de crédito, com recursos de mercado.

A realização do “Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo” é uma parceria do MDIC, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Reforma Tributária

Alckmin também reforçou que a Reforma Tributária vai gerar benefícios para a sociedade ao simplificar os impostos e trazer eficiência econômica. “Ela tira cumulatividade. Ela desonera totalmente investimento e exportação. Quanto menos exceção melhor”, pontuou o ministro sobre a reforma, que está na fase de regulamentação. “Estudos do IPEA mostram que em 15 anos, a reforma tributária pode fazer o PIB crescer 12%, o investimento crescer 14% e as exportações crescerem 17%”, concluiu.

O ministro da Fazenda substituto, Dario Durigan, destacou o compromisso do governo com um projeto de desenvolvimento de país lastreado na responsabilidade política e econômica, com diálogo aberto para avançar. “Nós estamos zerando o déficit do país. Isso permite que os juros caiam, permita que as empresas tenham estabilidade. E isso permite que a gente avance na política industrial, avance na transformação ecológica, nos seus vários eixos”, destacou.

De acordo com Durigan, o Plano de Transformação Ecológica, alinhado à NIB, busca olhar o Brasil além de um mero exportador de commodities. “A gente quer adensar a cadeia produtiva”, disse. “Tudo o que puder ser feito, que estiver ao nosso alcance, será feito, e a indústria está em primeiro lugar. Fizemos o projeto do hidrogênio verde, o Mover, a lei da depreciação acelerada. A gente tem certeza que apostar na indústria é o correto para ser feito para o país”, completou.

O vice-presidente da CNI, Léo de Castro, afirmou que a nova política industrial trará crescimento econômico e bem-estar para a população brasileira. Ele alertou que o sucesso da NIB depende da união de forças entre o governo, a indústria e academia, e da priorização de políticas verdes.

“Não é exagero dizer que o país está diante de uma oportunidade histórica de transformar a indústria e a economia nacional”, enfatizou.

Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa Filho, para ter uma economia forte é preciso ter uma indústria forte, que inova e se renova. “A indústria, em todos os lugares do mundo, é um setor que gera mais ganhos de produtividade, não só para si, mas para os outros setores”, afirmou.

Transição Energética

O secretário de desenvolvimento industrial, Inovação, Comércio e Serviços, do MDIC, Uallace Moreira, destacou que a NIB se articula com o Novo PAC e o Plano de Transição Ecológica para fomentar o desenvolvimento nacional, aproveitando as vantagens competitivas do Brasil, sobretudo na área da transição energética.

Durante o painel “Experiências de política industrial verde “, Moreira apontou essa área como uma das grandes janelas de oportunidade de desenvolvimento para o Brasil. Para isso, é preciso fortalecer todo o ecossistema em torno da transição energética, avançando no adensamento da cadeia produtiva para torná-las mais complexas tecnologicamente, com o envolvimento de institutos de pesquisas, de inovação, universidades, empresas nacionais e estrangeiras, bem como articulação entre o setor público e privado.

“Esse processo é o que nós estamos fazendo na NIB, dialogando com todos os ministérios e com o BNDES, que compõe o CNDI, e com o próprio setor privado. Então, esse processo tem sido feito”, disse. “Se nós não desenvolvermos essas estruturas produtivas e ficarmos dependendo de máquinas e equipamentos para toda a cadeia produtiva, vai ser um processo de neoindustrialização dependente. Bonitinha na foto, em que você reduziu o nível de emissão de CO2, mas destruindo com cadeia produtiva e deixando a janela de oportunidade passar”, avaliou.

No seminário, duas pesquisadoras convidadas apresentaram o cenário internacional. Para apresentar a perspectiva global, Carlota Perez, professora do Instituto para Inovação e Propósito Público da Universidade College London, Carlota Perez, especializada em tecnologia e desenvolvimento socioeconômico, falou sobre as tendências internacionais em política industrial.  Já Réka Juhász, professora da Escola de Economia de Vancouver, da Universidade British Columbia, no Canadá, encerrou o seminário com uma palestra sobre as tendências internacionais em políticas industriais.

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Receita Federal lança a Academia OEA

A Academia OEA consiste em uma série de treinamentos externos, promovidos por servidores da Receita Federal e de outros órgãos e entidades da Administração Pública.

 

Coordenação-Geral de Administração Aduaneira – COANA, por meio do Programa Brasileiro de OEA está com uma nova iniciativa: a Academia OEA.

A Academia OEA consiste em uma série de treinamentos externos, promovidos por servidores da Receita Federal e de outros órgãos e entidades da Administração Pública, com o intuito de disseminar conhecimentos técnicos e, consequemente, induzir a conformidade voluntária dos intervenientes certificados como OEA.

Os treinamentos programados constituem uma excelente oportunidade de capacitação, atualização dos conhecimentos e de interação da Receita Federal com o setor privado. Estão programados encontros quinzenais, sempre das 14 às 16h, nos quais serão discutidos temas relevantes para o Programa Brasileiro de OEA. Os treinamentos serão online, pela plataforma TEAMS, gratuitos, com acesso liberado a todos que quiserem participar, por meio de link ou QrCode. Não serão fornecidos certificados aos participantes.

Participarão como palestrantes dos treinamentos servidores especialistas no assunto, que irão abordar o que mais há de recente sobre o tema juntamente com membros das EqOEA, que transmitirão orientações específicas de como manter a conformidade, fazendo uma correlação com os requisitos do Programa OEA.

Treinamentos Programados

No dia 7 de agosto, ocorrerá o treinamento sobre API Recintos. Os auditores-fiscais Ilmor Juenge da Divisão de Gestão de Intervenientes – DIGIN e Diego Barbosa da Divisão de Exportação – DIEXP, ambos da COANA, abordarão as particularidades da API Recintos aos Depositários e Operadores Portuários. O auditor-fiscal Rinald Boassi, chefe da EqOEA de Curitiba, correlacionará o tema com os requisitos do Programa OEA.

O próximo será dia 27 de agosto, sobre o tema Operações Indiretas – operações por conta e ordem e operações por encomenda. O treinamento será ministrado pelo auditor-fiscal e membro do CARF, Arnaldo Dornelles. Já a abordagem do tema sob o prisma do Programa OEA será feita pelo auditor-fiscal Hermiro da Silva Oliveira, membro da EqOEA de São Paulo.

No dia 04 de setembro, o treinamento será sobre Valoração Aduaneira. A auditora-fiscal Kelly Morgero, gerente de relações institucionais do Programa OEA e vice-presidente do Comitê Técnico de Valoração Aduaneira da Organização Mundial das Aduanas, discursará sobre os principais aspectos do método do valor de transação. O auditor-fiscal Danilo Pizol Invernizzi, membro da EqOEA de São Paulo apontará os principais descumprimentos cometidos pelos operadores em relação aos requisitos do Programa OEA que tratam sobre Valoração Aduaneira.

O último treinamento programado é o do dia 18 de setembro e diz respeito à Malha Aduaneira. A auditora-fiscal Luciana Kiomi Murakami Salero, responsável pela gestão do programa Malha Aduaneira da DECEX SP, explicará o funcionamento e os principais pontos de atenção do programa. Já o auditor-fiscal Estevão de Oliveira Júnior, chefe da EqOEA de Recife apontará o comportamento esperado dos OEA em relação à Malha Aduaneira.

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Logistique 2024

A LOGISTIQUE 2024 foi um sucesso, superando todas as expectativas e marcou um novo momento para o setor no país!

Isso só foi possível com o apoio e a confiança dos patrocinadores dessa edição, que acreditaram na nossa proposta e nos ajudaram a realizar esse grande projeto.

Também queremos agradecer às mais de 130 marcas expositoras que fizeram parte desse novo momento do evento e representaram toda a cadeia de logística, Transporte multimodal, Intralogística, Comércio Internacional e Supply Chain. E, é claro, não podemos deixar de agradecer aos mais de 65 palestrantes e painelistas do LOGISTIQUE Summit, que compartilharam seu conhecimento e experiência com os 900 participantes, oportunizando debates enriquecedores sobre os grandes temas desse segmento.

Durante os 3 dias, na bela cidade de Balneário Camboriú, mais de 14 mil visitantes circularam no evento, que gerou inúmeras oportunidades de negócios, networking e atualização profissional. A participação de todos vocês, seja como visitantes, expositores, patrocinadores, apoiadores ou parceiros, foi essencial para o sucesso da LOGISTIQUE 2024 e para a consolidação da feira como uma das maiores e mais importantes do Brasil no segmento.

Já estamos nos preparando para a próxima edição, que promete ser ainda maior e melhor. Contamos com a presença de todos vocês para, juntos, fazermos da LOGISTIQUE 2025 um evento inesquecível.

Mais uma vez, nosso muito obrigado e até a LOGISTIQUE 2025!

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Mercado Livre salta após balanço e ultrapassa Petrobras como a mais valiosa da AL

O Mercado Livre, que atua em 18 países e detém o Mercado Pago, reportou receita de US$ 5,1 bilhões, alta de 42% ano a ano e também acima das projeções de analistas, com destaque para a operação brasileira

As ações do Mercado Livre (BDR: MELI34) dispararam nesta sexta-feira, após a gigante do comércio eletrônico divulgar que seu lucro líquido mais do que dobrou no segundo trimestre em relação a mesmo período do ano passado, para US$ 531 milhões, superando as estimativas de analistas.

Por volta de 14h55 (horário de Brasília), os papéis, que são negociados em Nova York, saltavam 9,5%, a US$ 1.758,97, tendo chegado a US$ 1.786,97 na máxima até o momento, em um dia de fortes quedas nos pregões norte-americanos. O índice Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, perdia cerca de 3%.

Com a alta desta sessão, a empresa, que começou suas atividades na Argentina há 25 anos, atingiu um marco ao ultrapassar a Petrobras (PETR4) e se tornar a maior empresa da América Latina em valor de mercado, de acordo com a consultoria Elos Ayta.

BALANÇOS: Baixe agora a planilha para acompanhar a temporada de resultados do 2º trimestre

O valor de mercado do Mercado Libre chegou a US$ 89,8 bilhões (ou R$ 512 bilhões, levando em conta a cotação de R$ 5,70 da tarde desta sexta-feira), representando um crescimento de US$ 10,3 bilhões (R$ 58,7 bilhões) ou 13,0% em menos de um ano.

O crescimento do Mercado Livre foi impulsionado, em parte, pela valorização do dólar no Brasil em 2024.

“Com a fintech a todo vapor, a Argentina se estabilizando, comparações mais fáceis no quarto trimestre de 2024, tudo em meio a potenciais cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, acreditamos que o (papel do) Mercado Libre pode se tornar um alvo principal para a rotação de investidores.”

(com Reuters)

Fonte: InfoMoney
infomoney.com.br

Mercado Livre salta após balanço e ultrapassa Petrobras como a mais valiosa da AL (infomoney.com.br)

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