Economia, Gestão, Industria, Informação, Mercado Internacional, Sustentabilidade

Aumentam as pressões sobre a UE para finalizar acordo comercial com o Mercosul

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, tornou-se alvo de fortes pressões, nesta terça-feira (3), para que finalize o acordo de livre comércio com o Mercosul, bloco que realizará uma cúpula no Uruguai esta semana.

A chefe da diplomacia da Alemanha, Annalena Baerbock, declarou, nesta terça-feira, que a cúpula marcada para quinta e sexta-feira, em Montevidéu, é provavelmente a “última oportunidade” de fechar o acordo.

“Do ponto de vista alemão, a cúpula do Mercosul que será realizada em Montevidéu na sexta-feira é provavelmente a última oportunidade” para selar o acordo, disse Baerbock ao chegar a uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan.

“É hora de levar a parceria com os países do Mercosul para o próximo estágio. Acho que é essencial que a Comissão Europeia finalize politicamente o acordo de livre comércio do Mercosul”, afirmou.

Para Baerbock, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, “tem um mandato completo” para selar o acordo, “e, em nossa opinião, ela deveria fazer uso dele”.

O acordo de livre comércio entre UE e Mercosul, penosamente negociado por 25 anos, parece ter chegado ao seu estágio decisivo, e não está excluído que a cúpula do bloco sul-americano em Montevidéu seja o cenário do anúncio. A equipe de Von der Leyen ainda não confirmou se a presidente da Comissão viajará ao Uruguai para participar da cúpula.

– Evitar mais atrasos –

Nesta terça-feira, a diretora-geral de Comércio da Comissão Europeia, Sabine Weyand, disse que embora os trabalhos tenham progredido, as discussões entre os dois blocos continuam “em nível político”, incluindo a participação do novo Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic.

Para Weyland, o acordo tem uma “importância estratégica (…) de uma perspectiva geopolítica, econômica e de sustentabilidade”, afirmou ao Comitê de Comércio Internacional do Parlamento Europeu.

“No complexo cenário geopolítico atual, garantir acordos comerciais com parceiros confiáveis é essencial para a segurança econômica e a resiliência da UE”, declarou.

Na mesma audiência, o eurodeputado espanhol Gabriel Mato advertiu que perder a oportunidade de selar o acordo poderia ser um golpe fatal.

“Está claro que novos atrasos nas negociações tornarão esse acordo deste tipo inviável”, alertou.

Em qualquer cenário, ainda haveria um caminho a ser percorrido, acrescentou, visto que o texto negociado e eventualmente aprovado ainda teria que ser traduzido e submetido a uma revisão jurídica.

Para Mato, rejeitar o acordo “é dar um presente àqueles que competem conosco”.

A assinatura do tratado enfrenta forte oposição de toda a classe política da França, que cita o risco de uma situação desvantajosa para os agricultores europeus, especialmente os franceses. A França conseguiu obter o apoio da Polônia, mas ainda não está claro se esta frente conseguirá impedir a Comissão Europeia de decidir encerrar as negociações. A agenda da cúpula do Mercosul no Uruguai inclui uma discussão sobre o estado das negociações com a UE.

FONTE: Isto é dinheiro
https://istoedinheiro.com.br/aumentam-as-pressoes-sobre-a-ue-para-finalizar-acordo-comercial-com-o-mercosul/

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ANVISA, Comércio Exterior, Exportação, Importação, Informação, Inovação, Logística, Portos, Tecnologia

Anvisa lança seu novo portal de legislação, o AnvisaLegis

Novo portal traz melhorias para acessar todo o conjunto de normas e processos regulatórios da Anvisa.

Anvisa lançou seu novo portal de legislação, o AnvisaLegis, nesta segunda-feira (2/12), data em que foi realizado um webinar para apresentá-lo à sociedade. O portal reúne o conjunto de normas regulatórias da Agência e todas as demais publicações do processo regulatório, como aberturas, consultas públicas, guias, relatórios de análise de impacto regulatório, entre outras.

O objetivo inicial do novo sistema foi atender às exigências do Decreto 12.002, de 22 de abril de 2024, que estabelece o padrão de linguagem de marcação de hipertexto (formato html) para a divulgação de atos normativos. Adicionalmente, o novo portal AnvisaLegis traz melhorias e mais facilidades para acessar as informações regulatórias da Agência.

Entre as inovações, destaca-se a opção de consultar as normas da Anvisa, ou seja, as Resoluções da Diretoria Colegiada e as Instruções Normativas, a partir das áreas temáticas nas quais a Agência atua, como, por exemplo, alimentos, cosméticos ou medicamento. Outra facilidade é visualizar diretamente as consultas públicas que estão abertas para contribuições da sociedade.

Além de todo o acervo regulatório, o portal AnvisaLegis também permite a busca e o acesso aos diferentes atos publicados pela Anvisa, sejam de caráter específico, geral ou administrativo, como Resoluções Específicas (REs), Arestos, Despachos etc. Em breve, o portal AnvisaLegis contará com um serviço de assinatura, conhecido como ferramenta push, que permitirá o cadastro do e-mail de interessados em receber alertas sobre publicações da Agência.

FONTE: ANVISA gov.br
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/anvisa-lanca-seu-novo-portal-de-legislacao-o-anvisalegis

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Comércio Exterior, Gestão, Informação, Logística, Portos

Posicionamento da FACISC sobre a Gestão do Porto de Itajaí

A FACISC manifesta sua contrariedade às tratativas relacionadas à possível federalização do Porto de Itajaí, transferindo sua gestão para a Autoridade Portuária de Santos, conforme informações divulgadas pelo Ministério dos Portos.

Entendemos que essa mudança pode impactar negativamente o trabalho realizado por catarinenses na construção de um grande polo estadual de movimentação de cargas portuárias do Brasil.

É importante lembrar que Santa Catarina tem alcançado avanços significativos em sua infraestrutura logística, especialmente após assumir a gestão de seus portos públicos. Neste sentido, o Porto de Itajaí é um dos pilares fundamentais do desenvolvimento logístico de Santa Catarina e do Brasil, sendo relevante polo estadual de cargas.
Entendemos que qualquer decisão sobre a gestão do Porto de Itajaí deve priorizar o bem comum, preservando o protagonismo de Santa Catarina na administração de sua infraestrutura logística. A experiência anterior com a gestão federalizada trouxe aprendizados importantes para o estado, ressaltando a necessidade de um modelo que assegure eficiência, competitividade e alinhamento com as demandas das classes produtivas catarinenses, especialmente em relação aos usuários do terminal.

A FACISC reforça a necessidade de diálogo entre todas as partes interessadas, envolvendo um modelo de gestão que garanta que os interesses de Santa Catarina sejam resguardados. O Porto de Itajaí desempenha um papel estratégico para o estado e para o país, e qualquer mudança deve ser amplamente debatida para garantir que as decisões tomadas incluam os interesses do desenvolvimento econômico e social da região.

FONTE: FACISC

Posicionamento da FACISC sobre a Gestão do Porto de Itajaí

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Comércio Exterior, Economia, Informação, Sustentabilidade, Tecnologia

Hapag-Lloyd reduz emissões e custos com solução proativa de limpeza de casco

A Hapag-Lloyd conseguiu reduzir tanto as emissões quanto seus custos operacionais ao adotar a solução In Transit Cleaning of Hull (ITCH) da Shipshave.

A eficácia dessa abordagem proativa de limpeza de casco foi verificada de forma independente por meio de uma análise conduzida pela agência classificadora DNV.

Para avaliar os benefícios da remoção proativa de incrustações, a Hapag-Lloyd e a Shipshave encomendaram à DNV a avaliação de dados de desempenho operacional de dois navios porta-contêineres da empresa equipados com a tecnologia ITCH. Esses navios, com capacidades de 8.750 TEU e 18.800 TEU, diferiam em idade e perfis operacionais, proporcionando uma base ampla para a análise.

Durante um período de 17 meses, os dados coletados de ambos os navios permitiram um exame detalhado das tendências de desempenho ao longo do tempo. O relatório da DNV confirmou que a solução ITCH proporcionou melhorias notáveis na eficiência energética, resultando em significativas economias de combustível e redução de emissões para ambos os navios.

O estudo revelou que as economias de combustível e emissões variaram devido às diferentes dimensões e padrões operacionais dos navios, mas os resultados foram positivos. Um dos navios registrou uma melhoria de 16% no desempenho, o que se traduziu em uma economia diária de aproximadamente 8,4 toneladas de combustível — equivalente à eliminação das emissões de mais de 4.900 veículos movidos a combustível fóssil no mesmo período.

O segundo navio, embora já apresentasse desempenho eficiente, alcançou uma redução de quase 5% no consumo de combustível. Esses resultados foram mantidos de forma consistente com o uso regular do sistema ITCH.

“Estamos muito satisfeitos que essa análise da DNV confirme nossa avaliação interna dos resultados alcançados com a implementação do ITCH. Esse método reflete nossa abordagem proativa para reduzir as emissões causadas por bioincrustações,” afirmou Nikhilesh Bhatia, Diretor de Eficiência Energética da Frota, responsável pelo projeto ITCH na Hapag-Lloyd.

Durante o período de avaliação, o sistema ITCH controlou eficazmente as bioincrustações no casco, inicialmente reduzindo a resistência. Sem a limpeza regular, a incrustação adicional teria se acumulado ao longo do tempo, impactando o desempenho dos navios. O tratamento proativo impede essa degradação, abordando o reaparecimento das incrustações. No entanto, esse benefício de longo prazo não foi incluído na análise, o que provavelmente subestimou a vantagem econômica geral do uso do sistema ITCH.

Apesar disso, o Retorno sobre o Investimento (ROI) do sistema ITCH nos dois navios foi alcançado em menos de três meses de operação no mar.

Dr. Uwe Hollenbach, Consultor Sênior da DNV Maritime Advisory, Ship Performance Center, Hamburgo, comentou: “Os resultados deste estudo de caso enfatizam o papel fundamental de minimizar as bioincrustações na redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de transporte marítimo. Como destacado em nosso recente relatório Maritime Forecast to 2050, a limpeza regular ou proativa do casco continua sendo uma das estratégias mais eficazes para alcançar esse objetivo.”

Fonte: Container-News
https://container-news.com/hapag-lloyd-cuts-emissions-and-costs-through-proactive-hull-cleaning/

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Comércio Exterior, Informação, Inovação, Investimento, Logística, Portos

Ecorodovias firma acordo de transição para manter operações no Porto de Santos (SP)

A Ecorodovias informou nesta segunda-feira que sua controlada Ecoporto Santos celebrou acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS) para garantir que as operações portuárias e de armazenagem de carga realizadas pelo Ecoporto no Porto de Santos (SP) continuem.

O contrato de transição tem prazo de 180 dias, segundo fato relevante da Ecorodovias ao mercado.

“Após este prazo, sem que a licitação para o arrendamento da área seja concluída, mantidas as mesmas condições de exploração e operacionalidade, a APS está autorizada a celebrar novo contrato pelo prazo de 180 dias”, afirmou a concessionária.

A companhia reforçou que a celebração do contrato não interfere nos direitos e obrigações do Ecoporto, que permanecem os mesmos em relação à exploração da área portuária localizada na região do Valongo, na margem direita do Porto de Santos.

Fonte: Infomoney

Ecorodovias firma acordo de transição para manter operações no Porto de Santos (SP)

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Novembro Termina com Números Recordes de Exportação de Carne Bovina, Segundo Dados do Paraguai

As exportações de carne bovina do Paraguai neste ano alcançaram 319,2 milhões de quilos até o final de novembro, gerando receitas superiores a US$ 1,589 bilhão.

De acordo com dados do Serviço Nacional de Saúde Animal e Qualidade (Senacsa), esses números representam o maior recorde desde 2016.

Quanto aos mercados de exportação, o Chile permaneceu como o principal destino, representando 36% das exportações, seguido por Taiwan com 11%, Brasil com 9%, e os Estados Unidos e Israel com 8% cada. A Rússia recebeu 5% das remessas, enquanto a União Europeia respondeu por 4% das exportações de carne bovina paraguaia.

Até o final de novembro, o Paraguai exportou mais de 11 milhões de quilos de carne suína em outras categorias, gerando mais de US$ 31 milhões em receita para o setor. Taiwan foi o principal mercado, adquirindo 87% das exportações de carne suína, seguido pelo Uruguai com 12%.

Quanto à carne de frango, mais de 6 milhões de quilos foram exportados até o final de novembro, gerando receitas superiores a US$ 10 milhões.

FONTE: Datamar News

Novembro Termina com Números Recordes de Exportação de Carne Bovina, Segundo Dados do Paraguai

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Portos do Paraná publica edital de licitação para o arrendamento da área PAR15

A Portos do Paraná avançou, nesta terça-feira (26), com o processo de licitação para o futuro leilão de mais uma área no Porto de Paranaguá.

O espaço denominado PAR15, localizado junto ao Corredor de Exportação, será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, com concessão para exploração pelo novo arrendatário por 35 anos.

Atualmente, a área é ocupada pela Cargill. O vencedor do leilão deverá realizar investimentos de aproximadamente R$ 293 milhões no PAR15, além de aportar R$ 311 milhões na implantação da primeira etapa do Píer em T.

O Aviso do Leilão nº 1/2024, dirigido aos interessados, foi publicado nos diários oficiais da União e do Paraná, acompanhado do edital e dos documentos técnicos e jurídicos necessários. A sessão de leilão está prevista para o dia 21 de fevereiro de 2025, na sede da B3 – Brasil Bolsa Balcão, com a abertura das propostas.

“Este é mais um importante leilão para incrementar a capacidade de exportação de soja, milho e farelo pelo Porto de Paranaguá, garantindo segurança jurídica ao futuro arrendatário. A projeção é que essa área aumente sua capacidade de 115 mil toneladas estáticas para mais de 190 mil toneladas, após a implementação dos investimentos previstos”, afirmou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Garcia destacou ainda que o PAR15, juntamente com outras áreas que passarão pelo mesmo processo, transformará a capacidade de movimentação de cargas no Porto de Paranaguá. “Com a operação da moega ferroviária centralizada, o Moegão, e a nova estrutura aquaviária com o Píer em T, ampliaremos a eficiência da Portos do Paraná, que já é referência no Brasil e no mundo”, complementou.

Os requisitos para participação no leilão estão disponíveis no portal da Portos do Paraná e no site do Ministério de Portos e Aeroportos. O detalhamento sobre a documentação também pode ser conferido presencialmente na sede administrativa da Portos do Paraná, na Avenida Ayrton Senna da Silva, 161, bairro Dom Pedro II, em Paranaguá.

Este é mais um procedimento licitatório realizado pela própria empresa pública, por meio da Comissão de Licitação de Áreas Portuárias (CLAP), desde a obtenção do Convênio de Delegação de Competências, em 2019.

“A delegação de competência nos permite conduzir o processo, e isso é mais um diferencial da Portos do Paraná em relação às outras autoridades portuárias. Seguimos firmes no compromisso de regularizar os contratos e tornar nossas operações ainda mais eficientes e modernas”, concluiu Garcia.

Fonte: Informativo dos Portos

Portos do Paraná publica edital de licitação para o arrendamento da área PAR15

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Santos Brasil investe R$ 2,6 bilhões para ampliar capacidade no Porto de Santos até 2026

A meta da Santos Brasil é ampliar a capacidade do Tecon Santos, no Porto de  Santos, dos atuais 2,4 milhões de TEU  para 3 milhões até 2026. Para isso, reservou R$ 2,6 bilhões e já investiu R$ 1,3 bilhão.

O gráfico abaixo compara as exportações e importações de contêineres no Porto de Santos entre janeiro de 2021 e outubro de 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto de inteligência alimentado pelo Datamar.

Porto de Santos | Exportações e Importações | Jan 2021 – Out 2024 | TEUs


Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O plano de investimentos da Santos Brasil inclui quais tecnologias?
O nível de digitalização dos terminais já é bastante avançado com o uso de IoT (internet das coisas em português), inteligência artificial, realidade aumentada, digital twin (gêmeo digital), vídeo analítico e automação. A nuvem pode ser um acelerador da inovação e quase 40% do nosso processamento é executado remotamente. Devemos passar de 50% em 2025. Estamos adotando ferramentas que mudam a rotina do trabalho, democratizando tecnologias de análise de dados e assistentes pessoais (IA generativa).

A Santos Brasil está operando remotamente os RTGs (guindastes de pátio) elétricos?

Sim, somos pioneiros no Brasil na operação de equipamentos 100% elétricos e operados a distância. Atualmente, 47 RTGs operam no terminal, sendo 39 a diesel,que serão desmobilizados até 2031, e oito elétricos. Já foram encomendados mais oito elétricos. Essa nova geração de guindastes possui mecanismos avançados de segurança com câmeras, laser scanners e sensores.

É mais seguro para os trabalhadores?

Eles saem de um ambiente de trabalho hostil e solitário para um ambiente ‘padrão escritório’. Os operadores não precisam mais subir 120 degraus para chegarem à cabine de comando do equipamento. Acabam as restrições físicas para a seleção dos operadores. Sem essa tecnologia, por exemplo, seria inimaginável uma mulher grávida operar um guindaste. Agora é possível. E com a operação remota, há um ganho de produtividade. É possível operar o equipamento sentado e em pé, já que as mesas de controle remoto contam com regulagem de altura. Além disso, o ambiente controlado proporciona menor risco de doenças ocupacionais.

Quais tecnologias serão implementadas?

As tecnologias digitais não andam sozinhas, investimos também nas clássicas como ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento de Recursos Empresariais em português) e CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com o Cliente), além de infraestrutura On-Premises e na nuvem.Buscamos equilíbrio na integração de máquinas, pessoas e tecnologias. Em 2025, pretendemos adotar estações de simulação para o treinamento de operadores e utilizar 5G privado no pátio de contêineres.

Qual é o custo-benefício?

Além dos cálculos financeiros, temos benefícios não mensuráveis. No caso dos e-RTG, valorizamos o bem-estar dos operadores. Além disso, cada equipamento elétrico evita a emissão de cerca de 20 toneladas de CO2 por mês no meio ambiente. A tecnologia traz produtividade e regularidade às nossas operações, além de ser um componente importante para alcançarmos nossa meta estratégicade sermos Net Zero até 2040. A substituição de todos os RTGs movidos a diesel, inclusive, está entre as medidas de maior impacto para alcançarmos esse objetivo.

Como é retorno do investimento em inovação?

Podemos capturar os benefícios dentro do ano ou de forma mais prolongada no tempo. Estações de simulação para treinamento, por exemplo, têm um retorno de investimento de curto prazo. Os investimentos que fizemos em conectividade, onde migramos nossa rede de dados para a tecnologia SD-WAN (Software Defined Network), começamos a colher os frutos financeiros nos anos seguintes. Também investimos em mitigação de riscos, como segurança cibernética. Além de tecnologia, temos questões de infraestrutura das vias públicas no entorno do porto, regras trabalhistas, níveis de automação, alinhamento de marés e profundidade do canal. Tecnologias digitais e operacionais (IT e OT) são sempre fatores relevantes para aumentar a competitividade dos portos.

Fonte: A Tribuna
https://www.atribuna.com.br/noticias/portomar/santos-brasil-investe-r-2-6-bilh-es-para-ampliar-capacidade-no-porto-de-santos-ate-2026-1.443042

 

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China Expande sua Influência Marítima na América Latina

A China está aumentando sua dominância no setor marítimo da América Latina, inundando a região com exportações de guindastes e investindo pesadamente em infraestrutura portuária.

Essas ações estão ligadas à Iniciativa do Cinturão e Rota de Pequim e desafiam a influência dos Estados Unidos à medida que as tensões comerciais aumentam.

Aumento nas Exportações de Guindastes da China

As exportações de guindastes da China para a América Latina dispararam, refletindo a crescente presença de Pequim nos projetos de infraestrutura da região. De acordo com dados da alfândega chinesa, as exportações de guindastes para a América Latina aumentaram 47% no acumulado de 2024 até os primeiros 10 meses, em comparação com o ano anterior.

O Peru e o México estão entre os maiores receptores desse aumento. No Peru, as exportações de guindastes cresceram quase 132% apenas em outubro, contribuindo para um valor total de embarques de US$ 143 milhões no ano. No México, o aumento foi ainda mais dramático, com as exportações crescendo 193% em comparação com o ano anterior, e um salto de 1.202% em agosto.

Um dos exemplos mais notáveis é o investimento monumental da China no mega porto de contêineres de Chancay, no Peru, inaugurado durante a visita do presidente Xi Jinping no início deste mês. Este porto, uma parte fundamental da Iniciativa do Cinturão e Rota da China, é um testemunho das grandes ambições da China na América Latina. Com o potencial de reduzir o tempo de envio entre Xangai e o Peru em até 12 dias e diminuir os custos logísticos em 20%, este projeto sublinha a determinação da China em se tornar uma força dominante nas redes comerciais da região.

Investimentos Portuários de Pequim Transformam a Região

A Shanghai Zhenhua Heavy Industries, uma empresa estatal da China, lidera no mercado de guindastes de navio para terra, controlando 70% do mercado. Isso é significativo. Na América Latina, a empresa desempenha um papel importante, que destaca os objetivos maiores da Iniciativa do Cinturão e Rota, que busca melhorar a conectividade global por meio de projetos de infraestrutura.

No Panamá, lar do mundialmente famoso Canal do Panamá, as exportações de guindastes da China dispararam 1.150% no acumulado de 2024 até os primeiros 10 meses. Apenas em junho, houve um aumento impressionante de 5.497%, impulsionado pela expansão na construção de portos. Nos últimos três meses, a Shanghai Zhenhua enviou 18 guindastes para o Panamá, melhorando sua infraestrutura de transporte marítimo. Essa ação fortalece a posição estratégica da China na região. Esses eventos não são isolados. Relatórios indicam que a China investiu em projetos portuários em 16 dos 20 principais países com conexões marítimas. Mais de um quarto do comércio global de contêineres em 2023 passou por terminais parcialmente propriedade ou controlados por empresas chinesas.

Tensões Crescentes com os Estados Unidos

A crescente influência da China no setor marítimo da América Latina ocorre em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos. Washington está preocupado com a presença de sistemas de vigilância nos guindastes chineses. Como resultado, uma tarifa punitiva de 25% agora afeta os guindastes de navio para terra da China que entram nos EUA.

A tarifa entrou em vigor em setembro e já reduziu as exportações chinesas para os EUA, que caíram cerca de 66% em relação ao ano passado. O novo presidente dos EUA, Donald Trump, deve intensificar essas medidas, propondo até uma tarifa de 25% sobre as importações do México, o que poderia atingir as exportações chinesas que passam pelos portos mexicanos para evitar tarifas diretas.

Analistas alertam que as políticas dos EUA podem prejudicar ainda mais as relações com a América Latina. Na região, os investimentos da China são vistos como muito benéficos para a infraestrutura e o comércio. Há também especulações de que os EUA possam tentar bloquear produtos de portos investidos pela China, como Chancay, criando novas barreiras comerciais.

O Futuro dos Portos Latino-Americanos

Os investimentos estratégicos da China nos portos da América Latina estão remodelando a dinâmica do comércio global. Ao financiar e construir infraestrutura importante, Pequim garante rotas comerciais e fortalece sua influência ao redor do mundo.

Essa rápida expansão traz riscos e recompensas significativas. À medida que Pequim aprofunda seus laços com a América Latina, enfrenta desafios dos EUA e de outras nações poderosas. O risco de tarifas mais altas, restrições comerciais ou repercussões políticas é real, especialmente com a administração Trump focada em limitar a influência da China. No entanto, o potencial de crescimento econômico e melhoria das capacidades comerciais também é considerável, tornando as decisões dos países latino-americanos pesadas e significativas.

Para os países latino-americanos, os investimentos chineses apresentam oportunidades e problemas. A melhoria da infraestrutura promete crescimento econômico e melhores condições de comércio. No entanto, há preocupações sobre a dependência de longo prazo do dinheiro e da tecnologia chinesa.

A presença da China na América Latina mostra um plano audacioso para expandir seu poder em uma região tradicionalmente influenciada pelos EUA. Pequim está investindo em guindastes, dinheiro e construção em portos latino-americanos, reformulando o comércio da região.

No entanto, a rivalidade entre os EUA e a China levanta incertezas significativas sobre o futuro do comércio global e o equilíbrio de poder na América Latina. O rumo dessa mudança é incerto. Pode haver crescimento ou aumento das tensões. O impacto das ações da China já é evidente, mas o futuro permanece incerto, adicionando complexidade e intriga à situação.

Fonte: Latin America Post

China Expands Maritime Influence Across Latin America

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Porto de Imbituba comemora retomada da conexão com a Ásia

O Porto de Imbituba celebra um importante marco neste sábado, 30 de novembro, com a retomada da conexão direta com o continente asiático.

A chegada do navio MSC SIYA B é o primeiro de uma série de embarcações que integrarão a Linha Marítima Carioca, operada pela MSC (Mediterranean Shipping Company). Este evento marca o início da operação da linha no Porto de Imbituba, conectando novamente o Porto aos mercados asiáticos.

Com isso, o porto fortalece sua presença no mercado global, ampliando suas conexões e consolidando-se como um ponto estratégico para o comércio internacional.

Com o retorno da Linha Carioca, o Complexo Portuário de Imbituba agora conta com quatro linhas regulares de contêineres:

Brasex – Conexão Brasil – América do Norte

Atlas – Conexão Brasil – Mar Del Plata, Argentina

ALCT2 – Cabotagem

Carioca – Conexão Brasil – Ásia

Para Urbano Lopes de Sousa Netto, diretor-presidente da Autoridade Portuária de Imbituba, o porto se posiciona cada vez mais como um ponto-chave no fluxo de importações e exportações, criando novas oportunidades para investimentos e negócios. A retomada da linha Carioca reafirma a relevância do Porto de Imbituba, ampliando sua importância na logística global e no comércio internacional.

O gráfico abaixo compara o volume das exportações e importações no Porto de Imbituba entre janeiro de 2021 e outubro de 2024. Os dados são derivados do DataLiner, um produto de inteligência alimentado pelo Datamar.

Porto de Imbituba | Exportações e Importações | Jan 2021 – Out 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Fonte: Datamar News

Porto de Imbituba comemora retomada da conexão com a Ásia

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