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Com mercado aquecido, empresa brasileira exporta mais 500 toneladas de feijões especiais

A Interco, uma startup do setor de commodities, se associou ao Instituto Brasileiro de Feijões e Pulses (IBRAFE) para o desenvolvendo do projeto de exportação de feijões especiais no Brasil com a introdução de uma terceira safra, mesmo diante de desafios climáticos e logísticos.

De acordo com a empresa, que também é associada a Global Pulses Confederation (GPC), esse crescimento é impulsionado pela crescente demanda de mercados internacionais, como os da Ásia, do mundo árabe e da África. Segundo dados da Future Market Insight, o mercado global de pulses, que inclui feijões especiais como o mungo verde, matpe preto e o feijão marrom, foi avaliado em US$ 71,76 bilhões em 2022, com projeção para atingir US$ 122,89 bilhões até 2033, a uma taxa anual composta de crescimento (CAGR) de 4,9%. Para este ano, a Interco já programou embarques de 500 toneladas dessas leguminosas.

Entre os mercados que receberão os feijões especiais brasileiros, destaca-se a Índia, que importa cerca de 3 milhões de toneladas anualmente, representando cerca de 20% do consumo global de pulses. A China, outro grande importador, deve apresentar um crescimento anual de 6,4% até 2033, o que faz desse mercado uma oportunidade significativa para exportadores brasileiros. Em uma recente viagem a Macau o diretor executivo da Interco Trading, Nicholas Taylor, participou de um evento em que a pauta foi a exportação de feijões. Segundo ele, o mercado está aquecido e o Brasil está bem-posicionado para aproveitar esse cenário.

“Temos dois grandes aliados nesse cenário: o projeto APEX Brazil Superfoods e o próprio IBRAFE. Ambos promovem missões e encontros com grandes compradores em eventos realizados em embaixadas de mercados prioritários. Além disso, há negociações em andamento com diversos governos para reduzir tarifas sobre os feijões nacionais. Um destaque importante são as tratativas com o governo chinês, cujo mercado de pulses, avaliado em mais de US$ 10 bilhões anuais, representa um marco potencial para o setor brasileiro, devido ao alto nível de competitividade dos nossos produtores e à qualidade dos produtos”, explica.

Entre os desafios, o principal é a infraestrutura dos portos brasileiros, que se encontra colapsada. De acordo com Marcos Ferraz, diretor de commodities da Interco Trading, a falta de previsibilidade nas políticas econômicas do Brasil desestimula investimentos maiores na produção nacional. “Na nossa visão, como empresa privada, importante termos pesquisas e investimentos em novas variedades no mercado brasileiro e agregar valor de forma conjunta com produtores para exportação de feijões para outros continentes”, complementa.

Ainda segundo Ferraz, o mercado brasileiro se destaca como protagonista. “A Interco, com sua visão de futuro e alinhada à estratégia de parceria com o IBRAFE, busca produtores para atender à crescente demanda internacional. Estima-se que o mercado global de pulses continue a se expandir, o que trará uma expansão saudável dos negócios nos próximos anos”, finaliza.

FONTE: Datamar News
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Brasil bate recorde de exportação de feijão

Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), o Brasil está alcançando um marco histórico nas exportações de feijão, resultado da crescente organização do setor de Pulses. Até setembro de 2024, o país exportou 217 mil toneladas, apontando para um novo recorde.

A maioria dos feijões exportados foram vendidos a preços acessíveis ao consumidor ou correspondem a cultivares com baixo consumo interno. O maior volume foi destinado à Índia, totalizando 102 mil toneladas, composto por 70 mil toneladas de caupi branco do Mato Grosso e Pingo de Ouro da Bahia, além de 39 mil toneladas de Mungo-verde e Mungo-preto.

Ainda de acordo com o IBRAFE, conforme previsto no final de 2023, quando surgiu a possibilidade de o produtor enfrentar dificuldades com a comercialização do feijão-preto, foram realizadas exportações para a Venezuela (28 mil toneladas), México (26 mil toneladas), Guatemala (11 mil toneladas) e República Dominicana (6 mil toneladas). Além disso, cerca de 35 mil toneladas de feijões rajados e vermelhos foram enviadas ao exterior, contribuindo para a diversificação dos mercados de exportação.

Desde 2010, o Brasil passou a exportar feijão anualmente, inicialmente com duas cultivares, e, atualmente, já são produzidos 18 tipos diferentes, com exportações para 75 países em 2021. O crescimento da área irrigada tem impulsionado essa expansão, e o país precisa acelerar as conexões internacionais para ampliar sua presença nos mercados já estabelecidos, além de abrir novos mercados para continuar essa trajetória positiva. O resultado desse esforço é a diminuição dos riscos para os produtores brasileiros, que encontram no mercado externo uma alternativa viável para evitar prejuízos, garantindo sustentabilidade e rentabilidade para o setor de feijão.

Brasil bate recorde de exportação de feijão (agrolink.com.br)

 

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