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Paralisação de trabalhadores atinge 32 portos no Brasil nesta terça- feira

Segundo sindicalistas, a adesão chegou a quase 100% no Porto de Santos e portuários receberam apoio de ferroviários, vigias e caminhoneiros.

A paralisação dos trabalhadores portuários realizada nesta terça feira (22) atingiu 32 portos organizados no Pais, com destaque para Santos, Paranaguá (PR), Rio Grande (RS) e Vila do Conde (PA). A mobilização, que durou 12 horas, foi em protesto a possíveis mudanças na legislação portuária, entre elas o fim da exclusividade na contratação de mão de obra avulsa, por meio da revisão da Lei
dos Portos.

Realizada das 7h às 19h, a paralisação nacional foi liderada pelas federações nacionais dos Estivadores (FNE), dos Portuários (FNP) e
dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios (Fenccovib). Teve a adesão de seis dos oito sindicatos de portuários avulsos que atuam no cais santista.

“A paralisação ocorreu em 32 dos principais portos do Brasil, com destaque para Paranaguá, Rio Grande, Santos e Vila do Conde, no Pará, onde aproximadamente 700 pessoas se uniram ao movimento. Já no Rio de Janeiro, a ação foi impedida por um interdito proibitório (procedimento judicial) que gerou controvérsias sobre a legalidade da greve”.
Declarou o presidente da FNP, Sérgio Magalhães Giannetto.

Giannetto disse que as operações não foram interrompidas nos portos fluminenses devido à liminar que determinava pena de multa de R$ 200 mil a cada sindicato que descumprisse a medida judicial. “Mas houve passeatas em toda a zona portuária do Rio de Janeiro e nos demais portos do estado”.

Adesão significativa

Em Santos, o presidente do Sindicato dos Operários e Trabalhadores Portuários (Sintraport), Miro Machado afirmou que a adesão foi de quase 100%. “Nós conseguimos parar todas as operações porque aderiam à greve os trabalhadores portuários avulsos, os vinculados, os ferroviários, os vigias e até os caminhoneiros que trabalham nos terminais. A gente estima a adesão entre 8 mil e 10 mil trabalhadores”. Segundo Miro, pela manhã, foram paralisados todos os terminais. “A tarde, alguns terminais entraram com liminares e a gente cumpriu todas. Uma determinava que 50% dos avulsos continuassem trabalhando e a outra que 50% dos vinculados trabalhassem. Já a Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), em respeito ao movimento só começou a operar às 16h30. Houve paralisação das atividades em todos os terminais”, resumiu o sindicalista.

A Tribuna apurou que a mobilização de ontem afetou as operações dos navios cargueiros no Porto de Santos. De 44 embarcações atracadas, apenas 11 operavam, cinco aguardavam o inicio das operações e e oito esperavam para zarpar.

Na quarta-feira (23), as lideranças sindicais acompanharão a entrega do anteprojeto de revisão da Lei dos Portos (12.815/2013) pela Comissão de Juristas para Revisão Legal e Exploração de Portos e Instalações Portuárias (Ceportos), ao presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), em Brasilia.Se o projeto passar no Congresso e for sancionado pelo Governo Federal, a atual Lei dos Portos será revogada.

Efeitos

Especialista em comércio exterior e diretor institucional da AGL Cargo, Jackson Campos avalia que “uma paralisação de 12 horas já é catastrófica para o maior porto da América Latina, pois causa uma fila na atracação e na armazenagem das cargas”

Já sobre como seria possível operadores e trabalhadores avulsos chegarem a um consenso, Jackson entende que “para uma relação equilibrada , a ideia seria mais negociações que pudessem levar à flexibilização, mas com salvaguardas que protegessem os trabalhadores. Isso levaria a um modelo com acordos coletivos mais bem estabelecidos”.

Fonte: A Tribuna
Paralisação de trabalhadores atinge 32 portos no Brasil nesta terça-feira

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MDIC realiza encontros bilaterais para fortalecer parcerias de comércio e investimentos

A presença de lideranças internacionais para participar das discussões sobre Comércio e Investimentos no âmbito do G20, entre os dias 21 e 24, em Brasília, é uma oportunidade para o Brasil estreitar relações e fortalecer parcerias em encontros bilaterais.

Entre os dias 23 e 24, estão previstas pelo menos 12 reuniões paralelas organizadas pela pasta. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, tem nove compromissos agendados, que podem abrir caminho para o Brasil receber mais investimentos.

“É uma oportunidade única de dialogar com parceiros estratégicos, abrindo portas para novos investimentos. Alinhado com a Nova Indústria Brasil, queremos estimular parcerias comerciais, fortalecendo a competitividade da indústria nacional, com reflexos positivos para geração de emprego e para a economia nacional”, destaca o ministro.

Na quarta-feira (23), Alckmin se reunirá com o ministro de Comércio Internacional e Negócios do Reino Unido, Jonathan Reynolds, para debater parcerias comerciais em andamento para fomentar comércio e investimentos bilaterais, como crédito para exportações, além da Nova Indústria Brasil e o Programa de Aceleração de Crescimento.

Ainda nesse dia, o vice-presidente vai debater a ampliação do comércio, entre outros assuntos, com representantes da União Europeia, China, Singapura, Noruega e Nova Zelândia.

Na quarta-feira (24), os quatro temas prioritários do GT de Comércio e Investimentos do G20 serão tratados no encontro bilateral do ministro Geraldo Alckmin com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai.

Já o secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, terá encontro com o ministro do Comércio da Coreia do Sul, também no dia 23. Entre as pautas da reunião com o país asiático estão cooperações bilaterais Brasil-Coreia e acordo comercial Coreia-Mercosul. Além disso, Elias Rosa também se reunirá com representantes da França e da África do Sul.

A reuniões bilaterais são realizadas entre dois entes, como representantes de nações ou empresas, para debater tópicos específicos de interesse de ambas as partes. O encontro pode resultar, por exemplo, em futuros acordos ou tratados de cooperação.

MDIC realiza encontros bilaterais para fortalecer parcerias de comércio e investimentos — Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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Receita Federal realizará o seu “II Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro”

Evento ocorrerá nos dias 7 e 8 de novembro, no auditório do Conselho da Justiça Federal em Brasília.

A Receita Federal realizará nos próximos dias 7 e 8 de novembro em Brasília o II Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro, com o tema “Eficácia, Legitimidade e Inovação na Administração Tributária“.

O evento visa promover o debate teórico do Direito Tributário e Aduaneiro, com a participação de representantes da academia, magistratura, Receita Federal, organizações nacionais, internacionais e, especialmente, na sociedade brasileira.

O Congresso tem como objetivo explorar novas perspectivas e abordagens no campo do direito tributário e aduaneiro, as mudanças legislativas, regulatórias e econômicas recentes; permitir a troca de conhecimento e incentivar a disseminação de boas práticas, experiências e pesquisas relevantes; identificar desafios atuais e emergentes no campo de atuação da Receita Federal do Brasil e buscar soluções inovadoras para enfrentá-los.

Ao promover a colaboração entre setores público e o privado, acadêmico e profissional, com vistas a aprimorar o desenvolvimento contínuo do direito tributário e aduaneiro, e propiciar um ambiente de aprendizado e colaboração, a Receita Federal amplia seus horizontes e protagoniza ações dialógicas relevantes, renovando e modernizando a gestão pública na tributação.

Entre outros temas, serão abordadas no evento questões relacionadas à propriedade industrial; aos novos princípios constitucionais inseridos pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023 e suas consequências na administração tributária; prevenção de conflitos; Reforma Tributária; novas tecnologias aplicadas, além das inovações que norteiam as administrações tributárias de forma global.

O Congresso será transmitido pelo Canal da Receita Federal no Youtube, portanto, guardem as datas.

Confira a Programação

 

                                       II CONGRESSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Eficácia, Legitimidade e Inovação na Administração Tributária

Auditório do Conselho Federal de Justiça (CJF), Brasília-DF

7 de novembro de 2024 – Contrafação, Constituição Federal e Sistema Tributário Nacional
8h30Credenciamento
Abertura institucional
9hGeraldo Alckmin, Vice-Presidente da República [a confirmar]

Dario Carnevalli Duringan, Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda

Herman Benjamin, Ministro do STJ, Presidente do Conselho da Justiça Federal [a confirmar]

Robinson Barreirinhas, Secretário Especial da Receita Federal do Brasil

Anelize Lenzi Ruas de Almeida, Procuradora-Geral da Fazenda Nacional [a confirmar]

Adriana Gomes Rêgo, Secretária Especial Adjunta da Receita Federal do Brasil

Cristina Mac Dowell, Especialista Principal em Gestão Fiscal, Banco Interamericano de Desenvolvimento

Palestra inaugural
9h30Geraldo Alckmin, Vice-presidente da República [a confirmar]

Presidência: Robinson Barreirinhas, Secretário Especial da Receita Federal do Brasil

 

10h30INTERVALO
1º PainelDireito Aduaneiro e Contrafação
10h40Márcio Gonçalves, Presidente do Instituto do Capital Intelectual

Flavia Romano de Rezende, Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Luciano Barros, Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras

Mediador: José Carlos Araújo, Auditor-Fiscal, Coordenador-Geral de Administração Aduaneira da RFB

Presidência: Cláudia Regina Thomaz, Auditora-Fiscal, Subsecretária de Administração Aduaneira RFB

12h10INTERVALO PARA ALMOÇO
2º painelLimites do sigilo fiscal e o princípio constitucional da transparência
14hRobson Maia Lins, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC/SP

Carmen Silvia Arruda, Desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região

Heleno Taveira Torres, Professor Titular de Direito Financeiro da Faculdade de Direito/USP

Mediador:  Rodrigo Augusto Verly de Oliveira, Auditor-Fiscal, Coord.-Geral de Tributação da RFB

Presidência: Andrea Costa Chaves, Auditora-Fiscal, Subsecretária de Fiscalização da RFB

 

15h30INTERVALO
3º painelA atuação da Administração Tributária diante das iminentes alterações no Sistema Tributário Nacional
16hSergio André Rocha, Professor Titular de Direito Financeiro na UERJ

Bianca Xavier, Professora da Faculdade de Direito na Fundação Getúlio Vargas/RJ

Ricardo Luiz Oliveira de Souza, Auditor-Fiscal, Assessor Especial SEFAZ/MG

Mediador: Ricardo de Souza Moreira, Auditor-Fiscal, Coordenador-Geral de Fiscalização da RFB

Presidência: Marcos Hubner Flores, Auditor-Fiscal, Gerente de Projetos da RFB

17h30COQUETEL
 

II CONGRESSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Eficácia, Legitimidade e Inovação na Administração Tributária

8 de novembro de 2024 – Reforma Tributária, Legitimidade e Inovação
8hCredenciamento
Conferência
8h30Mauro Campbell, Ministro do Superior Tribunal de Justiça [a confirmar]

Presidência: Robinson Barreirinhas, Secretário Especial da Receita Federal do Brasil

4º PainelA Transação Tributária como instrumento de prevenção de conflitos no âmbito da RFB
9hGustavo Brigagão, Presidente do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (CESA)

Betina Grupenmacher, Professora Titular de Direito Financeiro da UFPR

Mediador: Mario Dehon, Auditor-Fiscal, Subsecretário de Arrecadação, Cadastros e Atendimento RFB

Presidência: Gustavo Andrade Manrique, Auditor-Fiscal, Coordenador-Geral de Administração do Crédito Tributário da RFB

10h30INTERVALO
5º painelOs impactos da Reforma Tributária na concessão de benefícios fiscais
10h40Ana Carolina Monguilod, Professora do Insper, Diretora da ABDF

Tácio Lacerda Gama, Livre-docente em Direito Tributário, Professor da PUC/SP

Jorge Antônio Deher Rachid, ex-Secretário da RFB

Mediadora: Claudia Pimentel, Auditora-Fiscal, Subsecretária de Tributação e Contencioso da RFB

Presidência: Fernando Mombelli, Auditor-Fiscal, Gerente de Projetos da RFB

 

12h10INTERVALO PARA ALMOÇO
6º painelA Administração Tributária e as novas tecnologias
14hAriadne Fonseca, Diretora de Negócios Econômico-Fazendários do Serpro

Sandra Gil Mateus, Diretora para Oportunidades Estratégicas em Setor Público na Microsoft

Paulo Cunha, Diretor para o setor público no Brasil da Amazon Web Services

João Thiago Poço, Dir. de Engenharia do Setor Público e Educação da América Latina no Google Cloud

Mediador: Felipe Mendes Moraes, Auditor-Fiscal, Coordenador-Geral de Tecnologia da RFB

Presidência: Juliano Neves, Auditor-Fiscal, Subsecretário de Gestão Corporativa da RFB

15h30INTERVALO
7º painelEficácia, Legitimidade e Inovação das Administrações Tributárias
16hFatima Cartaxo, Consultora Fiscal do BID

Marcio Ferreira Verdi, Secretário-Executivo do CIAT

Andrea Lengruber, Representante do Fundo Monetário Internacional

Presidência: Adriana Gomes Rêgo, Secretária-Especial Adjunta da RFB

Painel de encerramento
17h20Robinson Barreirinhas, Secretário Especial da Receita Federal do Brasil

Adriana Gomes Rêgo, Secretária-Especial Adjunta da RFB

Andréa Duek, Auditora-Fiscal e Coordenadora Científica do II Congresso da RFB

Francisco Marconi de Oliveira, Auditor-Fiscal e Coordenador II Congresso da RFB

Auditório do Conselho Federal de Justiça (CJF), Brasília-DF

 

Receita Federal realizará o seu “II Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro” — Receita Federal

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Aquisições de R$ 20 bilhões confirmam nova fase de desenvolvimento do setor naval e portuário no Brasil, diz ministro Sílvio Costa Filho

Nas últimas semanas, investimentos privados em empreendimentos do setor portuário movimentaram o mercado brasileiro

A aquisição da Wilson Sons por uma subsidiária do grupo suíço MSC e a compra há um mês da Santos Brasil pelo grupo francês CMA CGM confirmam que o Brasil passa por uma fase excepcional no setor naval e que se transformou um ponto de atração para investimentos internacionais. A avaliação é do ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, que se reúne esta semana com grupos estrangeiros interessados em investir no Brasil.

A divulgação da venda de 56,47% do capital da Wilson Sons, uma das maiores empresas de logística do Brasil, para a Shipping Agencies Services (SAS), subsidiária do grupo MSC, foi anunciada nesta segunda-feira (21/10). No final de setembro a CMA CGM adquiriu 48% da operadora portuária Santos Brasil. O valor das duas operações foi de quase R$ 20 bilhões.

“O Brasil voltou a se conectar com o mundo e isto explica o crescimento que estamos tendo na movimentação portuária. De janeiro a agosto deste ano transportamos 3,5% a mais de carga do que em 2023. Só em contêineres, o crescimento este ano foi de 21% em relação ao ano passado”, disse o ministro, lembrando que os leilões realizados e os previstos estão deixando claro o potencial do país para a movimentação internacional de cargas.

O ministro informou ainda que o Governo Federal pretende realizar leilão de 39 unidades portuárias e de quatro canais portuários até o final de 2026. Somado ao que já foi leiloado desde o início do governo Lula, chega-se a 58 leilões. “Isto é muito mais do que foi leiloado entre 2013 e 2022. Ou seja, em quatro anos esperamos fazer mais leilões do que foi feito em 10 anos no Brasil. Isto mostra todo o potencial do país e comprometimento do governo do presidente Lula em ampliar a agenda portuária brasileira. Estamos construindo um modelo de governança que direcionará o crescimento econômico do país pelas próximas décadas”.

Aquisições de R$ 20 bilhões confirmam nova fase de desenvolvimento do setor naval e portuário no Brasil, diz ministro Sílvio Costa Filho — Portos e Aeroportos

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Terminal TecPlata movimenta o primeiro contêiner neutro em carbono da Argentina

A TecPlata alcançou um novo marco ao movimentar o primeiro contêiner neutro em carbono na Argentina.

Essa conquista representa um avanço significativo no compromisso da empresa com a sustentabilidade, consolidando sua posição como líder em soluções logísticas inovadoras.
Por meio da parceria com a Petrocuyo, LOGIN e Carbon+, a TecPlata implementou com sucesso práticas que priorizam a responsabilidade ambiental, sem abrir mão da eficiência operacional.

Como o primeiro porto argentino a atingir a neutralidade de carbono, a TecPlata se compromete a promover práticas sustentáveis no setor de logística, buscando gerar um impacto positivo significativo no meio ambiente.

Considerado o terminal de contêineres mais moderno da Argentina, a TecPlata possui uma capacidade inicial de 450.000 TEUs, podendo ser ampliada para até 1 milhão de TEUs na segunda fase do projeto.

Fonte: Sea Trade Maritime News

Terminal TecPlata movimenta o primeiro contêiner neutro em carbono da Argentina – DatamarNews

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Vendas globais de veículos elétricos atingem 1,69 milhões em setembro: China se mantém na liderança

O mercado de veículos elétricos e híbridos plug-in apresentou um crescimento significativo em setembro de 2024, com um aumento global de 30,5%, totalizando 1,69 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.

Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo mercado chinês, que continua a ser um líder global nas vendas de veículos elétricos.
A Europa também desempenhou um papel crucial nesse crescimento, com um aumento de 4,2% nas vendas no continente, totalizando 300 mil unidades. O Reino Unido, em particular, registrou um crescimento significativo de 24% nas vendas, contribuindo para a recuperação do mercado europeu. Conheça também a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.

Como a China Impulsiona o Mercado Global de Veículos Elétricos?

A China continua a ser o motor central do mercado de veículos elétricos, com um aumento impressionante de 47,9% nas vendas, atingindo 1,12 milhões de unidades. Esse crescimento é atribuído a políticas agressivas de incentivo do governo chinês, que tornaram os veículos elétricos mais acessíveis ao público em geral. As estratégias do país incluem subsídios governamentais e isenções fiscais, o que tem estimulado tanto a produção quanto a compra de veículos elétricos.

A Europa tem mostrado uma tendência crescente nas vendas de veículos elétricos, mas enfrenta desafios específicos. Na França, por exemplo, o governo anunciou a redução do apoio estatal aos compradores, o que pode afetar as vendas futuras. Em contraste, a Alemanha implementou um desagravamento fiscal para empresas, incentivando a aquisição de veículos elétricos por meio de incentivos fiscais. Este movimento é visto como um passo para estimular a transição ecológica no país.

Como está o Mercado de Veículos Elétricos na América do Norte?

Nos Estados Unidos e no Canadá, o crescimento das vendas de veículos elétricos foi mais modesto, registrando um aumento de 4,3%, com 150 mil unidades vendidas. Os analistas apontam que o cenário político nos Estados Unidos, especialmente considerando as eleições futuras, pode trazer incertezas para o mercado de veículos elétricos. No entanto, há um movimento crescente de investimento em infraestrutura para veículos elétricos, o que pode impulsionar as vendas nos próximos anos.

Perspectivas Futuras para o Mercado de Veículos Elétricos

A evolução do mercado de veículos elétricos é um reflexo das mudanças nas políticas ambientais globais e do aumento da conscientização sobre questões climáticas. A expectativa é de que as vendas globais continuem a crescer, especialmente com o contínuo apoio governamental em regiões estratégicas. À medida que a tecnologia avança, é provável que os veículos elétricos se tornem cada vez mais acessíveis e populares entre os consumidores.

Vendas globais de veículos elétricos atingem 1,69 milhões em setembro: China se mantém na liderança – Terra Brasil Notícias

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DP World inaugura novo escritório de gerenciamento de carga no Brasil

Localizado em Itajaí, o espaço amplia a rede da DP World na América Latina, reforça a cadeia de suprimentos de ponta a ponta e expande a conectividade global da companhia

A DP World, líder global de soluções de logística e supply chain, anuncia a inauguração de um novo escritório de freight forwarding (gerenciamento de carga, em português) em Itajaí, em Santa Catarina. O novo espaço marca mais uma etapa da expansão da DP World, reforçando a conectividade local e incrementando a capacidade de entrega de ponta a ponta na cadeia de suprimentos para negócios em todos os países das Américas.

O escritório em Itajaí utiliza a rede global da DP World para auxiliar os clientes no gerenciamento dos processos de carga, melhorando o controle, resiliência e eficiência na cadeia como um todo. Agora, os clientes podem concentrar em um único fornecedor todas as etapas do ciclo das cargas.

Localizado em Santa Catarina, o escritório de freight forwarding oferece uma série de serviços, como frete marítimo por FCL (full container load) e LCL (less container load), frete aéreo, transporte doméstico rodoviário de contêiner, seguro internacional e desembaraço alfandegário.

Segundo Fábio Siccherino, CEO da DP World Brasil, “nossa expertise única, que conta com uma robusta rede global de portos, terminais e logística, faz com que tenhamos todas as ferramentas para agilizar e simplificar os complexos ciclos de carga para os clientes. O novo escritório em Itajaí amplia a capacidade operacional e está alinhado com nossa missão de reforçar a operação nos negócios locais. Estamos focados em impulsionar as exportações de madeira, móveis e cerâmicas, enquanto melhoramos as importações de têxteis, peças automotivas e produtos finais para estimular o crescimento e desenvolvimento regional”.

A DP World desempenha um papel importante na expansão da disponibilidade de mercadorias conteinerizadas e de carga a granel no Brasil e no exterior há mais de uma década. A companhia atua em um dos maiores terminais de carga do Porto de Santos, em São Paulo, que movimenta 1,4 milhão de TEUs anualmente. No início deste ano, a DP World e a Rumo anunciaram planos de contruir em novo terminal de grãos e fertilizantes, que irá aumentar a capacidade do local para 12,5 milhões de toneladas ao ano.

Terry Donohoe, vice-presidente sênior de Freight Forwarding da DP World para as Américas, diz: “estamos felizes em anunciar esta expansão dos nossos serviços no Brasil com a inauguração do novo espaço em Itajaí. Esta é uma adição estratégica para a nossa rede em constante expansão na América Latina e nos permitirá atender cada vez melhor os nossos clientes ao oferecer soluções diretas de ponta a ponta, melhorando cada vez mais a eficiência e a confiança na cadeia de suprimentos como um todo. Nosso objetivo é garantir que os negócios em toda a região tenham acesso a uma plataforma logística totalmente integrada, que auxilie seu crescimento nos mercados locais e internacionais”.

A DP World planeja abrir escritórios de freight forwarding até o fim do ano para complementar os espaços já existentes em Santos e em São Paulo, ampliando ainda mais a presença da empresa no Brasil.

Desde meados de 2023, a DP World lançou mais de 150 novos escritórios de gerenciamento de carga globalmente, com 20 destes espaços localizados estrategicamente nas Américas. Esta expansão complementa as operações já existentes no Brasil, Chile, Colômbia, República Dominicana, Equador, Panamá, Peru e Suriname. A DP World planeja inaugurar outros 180 escritórios em todo o mundo, com espaços previstos nos Estados Unidos, Cidade do México e Buenos Aires (Argentina).


Sobre a DP World

O comércio é a força vital da economia global, criando oportunidades e melhorando a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo. A DP World existe para melhorar o fluxo comercial mundial, mudando o que é possível para os clientes e comunidades que atendemos globalmente.

Com um time dedicado, diverso e profissional de mais de 108 mil funcionários de 161 nacionalidades, espalhados por 74 países em seis continentes, a DP World está impulsionando o comércio cada vez mais rápido em direção a uma cadeia de suprimentos adequada para o futuro.

Estamos transformando e integrando rapidamente nossos negócios – Portos e Terminais, Serviços Marítimos, Logística e Tecnologia – e unindo nossa infraestrutura global com experiência local para criar soluções de supply chain mais fortes e eficientes, que podem mudar a forma como o mundo realiza trocas comerciais.

Além do mais, estamos remodelando o futuro investindo em inovação. Desde sistemas de entrega inteligentes até ao empilhamento automatizado em armazéns, estamos na vanguarda da tecnologia disruptiva, impulsionando o setor em direção a melhores formas de comércio, minimizando as ocorrência do chão de fábrica até à porta do cliente.

Sobre a DP World no Brasil

No Porto de Santos, a DP World é a empresa responsável pela operação de um dos maiores e mais modernos terminais privados multipropósito do Brasil, instalado na margem esquerda do Porto de Santos (SP). Com investimentos de R$ 3 bilhões, proporciona mais de 2.000 empregos diretos e 5.000 indiretos. Instalado em área estratégica com acesso por via marítima, rodoviária e ferroviária, o empreendimento conta com 1.100 metros de cais e uma área total de 845.000 m2 e capacidade de movimentação anual de 1,3 milhão de TEU (unidade equivalente a um container de 20 pés) e 5,4 milhões de toneladas de celulose. Com novos investimentos em andamento, até o final de 2024, a companhia terá concluído a expansão do seu cais para 1.300 metros e aumentará a sua capacidade para 1,7 milhão de TEUs.

Mais informações no portal http://www.dpworld.com/brazil

Informações para a imprensa | Edelman

dpwlatam@edelman.com

 

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BREAKING: MSC compra a Wilson Sons por quase R$ 10 bilhões

A Mediterranean Shipping Company (MSC), a gigante de navegação e terminais de contêineres com sede em Genebra, acaba de fechar a compra da Wilson Sons — colocando fim a um processo que se iniciou há 18 meses e atraiu diversos interessados.

A compra está sendo feita por meio da SAS, uma subsidiária da MSC.  A companhia vai pagar R$ 17,50 por ação pelos 56% que pertenciam à Ocean Wilson, uma companhia listada na Bolsa de Londres com negócios em diferentes setores.  A transação avalia a empresa a um enterprise value de R$ 9,9 bilhões e a um equity value de R$ 7,8 bilhões. O múltiplo é de 8,7x EBITDA — um meio do caminho entre o múltiplo médio das empresas de terminais (cerca de 10x) e das rebocadoras (cerca de 7,5x).

Como parte da operação, a companhia pagará um dividendo de US$ 22 milhões por trimestre até o closing — e o montante não será descontado do valor acordado.

Como a Wilson Sons faz parte do Novo Mercado, a MSC terá que fazer uma OPA de tag along, estendendo a oferta no mesmo preço e condições a todos os demais acionistas da companhia. A operação pode levar à saída da companhia da Bolsa.

A ação da Wilson Sons fechou na sexta-feira em R$ 17,85, com o preço da compra implicando um desconto de 2% em relação ao preço de tela.  O papel já havia subido nas últimas semanas por conta das especulações sobre a venda da empresa.

Nesta semana, por exemplo, o fundo I Squared, que vinha negociando a compra da Wilson Sons há alguns meses, disse que faria uma oferta pública pela companhia, o que fez a ação sair dos R$ 16 para os R$ 17,85. 

Antes das especulações sobre a venda começarem, em julho do ano passado, o papel negociava ao redor de R$ 10,50.

Para a MSC, a compra da Wilson Sons vai expandir sua operação no Brasil, onde ela já é dona de 50% do BTP, um terminal no porto de Santos em sociedade com a Maersk, além de um terminal em Navegantes, Santa Catarina. 

A MSC tem participações em 47 terminais em 27 países, além de ser dona de 850 navios de carga e de 5 aeronaves. O Grupo MSC é dono ainda de uma das maiores operações de cruzeiros do mundo. 

Segundo uma fonte envolvida na transação, a MSC havia olhado a Wilson Sons no ano passado, assim que ela foi colocada à venda, mas acabou desistindo do ativo para focar seus esforços na compra da Santos Brasil.

Quando a Santos Brasil acabou sendo vendida para a CMA CGM no mês passado, a MSC voltou a negociar a compra da Wilson Sons — atropelando outro interessado, o fundo I Squared, que vinha negociando o ativo há meses.

Nessa segunda abordagem, o processo foi rápido: a MSC assinou o contrato 10 dias depois de iniciar as conversas — e numa transação de porteira fechada, algo extremamente raro no Brasil.

Nesse tipo de transação, o comprador abre mão de qualquer ajuste no preço mesmo que descubra algum passivo inesperado no futuro. A MSC topou fechar a compra dessa forma porque a Wilson Sons é um ativo muito redondo, que entrega bons resultados há anos.

Com uma receita líquida de cerca de R$ 2,5 bilhões e um EBITDA de R$ 1,1 bilhão nos últimos doze meses, a Wilson Sons opera em quatro verticais principais.

A maior delas é a de rebocadores, na qual ela opera pequenos barcos que são usados para ajudar na atracação de grandes embarcações nos portos, garantindo que não ocorra nenhum acidente. Essa vertical responde por 44% do EBITDA hoje.

A segunda maior é a de terminais de contêineres, que responde por 34% do EBITDA. A Wilson Sons é dona de dois terminais, um no Rio Grande do Sul e outro em Salvador. A companhia também tem 50% da WSut, uma empresa que faz o serviço de offshore para companhias de óleo e gás, operando barcos que levam mantimentos e equipamentos para as plataformas de petróleo. Essa frente responde por 15% do EBITDA. O restante do resultado vem de vários negócios menores, incluindo um estaleiro, onde é feita a reforma e fabricação dos rebocadores e das embarcações offshore; uma agência marítima; e um negócio pequeno de logística em Santo André.  Além da Ocean Wilson, outros grandes acionistas da Wilson Sons são a Tarpon, com 12,1% do capital, e a Radar, com 9,6%.

A Wilson Sons foi assessorada pelo BTG Pactual, e teve a assessoria jurídica do Pinheiro Guimarães Advogados e do Slaughter and May. A MSC não teve assessor financeiro. O assessor jurídico no Brasil foi o Mello Torres Advogados e o Skadden em Londres.

Fonte: Brazil Journal
https://braziljournal.com/msc-compra-a-wilson-sons-por-quase-r-10-bi-opa-a-caminho/

 

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I Squared prepara oferta pela Wilson Sons, mas pode ter disputa

Após mais de um ano travada, a venda da deverá esquentar nos próximos dias. A gestora de investimentos I Squared Capital, que vinha negociando a compra da operadora portuária, não conseguiu avançar nas conversas bilaterais com a controladora da empresa, a Ocean Wilsons Holdings Limited (OWHL). Agora, porém, prepara uma oferta pública voluntária para aquisição de até 100% das ações, que deverá ser apresentada diretamente à companhia. Em paralelo, a OWHL afirma que está em negociação com outro grupo. Segundo rumores de mercado, o interessado seria a MSC, que não comentou.

Na quarta-feira (16), a gestora I Squared enviou uma carta à Wilson Sons, com cópia para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), na qual comunicou a empresa sobre a intenção de apresentar uma proposta de oferta dentro de 15 dias, conforme antecipado pelo Valor e confirmado pela empresa em fato relevante na quinta-feira (17).

Neste plano, que ainda está em estudo pela gestora, deverão ser detalhadas as condições da oferta pública, incluindo o preço. Na quinta, as ações da Wilson Sons fecharam em R$ 17,13 na B3, com alta de 6,28% em relação ao pregão do dia anterior. Os papéis passaram a subir após a publicação da reportagem do Valor a respeito da intenção da gestora de fazer a oferta. Considerando este preço, o valor de mercado da companhia é hoje de R$ 7,5 bilhões.

Caso se confirme o plano da I Squared, após a apresentação de sua proposta em 15 dias, o processo de aquisição poderia ter início dentro de 30 dias, diz uma fonte. A conclusão da operação ainda dependeria de uma série de aprovações, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional deTransportes Aquaviários (Antaq), o que levaria ao menos quatro meses.

Na tarde de quinta, a CVM pediu esclarecimentos à gestora a respeito da oferta pública de aquisição de ações e solicitou prazos mais específicos sobre o processo.No ofício, a reguladora determinou que a I Squared se manifeste até o dia 1º de novembro sobre o eventual descumprimento do sigilo que a legislação exige antes da divulgação de ofertas. Além disso, pede que a gestora indique até a próxima quinta (24) qual é a data-limite para o lançamento da oferta.

No entanto, para além dos planos em torno da oferta, a I Squared deverá ter um concorrente na disputa pelo ativo. No comunicado ao mercado publicado pela Wilson Sons, a empresa também informou que há um segundo interessado em comprar o controle da operadora, que já está em negociação com a OWHL, que detém 56,5% das ações da empresa – além da controladora, a Wilson Sons tem como sócias a Tarpon Capital (12,11%), a Radar (com 9,62%) e outras 21,8% das ações negociadas na Bolsa.

No passado, a OWHL chegou a negociar a venda da Wilson Sons com a PSA International, da Temasek. Porém, há rumores no mercado de que agora o interessado seria outro: o grupo de navegação MSC.

O grupo marítimo já opera diversos terminais de contêineres no Brasil e, nos últimos anos, chegou a estudar a aquisição de um outro operador de terminais, a Santos Brasil – que há cerca de um mês acabou sendo vendida ao grupo de navegação CMA CGM. A percepção é que, com esse ativo fora do mercado, a Wilson Sons passou a ser mais atrativa para grupos de navegação, que têm apostado na estratégia de verticalização do negócio.

A I Squared já vinha em negociação com a OWHL há alguns meses. Porém, fontes afirmam que a tentativa de um acordo com a controladora fracassaram oficialmente na última segunda-feira (14).

Em carta, a gestora informou o grupo sobre possível oferta voluntária para compra de até 100% das ações

Segundo pessoas a par do tema, que falaram sob condição de anonimato, no início de agosto a gestora e a OWHL firmaram um acordo de exclusividade para as negociações, que durou até o início de setembro. Nesse período as conversas pouco avançaram. Ao longo de setembro, mesmo após o fim do período de exclusividade, a gestora manteve interesse na compra.

No entanto, uma fonte afirma que, ao fim de setembro, houve sinalização de que o acionista pretendia mudar os termos que vinham sendo discutidos, e a OWHL passou a não responder. Isso levou a gestora a comunicar o encerramento das negociações bilaterais com a controladora e a partir para o caminho da oferta pública, a ser feita diretamente à companhia.

A percepção era que a OWHL não estava completamente engajada na negociação com a gestora, e que as conversas caminhavam lentamente. Quando o acordo de exclusividade foi firmado, uma fonte afirma que já havia um consenso sobre as linhas gerais do que seria a operação, incluindo preço porém, na prática, as partes nunca de fato conseguiram sentar para negociar os termos definitivos.

Procurada pela reportagem, a I Squared disse que não vai comentar. A Wilson Sons afirmou que se manifestaria apenas por meio do fato relevante. A MSC foi questionada sobre o interesse na Wilson Sons, mas não respondeu.

A venda da Wilson Sons é uma história antiga no setor portuário. Em 2011, o ativo chegou a ser oferecido ao mercado, mas a operação não deslanchou. A tentativa foi retomada no ano passado. Em junho de 2023, a OWHL anunciou a intenção de vender sua fatia na companhia. Desde então, as ações da empresa tiveram alta significativa. Antes da confirmação sobre o plano de venda, as ações eram negociadas a um patamar bem inferior – em 9 de junho de 2023, o papel fechou em R$ 10,52, o que representaria um valor de mercado em torno de R$ 4,6 bilhões.

A companhia possui dois terminais de contêineres, em Rio Grande (RS) e Salvador (BA), além de operar rebocadores e embarcações de apoio offshore. Em 2023, a companhia registrou uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões, alta de 6,8% na comparação anual. O lucro líquido foi de R$ 404,9 milhões no ano, 19,5% a mais do que em 2022.

O gráfico abaixo usa dados do DataLiner para avaliar exportações e importações de contêineres no Porto do Rio Grande entre janeiro de 2022 e agosto de 2024. Os dados do DataLiner abrangem apenas embarques de longa curso, não incluindo operações de cabotagem ou transbordo.

Exportações e importações de contêineres no Rio Grande | Jan 2022 – Ago 2024 | TEUs

 

A gestora I Squared, que tem cerca de US$ 40 bilhões de ativos de infraestrutura sob sua gestão em todo o mundo, abriu escritório no Brasil em meados de 2023 e, desde então, já anunciou a compra de 49% da empresa de geração distribuída Órigo Energia.

Segundo fontes, no caso da Wilson Sons, a tese da gestora está ligada ao potencial de exportação de commodities do Brasil e há uma visão positiva em relação às diferentes linhas de negócio, como a operação de granéis líquidos, a de rebocadores e os terminais de contêineres. Um dos planos seria inclusive ampliar a companhia no país, com interesse em outros terminais portuários de contêineres.

Fonte: Valor Econômico
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/10/18/i-squared-prepara-oferta-pela-wilson-sons-mas-pode-ter-disputa.ghtml

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Exportações para os árabes caminham para recorde

As exportações brasileiras para a Liga Árabe entraram no último trimestre de 2024 com indicativos de que devem fechar o ano com um novo recorde em receita, avalia a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

No acumulado de janeiro a setembro, as vendas para os 22 países da entidade diplomática avançaram 25,64% sobre o período anterior, para US$ 17,72 bilhões. O superávit gerado no período soma US$ 9,74 bilhões, que já supera o do ano passado todo, US$ 8,68 bilhões.

A pauta foi liderada por açúcar, proteínas animais e minério de ferro. Esses produtos todos tiveram alta na demanda, indicando que a região segue com consumo em alta e seus projetos de infraestrutura a todo o vapor, mesmo com as recentes revisões nos investimentos governamentais na economia do pós-petróleo.

O agronegócio foi responsável por 74,85% das exportações. As vendas do setor avançaram 25,52%, para US$ 13,26 bilhões, com açúcar, frango, milho, carne bovina e soja na dianteira dos embarques, todos eles registrando avanços nos volumes embarcados na casa dos dois dígitos, à exceção da soja, que recuou 7%.

As vendas de açúcar cresceram 47,80%, para US$ 4,97 bilhões, com os Emirados Árabes Unidos liderando as compras. O país do golfo adquiriu US$ 997,26 milhões do produto, o triplo do adquirido no período anterior. O destino do açúcar por lá foi principalmente a reexportação, com o produto sendo, inclusive, reembalado sob rótulos emiráticos.

As vendas de frango cresceram 9,72%, para quase US$ 2,76 bilhões, com os Emirados Árabes no topo das compras (US$ 744,17 milhões, alta de 10,21%), seguido de Arábia Saudita (US$ 628,04 mi, -1,52%, mas alta nos volumes de 5,32%) e Iraque (US$ 319,69 mi, + 40,13%), país que registrou um dos maiores aumentos de demanda na região.

O milho, usado como insumo de produção de carne de frango e da indústria alimentícia, sobretudo na Arábia Saudita, que conta com criatórios da aves de empresas brasileiras e estatais locais, teve vendas 35,04% maiores, US$ 1,52 bilhão. O grão faz par na função com a soja, que teve queda de 23,05% nas receitas, para US$ 986,13 milhões.

Recorde – As vendas de bovinos já são recorde, superando, inclusive, o total vendido em 2019, o melhor ano da série. De janeiro a setembro, as receitas subiram 88,95%, para US$ 1,44 bilhão, com os Emirados Árabes na liderança (US$ 547,02 mi,+168,56%), seguido de Egito (US$ 244,37 mi, +22,54%) e Arábia Saudita (US$ 203,04 mi, +26,13%).

Na avaliação de Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara Árabe, os resultados reforçam a importância dos mercados árabes nas exportações. “Desde o fim dos anos 1970, os árabes vêm desenvolvendo relações comerciais com o Brasil crescentes e complementares, com nosso país atuando na segurança alimentar do bloco”, afirma.

Para Mourad, o conflito que escala no Oriente Médio deve ser visto como um ponto de atenção para todo o setor exportador. O executivo ressalta, no entanto, que a situação ainda não afetou diretamente os grandes mercados da região e nem foi capaz de desacelerar o ritmo dos embarques até aqui.

“Conflitos anteriores aumentaram os custos logísticos, mas nunca prejudicaram as vendas de forma significativa, até porque exportamos muitos gêneros de primeira necessidade”, lembra. “Esperamos que este se encerre o mais breve possível”.

O executivo espera ainda que os embarques sigam em ritmo intenso nesta reta final do ano, com os importadores buscando reforçar os estoques para o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, que ano que vem começa mais cedo, no fim de fevereiro.

Exportações para os árabes caminham para recorde – Notícias Agrícolas (noticiasagricolas.com.br)

 

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