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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Notícias, Tributação

Cerca de 60% das exportações do Rio Grande do Norte em março são da fruticultura

Boletim da Balança Comercial divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC), nesta segunda-feira (7), apontou que a fruticultura foi destaque nas exportações de março no Rio Grande do Norte. O levantamento destaca que cinco produtos ligados à cadeia produtiva representaram 58,6% do total exportado no mês.

De acordo com o boletim, outros açúcares de cana liderou a pauta com US$ 7,1 milhões, seguidos por melões frescos (US$ 6,5 milhões), outros produtos de origem animal impróprios para alimentação humana (US$ 4,3 milhões), melancias frescas (US$ 3,2 milhões) e os mamões frescos (US$ 2,3 milhões).

O boletim mostrou ainda que cinco mercados foram responsáveis por quase 70% (69,9%) do total exportado pelo Rio Grande do Norte no período. O principal parceiro de exportação no mês passado, no tocante a produtos exportados, foi os Estados Unidos (US$ 10,5 milhões). Na sequência aparecem Senegal (US$ 5,5 milhões), os Países Baixos (US$ 5,2 milhões), a Espanha (US$ 3,9 milhões) e o Reino Unido (US$ 2,8 milhões).

Segundo o levantamento relativo ao terceiro mês do ano, o estado movimentou US$ 39,9 milhões em exportações e US$ 36,9 milhões em importações. E como saldo positivo das transações do Comércio Exterior, o RN teve US$3 milhões.

“Os resultados apresentados refletem na diversificação da pauta comercial do RN e da expansão cada vez maior de seus produtos em novos mercados. Além disso, o saldo comercial positivo evidencia o potencial que o estado possui em termos de competitividade”, frisa a pasta estadual.

IMPORTAÇÕES

Já em relação às importações, o destaque ficou para outros trigos e misturas de trigo com centeio, com o valor de US$ 7,9 milhões, seguido por outras gasolinas (exceto para aviação) com US$ 7,1 milhões, células fotovoltaicas com US$ 4,6 milhões, hulha betuminosa (tipo de carvão mineral que contém betume e tem um alto teor de carbono) com US$ 1,6 milhão e lulas congeladas com US$ 1,1 milhão.

A SEDEC ressalta que os cinco principais produtos importados, a presença de produto relacionado à energia renovável em terceiro lugar e a presença de um novo item – hulha, um tipo de carvão mineral. Juntos, esses cinco produtos representaram 60,4% do total importado pelo Rio Grande do Norte em março de 2025.

A China liderou como principal fornecedora do Rio Grande do Norte, com US$ 9,2 milhões, seguida pelo Uruguai (US$ 8,1 milhões), os Países Baixos (US$ 7,4 milhões), a Argentina (US$ 1,7 milhão) e a Colômbia (US$ 1,6 milhão). Juntos, estes mercados foram responsáveis por 75,8% do total das importações realizadas pelo Rio Grande do Norte no período.

PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM MARÇO (em milhões U$ – Valor FOB)

OUTROS AÇÚCARES DE CANA, SACAROSE QUIMICAMENTE PURA – 7,1

MELÕES FRESCOS – 6,5

OUTROS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL, IMPRÓPRIOS PARA ALIMENTAÇÃO HUMANA – 4,3

MELANCIAS FRESCAS – 3,2

MAMÕES (papaias) FRESCOS – 2,3

 

PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM MARÇO (em milhões U$ – Valor FOB)

OUTROS TRIGOS E MISTURAS DE TRIGO COM CENTEIO, EXCETO PARA SEMEADURA – 7,9

OUTRAS GASOLINAS, EXCETO PARA AVIAÇÃO – 7,1

CÉLULAS FOTOVOLTAICAS MONTADAS EM MÓDULOS OU EM PAINÉIS – 4,6

HULHA BETUMINOSA, NÃO AGLOMERADA – 1,6

LULAS, CONGELADAS – 1,1

FONTE: BOLETIM ECONÔMICO SEDEC
DeFato.com – Estado

 

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Comércio Exterior, Exportação, Importação, Industria, Negócios, Notícias

Balança comercial: Brasil tem superávit de US$ 8,15 bi em março com exportações saltando 5%

A balança comercial brasileira fechou o mês de março no campo positivo, com superávit de US$ 8,155 bilhões, crescimento de 13,8% ante mesmo mês do ano anterior.

Trata-se do melhor saldo para um mês de março já registrado na série histórica. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta sexta-feira, 4.

O resultado da balança comercial é saldo de US$ 29,2 bilhões em exportações e US$ 21 bilhões em importações.

Em termos de volume, tanto exportações quanto importações tiveram crescimento na base anual, de 5% e 4,2%, respectivamente. Olhando para preço, as exportações tiveram aumento de 0,4%, ao passo que as importações apresentaram recuo de 1,5%.

O time de pesquisa macroeconômica do Itaú Unibanco, chefiado pelo economista Mario Mesquita, comenta que o resultado superou as projeções da casa e da mediana das expectativas de mercado, já que ambas em miravam US$ 7 bilhões de superávit.

“O resultado mais forte do que o esperado, com exportações maiores e importações menores do que o projetado por nós. As exportações aceleraram com o avanço da safra de soja e aumento das exportações de carne. Já as importações desaceleraram após dois meses de leitura mais pressionada. Esperamos que a balança comercial siga melhorando com a safra recorde e desaceleração da atividade econômica à frente.”

Em se tratando dos setores, a agropecuária teve a maior alta no valor, com variação de 16% na base anual, para US$ 8,2 bilhões:

  • Agropecuária: US$ 8,2 bilhões (+16% em valor e +10,8% em volume)
  • Indústria Extrativa: US$ 5,5 bilhões (-15,3% em valor e -10,6% em volume)
  • Indústria de transformação: US$ 15,3 bilhões (+10,1% em valor e +9% em volume)

Olhando para os produtos, foram US$ 5,73 bilhões exportados em soja, ante US$ 5,35 bilhões em igual etapa do ano anterior. O produto representou 19,6% das exportações em março deste ano.

No caso do café foram US$ 1,42 bilhão, alta de 92% na base anual e representando 4,9% das exportações.

Óleos brutos tiveram queda de 20%, para US$ 2,8 bilhões e representaram 10% das exportações em março de 2025. Minério de ferro, por sua vez, teve queda de 16,5% para US$ 2 bilhões neste ano, representando uma fatia de 7% das exportações da balança comercial brasileira.

Projeções para 2025

O MDIC estima um superávit comercial de US$ 70,2 bilhões para este ano. Com essa cifra, o superávit apresentaria um recuo ante o resultado do ano anterior, que foi de um superávit de US$ 74,2 bilhões.

A estimativa para as exportações é de US$ 353,1 bilhões, ante US$ 337 bilhões registrados no ano anterior.

Por fim, a projeção para as importações é de US$ 282,9 bilhões, ao passo que em 2024 foram US$ 262,9 bilhões.

Brasil x EUA

Sobre um eventual impacto da política de tarifas dos EUA, especialistas da pasta destacaram que ‘não comentam’ o tema, pois os dados dessa divulgação ainda não contemplam os efeitos das novas diretrizes do governo Trump.

O diretor do Departamento de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, comenta que sequer as tarifas no aço, implementadas há algumas semanas, tiveram impacto nos dados referentes a março.

“Temos o que chamamos de embarque antecipado: as empresas embarcam os bens e depois declaram. Operações de commodities estão atrasadas em relação ao calendário. Aço semimanufaturado, o aço bruto que é o mais exportado para os EUA, foi US$ 372 milhões, ou seja, teve inclusive um crescimento de 23,9%.”

Todavia, o crescimento pode ter tido impacto pelos anúncios de Trump.

Indagado sobre esse impacto, Brandão comenta: “Não posso fazer essa afirmação, mas é um comportamento comum no comércio internacional quando se anuncia alguma medida. Vemos isso quando o Brasil vai aplicar um antidumping, uma medida de sobretaxar algum setor, vemos um grande aumento [de importações] antes de entrar em vigor”.

Nos dados da balança referentes a março, as principais quedas de exportação para os EUA foram óleos brutos de petróleo, com queda de 90%, instalações e equipamentos de engenharia (-62%) e aeronaves e outros equipamentos (-21,7%).

De importações, foram motores e máquinas, um crescimento de 42%, óleos brutos de petróleo, crescimento de 78%, maquina de processamento automático e dados, 94% de crescimento.

Balança comercial reverteu déficit

Com o resultado, foi revertido o déficit de fevereiro, quando foi registrado saldo negativo de US$ 324 milhões, calculado a partir de US$ 22,929 bilhões em exportações e US$ 23,253 bilhões em importações.

Foi o primeiro déficit registrado pela balança comercial desde janeiro de 2022, quando foi registrado saldo negativo de US$ 59 milhões. O resultado em questão foi impactado por uma queda de 1,8% no valor exportado em relação ao mesmo mês do ano anterior.

FONTE: Isto é Dinheiro
Balança comercial: Brasil tem superávit de US$ 8,15 bi em março com exportações saltando 5% – ISTOÉ DINHEIRO

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Comércio Exterior, Economia, Exportação, Finanças, Gestão, Importação, Informação, Negócios, Notícias

Como o Brasil pode ser afetado pelas tarifas recíprocas de Trump?

Analistas ponderam taxação real dos produtos americanos no Brasil, entre alíquota zero de alguns produtos e barreiras não-tarifárias que podem ser consideradas pelos EUA

A semana começa com forte aversão a risco no mercado, em meio à repercussão sobre as afirmações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que as tarifas recíprocas a serem anunciadas nesta semana cobrirão todos os países, não apenas um grupo menor de 10 a 15 países. Isso provocou temores de que uma guerra comercial global possa levar a uma recessão.

Trump prometeu revelar um enorme plano tarifário na quarta-feira, que ele apelidou de “Dia da Libertação”. Ele já impôs tarifas sobre alumínio, aço e automóveis, além de taxas maiores sobre todos os produtos da China. “Começaria com todos os países”, disse ele a repórteres a bordo do Air Force One. “Essencialmente todos os países dos quais estamos falando.”

As declarações de Trump a repórteres a bordo do Força Aérea Um parecem acabar com as expectativas de que as taxas seriam limitadas a um grupo menor de países com os maiores desequilíbrios comerciais. Trump deve receber recomendações sobre as tarifas na terça-feira e fazer um anúncio na quarta, com a entrada em vigor no dia seguinte de tarifas sobre automóveis.

Neste cenário, as visões de como o Brasil pode ser afetado na prática são diversas. À época dos primeiros anúncios, o Brasil foi citado pelo presidente americano quando ele tratou sobre esse tema como um dos países-alvo.

Segundo Trump, “União Europeia, China, Brasil, México e Canadá nos cobram tarifas injustas [dos EUA]” no comércio exterior. “No dia 2 de abril, tarifas recíprocas serão adotadas. Não deixaremos mais que os Estados Unidos sejam roubados por outros países. Não pagaremos mais subsídios de centenas de bilhões de dólares ao Canadá e México.”

Conforme destacou a equipe econômica do Bradesco em meados de fevereiro, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2024, foi o destino de 12% das exportações brasileiras, totalizando US$ 40,4 bilhões, e origem de 15,5% das importações nacionais (US$ 40,7 bilhões). Sendo assim, o saldo comercial com os Estados Unidos foi praticamente nulo, enquanto a corrente de comércio alcançou 3,6% do PIB brasileiro no ano passado.

Dentre os principais produtos exportados, os economistas do Bradesco destacaram óleos brutos e combustíveis de petróleo, produtos de ferro e aço, aeronaves, café e celulose.

“Ainda não se pode dizer que a batalha contra a inflação terminou”, complementou o membro do conselho do BCE, Fabio Panetta, em discurso em Roma.

Quando analisada a participação dos Estados Unidos na pauta exportadora por produto, os mais dependentes dessa parceria são produtos de ferro e aço, aeronaves, materiais de construção e manufaturas de madeira. Pelo lado das importações, o Brasil é dependente de motores e máquinas não elétricos, óleos combustíveis e brutos de petróleo, aeronaves e gás natural norte-americanos.

As tabelas abaixo trazem um resumo dos 20 principais produtos exportados e importados e seu grau de dependência dos Estados Unidos:

Comércio com os Estados Unidos, pauta exportadora e importadora em 2024 (Fonte: MDIC, Bradesco)

 

Apesar de ser um importante parceiro comercial, o Brasil sempre taxou as importações vindas dos Estados Unidos, ressalta o banco. Utilizando dados do Banco Mundial, o Bradesco observou que a tarifa média atual é de 11,3% (2022, último dado disponível), sendo maior para bens de consumo e quase zerada para combustíveis. Por outro lado, as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros são consideravelmente inferiores (em média 2,2%). Com uma tarifa um pouco mais elevada para bens de consumo e quase zerada para bens de capital e combustíveis.

Assim, com as tarifas recíprocas, dada a diferença de tarifas, o Brasil poderia sofrer elevação das taxas.

Para medir eventuais impactos na balança comercial, no câmbio e na inflação, o banco fez três cenários hipotéticos de tarifas: (i) os Estados Unidos adotam a reciprocidade; (ii) os Estados Unidos aumentam as tarifas de importação de produtos brasileiros para 25%, em um movimento similar ao feito contra o México e Canadá; e (iii) o Brasil retalia tais medidas, ampliando as tarifas para produtos norte-americanos para os mesmos 25%.

No primeiro cenário, a tarifa média imposta pelos Estados Unidos passaria dos atuais 2,2% para 11,3%, com todas as aberturas se igualando às tarifas de importação cobradas pelo Brasil. Nesse exercício, o banco encontra uma redução de cerca de US$ 2,0 bilhões nas exportações (5% do total embarcado).

Em um exercício hipotético, a depreciação equivalente do real, necessária para compensar essa perda, seria da ordem de 1,5%, com um impacto potencial estimado ligeiramente inferior a 0,1 ponto percentual no IPCA, como resposta direta à depreciação cambial.

O segundo cenário contempla um aumento das tarifas atuais para 25%. O Bradesco estima que tais medidas reduziriam em US$ 6,5 bilhões as exportações brasileiras, com maior impacto em bens intermediários (principal categoria dos produtos exportados para os Estados Unidos) e em combustíveis, dada a diferença entre os 25% e a tarifa atual, de apenas 0,2%.

Para hipoteticamente compensar essa perda, este cenário demandaria uma depreciação equivalente de 4%, elevando a inflação doméstica em até 0,25 ponto percentual.

Já o terceiro exercício contempla um aumento das tarifas atuais brasileiras sobre os produtos norte-americanos para 25%. Neste cenário, as importações recuariam cerca de US$ 4,5 bilhões e o repasse para a inflação ocorreria em dois estágios.

Inicialmente com impactos diretos oriundos apenas da elevação dos preços de importação e posteriormente via repasse dado o aumento do IPA. “Estimamos que o impacto máximo potencial seria de 0,3 ponto percentual, sendo 1/3 direto e 2/3 indireto”, aponta o banco.

Resumo dos cenários de tarifas (Fonte: Bradesco)

 

Por outro lado, há ponderações sobre o tema. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) feito a partir dos dados do Banco Mundial reitera que a tarifa média simples aplicada pelo Brasil às importações dos EUA foi realmente de 11,3% em 2022 ante 2,2% da tarifa média simples cobrada dos EUA sobre as importações brasileiras.

Contudo, quando se calcula uma média ponderada pelo volume das importações, a taxa brasileira continua maior, mas a diferença cai. Isso ocorre porque a tarifa média paga pelos exportadores na prática é menor, já que produtos com maior volume de importação dos dois lados contam com tarifas mais baixas ouaté mesmo zeradas.

Levando em conta a tarifa efetiva, o Brasil cobrou em média 4,7% sobre importações vindas dos EUA naquele ano, aponta o FGV Ibre, enquanto os produtos brasileiros sofreram taxação efetiva média de 1,3% ao entrarem nos EUA.

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), por sua vez, estima que o Brasil cobrou uma tarifa média ponderada de 2,7% em 2024, um valor ainda menor.

“Essa diferença ocorre devido à alta participação de produtos americanos com alíquota zero nas importações brasileiras, como aeronaves e suas partes, petróleo bruto e gás natural, além do uso de regimes aduaneiros especiais – como drawback, ex-tarifário e Recof – que reduzem ou eliminam impostos sobre importações dos Estados Unidos”, apontou a nota.

Assim, como resultado, mais de 48% das exportações americanas para o Brasil entram sem tarifas, e outros 15% estão sujeitos a alíquotas de no máximo 2%, aponta a Amcham.

A nota aponta que os regimes especiais de tributação citados na nota permitem, sob algumas condições, que empresas importem máquinas e equipamentos para melhorar sua produção tendo desconto nas tarifas de importação. Assim, os produtos, em geral, têm tarifas mais altas, com o objetivo de proteger a indústria de máquinas brasileira.

Em meados de março, a Amcham, em carta obtida pela CNN, escreveu uma carta de 15 páginas ao USTR, escritório de representação comercial da Casa Branca, alertando o governo de Donald Trump sobre o risco de prejudicar o interesse das próprias empresas dos Estados Unidos com a imposição de tarifas adicionais ao Brasil.

Na carta, aponta que o Brasil foi responsável pelo terceiro maior superávit comercial dos Estados Unidos com as economias do G20 e lembra que o saldo positivo não se limita ao comércio de bens. Em serviços, os Estados Unidos acumulam superávit de US$ 165,4 bilhões com o Brasil no período de 2015 a 2024, aponta a Câmara.

Barreiras não-tarifárias no foco dos EUA?

Enquanto isso, estudo feito pelo BTG Pactual avalia que mais de 86% das importações brasileiras são submetidas a algum tipo de barreira não tarifária, o que poderia ser levado em conta pelos EUA ao aplicarem sua nova política comercial. Entre as barreiras, estão  normas sanitárias e fitossanitárias, cotas ou restrições quantitativas para determinados produtos, além de licenças e inspeções de órgãos como o Inmetro ou a Anvisa.

O BTG fez a seleção de 12 países e traçou o “índice de cobertura” das barreiras não tarifárias, que é a medição do valor das importações de cada país sobre as quais existe algum tipo de medida potencialmente restritiva. No caso do Brasil, esse índice alcança 86,4% das compras do exterior enquanto que, na América Latina, perde apenas para a Argentina (94,6% das importações).

Em meados de fevereiro, o economista-chefe da XP, Caio Megale, ressaltou no programa Morning Call que o Brasil está “mal posicionado” sobre a tarifa recíproca.

“O país possui tarifas de importação relativamente elevadas para diversos produtos, enquanto as taxas de exportação para os Estados Unidos não são tão altas. Sob essa perspectiva, o Brasil tende a estar no foco da política comercial dos Estados Unidos”, ressaltou.

Entretanto, o economista-chefe da XP ressalta que o Brasil exporta pouco para os Estados Unidos quando se contabilizam os produtos individualmente. “É um parceiro comercial significativo, mas as exportações do Brasil são relativamente diversificadas”, destacou.

FONTE: InfoMoney
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Agronegócio, Comércio Exterior, Economia, Importação, Industria, Informação, Logística, Negócios, Notícias, Tributação

Superávit da balança comercial brasileira atinge US$ 1,11 bilhão na terceira semana de março

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,11 bilhão na terceira semana de março, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O resultado reflete exportações de US$ 6,43 bilhões e importações de US$ 5,31 bilhões no período.

No acumulado do mês, o saldo positivo chega a US$ 5,88 bilhões. Já no ano, até agora, o superávit totaliza US$ 7,81 bilhões. O desempenho das exportações foi impulsionado principalmente pelos embarques da agropecuária (+28,4%) e da indústria de transformação (+19,2%), enquanto a indústria extrativa registrou queda de 4,2%.

Do lado das importações, houve alta de 12,5%, puxada também pela agropecuária (+38,7%) e pela indústria de transformação (+14,2%). A indústria extrativa apresentou recuo de 20%.

Apesar do saldo positivo, setores específicos da economia acompanham com atenção fatores externos que podem influenciar a balança nos próximos meses. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal), por exemplo, demonstrou preocupação com a recente elevação da tarifa sobre o alumínio nos Estados Unidos, que subiu de 10% para 15% a partir de março.

Mesmo representando uma pequena fração das importações norte-americanas, o Brasil tem nos EUA um destino relevante para seus produtos de alumínio, com 16,8% das exportações nacionais do setor em 2024. A medida, segundo a entidade, pode afetar o fluxo de exportações, pressionar preços regionais e criar um ambiente de concorrência menos equilibrado.

FONTE: Bloglogcomex
Superávit da balança comercial brasileira atinge US$ 1,11 bilhão na terceira semana de março

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Com compra de plataforma de petróleo da China, balança comercial fica negativa em US$ 324 milhões em fevereiro

Déficit se deveu à compra de uma plataforma de petróleo da China

A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 324 milhões, ante um superávit de US$ 5,1 bilhões no mesmo mês de 2024. O saldo negativo se deveu à importação de uma plataforma de petróleo de China.

O último déficit mensal ocorreu em janeiro de 2022, quando houve déficit de US$ 59 milhões. Também é o pior resultado para meses de fevereiro desde 2015, quando foi contabilizado um saldo negativo de US$ 3,05 bilhões.

O resultado mensal é a diferença entre US$ 22,929 bilhões em exportações e US$ 23,253 bilhões em importações. Enquanto as vendas ao exterior caíram 1,8% em relação a fevereiro de 2024, as compras externas subiram 27,6%.

Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No mês passado, um dos destaques foi o ingresso de plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes, com um aumento de 16.220,6% e valor de US$ 2,66 bilhões. As compras de automóveis se destacaram em fevereiro, com um acréscimo de 84%.

O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Herlon Brandão, disse que a compra da plataforma é algo “esporádico”. Não fosse isso, a balança teria ficado positiva.

— São investimentos de grande vulto e esporádicos — afirmou.

Ele ressaltou não acreditar que a redução de tarifas de importações de alimentos, anunciada na quinta-feira pelo governo, fará com que o saldo comercial fique negativo. Disse, ainda, que só será possível saber se o aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos em meados deste ano.

Já as exportações apresentaram redução de itens importantes da pauta, como minério de ferro (36,6%) e petróleo (21,6%). Houve alta de 1,8% de produtos agropecuários e um acréscimo de 8,1% em bens da indústria de transformação.

Em fevereiro, as exportações para a Argentina cresceram 54% e das vendas para os EUA aumentaram 22,9%. Já os embarques para China, Hong Kong e Macau caíram 21,1%.

FONTE: O Globo
Com compra de plataforma de petróleo da China, balança comercial fica negativa em US$ 324 milhões em fevereiro

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Corrente de comércio atinge US$ 94,57 bi no primeiro bimestre de 2025, crescimento de 6,5% em relação a 2024

As exportações brasileiras em janeiro e fevereiro somaram US$ 48,25 bilhões e as importações, US$ 46,32 bilhões, resultando em um saldo comercial positivo de US$ 1,93 bilhão.

A corrente de comércio totalizou US$ 94,57 bilhões, um aumento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2024. Os dados fazem parte da Balança Comercial de Fevereiro, apresentada nesta sexta-feira (7/3) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC) em entrevista coletiva.

No mês de fevereiro de 2025, as exportações somaram US$ 22,93 bilhões e as importações, US$ 23,25 bilhões, resultando em um saldo comercial negativo de US$ 0,32 bilhão. A corrente de comércio totalizou US$ 46,18 bilhões, representando um crescimento de 11,1% na comparação com fevereiro de 2024.

O valor exportado de US$ 22,93 bilhões representa uma queda de 1,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 23,35 bilhões). Enquanto isso, as importações cresceram 27,6% em relação a fevereiro de 2024 (US$ 18,22 bilhões). Na importação, o resultado foi impulsionado pela compra de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 2,7 bilhões. A plataforma de exploração de petróleo teve a China como país de origem.

A indústria de transformação se destacou nas exportações, com crescimento de 8,1% no mês. Entre os principais produtos industriais exportados, celulose e carnes apresentaram aumento. No acumulado do ano, a indústria de transformação teve crescimento de 3,7%.

Exportações e importações por Setor e Produtos

No mês de fevereiro/2025, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores na exportação foi o seguinte: crescimentos de US$ 1,02 bilhão (8,1%) em produtos da Indústria de Transformação; e de US$ 0,06 bilhão (1,3%) em produtos da Agropecuária; e queda de US$ 1,53 bilhão (-26,4%) na Indústria Extrativa.

Nas importações, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimentos de US$ 5,12 bilhões (31,0%) em produtos da Indústria de Transformação; e de US$ 0,12 bilhão (30,4%) na Agropecuária; e queda de US$ 0,22 bilhão (-18,9%) na Indústria Extrativa.

Já no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, comparando com igual período do ano anterior, o desempenho dos setores exportadores foi o seguinte: crescimento de US$ 0,99 bilhão (3,7%) em produtos da Indústria de Transformação; e quedas de US$ 0,37 bilhão (-4,1%) em produtos da Agropecuária; e de US$ 2,45 bilhões (-17,6%) na Indústria Extrativa;

Nas importações, o desempenho dos setores no acumulado do ano foi o seguinte: crescimentos de US$ 7,65 bilhões (21,8%) em produtos da Indústria de Transformação; e de US$ 0,23 bilhão (24,8%) na Agropecuária; e queda de US$ 0,33 bilhão (-13,7%) na Indústria Extrativa.

Balança Comercial Mensal – Dados Consolidados

As exportações para os Estados Unidos cresceram 22,9%, para a Argentina 54,0% e para o Canadá 44,2%. Em contrapartida, houve quedas nas exportações para a China (-21,6%), Emirados Árabes Unidos (-49,6%) e Coreia do Sul (-56,5%).

Acesse a íntegra da Balança Comercial

FONTE: MDIC.gov
Corrente de comércio atinge US$ 94,57 bi no primeiro bimestre de 2025, crescimento de 6,5% em relação a 2024 — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Importações superam exportações brasileiras em fevereiro e balança comercial fica negativa

A balança comercial brasileira registrou em fevereiro de 2025 saldo negativo de US$ 324 milhões, calculado a partir de US$ 22,929 bilhões em exportações e US$ 23,253 bilhões em importações.

É o primeiro déficit registrado desde janeiro de 2022, quando foi registrado saldo negativo de US$ 59 milhões. O resultado foi impactado por uma queda de 1,8% no valor exportado em relação ao mesmo mês do ano anterior. O recuo de 26,4% (US$ 1,53 bilhão) no valor exportado pela indústria extrativa foi o determinante para o impacto, enquanto agropecuária cresceu 1,3% (US$ 60 milhões) e indústria de transformação, 8,1% (US$ 1,02 bilhão).

Houve queda tanto no volume quanto no preço dos óleos brutos de petróleo e do minério de ferro. Já a indústria de transformação, destaque positivo do mês, foi alavancada pela celulose e carnes. No acumulado do ano, a indústria de transformação teve crescimento de 3,7% (US$ 99 milhões).Plataforma de petróleo alavanca importações

Pelo lado das importações, no acumulado do ano, o desempenho das importações foi impulsionado pela compra de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 2,7 bilhões. Sem a plataforma, haveria uma importação de US$ 20,6 bilhões, valor mais próximo do registrado em fevereiro nos anos anteriores.

A plataforma de exploração de petróleo teve a China como país de origem. Assim, houve crescimento de 21,8% (US$ 7,65 bilhões) na indústria de transformação e de 24,8% (US$ 230 milhões) na agropecuária, além de queda de 13,7% (cerca de US$ 330 milhões) na indústria extrativa.

‘Efeito Trump’ ainda não é observado

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC), os saldos do Brasil tem apresentado uma tendência de retração, porém ainda não é esperado que o registro de déficit torne-se frequente.

Diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do órgão, Herlon Brandão comentou em coletiva de imprensa que considera improvável mesmo que a guerra tarifária acirrada recentemente por Donald Trump tenha impacto sobre os números. “A exportação é muito superior a importação já há vários anos”, disse. “Uma mudança em um parceiro comercial não é o suficiente para reverter essa tendência que já vem de anos.”

Brandão descartou também impactos da medida do governo que isenta de impostos uma série de alimentos importados. A iniciativa foi tomada como forma de tentar frear a inflação.

O MDIC divulga anualmente sua projeção para a balança comercial do ano em abril. A expectativa é de que seja calculado novamente um superávit comercial.

FONTE: Isto É Dinheiro
Importações superam exportações brasileiras em fevereiro e balança comercial fica negativa – ISTOÉ DINHEIRO

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O Uruguai envia touros aos chineses a bordo de um Boeing 747 como presente

O Aeroporto Internacional de Montevidéu, no Uruguai, viveu uma realidade incomum no último dia 22 de fevereiro. Um Boeing 747-400 pousou na capital com um propósito: abastecer o seu compartimento de cargas com três touros.

A aeronave, sob a operação da Suparna Airlines, pousou na América do Sul e pouco depois decolou rumo ao aeroporto de Yinchuan, na China. Com capacidade para transportar mais de 178 toneladas, o avião dedicou um espaço exclusivo para acomodar os três animais das raças Hereford, Aberdeen Angus e Braford.

Uruguai quer ampliar exportação de animais vivos

A iniciativa uruguaia faz parte de um gesto simbólico que visa celebrar os 35 anos de relações diplomáticas com a China. Antes de pousar em Montevidéu, o avião fez escalas em três outros aeroportos entre a Ásia e a América do Norte principalmente para descarregar itens de comércio eletrônico.

De acordo com o governo uruguaio, os animais passaram por um protocolo de saúde rigoroso antes do voo. Durante a viagem, tiveram o acompanhamento de veterinários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca, responsáveis pela supervisão do estado de saúde dos animais.

Os touros foram um presente do governo do presidente uruguaio Luis Lacalle Pou, como reconhecimento pela amizade diplomática com a potência asiática. Mas além da afinidade ideológica – o Uruguai atualmente vive regime de esquerda -, o país sul-americano está de olho na balança comercial de exportação.

A China representa um importante cliente do rebanho bovino do Uruguai. Mais do que isso, o país quer ampliar a venda de animais vivos, cujo valor da carne supera o da carne ovina exportada, o que torna o mercado de genética bovina mais promissor. Nesse contexto, a aviação desempenha um papel fundamental.

Conforme especialistas, o transporte aéreo garante mais segurança e bem-estar aos animais. Já o transporte marítimo envolve uma viagem muito mais longa, que poderia causar estresse. Outro risco é a exposição dos animais a doenças em portos de escala.

Na América do Sul, países como Argentina, Chile e, agora, o Uruguai se destacam na exportação de animais vivos, especialmente cavalos e touros. Parte desses animais tem como destino o Oriente Médio, que os adquirem por meio principalmente de xeiques árabes para eventos e atividades recreativas.

Fonte: Revista Oeste
Uruguai usa Boeing 747 para presentear chineses com touros

 

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Quais são os 10 produtos que o Brasil mais importa?

Durante o ano de 2024, País importou US$ 262,5 bilhões, segundo dados da balança comercial

No ano passado, as importações do Brasil avançaram 3,3% e atingiram US$ 262,5 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O desempenho foi puxado pelo avanço de 25,1% na agropecuária. A indústria de transformação teve alta de 3,3%. Por outro lado, houve queda de 10,5% na indústria extrativa.

Pelos dados da Secex, o grupo de itens que lidera as importações é o de óleos combustíveis de petróleo e materiais betuminosos. Foram importados US$ 15,2 bilhões em 2024, sendo US$ 6,24 bilhões vindos da Rússia, o maior fornecedor. Em segundo lugar aparece o item adubos e fertilizantes, com volume total de US$ 13,54 bilhões. Novamente a Rússia lidera, com envios que somaram US$ 3,4 bilhões, segundo os dados do Secex.

Confira a seguir o ranking dos 10 produtos que o Brasil mais importa.

Em 2024 as exportações do País somaram US$ 337 bilhões. Com isso, o houve superávit da balança comercial foi de US$ 74,6 bilhões, o segundo melhor da série histórica, ficando atrás apenas de 2023, com US$ 98,9 bilhões.

Balança comercial de 2025

Dados preliminares referentes da janeiro deste ano indicam que o Brasil teve superávit de US$ 2,16 bilhões. O resultado é a soma das exportações, que ficaram em US$ 25,18 bilhões, ante aos US$ 23 bilhões de importações.

Confira abaixo os produtos mais importados no mês pelo Brasil.

FONTE: O Estadão
Quais são os 10 produtos que o Brasil mais importa? Confira o ranking – Estadão

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Brasil tem déficit comercial com a China pela primeira vez na história recente

Pela primeira vez no histórico recente do comércio exterior, o Brasil iniciou o ano com um déficit inédito no intercâmbio com a China, principal parceiro comercial desde 2009.

Em janeiro, a balança registrou superávit chinês de US$ 583 milhões, resultado de exportações brasileiras de US$ 5,470 bilhões frente a importações de US$ 6,052 bilhões.

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Em janeiro, as exportações para a China recuaram 30%, reduzindo a participação chinesa no total de vendas externas brasileiras, de 24,7% em 2024 para 21,7% em 2025. No mesmo mês do ano passado, as exportações somaram US$ 7,890 bilhões (alta de 53,1% em relação a janeiro de 2023), mas caíram para US$ 5,470 bilhões neste ano.

A mudança drástica de uma balança tradicionalmente superavitária para um déficit foi impulsionada pela forte retração nos embarques de petróleo, minério de ferro e soja — produtos que, juntos, respondiam por 80% das exportações brasileiras para a China, mas em janeiro de 2025 representaram apenas 61%.

Petróleo: Exportações somaram US$ 1,58 bilhão (queda de 38% ou US$ 963 milhões), representando 29% do total embarcado.

Minério de ferro: Totalizou US$ 1,43 bilhão, com retração de 27% (menos US$ 517 milhões), equivalendo a 26% das vendas.

Soja: Teve o maior recuo: 68%, somando US$ 316 milhões (queda de US$ 677 milhões), com participação reduzida para 6% nos embarques totais.

China amplia exportações ao Brasil em meio a medidas protecionistas

Apesar da queda nas compras brasileiras, a China ampliou em 19,6% suas exportações para o Brasil em janeiro, totalizando US$ 6,052 bilhões. Com isso, a participação chinesa nas importações brasileiras subiu de 24,7% em janeiro de 2024 para 26,1% neste ano.

Confira abaixo um histórico das importações brasileiras da China. Os dados são do DataLiner:

Importações de contêineres para a China| Jan 2021 – Dez 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, ponderou que os números de janeiro não bastam para prever o cenário anual.

Segundo ele, “é preciso observar o comportamento da balança nos próximos três ou quatro meses para uma avaliação mais precisa do intercâmbio com os chineses em 2025”.

O especialista chama a atenção também para as transformações profundas no comércio exterior com as taxações impostas pelo presidente Donald Trump nas trocas comerciais com os principais parceiros dos Estados Unidos no comércio exterior, com profundos reflexos em todo o mundo e, consequentemente, no Brasil.

Escalada protecionista chinesa preocupa setor agropecuário

A retração nas exportações brasileiras ocorre em meio a medidas protecionistas adotadas pela China desde o início de 2025.

Em janeiro, a Administração Geral de Alfândega da China (GACC) suspendeu as exportações de soja de cinco unidades brasileiras, alegando descumprimento de requisitos fitossanitários. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) espera a retomada das exportações até março.

Além da soja, as exportações brasileiras de carne também foram afetadas. A China, principal destino da carne bovina brasileira, comprou 92.797 toneladas em janeiro, gerando US$ 452 milhões em receita — uma leve queda em relação ao mesmo período de 2024.

Em janeiro ainda, a GACC anunciou ainda a suspensão de importações de carnes de diversos países, justificando a decisão com base em surtos de varíola ovina, varíola caprina e febre aftosa detectados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os países afetados estão Gana, Somália, Catar, Congo, Nigéria, Tanzânia, Egito, Bulgária, Timor-Leste e Eritreia.

Além disso, o bloqueio se estendeu à Alemanha devido à detecção de febre aftosa, com proibição de importação de animais de dedos pares e seus derivados. O Brasil, até o momento, não está incluído nessas restrições.

No final do ano passado, o Ministério do Comércio da China anunciou o início uma investigação abrangente sobre as importações de carne bovina, afetando todos os países exportadores, incluindo o Brasil, um dos maiores fornecedores da proteína animal.

A crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China, intensificada após a posse de Donald Trump, também pode remodelar o cenário do agronegócio brasileiro.

O presidente norte-americano prometeu adotar e já vem adotando medidas protecionistas contra a China, reacendendo a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esse cenário pode abrir espaço para o Brasil ampliar sua participação nas exportações ao mercado chinês.

“Enxergamos a movimentação do governo Trump como uma possível oportunidade. O Brasil está preparado para produzir com competitividade e suprir essa demanda”, afirmou Fávaro.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), também vê potencial de ganhos para o Brasil, mas com cautela:

“As tarifas impostas pelos Estados Unidos à China e as retaliações chinesas podem beneficiar nossas exportações. No entanto, precisamos ficar atentos, pois o Brasil também disputa espaço com os Estados Unidos e pode se tornar alvo de políticas protecionistas americanas”, alertou Lupion em entrevista à Jovem Pan.

Fonte: Agrofy News
https://news.agrofy.com.br/noticia/206631/brasil-tem-deficit-comercial-com-china-pela-primeira-vez-na-historia-recente

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