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Exportações recordes de carne bovina

A indústria processadora de carnes argentina exportou recorde de 582,7 mil toneladas de carne bovina entre janeiro e novembro de 2024.

Este volume, divulgado pelo CICCRA, superou ou registou em 2023 em 13,8% e o anterior máximo em 2020 em 2,7%. Esse desempenho posiciona a Argentina como líder global em primeiro lugar.

A China liderou as exportações com 400,8 mil toneladas, representando 68,8% do total. Enquanto isso, o preço médio caiu 11,3%, chegando a US$ 3.257 por tonelada. Outros mercados são notáveis, incluindo os Estados Unidos, onde o volume de exportações cresceu 42,9%, e o México, que após sua reabertura registrou um aumento de 1.437% em novembro.

O preço médio de exportação em novembro foi de US$ 4.554 por tonelada, 8,3% superior ao mês de 2023. A capacidade total foi de mais de US$ 248,6 milhões, impulsionada por maiores volumes e recuperação de preços.

A Itália e os países de Baixos registraram aumentos significativos em volume e capacidade, contribuindo com mais de 210 milhões de dólares. Israel, por sua vez, tem um aumento de 16% nos embarques, com preço médio de US$ 6.066 por tonelada.

A carne argentina data 2024 com números históricos e perspectivas otimistas para 2025. Espera-se que a procura externa e a diversificação do mercado impulsionem o crescimento sustentado, apesar de dois desafios globais, como a volatilidade dos preços e os negócios tensos.

FONTE: Todo Logistica News
Recorde nas exportações de carne bovina – TodoLOGISTICA NEWS

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Importação da indústria têxtil brasileira salta 14,7% e exportação cai 4,9%

“Os asiáticos, principalmente a China, fortaleceram a agenda de comércio exterior e a indústria brasileira vem perdendo presença relativa”.

Os dados foram levantados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Já as exportações totalizaram US$ 909 milhões, o que equivale a uma queda de 4,9% ante 2023.

O saldo total da balança comercial foi negativo em US$ 5,7 bilhões, uma piora de 15,7% em relação ao saldo do ano anterior.

Para o presidente emérito e superintendente da Abit, Fernando Pimentel, o aumento de custos de produção no Brasil, os acordos ainda limitados entre outros países, a apreciação do dólar frente ao real e o alto nível dos juros estão entre os fatores que levaram a esse cenário.

“A alta do dólar valoriza a exportação, mas também eleva os custos que estão atrelados a moeda estrangeira, como máquina, algodão e produtos químicos que, por sua vez, reverberam nos custos da produção”, diz.

Pimentel ainda destaca que os países asiáticos também são fortes concorrentes e que agravam esse resultado da balança comercial.

“Os asiáticos, principalmente a China, fortaleceram a agenda de comércio exterior e a indústria brasileira vem perdendo presença relativa”, afirma o presidente.

Já em 2025, a Abit aposta nos efeitos do acordo do Mercosul com a União Europeia. Serão eliminadas tarifas para 97% dos bens manufaturados no comércio entre os dois blocos, segundo a associação.

“O tratado deve gerar oportunidades de aumento dos investimentos e exportações, criação de empregos, fomento da produção e aporte tecnológico no Brasil”, completa Pimentel.

FONTE: Dinheirama
Importação da indústria têxtil brasileira salta 14,7% e exportação cai 4,9%

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Brasil volta a ter 8ª maior produção de veículos do mundo e Alckmin celebra: “clara confiança de empresários e consumidores”

Anfavea defende recomposição total de tarifas de importação de veículos eletrificados para retomar patamar de produção pré-pandemia

 O Brasil encerrou o ano de 2024 com um importante avanço na indústria automobilística, recuperando a 8ª posição no ranking mundial de produção de veículos, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O país ultrapassou a Espanha após registrar um crescimento de 9,7% na produção, alcançando 2,55 milhões de unidades fabricadas. China, Estados Unidos, Japão, Índia, México, Coreia do Sul e Alemanha permanecem à frente do Brasil neste ranking.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), celebrou a conquista em suas redes sociais. “O Brasil encerrou 2024 com resultados importantes para nossa indústria automobilística. Voltamos a ocupar a 8ª posição entre os maiores fabricantes de veículos do mundo, superando a Espanha. Demonstração clara do aumento da confiança de nossos empresários e consumidores com o trabalho do governo do presidente Lula, por meio de programas como o Mover, para gerar empregos, promover investimentos e fazer a roda da economia girar”, destacou Alckmin.

Apesar da melhoria na posição global, a indústria automobilística brasileira ainda enfrenta desafios para retornar aos níveis de produção anteriores à pandemia. Em 2019, antes da crise sanitária, o país produziu 2,94 milhões de veículos. Para 2025, a Anfavea projeta um crescimento de 7,8%, o que pode elevar a produção para 2,75 milhões de unidades, ainda abaixo dos patamares pré-pandemia.

Durante a apresentação dos resultados de 2024, a direção da Anfavea alertou para a crescente concorrência externa, especialmente de marcas estrangeiras, como as chinesas, que têm ampliado sua participação no mercado brasileiro, relata a CNN Brasil. Esse cenário levou a entidade a defender a recomposição total das tarifas de importação de veículos eletrificados, prevista apenas para julho de 2026. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ressaltou: “é urgente, uma questão de responsabilidade conosco, com o País, com os investimentos que vêm sendo feitos. Houve um excesso de importação. O mundo fechou, o mundo está elevando as suas tarifas em relação às entradas de produtos. O Brasil precisa fazer, tem que fazer o mesmo”.

Para contornar esses desafios e impulsionar a indústria, a Anfavea está dialogando com o governo e o Congresso sobre a implementação de um programa de renovação de frotas e a antecipação da cobrança de alíquotas sobre veículos híbridos e elétricos importados. Essas medidas são vistas como essenciais para equilibrar o mercado e estimular a produção interna.

Apesar dos desafios, as exportações para a Argentina apresentaram um crescimento de 48%, amenizando a queda geral de 1,3% nas exportações da indústria automotiva brasileira. Esse desempenho reforça a importância de estratégias para ampliar a presença do Brasil em mercados internacionais.

Com essas ações, o setor automobilístico busca retomar o patamar de 3 milhões de veículos produzidos, consolidando o Brasil como um dos principais polos globais da indústria automotiva.

FONTE: Brasil247
Brasil volta a ter 8ª maior produção de veículos do mundo e Alckmin celebra: “clara confiança de empresários e consumidores” | Brasil 247

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Corrente de comércio cresce 16,1% e atinge US$ 17,44 bi até a segunda semana de janeiro

Somente na segunda semana de janeiro, a balança registrou superávit de US$ 0,667 bi, resultado de exportações no valor de US$ 6,5 bi e importações de US$ 5,8 bi

Até a 2ª semana de janeiro de 2025, as exportações registraram, pela média diária, crescimento de 10,5% e alcançaram US$ 9,38 bilhões e a corrente de comércio aumentou 16,1%, alcançando US$ 17,44 bilhões. Somente na segunda semana de janeiro, a balança registrou superávit de US$ 0,667 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 6,5 bilhões e importações de US$ 5,8 bilhões.

No mês, as exportações somam US$ 9,4 bilhões e as importações, US$ 8,05 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,3 bilhão. Essas e outras informações foram disponibilizadas nesta segunda-feira (13/01), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

Balança Comercial Preliminar Parcial Mensal – 2º Semana de Janeiro/2025

Nas exportações, comparadas as médias até a 2ª semana de janeiro/2025 (US$ 1.34 bi) com a de janeiro/2024 (US$ 1.2 bi), houve crescimento de 10,5%. Em relação às importações houve crescimento de 23,4% na comparação entre as médias até a 2ª semana de janeiro/2025 (US$ 1.1 bi) com a do mês de janeiro/2024 (US$ 932 milhões).

Assim, até a 2ª semana de janeiro/2025, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,49 bilhões e o saldo, também por média diária, foi de US$ 190,1 milhões. Comparando-se este período com a média de janeiro/2024, houve crescimento de 16,1% na corrente de comércio.

Exportações e Importações por Setor e Produtos

No acumulado até a 2ª semana do mês de janeiro/2025, das exportações, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: queda de US$ 15,63 milhões (-8,1%) em Agropecuária; crescimento de US$ 0,02 milhões em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 142,28 milhões (22,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

No acumulado até a 2ª semana do mês de janeiro/2025, das importações, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 14,63 milhões (62,9%) em Agropecuária; crescimento de US$ 18,14 milhões (33,0%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 183,61 milhões (21,7%) em produtos da Indústria de Transformação.

FONTE: MDIC.gov
Corrente de comércio cresce 16,1% e atinge US$ 17,44 bi até a segunda semana de janeiro — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Exportações de SC atingem a marca de 11,6 bilhões de dólares

Carnes de aves, de suínos e motores/geradores elétricos lideram

O volume de exportações de Santa Catarina cresceu em 2024, alcançando a marca de US$ 11,6 bilhões entre janeiro e dezembro. Esse valor reflete um aumento de 0,6% em relação a 2023 e consolida o estado como referência no mercado internacional. Os produtos do agronegócio e da indústria da transformação, por exemplo, lideraram os destaques do período. O governo federal divulgou os dados.

As carnes de aves lideram a pauta de exportação catarinense, com faturamento de US$ 1,9 bilhão ao longo de 2024, seguidas pela carne suína, que gerou US$ 1,6 bilhão. Na sequência, os motores e geradores elétricos somaram US$ 673 milhões, enquanto a soja atingiu US$ 633 milhões. Em quinto lugar, as peças para motores de veículos faturaram US$ 495 milhões. Produtos como madeira, móveis e papel também se destacaram no período.

O governador Jorginho Mello enfatiza a competitividade do produto catarinense. “Nós exportamos produtos com valor agregado, fruto do trabalho de excelência da nossa indústria e da nossa gente. Isso comprova a capacidade dos catarinenses de produzir com qualidade, eficiência e de conquistar mercados ao redor do mundo”, declarou.

Exportações de Santa Catarina chegaram a mais de 200 destinos pelo mundo

Em 2024, Santa Catarina enviou sua produção para mais de 200 destinos ao redor do mundo, em todos os continentes. Os Estados Unidos lideraram como principal destino das exportações, com faturamento de US$ 1,74 bilhão. A China aparece em seguida, com US$ 1,27 bilhão, enquanto o México somou US$ 781 milhões. Completam o top 5 a Argentina, com US$ 750 milhões, e o Japão, com US$ 643 milhões.

“Santa Catarina possui uma economia muito diversificada, com destaque em diversos setores. Além disso, o estado produz com elevada qualidade técnica e sanitária, aliada à inovação. Esses fatores são fundamentais para internacionalizar o estado e aumentar nossa competitividade. É importante ressaltar que o governo Jorginho Mello atua como parceiro do empresário que busca o mercado externo, o que faz toda a diferença”, afirmou o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.

Portos catarinenses impulsionam a importação

Santa Catarina também se destacou na importação graças à competitividade de seus portos e à necessidade de abastecer a indústria estadual com matéria-prima. Em 2024, o estado recebeu US$ 33,7 bilhões em importações, de acordo com os dados do governo federal. Esse montante, que é o segundo maior do país, ficando atrás apenas de São Paulo, corresponde a cerca de 12,8% de tudo o que foi importado em território nacional no ano passado. Entre os principais produtos importados estão cobre, automóveis e peças, semicondutores, produtos químicos e adubos.

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“Cisne Negro” no Agro da Argentina Ameaça se Tornar Uma Mancha Venenosa

Surcos, Agrofina e Los Grobo se declaram em inadimplência para um setor que enfrenta queda de preços internacionais, aumento de custos e alta pressão tributária.

Nos últimos dias de 2024, enquanto os argentinos preparavam os detalhes das reuniões familiares e com amigos, uma sucessão de notícias preocupantes abalou o setor agropecuário que, segundo declarações dos principais atores do setor, encerrava bem um ano que havia começado com enormes incertezas.

O denominado efeito “cisne negro” veio de três empresas consideradas sólidas – a Surcos, a subsidiária Agrofina SA. e a Los Grobo Agropecuaria SA. – que não conseguiram cumprir os compromissos de dívida financeira assumidos para esta data e os próximos meses. Na economia, o termo “cisne negro” se refere a eventos altamente improváveis, imprevisíveis e que causam um grande impacto econômico, social ou político. A expressão foi popularizada pelo ensaísta Nassim Nicholas Taleb em seu livro “The Black Swan”.

O ocorrido na Argentina acendeu o alerta no setor, diante da possibilidade de o fenômeno se estender a outras empresas da atividade mais competitiva do país, responsável por gerar, via exportações, os dólares que a economia nacional precisa para funcionar.

No entanto, também expôs a inconsistência de uma política agropecuária e de uma estrutura tributária desenhadas para épocas de prosperidade e bons preços internacionais, situação que está muito distante da conjuntura atual. Assim, multiplicaram-se os pedidos por um “dólar estável”, a redução dos custos em dólares e também a eliminação dos direitos de exportação ou retenciones.

Tudo começou na véspera do último fim de semana do ano, quando a Surcos, uma empresa dedicada à nutrição e proteção de cultivos agrícolas, com grande presença territorial, informou à Comissão Nacional de Valores (CNV) sua decisão de iniciar um procedimento preventivo de crise. O objetivo é reduzir sua estrutura de custos, buscando superar uma crise financeira que já está complicando a empresa.

Apenas 24 horas depois, chegou outra notícia que marcou a gravidade da situação, com duas empresas do gigante Los Grobo S.A., criada como a principal empresa da família Grobocopatel, em Carlos Casares, mas que desde 2016 é gerida pelo fundo de investimento Victoria Capital Partners (VCP), informando sobre a impossibilidade de cumprir os compromissos de dívida.

Baixa de Classificação
Em cartas enviadas à CNV, Julieta Gioia, responsável pelas Relações com o Mercado da companhia, informou que “diante da crescente falta de liquidez no mercado de notas promissórias bursáteis para emissores do setor agropecuário, somada à impossibilidade de cobrança de certos créditos a favor da sociedade e às dificuldades financeiras de uma empresa relacionada, a sociedade não conseguiu realizar o pagamento de uma nota promissória bursátil de US$ 100 mil (R$ 618,5 milhões na cotação atual) com vencimento no dia 26 do corrente mês”.

Ela acrescentou: “Como consequência disso, também não poderá cumprir os vencimentos das notas promissórias bursáteis até 31 de março de 2025”. Julieta se referiu à situação de Los Grobo Agropecuaria (insumos e serviços agropecuários) e de sua vinculada Agrofina, dedicada à produção de herbicidas, fungicidas, inseticidas e reguladores de crescimento.

Com isso, ficou claro que a “mancha venenosa” agora ameaçava um setor altamente produtivo, chamado a ser o carro-chefe da recuperação econômica argentina em 2025.

Na quinta-feira (2/1), o portal especializado Valor Soja relatou uma baixa na classificação de Los Grobo pela FIX (associada à Fitch Ratings), de BBB(arg) para C(arg), incorporando “o anúncio de que a empresa não cumprirá seus compromissos financeiros” e mantendo o “Rating Watch Negativo”.

“Uma declaração efetiva de inadimplência implicará uma redução da classificação para a categoria D(arg)”, afirmou a FIX, que estima a dívida a ser liquidada até março em US$ 52 milhões (R$ 321,6 milhões) entre debêntures, notas promissórias bursáteis e descontos de valores.

Mancha Venenosa
“Surcos, Agrofina e Los Grobo se declaram em inadimplência. Há mais empresas em situação complicada, assim como muitos produtores. Já havíamos alertado que o peso sobrevalorizado e altas retenciones levam à destruição da produção. #BaixemAsRetenciones”, escreveu em sua conta no X o ex-ministro da Agroindústria Ricardo Buryaille.

As expressões desse tipo se multiplicaram nas redes sociais, mas uma delas se destacou pelo peso das palavras de quem as disse. “Se o dólar barato com retenciones gera problemas no setor agropecuário, não estamos diante de uma doença holandesa. Estamos diante de um erro de política econômica, que afeta nosso setor mais competitivo”, afirmou o economista Pablo Gerchunoff.

“Alertávamos que esta safra de soja foi semeada com altos custos de insumos, alto custo de arrendamento, com preços internacionais muito baixos, e a isso devemos somar a pressão fiscal”, afirmou Andrea Sarnari, presidente da Federação Agrária, acrescentando que “a situação para o setor agropecuário é difícil e será ainda mais pelas perspectivas quando a colheita de grãos for concluída”.

Por sua vez, Carlos Castagnani, presidente da CRA, destacou que “hoje os produtores enfrentam uma equação insustentável: custos crescentes, direitos de exportação sufocantes e uma pressão fiscal que não dá trégua. É urgente que o governo tome medidas concretas para garantir a continuidade da atividade produtiva no país”.

Em relação à crise nas empresas do setor na Argentina, Lucas Magnano, presidente da Coninagro, considerou que isso “vai afetar o mercado de financiamento, porque provavelmente ficará mais difícil e mais caro o financiamento para as empresas, com impacto nos produtores”, e pediu a eliminação das retenciones, que “deixaram de ser um pedido para se tornar uma necessidade para o produtor”.

O fator-chave Argentina
Hoje, o cenário inclui um “dólar estável”, custos (diesel, fretes, produtos fitossanitários, fertilizantes) que aumentam em dólares em função do atraso cambial, e a plena vigência das retenciones para exportação de grãos, que chegam a 33% para o grão de soja, 31% para derivados (farelo e óleo), 12% para trigo e milho e 7% para girassol.

Mas tudo isso era compensado pelos preços internacionais que vigoraram até meados de 2024. Com a queda nos preços da soja, milho e trigo no mercado de Chicago, baseada na esperada super colheita de soja e milho em nível global e, mesmo no trigo, apesar da guerra na Ucrânia, principal produtor mundial, a equação mudou. E muito, especialmente em campos arrendados, que respondem por 70% da produção agrícola do país.

A isso se soma a pressão tributária. Segundo um relatório recente da Fundação Agropecuária para o Desenvolvimento da Argentina (FADA), o Estado, nos três níveis – nacional, provincial e municipal –, retém 64,3% da renda agrícola.

Após a surpresa inicial, o governo atribuiu as dificuldades financeiras a “más decisões” empresariais, e não a problemas de ordem setorial. Na terça-feira (31/12), ele respondeu com a Resolução Geral 1041/2024 da Comissão Nacional de Valores, relacionada a “certas adequações na regulamentação, adicionando exigências aos emissores, às ALyCs e aos mercados envolvidos nos processos de troca desses instrumentos, com o objetivo de garantir transparência nesses processos e proteger os investidores”. Sobre a redução das retenciones, silêncio absoluto.

FONTE: Forbes
“Cisne Negro” no Agro da Argentina Ameaça se Tornar Uma Mancha Venenosa

 

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Brasil ultrapassa EUA e já é maior exportador de algodão do mundo

China, Vietnã, Bangladesh, Turquia e Paquistão são mercados principais

Por Marcello Antunes da Silva, repórter da Agência Brasil – O desempenho da safra 2023/2024 de algodão, com a colheita de mais de 3,7 milhões de toneladas, elevou o Brasil ao posto de maior produtor do mundo. O país também se tornou, oficialmente, e pela primeira vez na história, o maior exportador de algodão do mundo, superando os Estados Unidos.

O anúncio foi feito neste fim de semana em Comandatuba, na Bahia, durante a 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e seu Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na conferência Anea Cotton Dinner, promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A meta era prevista para ser alcançada somente em 2030.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) comemorou o resultado da safra atual, com 60% da produção totalmente comercializada.

“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, ressaltou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. A meta era prevista para ser alcançada somente em 2030.

Guinada – O presidente da Anea, Miguel Faus, lembrou que há cerca de duas décadas o Brasil era o segundo maior importador mundial.

“Essa guinada se deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união. É um marco que nos enche de orgulho como produtores e como cidadãos”, afirmou.

A Abrapa atribui o bom desempenho dos produtores à interligação entre produtores e a indústria têxtil brasileira. Apesar de sofrer forte concorrência externa, o consumo de fios e de algodão deve subir de 750 mil toneladas para 1 milhão de toneladas por ano.

A própria associação criou uma rede chamada Sou de Algodão, onde produtores de roupas, universidades de moda, pesquisadores e produtores de algodão caminham juntos para desenvolver qualidade aos produtos finais. Cerca de 84% do algodão produzido no Brasil detém certificações socioambientais.

As exportações brasileiras se recuperaram também pela maior demanda de países como Paquistão e Bangladesh, que no ciclo anterior compraram menos devido a dificuldades financeiras para abrir cartas de créditos. Essa retomada colaborou para que as expectativas fossem superadas. “A gente achava que iria exportar inicialmente 2,4 milhões, 2,45 milhões de toneladas.”

Entre os principais mercados do algodão brasileiro estão China, Vietnã, Bangladesh, Turquia e Paquistão.

Penas de aves – Na última semana, o governo brasileiro recebeu o anúncio, pela Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong, China, da aprovação sanitária para a exportação de penas de aves do Brasil. O produto tem diversos usos industriais, incluindo a fabricação de almofadas, travesseiros, roupas de cama e estofados, além de ser utilizado como matéria-prima em produtos de isolamento térmico e acústico.

A abertura amplia o mercado para produtos avícolas do Brasil, refletindo a confiança no sistema de controle sanitário brasileiro. A relação comercial com a RAE de Hong Kong foi responsável pela importação de mais de US$ 1,15 bilhão em produtos do agronegócio brasileiro no ano passado. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança sua 72ª abertura de mercado neste ano, totalizando 150 aberturas desde o início de 2023.

Novo consulado na China – Na última quinta-feira (27), o Brasil abriu seu terceiro consulado-geral na parte continental da China, em Chengdu, capital da Província de Sichuan, no sudoeste do país. Com seu distrito consular abrangendo Sichuan, Chongqing, Guizhou, Yunnan e Shaanxi, o consulado-geral é estabelecido depois dos em Shanghai e Guangzhou. Cézar Amaral tornou-se o primeiro cônsul-geral do Brasil em Chengdu. Como este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Brasil, a abertura do consulado-geral é uma sinalização do aprofundamento da cooperação entre os dois países, segundo Marcos Galvão, embaixador brasileiro na China.

FONTE: Brasil 247
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MDIC avança na retomada da indústria brasileira

Crescimento da indústria, aumento de investimentos públicos e privados para o setor produtivo, desburocratização e acordos internacionais são destaques do período de 2023-2024.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) consolidou as bases da neoindustrialização do país. Desde 2023, executamos programas e ações em cumprimento dos objetivos propostos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de desenvolvimento inclusivo e sustentável, e conduzidos, no MDIC, pelo vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin.

Com a Nova Indústria Brasil (NIB), avançamos na direção do fortalecimento industrial sustentável, com inovação tecnológica, capacidade exportadora e geração de emprego e renda. Em 2024, os recursos do Plano Mais Produção, sistema de financiamento da NIB, saltaram de R$ 300 bilhões para R$ 506,7 bilhões, com a entrada dos novos parceiros, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, além do BNDES, Finep e Embrapii. São linhas de crédito e recursos não reembolsáveis para projetos relacionados às seis Missões prioritárias. Trabalhamos para integrar as políticas industrial e de comércio exterior, aumentar e qualificar as exportações, ampliar acordos internacionais e expandir a participação do Brasil no comércio mundial. O governo do presidente Lula anunciou a conclusão do Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia, depois de 25 anos de negociação. Avançamos na desburocratização para simplificar processos e reduzir custos para a indústria, com medidas como o Portal Único do Comércio Exterior. Lançamos plataformas inéditas que darão mais transparência às políticas públicas e aos números da economia, como o Observatório da Redução do Custo Brasil e o InvestVis. Intensificamos medidas rumo à economia verde, como a formalização do Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), e a reestruturação do Centro de Bionegócios da Amazônia. E aprimoramos políticas de inclusão social, com projetos como o Raízes Comex, Elas Exportam e Empreendedoras Tech.

Confira abaixo os destaques que marcaram o período 2023-2024: 

NIB impulsiona a indústria brasileira

Desde 2023, a Nova Indústria Brasil (NIB) impulsiona a retomada da indústria brasileiras, com políticas robustas, financiamento e muito diálogo com o setor produtivo e a sociedade civil, no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

O Plano Mais Produção (P+P) ganhou novos parceiros: BB, Caixa, BNB, BASA, além do BNDES, Finep e Embrapii. Os recursos para financiamento da indústria saltaram de R$ 300 bi para R$ 506,7 bilhões. O CNDI redefiniu as metas para as missões da NIB e, também, identificou, para cada uma das missões, as cadeias produtivas prioritárias que vão ajudar a impulsionar os setores produtivos relacionados e a alcançar as metas redefinidas. Do total de R$ 506,7 bilhões em linhas de crédito até 2026, R$ 384,4 bilhões já foram aprovadas entre 2023 e 2024. Só o BNDES aumentou o volume de desembolso de R$ 98 bilhões, em 2022, para R$ 148 bilhões, em 2024. O crédito para a indústria cresceu 262%.

Com a NIB, o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica, o setor privado já anunciou investimentos de R$ 2,3 trilhões

  • 1,06 trilhão – construção civil
  • 100,7 bilhões – TICs
  • 130 bilhões – automotivo
  • 296,7 bilhões – agroindústria
  • 100 bilhões – siderurgia
  • 105 bilhões – papel e celulose
  • 380 bilhões – bioeconomia e energia renovável
  • 39,5 bilhões – indústria da saúde

As conquistas que marcaram o período mostram crescimento do PIB de 3,5%, em 2024; a menor taxa de desemprego da história, de 6,1%; a quantidade de 103,9 milhões de brasileiros empregados; a menor taxa de pobreza da história, de 27,4%. Confira abaixo mais avanços obtidos:

– No ranking mundial de produção industrial, o Brasil avançou 30 posições, saltando de 70º para o 40º lugar entre 116 países, em 2024, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e realizado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

– Crescimento da indústria é de 3,3% em 2024, segundo Iedi. E de 3,6% da indústria de transformação, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a maior em 10 anos.

–  A utilização da capacidade instalada da indústria foi de 83%, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A maior dos últimos 13 anos.

–  O emprego na indústria cresceu 75%, Desse total, 57,4% das vagas foram ocupadas por jovens entre 18 e 24 anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

– O setor automotivo registrou 15% de salto nas vendas de veículos novos, em 2024. Maior crescimento de 2007. 11% de aumento na produção de veículos e 100 mil novos postos de trabalho.

– Os segmentos de alta tecnologia cresceram 5%, segundo o Iedi.

– Houve crescimento de 8% das exportações brasileiras de bens de média/alta tecnologia desde 2022 até nov/24, segundo dados do MDIC.

– O volume de produção agroindustrial cresceu 4,2%, em out/24 frente a out/23, segundo FGVAgro. Melhor resultado em 14 anos.

– As vendas dos setores de linha branca e marrom cresceram 25%, segundo a Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos). É o maior aumento dos últimos 10 anos

– Os setores de máquinas e equipamentos cresceram 8,3%; de bens de consumo duráveis, 9,8%, segundo o IBGE. E as vendas do varejo tiveram alta de 12,2%, de acordo com dados da Visa Consulting & Analytics.

–  O Brasil se tornou o 2°maior receptor de investimentos estrangeiros diretos do mundo em 2024

Neoindustrialização é Inovadora

 – Com o Programa Mais Inovação (que integra o Plano Mais Produção), R$ 16,4 bi do total de R$ 60 bi (até 2026) já foram aprovados, com taxa TR, para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, em 2023 e 2024. É o melhor desempenho desde 1995.
– O programa de Depreciação Acelerada aprovou 374 projetos industriais, para renovação do parque industrial. Destaques para os setores: produtos de borracha; biocombustíveis; celulose e máquinas e equipamentos.

– O programa Brasil Mais Produtivo está capacitando 43.566 micro, pequenas e médias empresas, que já estão migrando para a indústria 4.0.

– No âmbito do Regime Especial da Indústria Química, 15 projetos no valor de R$ 711,8 milhões em investimentos foram aprovados, para fortalecer a competitividade do setor. Há mais sete em análise, com valor de R$ 237,6 milhões adicionais.

– A primeira emissão de Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD) do BNDES, resultou em R$ 9 bilhões de captação, para alavancar investimentos industriais.

– Criado em 2024, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT) vai captar recursos para desenvolvimento industrial, científico e tecnológico.

– O BNDES aumentou o volume de desembolso de R$ 98 bi, em 2022, para R$ 148 bi em 2024. Um crescimento de 262% no volume de crédito para a indústria.

A Neoindustrialização é Sustentável

– Com o Programa Mobilidade Verde e Inovação – Mover, 154 montadoras foram habilitadas para realizar projetos com objetivo de descarbonizar a frota de carros, ônibus e caminhões. O total de R$ 3,1 bi ou 100% de créditos financeiros foram autorizados no âmbito do programa, em 2024.

– O Programa Mais Alimentos (parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) aprovou R$ 6,3 bi em créditos, para compra de máquinas e implementos nacionais para agricultura familiar. Valor das operações foi 34% maior do que o executado na safra anterior.

– O BNDES aprovou R$ 4,2 bilhões em financiamentos para projetos de produção de biocombustíveis, em 2024. Maior valor em 13 anos.

– Com o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, R$ 17,5 bi de investimentos estão previstos, até 2027, para a produção de biocombustíveis.

– O Novo PADIS aprovou 14 novos projetos industriais, para o desenvolvimento da indústria de semicondutores e de placas fotovoltaicas. Maior patamar desde 2020

– Foram instituídos o Selo Verde e o Selo Amazônia, para fortalecer as cadeias de produção dos produtos sustentáveis e ampliar o acesso a mercados internacionais.

– O Centro de Bionegócios da Amazônia está sendo reestruturado, com a criação do Hub de Bionegócios e Inovação e a reforma do Biobanco.

– Foram criadas a Estratégia Nacional de Bioeconomia, com a participação de 13 ministérios, além do MDIC; e a Estratégia Nacional de Economia Circular, sob coordenação do MDIC com 14 ministérios + Anvisa, ABDI, BNDES, Embrapii

– Uma parceria entre MDIC, Reino Unido, UNIDO permitirá o desenvolvimento do Hub da Descarbonização, plataforma para mobilizar investimentos nacionais e internacionais em descarbonização. Promoverá a descarbonização do segmento de aço. E, também, financiamento climático na ordem de R$ 21 milhões.

 A Neoindustrialização é exportadora

– O governo do presidente Lula avançou em acordos internacionais relevantes para a abertura do comércio brasileiro no exterior:

  • Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia

Negociações concluídas, em 2024

  •  Acordo de livre comércio Mercosul-Singapura

Negociações concluídas, em 2023

  •  Acordo Mercosul- EFTA

Negociações avançadas

  •  Acordo Mercosul-Emirados Árabes –

Negociações avançadas

  •  Acordo sobre Comércio de Aviação Civil na OMC

Brasil passa a integrar, em 2023

  •  Regime de Origem do Mercosul

Aprovado, em 2023, para fortalecer o comércio regional

– Ministros de Comércio dos países do G20, em reunião sob a presidência do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, aprovaram os Princípios do G20 sobre Comércio e Desenvolvimento Sustentável, documento histórico, para estabelecer uma relação positiva entre o comércio internacional e o desenvolvimento sustentável.

– O MDIC avançou na implementação do Portal Único de Comércio Exterior, que trará economia de R$ 40 bi/ano com redução de tempo de liberação de carga. O portal incorpora outros avanços como: a licença-flex, que digitalizou as operações de importação e exportação; o Certificado de origem digital para exportação de frango, que representa economia anual de R$ 2,4 milhões para os exportadores brasileiros; o CCT aéreo, que reduz de 5 para 1 dia a liberação das importações de cargas aéreas.

– O MDIC atuou intensamente no combate ao comércio desleal. Foram 57 investigações de defesa comercial iniciadas, o maior número dos últimos 11 anos, além de 12 direitos provisórios aplicados, o maior número desde 2014.

– O MDIC reformulou, em parceria com Apex Brasil, o Plano Nacional da Cultura Exportadora, que recebeu adesão de todos os estados brasileiros.

– O governo criou, com apoio do MDIC, o Acelera Exportação, que está em votação no Congresso Nacional, para impulsionar as exportações de pequenas empresas.

– Novos projetos industriais foram aprovados no Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportação: a conclusão de obras e entrada em operação de duas novas ZPEs: Cáceres/MT e Uberaba/MG, aptas a receberem novos projetos empresariais para exportação; nove projetos industriais com investimentos esperados de R$ 26 bilhões, incluindo grande projeto e produção de hidrogênio verde; a criação de nova ZPE em Bacabeira/MA, com potencial de receber 15 bilhões em investimentos, tendo como projeto âncora uma refinaria de produção de combustível sustentável de aviação (SAF).

 A Neoindustrialização é competitiva

– A Nova Lei de Informática, aprovada no Congresso com apoio do MDIC, irá fortalecer o ecossistema de eletroeletrônica. São 494 empresas com faturamento anual de R$ 202 bi, e mais de 280 ICTs, em 92 municípios brasileiros. A lei criou o Brasil Semicondutores, programa que irá incentivar a produção nacional de bens como celulares, computadores, notebooks e tablets.

– O Observatório do Custo Brasil foi criado neste ano, uma plataforma inédita para acompanhar de perto as ações de redução de custos enfrentados pela indústria. Desde o lançamento da Agenda de Redução do Custo Brasil, pelo MDIC, em 2023, houve redução de R$ 86,7 bi no Custo Brasil,com ações como a abertura do mercado livre de energia e a expansão de redes de banda larga no Brasil.

– Com a simplificação do processo de patentes, caiu de 6,9 para 4,4 anos o prazo de tempo médio de processos de patentes no INPI, desde jan/2023. Um total de 120 novos servidores foram aprovados em concurso para o INPI.

– Foi criada a Plataforma de Indicação Geográfica, para oferecer maior controle, rastreabilidade e comunicação de IGs brasileiras, tendo o café como carro chefe da iniciativa.

– Em parceria com o BID, o MDIC irá construir plataforma Janela Única de Investimentos, para facilitar a entrada de capital estrangeiro no país.

– O MDIC lançou o InvestVis, plataforma inédita para consultas sobre investimentos estrangeiros diretos em todo o mundo.

– Com a criação da Estratégia Regula Melhor, o MDIC tem o objetivo de melhorar o processo regulatório de ponta a ponta: do treinamento e capacitação dos reguladores e revisão de normas atuais.

– Foi lançado o Guia Referencial de Sandbox, uma parceria entre o MDIC e Advocacia Geral da União, que facilitará a criação de ambientes regulatórios experimentais, seguros e colaborativos, de modo a garantir maior segurança jurídica, atrair investimentos e promover inovações.

– Foi implementada a Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual, para assegurar maior coordenação das políticas do governo para incentivar a criatividade, a inovação, investimentos e a competitividade.

– O Conselho Nacional de Fertilizantes aprovou 71 projetos de produção de fertilizantes, que mobilizarão investimentos de R$ 22,4 bilhões, um avanço do Plano Nacional de Fertilizantes.

A Neoindustrialização é inclusiva

– Com a Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto), 2 mil negócios de impacto estão sendo apoiados com recursos de R$ 250 milhões. Em 2024, o MDIC implementou o Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), para alinhar as legislações estaduais e municipais à Enimpacto. O Simpacto recebeu adesão dos estados do RN, CE, AL e ES.

– O Programa Elas Exportam atendeu 117 empreendedoras e 97 mentoras em 4 edições do programa, que tem o objetivo de ampliar a participação e mulheres no comércio exterior.

– O MDIC lançou o Programa Raízes Comex, que tem o objetivo de ampliar a inclusão de mulheres e negros no comércio exterior brasileiro. E publicou estudo inédito: “Comércio Exterior e Representatividade Racial no Mercado de Trabalho Brasileiro”

– O programa Empreendedoras Tech realizou a 2ª edição do programa com o Sebrae, Enap e Impact Hub, para inclusão de mulheres no empreendedorismo tecnológico. 3 startups foram premiadas e 70 mulheres, capacitadas.

– Os ministros de Comércio e Investimentos do G20, reunidos em Brasília, sob a presidência do vice-presidente, Geraldo Alckmin, aprovou compêndio com boas práticas internacionais para enfrentar os desafios que as mulheres encontram no comércio internacional. Mulheres e Comércio Internacional foi tema prioritário da reunião.

– Brasil adere ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero, durante a 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio, com apoio e participação do MDIC.

Agenda da indústria avança no Congresso  

Desde 2023, a agenda da indústria ganha destaque de aprovações no Congresso Nacional, resultado do diálogo constante do governo do Presidente Lula e dos parlamentares. Confira as principais proposições aprovadas e já sancionadas:

– Reforma tributária – Maior justiça tributária e competitividade

– Marco de garantias – Melhor acesso ao crédito

– Mercado Regulado de Carbono – Maior incentivo para redução de emissões de carbono

– Lei do Combustível do futuro – Garantia da descarbonização da matriz energética

– Letras de Crédito do Desenvolvimento – Mais recursos para financiar projetos industriais

– Marco Legal de Hidrogênio Verde – Estímulo à produção de energia sustentável

– Programa da Depreciação Acelerada – Modernização do parque industrial brasileiro

– Programa Mobilidade Verde e Inovação – Mover – Descabonização das frotas de veículos

– Nova lei de Informática, com criação do Brasil Semicon – Mais tecnologia inovadora

FONTE: MDIC
MDIC avança na retomada da indústria brasileira — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Gestão, Importação, Industria, Informação

Brasil responde a investigação chinesa sobre carne bovina

O governo brasileiro, junto com o setor exportador, ressaltou que, ao longo da investigação, irá demonstrar que as exportações de carne bovina do Brasil para a China não causam danos à indústria local.

O governo brasileiro, por meio de uma nota divulgada nesta sexta-feira (27), afirmou que está ciente do início da investigação aberta pela China para avaliar se o aumento das importações de carne bovina do Brasil tem prejudicado o setor interno chinês. A informação foi comunicada pelo Ministério do Comércio da China.

A nota, assinada pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores, destacou que o Brasil vai buscar demonstrar que a carne bovina exportada para a China não representa nenhum prejuízo para a indústria chinesa.

A investigação abrange todos os países exportadores de carne bovina para a China e irá analisar o período de 2019 até o primeiro semestre de 2024. O processo investigativo tem prazo estimado de oito meses, e, até o momento, não foram anunciadas medidas preliminares, com a tarifa de 12% “ad valorem” sobre as importações de carne bovina da China permanecendo em vigor.

A China é o principal mercado para a carne bovina brasileira, sendo também o maior parceiro comercial do Brasil no setor de proteínas animais nos últimos anos. Em 2024, as exportações brasileiras para o país chegaram a mais de 1 milhão de toneladas, um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período de 2023, conforme dados do MDIC. O governo brasileiro, junto com o setor exportador, ressaltou que, ao longo da investigação, irá demonstrar que as exportações de carne bovina do Brasil para a China não causam danos à indústria local, mas sim, desempenham um papel complementar na produção da China. Por fim, a nota reforça o compromisso das autoridades brasileiras em defender os interesses do agronegócio nacional, ao mesmo tempo que respeitam as decisões soberanas da China e buscam sempre o diálogo para soluções que sejam benéficas para ambas as partes.

FONTE: É Hoje.com
Brasil responde a investigação chinesa sobre carne bovina

 

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Economia, Exportação, Industria, Informação

Indústria de SC cresce 7,4% no ano até outubro

Produção industrial foi puxada pelos setores de equipamentos elétricos, máquinas e equipamentos e metalurgia; desempenho ficou acima do brasileiro, de 3,4% no acumulado de 2024

Florianópolis, 16.12.24 – A indústria de SC cresceu 7,4% no acumulado do ano até outubro, em comparação com igual período do ano anterior. O desempenho ficou acima do incremento da produção industrial brasileira, que foi de 3,4% no mesmo período. A pesquisa industrial mensal (PIM) do IBGE mostra ainda que considerando o desempenho do mês de outubro, a produção do setor industrial avançou 12,2% frente a outubro de 2023 – mais que o dobro da indústria brasileira no período (5,8%).

O incremento foi impulsionado pelo setor de bens de capital, que avançou 13,1% de janeiro a outubro e que engloba segmentos como máquinas e equipamentos – que subiu 12,2% no ano – e também metalurgia, que cresceu 10,5%. Para o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, o desempenho da indústria catarinense em 2024 refletiu os impactos do ciclo de queda de juros iniciado em meados de 2023, e que beneficiou os setores que dependem de acesso ao crédito para crescer, como o de bens de capital. “Para 2025, no entanto, esperamos que o novo ciclo de alta da Selic iniciado em outubro tenha reflexos negativos, restringindo o crédito e afetando a produção industrial e o consumo”, explica.

O setor de bens de consumo duráveis, que engloba a fabricação de automóveis e eletrodomésticos, por exemplo, cresceu 7,4% no ano em SC, incentivado pelo elevado nível de consumo das famílias. Dentro desse ramo, destaca-se a alta de 16,2% do setor de equipamentos elétricos, liderando o ranking da produção industrial catarinense de janeiro a outubro, e também o aumento de 8,6% em produtos de borracha e plásticos.

O economista Bruno Haeming, do Observatório FIESC, explica que o dinamismo do mercado de trabalho em SC, em situação de pleno emprego, tem favorecido o incremento da renda do trabalhador. “Isso acaba se refletindo no consumo, e por isso segmentos tradicionais no estado, como a produção têxtil e de vestuário mostraram incremento no ano. A fabricação de produtos têxteis – como roupas de cama e banho, avançou 7,5% no período, enquanto a de confecções e acessórios subiu 8,5% até outubro”.

Setores puxados pelo crescimento da construção civil no estado também apresentaram desempenho positivo no período. O setor de produtos de madeira cresceu 9,2% no acumulado do ano, e o segmento de minerais não-metálicos – que inclui a fabricação de cerâmica – avançou 6,7%.

FONTE: FIESC
https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/industria-de-sc-cresce-74-no-ano-ate-outubro

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